Uma máfia, uma família
O derrubar do poste
O derrubar do poste é equivalente a confusões...
Bocejei alto , quase não me esforçando para esconder.
Estávamos em época de jogos, ou algo assim. Pelo que entendi haveria um campeonato de esportes e isso dependia de turmas _ todas as turmas ' A ' , contra todas as " B " e todas as " C ".
Muito bobo, não?
— " Vontade extrema de vencer!! " — Ryohei discorda de mim. - Esse vai ser o slogan para o time A no festival de esportes amanhã!! A não ser que ganhemos é tudo sem sentido!! — Gritou.
" Olhe só. Você acabou de admitir que isto não tem sentido. " Fiz um beicinho para o nada e permaneci afundada em meu assento.
— Aquela aberração boxeadora é tão irritante. — Ouvi Gokudera dizer.
— Que!? — Exclamou Sawada.
Olhei para cima e para o lado com um sorrisinho, acabando de notar que eu sentara ao lado de Yamamoto. _ Ou será que ele me viu aqui e fez todos se sentarem perto? _
Soube de algo bem interessante sobre Sawada através do titio. Ele gosta da Kyoko.
— Ah, por favor. - Yamamoto riu.
— Ele não pode falar num tom de voz normal? Droga. — Gokudera reclamou.
Pisquei em sua declaração e voltei a prestar atenção
" Eu não me importo com seu jeito de Ryohei. Até gosto. " Concluí. " Ele só podia ser menos teimoso. "
— A competição de derrubar do poste é a chave para ganhar esse ano, novamente. — Ryohei anunciou, um lado ligeiramente diplomático surgindo nele.
— Derrubar do poste? — Gokudera perguntou.
— Nós do 1° só estamos lá para ajudar os do 2° e 3° ano que tem mais força. — Sawada explicou.
— É uma tradição que o representante do time seja o líder do derrubar do poste, o que significa que eu deveria ser o líder. — Ryohei explicou. - Mas eu me recuso!! — Gritou.
— Argh! — Bati em minha testa e estremeci quando ardeu. - Droga, capitan. — Xinguei.
— Ao invés de ser o líder, quero batalhar como um soldado!! — Gritou. - Mas não há porque se preocupar. Eu preparei alguém melhor que do que eu para ser o líder. — Anunciou. - Sawada Tsuna da classe 1-A !! — Apontou.
A turma gritou, indagando.
— Ohhh! — Yamamoto fez.
— A aberração boxeadora conhece a grandeza do juudaime! — Gokudera gritou.
— Queria que parasse de chamar ele assim. — Murmurei. - Parabéns, Sawada-san. — Desejei.
— Ume! — Yamamoto sorriu. - Finalmente resolveu se pronunciar. — Comentou.
— Sou uma senhora de poucas palavras. — Sorri.
— Aqueles que concordam, ergam suas mãos! Vamos decidir pela maioria de mãos erguidas. — Ryohei disse.
Os outros alunos começaram a reclamar que ele não ia conseguir.
Ergui minha mão direita, seguida por Yamamoto e Gokudera.
— Ergam suas mãos! — Ryohei disse ( ou ordenou).
Gokudera levantou, pisando com força na mesa de trás.
— Não tem ninguém da nossa classe que vai recusar, certo? — Perguntou.
Imediatamente, toda nossa turma ergueu suas mãos, seguidas pelas fans de Gokudera.
— Nesse ponto, eventualmente a maioria irá concordar com a decisão. Está decidido então! O líder do derrubar do poste é o Sawada Tsuna!! — Ryohei gritou.
— Wow, Tsuna! — Yamamoto fez.
— Impressionante! — Gokudera seguiu.
— Aquilo me assustou. — Reborn apareceu de repente, com um mini uniforme e o cabelo todo arrepiado.
Ele ameaçou Sawada e quando esse foi esconde-lo ele estourou.
" Um boneco inflável..." Pisquei e suspirei. " Odeio tumultos. "
[...]
— Capitan. Pare de me arrastar por todos os lugares. — Reclamei, com voz entediada.
Ele olhou pra mim e sorriu, mas continuou me levando para atrás da escola.
— Olhe. Vou usar isso para ajudar o Sawada a treinar. — Apontou.
— É um poste. — Afirmei o óbvio.
— Sim!! — Concordou ele.
