No dia seguinte, Harry passara a tarde inteira tentando conversar com Gina e se explicar, mas a ruiva o ignorava, assim como fazia com Hermione, mesmo sem a morena saber o motivo desse comportamento.

- Ron? – Harry o chamou. – Você não está chateado?

- Chateado? Com o quê? – perguntou o ruivo arqueando uma sobrancelha, parando nas escadas para olhar o amigo.

- Pelo que aconteceu com a Mione nas férias?

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- Hmmm, bom... eu sabia que deveria estar puto contigo por ter beijado ela e tudo o mais que rolou ontem com a Gina, mas... – coçou a nuca. – Sei lá... eu senti... – Rony começou a ficar rubro. – Algo estranho quando vi você beijando ela, sei lá, cara. – Harry olhou para o amigo e riu. – Ah, Potter do que está rindo?

- Você ficou excitado, admita? – as orelhas de Rony ficaram mais vermelhas que seu cabelo.

- Argh, cala a boca! – resmungou, passando pelo quadro da mulher gorda.

- Como vocês estão? – perguntou Hermione, que estava sentada em um monte de almofadas arrumadas no chão, repleta de livros.

- Bem. – respondeu Harry, jogando-se no sofá.

- Eu terminei com a Lilá. – Rony sentou-se ao lado da castanha e tombou no meio das almofadas, deitando-se. – Já não agüentava mais ser chamado de "Uon-Uon".

- Aquilo irrita qualquer um. – falou Hermione.

- Concordo, imagino você, cara, tendo que ficar pra cima e para baixo a ouvindo chamar você de "Uo...

- Ah, por favor. – suplicou o ruivo, tapando as orelhas. – Nem comece. – Hermione riu, mas logo parou assim que viu a expressão estranha de Harry.

- Que foi? – virou-se e viu o que ele olhava, Gina estava parada com os braços cruzados olhando para ela com uma expressão de puro ódio. – Oi, Gina. – a ruiva limitou-se a encará-la por mais alguns segundos, e tomou seu caminho. – Eu não sei o que eu fiz. – virou-se para Harry. – Por que ela está me tratando assim? – Rony apoiou-se sobre os cotovelos e cutucou Harry com o pé.

- Acho melhor você contar a ela.

- Contar o quê? – Hermione olhava de Harry para Rony. Harry sentiu suas bochechas esquentarem.

- Eu não acho uma boa idéia.

- Eu acho. É melhor ela saber por você, do que pela Gina, Harry. – falou o ruivo, o moreno sabia que o amigo tinha razão.

- Será que dá para vocês me dizerem do que estão falando? – indagou a castanha, começando a ficar irritada.

- Ahnn... eu... é que... ontem... – Harry estava tão nervoso que nem conseguia formar uma frase direito, isso fez com que Rony risse. – Não ria, Ron. – empurrou o pé do ruivo que estava no sofá para o chão.

- Harry, para de gaguejar e fale logo. – mandou Hermione cruzando os braços. Até parece que é fácil, pensou Harry.

- É que ontem, eu e a Gina, Hmmm, nós estav... – Rony não agüentou ver a cara do amigo e começou a rir, deixando Harry envergonhado e Hermione com raiva.

- Pare de rir, Ronald. – disseram os dois num uníssono.

- Desculpe... é que... essa situação... é uma comédia. – explicou-se o ruivo entre risos. O moreno bufou e cruzou os braços.

- Você não está ajudando, achei que fosse meu amigo. – reclamou. Hermione não estava entendendo nada, estava mais perdida do que cego em tiroteio.

- Harry? – ela o chamou. – Me conta logo o que aconteceu, finja que o Ron não está aqui. – naquele momento o ruivo parou de rir.

- Ei, ta bom, eu paro de rir, mas não precisa me excluir, né? - levantou-se e foi para o sofá, sentando-se ao lado de Harry, ficando de frente para Hermione. – Por que não vamos dar uma volta? Tem tempos que não fazemos isso.

- Ron, já passou do horário de estarmos fora dos dormitórios. – Hermione levantou-se.

- Ah, Mi, por favor. – Harry pediu. – Nós já quebramos regras várias vezes, só essa vez. – a castanha o olhou, depois para Rony, ambos estavam fazendo carinha de cachorrinho pidão.

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- Argh, está bem. – levantaram-se e abraçaram a castanha. – Mas se eu pegar detenção mato os dois.

**********************

Caminhavam lentamente em silêncio pelo corredor, ninguém ousava quebrar o silêncio, mas foi Hermione, como sempre que começou a falar.

- Vamos, Harry, me explique logo, por que a Gina está com raiva de mim. – exigiu. Harry e Rony se entreolharam, o ruivo acenou para o amigo, que respirou fundo.

- EuestavanamorandocomaGinaegemiseunome. – falou tudo muito rápido, tanto que a castanha não entendeu uma palavra do que ele disse, Rony riu baixinho, mas sua vontade era de gargalhar.

