Uma caçadora diferente

De volta para o futuro


Margot’s POV

Acordei de repente em uma cama num quarto com as paredes feitas de madeira. Tudo o que havia acontecido antes veio em flashes na minha mente, os cães infernais, a fábrica abandonada, meus ferimentos e até mesmo a minha morte.

Como isso era possível? Agora me lembrava claramente, eu tinha um ferimento grave na perna, eu estava morrendo. Até que Dean apareceu, mas não lembro de mais nada, apenas de ter me virado para o lado e fechar os olhos. Se eu não tinha morrido, o que aconteceu então? Eu estava no céu? No inferno? Pois não era bem assim que o inferno era descrito.

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Me sentei na cama, vendo o que estava ao meu redor mais claramente. Eu estava num quarto pequeno, o chão era de madeira e as paredes também. Parecia uma daquelas casas de campo que se vê na TV. Havia uma janela a direita, tudo que pude ver foi uma espécie de ferro-velho e árvores. O que diabos eu estou fazendo em um ferro-velho?

Olhei para minha perna antes machucada, agora estava sem nenhum arranhão. Outras partes do meu corpo que antes estavam feridas também estavam sem nenhuma cicatriz. Me levantei da cama, meus músculos doíam. Parecia que estava dormindo a dias. Caminhei até a porta de madeira e a abri. Me deparei com um corredor, e mais à frente uma escada que dava para o andar de baixo. Fui descendo as escadas de madeira lentamente, no final, elas davam para uma sala muito bagunçada e repleta de livros e outros objetos estranhos.

– Margot! – Ouvi a minha direita. Me virei e me deparei com Dean.

– Dean? O que está acontecendo? Onde eu estou? – Perguntei confusa.

Antes de me responder, Dean veio até mim com um sorriso no rosto e me abraçou forte.

– Nunca pensei que iria ficar tão feliz em te ver. – disse o rapaz.

– É Dean, também estou feliz em te ver., mas onde eu estou?

– Bem-vinda a 2008!

– 2008? O que? Eu pensei que eu tivesse morrido.

– Então... deixe-me explicar o que aconteceu: quando eu cheguei na fábrica, você estava morrendo. E você realmente morreu.

– Eu morri?! – Perguntei a Dean o interrompendo.

– Sim, mas eu chamei o Castiel, o anjo, e ele te ressuscitou. Mas, nós tivemos que vir para 2008, por causa do que quer que seja que está nos perseguindo.

– M-mas, isso quer dizer que estamos no futuro?

– Sim, e tem umas pessoas que você precisa conhecer, vem comigo. – Disse Dean me puxando pela mão até a cozinha da casa. – Esse é o Sam, - falou Dean apontando para um homem alto, muito alto.

– Então você é o famoso Sam? Meu nome é Margot Underwood.

– Sim, eu sei quem você é. É um prazer te conhecer – disse Sam estendendo a mão para que nos cumprimentássemos, eu fiz o mesmo. Me ocorreu que a minha aparência deveria estar horrível, afinal, foram dias dormindo.

– E esse é o Bobby – disse Dean apontando para um homem velho de boné que estava sentado à mesa tomando whisky.

– Bobby? Eu não sei se você se lembra, mas em 1973 eu te liguei de um posto de gasolina perguntando sobre o meu pai, e eu gostaria muito de saber, o que aconteceu com ele?

– Err... sim, eu me lembro. E Margot, eu sinto muito mesmo, mas seu pai... faleceu.

– Sim, eu sei. Eu não esperava que ele estivesse vivo hoje em dia, afinal, eu teria 61 anos, se as minhas contas estiverem certas... – Eu sabia que meu pai estava morto a essa altura, mas mesmo assim doía um pouco pensar sobre isso.

– Eu não quis dizer que ele morreu recentemente, mas ele morreu em 1974, de depressão.

– O-o que? Como assim depressão? – Me sentei numa cadeira e estava prestes a chorar.

– Quando você foi embora, todos acharam que você tinha morrido. Mary, John, Samuel, Deanna, seu pai... fizeram até mesmo um funeral. Seu pai simplesmente não aguentou, ele ficou deprimido com a sua morte.

– Um funeral? – Eu realmente esperava tudo isso fosse um sonho, se tudo isso realmente tiver acontecido eu preferia estar morta. Eu preferia que eu tivesse morrido naquela fábrica idiota.

– Sim.

– Margot, é melhor que você vá descansar. – Disse Dean virando o rosto para mim.

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– Mas, como assim? O que está acontecendo? Eu.... Eu não entendo nada – neste momento já estava chorando, afinal não é todo dia que uma coisa dessa acontece.

– Margot, eu sei que é difícil entender, mas- Sam disse, mas foi interrompido por mim antes que pudesse terminar sua frase de consolação que não iria dar em absolutamente nada.

– Mas o que?! – Eu gritei a todos que estavam presentes na sala. Mas percebi que estava exagerando pois apesar de tudo, eles salvaram a minha vida. Também foi culpa deles eu estar lá, mas talvez pudessem me levar de volta – Ahn.... Desculpe, Sam. Eu não queria ter gritado com você. Mas, eu tenho uma pergunta, vocês podem me levar de volta?

– Bom, eu acho que é possível. Mas, primeiro, nós temos que achar esse “monstro” e mata-lo, por que ele iria atrás de você de qualquer jeito. – Disse Dean.

– Então, eu posso voltar? – Perguntei com um sorriso no rosto. Agora tinha um motivo pelo qual viver e lutar.

Depois de mais tempo de conversa, falando sobre esse tal monstro e outras coisas, eu voltei para o quarto em que estava antes. Toda aquela informação havia me dado dor de cabeça. Ainda me sinto mal pelo meu pai, mas se ele morreu por minha ausência, o problema pode ser resolvido pois eu vou voltar. Quanto a Mary e John, prefiro não pensar sobre eles, não há nada que eu possa fazer. Mas eu sinto um vazio no coração só de pensar sobre eles, os dois foram a família que eu nunca tive.

Assim que cheguei no quarto, me joguei na cama e logo dormi, provavelmente efeito da minha quase morte.

No dia seguinte....

Acordei e o Sol mal havia nascido. Também, ontem devo ter ido dormir as sete da noite. Me levantei da cama sem um pingo de sono, saí do quarto e desci as escadas. A casa estava vazia e silenciosa, ninguém havia acordado ainda. Olhei no relógio da parede e vi que eram por volta das seis da manhã. Me dirigi até a cozinha e abri a geladeira, haviam apenas cervejas e alguns ovos com qualidade duvidosa. Não vou comer aquilo, então pensei sobre ir até algum lugar na cidade. Sem dúvida, seria uma grande aventura ver uma cidade do futuro. Fui até a porta da frente e a abri, mas antes que pudesse ir para algum lugar, ouço atrás de mim:

– Onde vai? – Me virei e pude ver Dean, que estava usando as mesmas roupas de ontem, assim como eu.

– Ahn... na geladeira só tem uns ovos estragados e cerveja. Eu pensei em ir dar uma volta na cidade, comer alguma coisa, sei lá algo assim.

– Você nem sabe para qual lado é a cidade.

– Eu posso descobrir.

– Ok, eu te levo, também não estou com vontade de comer ovos estragados.

– Eu nem te pedi para vir comigo.

– Não precisa, eu estou me convidando, vamos?

– Tudo bem... e Sam e Bobby?

– Eles se viram, para que serve celular?

– Celular? O que é-

– Você tem muita coisa para aprender, vamos logo! – Disse Dean me interrompendo.