Uma Semideusa Entre Os Marotos

Loucuras no Natal - parte 3


'' A vida passa rápido demais, se você não parar de vez em quando para vivê-la, acaba perdendo seu tempo''

O caminho de volta foi normal (na medida do possível). Sirius, James e Remus tentavam tirar alguma informação de mim, ainda que o ultimo mais discretamente que os outros. Senti um ressentimento da parte de Lily, por mais que ela nunca admitiria tal coisa. Quando chegamos à casa de Jolie, a tia dela já tinha começado a fazer as coisas então só deixamos as compras na cozinha e saímos de fininho para ela não perguntar o porquê da demora.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Ficamos no jardim jogando conversa fora, quando do nada Adria se levanta e grita:

— Já sei o que vamos fazer para sair do tédio até que tudo esteja pronto!

— O que? - perguntou Beatriz.

— Falar com o Papai Noel.

— Quem? – perguntamos

— Qual é? Nunca ouviram falar do Papai Noel? O bom velhinho de óculos e barba....

— Dumbledore? – indagou Dorcas

— Não! O Papai Noel é uma criação trouxa, ele leva os presentes para as crianças na noite de Natal, e pra isso elas vão falar com ele para escolher o presente. Normalmente ele fica em lugares públicos, sentado numa poltrona vermelha, ai as crianças vão e sentam o colo dele pra falar sobre o presente que querem de Natal. – explicou Lily

— Um velho barbudo que dá presente? Estamos nessa! – exclamou Sirius fazendo um high five com James e com Remus.

— Beleza então, vamos falar com o velho pedófilo.- concordei

Levantamos e avisamos a tia de Jolie que íamos sair.

— Algum de vocês sabe onde encontrar um a essa altura do campeonato? Quero dizer, já é véspera de Natal.

— Vamos para o mundo trouxa procurar um. – decretou Adria.

### Uma Semideusa Entre Os Marotos ###

— Graças a Santa Zeusa Fabulosa! – exclamei quando finalmente achamos o velho barbudo que não é Dumbledore.

Resumindo, saímos da parte bruxa e fomos ao mundo trouxa, e ninguém sabia onde encontrar o tal do Papai Noel, e já que estávamos nos Estados Unidos e não na Inglaterra, ninguém conseguia nem se localizar. Até tentei, mas quando eu ia pra lá, ou ficava trancada em casa ou ia pro acampamento, não tinha tempo de explorar. Mas coloquei isso nas coisas pra fazer nas férias.

Estávamos numa praça coberta de neve, e bem no centro dela achamos a poltrona. Só tinha um pequeno problema: A FILA ESTAVA QUILOMÉTRICA

— Gente, nem sonhando que vamos conseguir falar com ele hoje, alguém já olhou pra essa fila cheia de crianças? – disse Dorcas.

— Então pessoal, esse passeio pelo mundo trouxa foi bem divertido e tal, mas acho que já podemos voltar né? – sugeri já dando meia volta, mas foi puxada de volta.

— É sério isso? Vamos enfrentar uma fila enorme por um velho cuja existência é duvidável? – resmungou Jolie, que como eu também estava sendo

Sim, era sério.

Ficamos uma hora e meia naquela maldita fila. E quando faltavam apenas umas quatro pessoas para finalmente ser a nossa vez, a gente se deu conta de uma coisa: Como íamos registrar aquele momento tão ‘’mágico e especial’’ já que não tínhamos uma câmera, nem trouxa nem bruxa?

Olhei ao redor a procura de uma ideia, porque eu sempre tenho boas ideias. E o que a gente precisava estava apenas a uns passos de distancia de nós.

— Hey pessoal! Acho que tenho uma ideia. – chamei a atenção das criaturas.

Acenei discretamente para um grupo de meninas, provavelmente da nossa idade. E o melhor elas tinham uma daquelas câmeras que a foto sai na hora.

— Você quer roubar? – exclamou Lily

— Claro que não! Nós podíamos pedir emprestado.

— E por que elas emprestariam a câmera a estranhos? – perguntou Adria

— Porque nós temos as pessoas mais pegadoras e encantadoras de garotas de toda Hogwarts aqui com a gente. - indiquei os três Marotos

— Me deixe fora disso pelo amor de Merlin! – disse Remus

Virei para os outros dois e fiz carinha de cachorro que acabou de cair da mudança (nunca entendi direito por que um cachorro caria da mudança, mas ok). Sirius já estava com uma cara de cafajeste e James ainda estava meio relutante, e olhou de canto para Lily, que nem prestava atenção nele.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Olha, eu sei que isso é uma total idiotice com elas, porque elas não tem nada a ver, mas vocês querem ter uma lembrança da primeira vez com o Papai Noel ou não? – sim, eu sei que estava sendo uma idiota e das piores. Mas se é

— Só para registrar, não sou esse tipo de garoto, meu Lírio. – disse James se dirigindo a Lily

— Hum.

