Vestigios Do Passado

Capítulo 15 EXTRA


Tudo pronto e meu carro parado em frente a uma lanchonete numa cidade perdida no meio do nada. Eu deveria ter ido de avião, mas precisava pensar. A morte de Isabel me pegou de surpresa. Isso não estava nos meus planos e ela acabou com tudo que eu queria. Agora todos os bens iriam para o Governo e eu nunca teria a empresa.

Bati com raiva no volante controlando a vontade de gritar até ficar rouco. Tudo o que lutei, todas as coisas que fiz para chegar até aqui se foram junto aquela maluca destrambelhada. Era só ficar viva só isso e nem isso ela conseguiu! Isabel morreu a três semanas e eu ainda não contei a ninguém. Alice só sabe porque precisei da ajuda dela para o funeral e controlar os estragos causados com o carro e tudo mais.

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Sai dói carro para perguntar se havia algum lugar para consertar esse carro. E assim que entrei a coisa mais bizarra que já vi na vida apareceu na minha frente. Eu fiquei alguns minutos olhando ela andar, servir mesas, sorri simpática e voltar para trás do balcão. Se eu mesmo não tivesse enterrado Isabel eu diria que era ela na minha frente. Como era possível? Olhei ao redor e sentei numa mesa. Um rapaz alto e moreno veio me atender.

- Boa tarde. O que posso servir para o senhor.

Eu não conseguia tirar os olhos dela.

- Café.

E ele virou na direção para ver o que eu olhava. É, ela era ela.

- O senhor vai querer algo mais?

- Não, só isso.

E ele saiu desconfiado. Ela tinha um ar diferente de Isabel. Ela era um pouco mais tranqüila e serena. Isabel era um furacão e mesmo nos seus dias mais calmos conseguia agitar uma casa como ninguém. Ele falou com ela no ouvido e ela se virou para mim. É ele tinha percebido meu interesse, ela falou algo em seu ouvido e os dois riram. Preciso disfarçar melhor ou vou dar uma de maluco. Ele voltou com meu café e ela estava distraída com alguns bolos, cortando eles e colocando numa travessa.

Depois de alguns minutos entrou um casal e ela sorriu ao vê-los. O sorriso era lindo. Aberto e cheio de vida. Isabel nunca conseguiria dar esse sorriso mesmo que quisesse. Seus olhos eram vazios e por mais que fosse bonita ela era totalmente incapaz de ser mais que uma fina camada de beleza.

- Isabella! – Chamou o homem e abraçou.

Meu Deus Isabel e Isabella. Quantas coincidências pode haver nesse mundo? Fiquei observando eles conversarem, o homem era meio escandaloso e acabou perguntando por uma menina que devia ser um parente pelo jeito como ela falava. Uma filha? Isso seria algo estranho, ela tinha cara de virgem... jeito de virgem... mas tudo era possível.

Olhei as horas e percebi que não havia consertado o carro ou feito arranjos para minha volta. Sai da lanchonete e fui andar pela pequena cidade, encontrei um mecânico e disse onde estava meu carro e depois procurei um hotel, mas só achei uma pousada barata. Precisava pensar, essa menina poderia me ser muito útil. Com as roupas certas ou com algum tipo de treinamento ela poderia ser Isabel por mais um ano... quem sabe. Isabella. Precisava do sobre nome.

E passei mais de dois dias indo lá até descobrir o nome todo dela. Isabella Marie Swam.

- Jenks, preciso da ficha de uma pessoa. Isabella Marie Swam. Forks. Isso é para ontem. Estou na cidade numa pousada e quanto antes me entregar essa merda, mais rápido me livro dessa cidade.

Depois disso eu me dei conta que ia precisar fazer um teste. Se só eu achasse elas parecidas? E quem melhor que isso que Alice? Ela deveria estar aqui no país. Mass quando liguei Alice só poderia vir depois de alguns dias então eu deveria ficar ali mais um pouco e como não tinha muito o que fazer liguei para Emmett e deixei algumas instruções sobre minha ausência e eu não acreditava que tudo estava de volta aos trilhos. Que eu poderia finalmente me vingar de tudo e de todos que nos fizeram mal. A empresa ia ser dos Cullen novamente. E não importasse o tempo que levaria para ela ser nossa seria nossa! Ela não era e nunca seria de Isabel.

