Uncursed

A aventura está lá fora.


– Emma, pegue suas coisas. – disse Branca de Neve, enquanto andava pelo seu quarto e rapidamente pegava seus vestidos e armas necessárias.

– Mamãe, você está muito velha. Deixe-me pegar suas coisas. – fala Emma, tentando se aproximar de Branca de Neve, mas a mesma levanta a mão mandando Emma parar onde está.

–Eu não estou velha. – fala Branca de Neve, olhando com seriedade para sua filha. – 55 anos não é velha. E quando eu tinha menos que sua idade eu já fugia de uma rainha tão má que quando ela passava as pessoas gritavam. Então não venha me dizer o que eu posso e não posso fazer. Você tem 28 anos e só recebeu tudo de bom e do melhor, o máximo que lutou foi contra uma adolescente rebelde. Por favor, Emma. Faça algo de útil e pegue suas coisas enquanto eu pego as minhas. Não quero nem pensar em como será quando Regina estiver por aqui.

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Emma fica apenas parada, vendo o rosto de sua mãe, o mesmo que David, que já previa que algo como isso iria acontecer.

– Agora. – fala Branca de Neve, calmamente.

Emma sai do quarto e corre pelos corredores do castelo, procurando uma saída para o imenso fora que sua mãe acabara de lhe dar. Mas acaba por encontrar-se com Chapeuzinho Vermelho, que já com pés de galinha em seus olhos e uma aparência mais velha olhava para sua afilhada.

– Chapéu. – fala Emma, olhando com olhos brilhantes de lágrimas para Chapeuzinho.

– Emma. – fala Chapeuzinho, aproximando-se dela e colocando as suas mãos em seu rosto choroso, enquanto as lágrimas escorriam de seus olhos. – O que houve, querida?

– Minha própria mãe acha que eu sou uma derrota. – fala Emma, deixando-se levar pela brecha que Chapeuzinho deu-lhe para desabafar. – Eu nunca fiz nada de bom nessa vida. Só sou uma princesinha mimada que tem tudo na mão. Vocês todos tem histórias maravilhosas sobre rainhas más e lobisomens e bruxas que são metade polvo e o máximo que eu tenho é uma história de uma adolescente problemática. Agora estou no meio de uma situação realmente terrível e eu não sei o que fazer.

– Oh, Emma. – fala Chapeuzinho, soltando as mãos do rosto de Emma e voltando lentamente á posição inicial. Nesse momento, ela levanta sua mão e dá uma tapa no rosto de Emma, que faz com que ela se assuste. Com Emma olhando com terror para seus olhos, ela diz: - Deixe de ficar se lamentando pelo que não fez e arrume um jeito de fazer algo de útil. Tente fazer a diferença e derrote essa vadia! O que foi? Acho que eu ia simplesmente falar “Oh, que pena, a princesinha está triste por que não faz nada de bom...” Besteira! Arrume uma maneira de ter uma história descente ao invés de ficar chorando, por que essas lágrimas não tem um poder de cura, queridinha.

Emma fica abismada com o que acaba de acontecer, e engole o choro. Sai de perto de Chapeuzinho e continua a andar em direção á sabe-se lá onde. Ela desce as escadas do castelo até o salão principal, onde vê todos aqueles sofás espalhados em um imenso salão aconchegante em que qualquer um pode simplesmente dormir e fazer dali seu quarto, e consegue ver os cabelos dourados da princesa Eilonwy no meio daquilo tudo, apenas encarando a lareira acesa.

– Eilonwy. – fala Emma, e a princesa logo se vira para ver o que aconteceu.

– Princesa Emma. – fala Eilonwy, levantando-se e fazendo uma pequena reverência. – O que procedeu?

– Irá proceder agora. – fala Emma. Ela acredita que nunca teve tanta coragem assim em toda sua vida. – Você disse que é princesa de um reino chamado...

– Prydain. – fala Eilonwy, completando a frase de Emma. – É meio difícil de pronunciar, mas tratando-se de um anti-reino e...

– Pule a parte em que me explica sobre seu terrível reino, pois não estou interessada. – fala Emma, interrompendo a princesa Eilonwy. – Temos que arrumar uma maneira de acabar com isso, e acredito que saiba muito sobre esse tal de... Caldeirão, não?

– Sim, tenho altos conhecimentos sobre ele. – fala Eilonwy. – Assim como meu marido, Taran.

– Ótimo. Precisaremos de toda ajuda possível para derrotar Regina. – fala Emma. – Agora, temos que ir até um lugar...

– Lugar? Não íamos á Prydain? – pergunta a princesa Eilonwy, enquanto anda para fora do castelo com Emma.

– Não. Não por enquanto, pelo menos. – fala Emma, que logo se depara com um portão trancado. – Ah, que ótimo. Eu aconselharia que se afastasse.

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Eilonwy se afasta, e Emma solta um fogo com sua mão, que incendia a fechadura do portão e faz com que o mesmo se abra.

– Uau. – fala Eilonwy.

– Não temos muito tempo. Vamos. – fala Emma, saindo do castelo e dando de cara com o campo aberto.

– Bom, qual é o plano? – pergunta Eilonwy, vendo o campo bem vazio.

Nesse momento, Emma faz um barulho de animal com sua boca, fazendo com que os ouvidos de Eilonwy doessem.

– Ai! O que é isso? – pergunta Eilonwy, tapando os ouvidos.

– Nossa carona. – fala Emma, enquanto espera sua carona chegar.

Em menos de um minuto, o cervo Bambi vem correndo pelo campo aberto, e lindo e esbelto como sempre, ele se posta em uma posição para Emma subir em suas costas.

– Um cervo? – pergunta Eilonwy, sem entender nada. – Esse era seu plano?

– Ele não é só um cervo. – fala Emma, alisando os pelos de Bambi. – Bambi pode correr mais rápido do que muitos cavalos, e tem uma resistência imensa. Ele nos levará á nosso destino.

– E que destino seria esse? – pergunta Eilonwy, alisando o focinho de Bambi.

– Agrabah. – fala Emma. – Tenho uma amiga que sabe muito bem sobre como é ter um coração negro por lá. Ela pode nos ajudar. Qe ajuda para subir no Bambi?

– Ah, por favor... – fala Eilonwy, subindo rapidamente em cima do enorme e belo cervo, o que assusta Emma. – Com 13 anos eu derrotei o Rei Chifres, acho que posso dar conta de subir num cervo.

– Está bem. – fala Emma, subindo em Bambi, afrente de Eilonwy. Ela de fato não imaginava que Eilonwy pudesse se mostrar forte. Claro, o fato de subir em um cervo não provara nada, mas ela sabia naquele momento que Eilonwy era mais do que uma mulher ingênua. – Está pronta? Temos um longo deserto pela frente, talvez demore até amanhecer para chegarmos lá.

– Já nasci pronta. – fala Eilonwy. – Uau, faz muito tempo que não tinha uma aventura como essa.

– Bem, prepare-se. – fala Emma, e depois de sussurrar o nome “castelo real de Agrabah” no ouvido de Bambi, ela diz: - A aventura está lá fora.

Neste momento, Bambi corre na direção do imenso deserto de Agrabah, em busca de ajuda. Ajuda para derrotar o maior demônio, maior do que Malévola, Cora, Pocahontas ou Rumplestiltskin: o demônio Regina.