Vidas Destruídas.

Dando a volta por cima.


Diego não estava nenhum pouco satisfeito com o que eu disse. Ele estava acostumado a sempre se ''dar bem'', a sempre conseguir me humilhar, e agora ele estava percebendo que as coisas seriam diferentes. Agora eu não vou deixar ninguém pisar em mim, muito menos ele.

À tarde fui estudar com Lucas, que , assim como eu, estava muito triste. Conversamos muito, lembramos de Kate. E por um momento eu desabei. Não conseguia falar da Kate sem chorar.

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Lucas foi para casa e eu fui dormir, já que no outro dia tinha escola (para a minha tristeza). Foi difícil dormir. Gastei horas pensando no que eu havia dito para Diego, também pensei em Kate e em o que ela faria se estivesse no meu lugar. E percebi que ela não deixaria que Diego continuasse pisando nela. E também essa história já foi longe demais, já chega! Eu não nasci para ser pisada, humilhada. A morte da kate me deixou muito abalada, ou melhor, ainda estou abalada, triste. Muito, muito triste. Mas eu não vou deixar que me deixem pior. Pelo contrário, eu vou tentar ser mais forte. Por mim, pela Kate. Quero que, de onde estiver, ela sinta orgulho de mim.

Eu já sabia que, quando eu chegasse na escola, Diego falaria alguma coisa. E não deu outra:

–Olha só, a revoltadinha chegou! - Disse Diego.

Eu fiquei quieta. Não queria perder meu tempo discutindo com ele. Até porque era isso o que ele queria. Então, ainda não satisfeito, ele disse:

–Além de revoltadinha é muda? - Disse Diego, rindo com seus amigos.
Não disse nada, de novo. Fingi que não escutei, sentei na minha cadeira e esperei a aula começar. Durante a aula foi tudo tranquilo, Diego não fez nenhuma palhaçada. Isso já estava estranho demais. Sempre que Diego ficava ''quieto'', era porque estava tramando mais uma de suas ''babaquices''. No final da aula Diego e os seus amigos me cercaram na sala. Confesso que por dentro eu estava com um pouco de ''medo''. Mas não demonstrei.

– E agora? Cadê a ''revoltadinha''? - Disse Diego, que provocou a risada dos seus amigos.

–Saia da minha frente, por favor - Disse eu, séria.

– Se não o que? Vai contar para a diretora? Você não tem provas. - Disse Diego, com ar de vitória - Quem está rindo agora?
Isso me fez parar para pensar que eu tinha que arranjar provas, o mais rápido possível.

– Deixe-me passar, por favor. - Eu disse, mais uma vez.
Diego me deixou passar sem falar nada e ficou rindo com seus amigos na sala de aula. Antes de ir para casa, passei na casa do Lucas e contei tudo o que aconteceu.

– É, realmente, a gente precisa de provas. - Disse Lucas.

– Eu sei, mas o que a gente pode fazer?

– Sei lá, eu posso ficar sempre perto de você e quando ele fizer ou falar alguma coisa com você, eu filmo ou gravo. Parece meio idiota, mas é única coisa que eu consigo pensar agora.

– Tudo bem, se não der certo a gente pensa em outra coisa depois. Agora eu tenho que ir. Tchau! - Dei um beijo no Lucas e fui para casa. Eu mal podia esperar para ir para a escola. Demorou, mas agora Diego vai se arrepender. Ah, se vai...