Eu ia todos os dias no mesmo horário e voltava sempre no mesmo horário. Observava cada movimento da Isabella. Ou Bella. Todos a chamavam de Bella. E ela corava quando elogiada, ela era tímida. O tal do amigo eu descobri ser Jacob e eles não eram namorados, eu sabia disso porque não havia troca de olhares ou malícia. Ele seria um problema, parecia um cachorro protegendo o dono. Talvez ela não aceitasse porque ele não quisesse. Precisava de um plano para fazer ela aceitar isso de qualquer jeito, talvez Jenks me desse alguma coisa para garantir isso. Ela sorria, e eu queria sorrir junto com ela. Ela lia e se escondia em algum lugar para fazer isso, eu sabia porque as vezes ela voltava com um livro na mão. Jane, Shakespeare e Cullin. Boas escolhas. Ela era alguém romântica e iludida? Provavelmente.

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- Edward! – disse Alice quando me viu na porta da pousada. – Venha me ajudar com as malas.

Ela tinha trago a casa para ficar alguns dias no meio do nada. Respirei fundo e fui ajudá-la a se acomodar. Depois de colocar ela no seu quarto e ela reclamar muito de ter vindo para aquela cidade fria e sem graça eu fui com ela na lanchonete e parei antes de entra.

- Não grita, seja lá o que ver lá dentro não grita.

- Edward o que está aprontando?

- Só vamos entrar e tomar um café. Fique na sua ouviu?

- Sim.

Assim que entramos e Alice a viu ela sabia o que estava vendo.

- Edward... o...- ela me olhou assustada.- Edward é Isabel.

Acomodei Alice num banco qualquer.

- Alice, disfarça. A menina está assustada.

- Eu estou vendo um fantasma e ela fica assustada!

Alice estava gelada. Ela viu o corpo de Isabel no necrotério comigo e ela sabia que a Isabel estava morta.

- Edward quem é essa?

- Isabella Marie Swam.

- São irmã?

- Claro que não. Isabel era filha única.

- Isabel foi adotada Edward!

- A tia adotou num orfanato na Flórida. Como vê pelo clima estamos bem longe de lá.

- Edward essa menina é igual a Isabel. Idêntica e o nome... não acha isso estranho?

- Não quero saber dos detalhes. Só quero que ela se passe por Isabel por uma ano e depois siga coma vida.

Alice me olhou incrédula. Ela se levantou e precisei ir atrás dela. E por sorte ninguém percebeu.

- Ficou maluca? – disse puxando o braço dela.

- Você que ficou cego depois que ouviu aquela história toda! Edward todos nós sofremos, todos nós agüentamos e esquecemos. Mas você precisou ir adiante com isso e se fechar numa raiva e mágoa. Eu não quero fazer parte disso.

- Alice... Bella pode ser...

E nessa hora ela parou e olhou nos meus olhos. Dentro deles. Alice havia percebido aquilo que eu mesmo estava negando veementemente todos esses dias.

- Edward...

- Não começa Alice.

E olhamos para trás. Um rapaz estava falando com ela. Secando ela na verdade. Ele era um abusado. Fiquei com ódio mortal desse garoto.

- Edward... – Alice olhava para mim novamente.

- Não começa. Vai me ajudar ou não?

- Só porque eu sei que ela pode ser alguém que te faça ouvir o que eu venho tentando todos esses anos.

- EU NÃO VOU DESISTIR! ME OUVIU?

- UM DIA VAI SE ARREPENDER DESSA VINGANÇA SEM SENTIDO! TODOS SUPERARAM SEGUIRAM EM FRENTE! MAS VOCÊ NÃO!

- TODOS NADA! NÃO ME INCLUI NISSO!

E Bella estava saindo de carro sem nos perceber.

- Eu só espero que ela seja forte o suficiente para ser Isabel Edward. Porque ela vai enfrentar um mundo de gente que a odeia e que faria de tudo para vê-la um pouco pior do que estava nos últimos meses.

Eu sabia que ela falava de Rosalie. Meu Deus... ainda bem que ela não sabia da traição de Emmett. Já era suficiente a história de Nicolas.