— ... — Mantive uma expressão neutra por segundos. - De onde tirou isso!? — Gritei.
— Ah! Bem... não é importante... — Ele desviou o olhar e corou. - V-vamos. O Sawada deve estar vindo agora. — Ele se abaixou para pegar.
— Hm... Desculpe gritar assim. — Sorri sem jeito.
— Oh! Está tudo bem. Eu me assustei um pouco, verdade. — Ele sorriu. - Você sempre fala calmo e suave, me surpreendeu o quanto sua voz é possante! - Deu-me um polegar positivo - Ao extremo! -Exclamou.
— Un... obrigada... eu acho. — Ri baixinho.
Encontramos Sawada com Kyoko. Gokudera e Yamamoto apareceram em seguida.
— Tsubame-chan... porque está aqui mesmo? — Sawada perguntou.
Pisquei e olhei para as costas de Ryohei.
— Eu sei lá. Senpai deve achar que sou de estimação ou algo do gênero. Me arrastou a todo canto hoje. — Dei de ombros e suspirei. - Também ta encrencado? — Questionei.
Ele deu-me um olhar de desânimo.
— Espere... Ume-chan! Você é a gerente do clube do onii-chan? — Kyoko questionou.
— Sim. Capitan não te contou? — Perguntei de volta.
— Ele não para de falar de você! Eu é que não havia ligado os pontos direito. Ele quase não usa seu nome, fica sempre dizendo : " Ela é incrível!"; "A comida dela é ótima!" ; " Ela tem o melhor programa de treinamento do mundo!" Coisas assim. — Kyoko deu uma risadinha.
— Bem o jeito dele. — Sorri, levemente corada. - Vamos lá... Tsuna.— Baguncei seu cabelo carinhosamente.
Eve já havia se mudado e eu passei muito tempo sozinha. Andar com esses garotos, os treinos de boxe e os treinos do tio Reborn, estava preenchendo um grande vazio.
— Eh?... Tsubame-chan usou meu apelido... — Ouvi-o murmurar.
Vi Ryohei dar meia volta.
— Tsubame! Vamos! — Me chamou freneticamente.
Devolvi-lhe um olhar preguiçoso.
— Wuaahh! Que saco. - Disse entre bocejos, ouvindo Kyoko rir.
[...]
Ryohei firmou o poste no chão.
— Ok, suba Sawada.— Ordenou.
— Eh!?... Eu... hum.... não consigo subir nem uma árvore...— Sawada queixou-se.
— Então vamos começar por ai.— Yamamoto sugeriu.
— Vamos começar!— Gokudera repetiu alegremente.
— Não seja tão fácil consigo mesmo!! É tudo sobre espírito!! Suba com seu espírito, Sawada!!— Ryohei gritou.
— Seu cretino, se você disser coisas tão loucas vou acabar com você, cabeça de grama.— Gokudera ameaçou.
— Você pode tentar, cabeça de polvo.— Ryohei respondeu.
— Pffff.— Tentei não rir.
Ao contrário de mim, Yamamoto riu a vontade, enquanto segurava Gokudera.
— Eu vou te matar!!— Gritou, enquanto tentava se soltar.
— Não faça isso, Gokudera-kun!— Sawada gritou.
Reborn atirou uma shinuki dan ( como ele tinha me explicado o que as balas eram) em Sawada que subiu o poste aos pulos.
Afastei-me para que os meninos pudessem segura-lo.
De repente, Ryohei tirou o cigarro de Gokudera.
— Seu cigarro pode prejudicar a minha saúde!!— Gritou.
Os dois iam começar a brigar e eu estalei a língua em aborrecimento.
Eles se explodiram e Yamamoto não conseguiu segurar o poste, derrubando Sawada na água.
— Escutem!! Ou vocês param com isso agora, ou eu mesma mato os dois!!!!— Berrei.
Ryohei imediatamente se encolheu, tremendo, enquanto Gokudera me olhou , pasmo.
Sorri em vitória e tirei os sapatos, entrando na água e ajudando o Sawada a sair.
— Bah! Você está com a pele quente. Aposto que pegou febre por culpa deles.— Olhei-os com rancor fingido.
Em minha frente vi um Gokudera olhando arrependido e um Ryohei choramingando como um filhote de cachorro.
