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Epílogue
-Quando...alta...doutor?
-Não sei...exames...talvez...
-Duas...semanas?
Eu ouvia tudo baixo e entrecortado.
Só consegui reconhecer a voz do chibi.
Malditos medicamentos.
-Mas...parece bem...tanto tempo?
-Para não...riscos.
-Entendo.
Senti uma leve dor nas costelas.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Gemi, me arrumando na cama.
-Tudo...certo?
-Sim...viajar tranqüilo, Ruki-kun.
Tomei um susto.
QUÊ?!
VIAJAR?
RUKI?
Pra onde?
Respirei fundo, tomando fôlego.
Gritei.
-RUKI!! – meu peito ardeu.
Ouvi passos rápidos vindo em minha direção.
-Uruha?! Que foi?!
Ruki me olhava preocupado.
Tossi um pouco, a garganta doendo.
-Você vai viajar? – funguei, segurando o choro.
Ele suspirou e se sentou na cama, ao meu lado.
-Vou voltar pra Londres, Uru.
-Não! Ruki! – me sentei na cama, sentindo o corpo doer.
-Uruha! Deita! Você vai se machucar! – ele choramingava, me empurrando.
-Iie! Ruki! De novo não! Por favor! – eu berrava, desesperado só em imaginar como seria se o chibi viajasse.
-Uruha! – ele disse alto, chorando.
Logo chegou um médico acompanhado de enfermeiras.
Tiraram meu chibi do quarto.
As enfermeiras me seguraram.
O médico injetou algo em mim.
Cedativos.
Será que foi porque eu gritei muito?
-Hn...
-Takashima-kun?
Abri os olhos, observando um médico sorrindo, me olhando.
-O senhor surtou e tivemos que ceda-lo, gomen nee. – ele disse sem jeito. – Dormiu dois dias! E olha que nem demos uma dose alta!
-Ru..ki?
-Ruki? O Takanori-kun? – ele coçou a cabeça.
-Hai...
-Ele viajou...
Senti meus olhos se encherem de lágrimas.
Meu peito doía.
Não fisicamente, mas pateticamente...da alma.
-...Ele deixou algo para o senhor.
O rapaz me entregou um envelope e se retirou da sala, me deixando sozinho.
Peguei o envelope, receoso, sentindo o rosto molhado pelas lágrimas.
Fiquei olhando-o por um bom tempo, analisando a grafia inglesa sobre a superfície do envelope.
“To my beloved.”¹
Respirei fundo e abri o envelope, retirando um papel escrito de dentro.
“Lembra quando conversamos e você disse que se me amasse naquela época, teria id oatrás de mim em Londres?”
Cocei a cabeça, sentindo uma pontada no peito.
Olhei de relance para o envelope, vendo que havia outra coisa dentro dele.
“Mudou de idéia, Uru?”
Peguei o papel que havia dentro do envelope, vendo que não era um simples papel.
...
Era uma passagem aérea para Londres, para daqui duas semanas.
“Nee, Takashima Kouyou, você me ama?”
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