O surgimento do Lorde pt II

POV Lilian Evans
​Tínhamos acabado de entrar na enfermaria, A madame Pomfrey tinha levado o corpo de Lucy para algum lugar junto do diretor Dumbledore e os professores que haviam chegado, depois voltou para cuidar dos ferimentos de Tiago.
​Ela não falou nada para o garoto, mas parecia ter lagrimas nos olhos. Todos nós estávamos frágeis, sem entender o que tinha acontecido, sem aceitar a morte daquela garota doce e insegura.
​Quando a enfermeira se distancia de Tiago, saio do abraço de Alice e Remo e ando devagar até ele. Não o deixo falar nada, apenas o abraço o mais forte que posso enquanto as lagrimas caem em meu rosto.
​- Lily, eu...
​- Eu sei. – Digo. – Não precisa falar nada.
​Então ele me beija. E é ainda mais doce do que da primeira vez, ainda mais incrível, ainda mais mágico.
​Quando nos separamos, passo a mão pelo seu rosto inchado com o soco de Finn. Não vejo nossos amigos juntos a nós, mas escuto choro deles perto de mim.
​- Você está horrível. – Sirius diz olhando para o machucado de Tiago e mãos cobertas de sangue de Lucy.
​- Você também. – Responde ele. Sirius o abraça apertado.
​O diretor Dumbledore nos mandou para o grande salão junto com o resto dos alunos, que esperavam algum tipo de pronunciamento e consolo da notícia que havia se espalhado.
​Sento entre Tiago e Lene na mesa da Grifinória e vejo o olhar de Finn, mas ele sabe que acabou para ele quando Tiago me envolve com os braços em minha cintura e deposita um beijo em minha cabeça.
​- Lily, você está bem? - Sirius perguntou do lado de Tiago. Faço que sim com a cabeça. – Alice está pirando, não para de chorar.
​- Eu sei. Ela é uma garota sensível.
​- Ao extremo. – Tiago completa.
​Íamos continuar falando baixinho, mais Dumbledore entra pela grande porta de mármore juntamente com os diretores de cada casa e caminha para o palanque, a fim de esclarecer a situação.
​- Meus caros alunos, é com imenso pesar que anuncio a morte de Lucy Grimm. – Ele faz uma pausa ao ouvir o choro vindo das mesas da Grifinória, Corvinal e Lufa-lufa. – Ela foi uma garota doce e inteligente, devemos todos agradecer por termos tido a chance de conviver com ela.
​- Diretor, nós sabemos, Lucy foi uma das pessoas mais doces que tive a chance de conhecer – Tiago o interrompe ficando de pé. Todas as cabeças se voltam para ele. – Mas ela não simplesmente morreu, ela foi assassinada a sangue frio!
​Múrmuros de espanto e indignação correm por todas as quatro grandes mesas. Vejo o sorrisinho de Belatrix no canto de sua boca, Sirius também vê.
​- Belatrix, todos nós sabemos que você é uma vadia sem coração, mas não ria da morte da garota que você odiava apenas por seus pais não serem bruxos perto de mim! – Sirius exclamou alto demais.
​- Sangue-Ruim! – A garota corrigiu o primo sem perder o sorriso. – Tão Sangue-Ruim quanto essa sua amiguinha!
​- Black, silencio! – Slughorn diz para a garota.
​- O nome dela é Lilian Evans é o sangue dela é o mais puro dessa escola! – Tiago grita irritado me defendendo. Me levanto também e seguro os dois pelos ombros, antes que pudessem fazer alguma idiotice.
​- Basta! – Diz Minerva observando de longe a confusão.
​- Parece muito claro seu ódio por Sangues-Ruins, Belatrix. – Comenta Marlene se metendo no meio.
​- O que você está insinuando, sua garotinha de meia tigela? – Lucius Malfoy pergunta irritado.
​- Você sabe muito bem o que ela está insinuando! – Dorcas disparou para ele.
​Sem querer, no meio da confusão, meu olhar cruza com o de Severus. Ele olhava os amigos na discussão com os meus sem falar nada, mas ver meu rosto pareceu dar-lhe dar mais coragem.
​- Porque vocês não calam a boca, como os covardes de Pedro, Alice e Remus? – Severus cospe as palavras. – E Lily.
​Foi isso, Tiago e Sirius correram em direção a Lucius, Severus, Belatrix e o resto do grupinho sujo de Sonserinos, mas o diretor levantou a varinha e fez os dois serem arremessados de volta para seus lugares na mesa da Grifinória.
​- BASTA! Potter e Black, detenção com Minerva. Malfoy, Snape e Black, detenção com Slughorn. – Dumbledore diz e já começa a sair do salão, mas antes olha bem para cada mesa e diz com um suspiro. – Hoje não é dia de brigas, é um dia luto.
​- Não, diretor Dumbledore. – Falo. Ele se vira para mim. – Hoje é o início de algo ruim, muito ruim. Eu posso sentir.
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POV Sirius Black
​Minha prima é a pessoa mais desprezível desse mundo. A raiva que tenho por ela não é de hoje, Bela sempre se achou a pessoa mais importante do mundo, a mais inteligente e maravilhosa.
​- Eu tenho certeza que a primeira coisa que vai chegar amanhã é uma carta da minha mãe. – Digo com um suspiro.
​- SIRIUS BLACK, VOCÊ É UMA VERGONHA PARA SUA FÁMILIA! NÃO BASTASSE A DESONRA QUE SENTI QUANDO VOCÊ ENTROU NA GRIFINÓRIA, AGORA VOCÊ AFRONTA SUA PRIMA, UMA GAROTA TÃO BOA, TÃO INTELIGENTE! VOCÊ DEVERIA SER COMO SEU IRMÃO! – Tiago grita imitando o berrador que provavelmente receberia. – REGULOS SIM ME DÁ ORGULHO!
​- Tá bom, engraçadão, tá bom. – Digo tentando não rir.
​- Pensem comigo, quem são as pessoas sem coração que não se sentiriam mal de assassinar alguém? –Marlene pergunta abraçada com Alice, que ainda chorava.
​- O que você está dizendo, Lene?
​- Marlene. – Ela me corrige. – E eu acho que quem quer que tenha feito isso é alguém sem coração.
​- Talvez algum professor? – Pergunta Pedro tenso.
​- Claro que não, que tipo de professor mataria um aluno? – Dorcas retruca.
​- E que tipo de aluno mataria um colega? – Lily pergunta.
​- Belatrix e a gangue. – Digo frustrado. – Eu não acredito que tenho o mesmo sangue que ela. Tenho vergonha dessa parte da família.
​- Só dessa parte? – Pedro pergunta. Todos os olham, apreensivos, mas eu apenas dou de ombros.
​- Você tem razão, Pedro. Minha família toda. – Olho para os meus amigos e torço as sobrancelhas. – E você não ajudam em nada tendo medo de cada frase dirigida a mim.
​- É só que... – Tiago tenta defende-los, mas eu o calo com minha melhor cara de assassino.
​- Tiago, está tudo bem. – Digo frustrado. – Eu sei a família que tenho, e sei que as pessoas vão ter medo de que eu seja igual a elas.
​- Nos deveríamos dormir, já está ficando tarde. – Remo fala se levantando e nos olha tenso. O dia estava próximo. – Boa noite meninas.
​Nos levantamos rapidamente e corremos para subir as escadas, Tiago demora um pouco, pois puxa Lily para um beijo longo demais. Vou até ele e o puxo pelas roupas, o colocando nas costas e as garotas caindo nas gargalhadas