— Ume, a líder equilibrada. Pao~n. - Reborn disse, ainda no disfarce de velho.
[...]
Fui para escola no horário normal e encontrei-me com Ryohei, que pediu profundas desculpas pelo dia anterior e por ter me irritado.
Alguns de seus amigos começaram a zombar dele, mas eu lhe garanti que não era nada realmente grave e para ele não se preocupar.
— Eu fiquei nervosa quando Sawada caiu. Ele podia ter se machucado feio daquela altura.— Encolhi os ombros.
Concordando comigo, ele pediu desculpas mais uma vez.
— Ah, vamos Ryohei! Admita logo que ela é sua namorada, vai.— Um de seus amigos zombou.
— Gha! Ela não é minha namorada!! É a gerente do meu clube, minha treinadora e amiga!!!— Gritou para ele com o rosto vermelho, enquanto eles riram.
— Seu rosto diz ao contrário Ryohei!— Um cantou.
— E seu olhar de apaixonado também!— O primeiro atiçou.
— Não é nada disso!!!— Ele gritou. - Desculpe, Tsubame. Não ligue pra eles.— Virou-se pra mim, sem jeito.
— Tudo bem. É até um elogio.— Sorri-lhe tranquilamente. - Eu devo ser bonita para eles pensarem que estou namorando você. — Dei uma risadinha.
Ele corou ainda mais, se possível.
— E-eu... acho que você é linda... - Afirmou baixinho.
— Olhe, ele está se declarando!— Seu amigo gritou.
— Arrrgh! Eu pego vocês!— E ele correu atrás dos dois.
Senti meu rosto aquecer e sorri para onde ele saiu.
Ele é um menino gentil.
[...]
Aplaudi fervorosamente, quando Yamamoto ganhou a corrida.
Olhei para Sawada, que ia muito devagar.
— Eh?... ele... não pegou febre?— Perguntei a mim mesma, franzindo a testa.
Quando acabou em último, corri para verifica-lo.
Cheguei a tempo de ver Gokudera e Ryohei se socando.
Revirei os olhos e fui para Sawada.
— Hey.— Chamei suavemente.
— Ah. Tsubame-chan.— Sorriu, parecendo aliviado.
Pus a mão em sua testa.
—Hn. A febre não está alta. Mais não é recomendável que se esforce muito.— Olhei-o preocupada. - Porque não fica na enfermaria? — Perguntei.
— Não deixaram. - Parecia acabado.
— Hyohoho!— Alguém gritou. - Briga dentro do time? — Um cara grandão perguntou. - Derrubar do poste tem tudo a ver com a união do time. Parece que não há porque temer o time A. - Comentou.
— Não é da sua conta!!— Ryohei gritou.
— E quem diabos é você?— Gokudera perguntou.
— Hey. Você tem certeza que é do ensino médio? - Perguntei, suspeitando.
Ryohei e Gokudera, de repente, chutaram-no no rosto e ele caiu.
— Hn. Será que morreu?— Cutuquei-o com o pé e vi-o respirar. - Ah! Ta vivo. — Comentei.
Alguém veio correndo e disse que o líder do time B havia sido atacado por um de nós e a testemunha era o Reborn.
Estreitei os olhos para ele, antes de revira-los com as mãos no quadril.
Anunciaram a pausa do almoço e eu quase morri engasgada de tanto rir dos meninos envenenados por Biachi.
— Tsubame-chan, socorro! Depois disso todos vão me odiar! - Segurou -se em meu braço e balançou um pouco, parecendo traumatizado.
— E dai? A gente anida vai gostar de você. É melhor ter loucos como nós do que viver solitário, não acha?— Respondi de boca cheia.
— Tsubame-chan...— Ele murmurou e sorriu um pouco, meio que abraçando meu braço.
— Ah, Ume-chan é mesmo sábia para sua idade. Tsu-kun me falou bem de você. E vejo que é tudo verdade! Fico tão feliz que são amigos.— Nana sorriu.
— Oh. Arigato.— Corei, sorrindo docemente. - An... desculpe-me os maus modos a mesa. Haha.— Cocei a cabeça desajeitadamente, corando mais profundamente.
— Não se preocupe com isso.— Nana acenou. - Coma a vontade. - Sorriu.
A decisão final do derrubar do poste foi a união dos times sem líderes. Os dois contra nós.