Os dois se entreolharam e deram o sorriso galanteador. Santa Afrodite desde quando eles eram tão lindos? Sirius tinha começado a deixar o cabelo crescer e, cá entre nós, ele fica muito mais charmoso assim.

Quando eles se aproximaram, as meninas já estavam olhando para eles e cochichando entre elas. Ai, meus queridos, a magia acontece. Uma passadinha de mão no cabelo pra lá, uma piscadinha inocente pra cá e tcharan! Elas emprestaram a câmera.

E quando chegou a nossa vez, nos revezamos para tirar as fotos, todo mundo ficou olhando esse monte de adolescente de 15 anos tirando foto com o bom velhinho.

— E você minha querida? O que desejas para este Natal?

Olhei em volta e vi meus amigos brincando feito crianças na neve, sorrindo, como se uma guerra de verdade não tivesse próxima, e que nosso futuro seria incerto depois disso.

— Poder viver esse momento para sempre. – sussurrei e me levantei, correndo direto para o meio da bagunça.

Tiramos algumas outras fotos nossas antes de devolver a câmera e já que elas estavam no caminho de volta para casa, fomos todos até elas.

— Muito obrigado pela câmera! Vocês foram uns anjos que nos ajudaram – disse Sirius fingindo que era decente

Lily e eu nos encaramos e reviramos os olhos simultaneamente.

— Obrigada você, lindinho. – disse uma delas. E as outras concordaram com sorrisos bobos – Um beijinho na boca de agradecimento vindo de você não seria problema, ainda mais se for dos três rapazes.

ELE NÃO IA FAZER ISSO! NEM FODENDO!

Arregalei os olhos e olhei para o resto do grupo. Remus estava coradinho. Adria, Beatriz e Jolie estavam se divertindo com isso. James estava com um sorriso malandro no rosto. Lily e Dorcas estavam igual a mim, só que a ruiva muito mais controlada que eu.

— Só se for pra já!

NÃO ACREDITO NISSO! EU VOU ACABAR COM A RAÇA DESSE CACHORRO!

Não sei o que tava dando em mim, mas as minhas mãos já estavam fechadas fortemente, e eu estava sentindo as unhas na minha palma.

— Mas só um selinho né? Não temos tempo para shows, Sirius. – sim, eu tive que me intrometer.

— Claro.

Ele deu um selinho na primeira (eram cinco) e foi para a segunda, e foi quando James se dirigiu a elas, eu já ia fazer outro comentário, mas Lily foi mais rápida:

— Até você, Potter?

— Claro que não, meu Lírio! O meu será apenas um beijinho inocente na bochecha.

— E você, Remus? – sim, me intrometi de novo.

— Queria me desculpar com as garotas, mas acho que seria melhor não.

- Acho bom, Lupin. – disse Dorcas

Depois que aqueles acéfalos fizeram o que tinham que fazer. SIM, AINDA TO COM UM ÓDIO DELES E DAS GAROTAS DA CÂMERA. Fomos embora.

Os três patetas iam na frente comentando o dia de hoje (o Remus só parece santinho queridos, ele só não deu o ‘’beijinho inocente’’ porque a Dorcas estava lá). Depois vinham as garotas que comentavam sobre alguma coisa que eu não estava interessada. E eu ia por último, sozinha.

Ainda não entendi por que fiquei com tanta raiva por causa daquilo, quero dizer, eles pegam garotas todos os dias e eu nunca fiquei assim.

Mas você nunca vê acontecer e prefere fingir que não acontece.

Consciência, não preciso de você.

Claro que precisa, você nunca chegará a conclusão desse ciúmes sem mim.

Mas é claro que é ciúmes, eles são meus melhores amigos.

Mas a diferença do nível de ciúmes de um para o outro foi visível.

CHEGA! NÃO VOU MAIS PENSAR NISSO.

— Alguém pode checar se a gente esqueceu a Misty lá? Ta tudo tão quieto... – disse James se virando

— Infelizmente to aqui, Zé Mané.

— É que até agora ninguém gritou pra você calar a boca e parar de encher o saco – disse Sirius

Abaixei rapidamente para pegar um punhado de neve e fiz uma bola pra tacar na cara dele.

— Se eu fosse você, sairia correndo neste exato momento para não ser atacado por uma bola de neve grande e muito bem feita.

E foi assim que começamos uma guerra de bolas de neve no caminho de casa e passamos toda a noite de Natal tomando remédios e fungando.