Ryohei voltou, afirmando que ele que os fez aceitar o acordo.
Suspirei pegando meu leque.
— Baka.— Dei-lhe uma pancada com ele na sua nuca.
— Tsubame! Isso doí!— Ele choramingou.
Respirei fundo e desviei o olhar dos olhos de cachorrinho e bati-lhe outra vez.
— Espero que aprenda algo com isso hoje.— Ralhei, abrindo o leque pra me abanar.
— Hm...— Senti-o olhar para mim. - Vai me ignorar o dia todo!!?—Gritou.
Não respondi-lhe, apenas olhei para o time em vantagem, tremi ligeiramente , percebendo que o líder era Hibachiin.
— O-oi... Tsubame! Não me ignore!— Ryohei chorou e balançou-me como se fosse criança.
— Pare de bancar o cachorrinho perdido e vamos logo!— Gokudera ralhou, empurrando-o.
Ele concordou fracamente.
— Isso foi meio cruel, Ume-chan.— Haru comentou _ A conheci hoje. Pessoa fofa. _
— Cruel? Sou a treinadora dele. Tenho que manter o pulso firme.— Expliquei.
— Ela está certa. Ume-chan sempre fala com Onii-chan assim, quando ele faz uma dessa burradas.— Kyoko riu baixinho. - Mais ela sempre o incentiva e torce por ele. Acho que o ajuda a conquistar suas metas. — Opinou, radiante.
— Kyoko-chan... Não pinte isso como se eu namorasse seu irmão.—Pedi, desconcertada.
— Ahh! Mais eu acho que vocês iriam tão bem!— Ela exclamou, parecendo fan girling.
— Verdade! E ele parecia muito chateado por você ignora-lo. — Haru completou.
— Sabe.— Nana começou. - É difícil ver homens fazendo aquilo. E eles não costumam a ficar assim. - Sorriu de forma sonhadora.
— Ele te olha e age perto de você como um lunático do amor.—Bianchi disse.
— Oi oi. Vamos vocês , não é nada disso. Ne , Hana?— Pedi a ela, que estava do meu lado.
Ela encarou-me no tédio, virou o olhar para algum lugar na multidão e depois olhou para mim.
— É... Ele parece mesmo gostar de você.— Disse.
— Você também!?— Gritei.
Com um sorriso, ela apontou para o nosso time.
Vi Ryohei estranhamente desanimado, olhando para nós, mas quando me viu, acenou alegremente.
— Isso apenas apoia o que eu disse. Olharam diretamente um para o outro como dois namoradinhos.— Sorriu de forma maliciosa.
— Ei!— Exclamei, olhando para ela, indignada.
Não fazia ideia desse lado de Hana.
O jogo começou e Sawada quase caiu duas vezes.
A segunda, ele realmente saiu do poste, mas foi atingido pela shinuki dan e pulou na cara de alguém e foi saltando de cabeça a cabeça.
Então, pulou nas costas de Yamamoto, Ryohei e Gokudera, formando uma espécie de tanque.
Com um olhar em branco, escondi meu rosto atrás do leque.
" Será que tinha de ser desse jeito? " Perguntei a mim mesma, suspirando baixinho.
Por causa da briga dos dois bobões _ Nomeados, cabeça de povo e cabeça de grama _ , Sawada e Yamamoto cairam.
— Puf. Eu sabia que algo assim ia acontecer. - Ajeitei meus óculos no lugar e ri.
As pessoas começaram a bater em Sawada, os meninos foram defende-lo e Gokudera jogou muitas dinamites em todos, deixando muita fumaça negra.
Sawada saiu, surrado, semi-nu, chamuscado e chorando.
Virei de costas e comecei a rir pelo nariz.
— Tsubame-chan, não ria!— Chorou.
— Hiaha... hn.. d-d-desculpe. ... hunhun.— Tapei minha boca e respirei algumas vezes.
Então comecei a dar tapinhas reconfortantes nas suas costas enquanto ele fungava chateado.
— Que evento incrível! - Haru comentou.
— É um festival que você vai se lembrar. - Reborn afirmou.
— Parem de ficar fazendo piadas!— Sawada chorou.
— Ow. Calma, calma.— Fiz círculos suaves nas suas costas e entreguei-lhe uma toalha, sorrindo.
" Foi mesmo divertido."
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