- O quê? – indagou. – Harry, repete, por favor, devagar e de um modo que eu possa entender. – pediu Hermione, continuaram caminhando, depois de alguns passos o moreno respirou fundo umas três vezes e falou novamente.

- Eu estava namorando com a Gina e gemi seu nome. – continuaram andando, mas a castanha parou no meio do corredor. Eu ouvi direito? se perguntou. Os garotos continuaram a andar, quando Harry se virou para olhar a expressão da amiga, percebeu que ela não estava ali. – Mi? – olhou para trás e a viu parada.

- Hermione? – chamou Rony, ficaram parados se encarando por um tempo. – Você está bem? – ela estava muito parada e não falava nada. Parecia em choque.

- O... que... você... – Hermione não conseguia formular uma frase concreta.

- Mione, desculpe, mas aconteceu. – falou Harry aproximando-se da castanha. – Anda acontecendo umas coisas que não entendo.

- Que coisas? – perguntou olhando do moreno para Rony.

- Eu... eu... – o moreno olhou para Ron, quando o ruivo ia abrir a boca para falar, ouviu passos.

- Puta merda! – exclamou baixinho. – Deve ser o Filch. – aproximou-se dos amigos o mais rápido que pode.

- E agora? Se ele nos pegar aqui, estamos ferrados! – Hermione estava começando a ficar desesperada com aquela situação, Harry olhou em volta e viu uma porta.

- Aqui. – puxou a castanha pela mão e entrou, o lugar estava escuro e havia... – Acho que é um armário de vassouras. – informou baixinho, encostando-se á parede e puxando Hermione para si, logo em seguida Rony entrou e fechou a porta. Além de o lugar ser escuro e estar repleto de vassouras, era apertado, fazendo assim com que a garota ficasse prensada entre os dois. Hermione agradecia por estar escuro, assim não precisava olhar para nenhum deles.

- Isso é tão desconfortável. – murmurou mais para si do que para eles.

- Shhhh! – ambos exclamaram para que ela se calasse, já que o barulho de passos no corredor aumentava.

- Você ouviu alguma coisa, Madame Nora? – Filch perguntou a gata, um ronronar alto e até meio agressivo saiu como resposta. – Esses moleques! Deixe-me pegá-los! – os passos no corredor foram se distanciando. Rony virou-se um pouco de lado, colocou a mão na maçaneta e a girou, mas... nada aconteceu.

- Ops!

- O que foi? – sussurrou Hermione.

- A porta está trancada.

- O quê? – a castanha e Harry quase gritaram. – Harry, cadê sua varinha? – a castanha moveu-se lentamente, encostando quase que imperceptivelmente em Rony, mas o ruivo percebeu e respirou fundo. Calma, não é a Hermione, não é a Her... puta merda, pensou.

- No meu bolso, pode pegar. – como Harry estava segurando Hermione, não tinha como pegar sua varinha, e o mesmo não queria tirar suas mãos da cintura da amiga. – Só que... no bolso traseiro. – ele corou, a castanha gemeu baixinho. Só pode ser brincadeira, pensou.

- Se afaste eu pego. – Harry grudou seu corpo um pouco mais ao de Hermione que tremeu, tateou os bolsos dele timidamente. Que bundinha durinha, pensou maliciosamente. Tateou mais um pouco, mas não havia varinha nenhuma ali.

- Ei, não é para ficar me apalpando, não Mi. – Harry falou num tom de brincadeira, mas fez Hermione recuar na hora, com esse movimento sentiu algo em suas costas, perto de suas nádegas.

- Ron? – chamou num sussurro.

- Oi? – a voz dele saiu baixa e... rouca.

- Diga, por favor, que isso que estou sentindo é uma vassoura. – pediu, querendo acreditar nisso. Harry soltou um risinho baixo. – Não ria. – a castanha deu um tapa no peito do moreno.

- Desculpe, Mione. – pediu Rony, devido a sua "situação". – Foi meio inevitável.

- Aí, Merlin! – com vergonha Hermione escondeu o rosto no peito de Harry, que não podia estar mais feliz com o ato, por mais que não tenha durado muito tempo, pois ela afastou-se e falou: – Sua varinha deve ter caído, Harry.

- Onde está a sua? – perguntou mexendo-se, estava começando a ficar difícil raciocinar com ela tão próxima.

- No quarto, não achei que fosse sair. Ron, e a sua?

- No bolso. – respondeu o ruivo, depois deu um suspiro. – Não, eu deixei no quarto, droga. Temos que achar a varinha do Harry logo, pois está ficando difícil ficar aqui. – Leu meus pensamentos, pensou Harry. Hermione nem sabia o que pensar, mexeu-se novamente, mas parou, sentiu algo perto de sua perna na parte da frente.

- Isso é brincadeira, não é? – sussurrou. Ninguém ousou dizer nada, ela sentia a respiração de Rony contra sua nuca e a de Harry contra seu pescoço. – O que exatamente está acontecendo entre a gente? – nenhum dos dois respondeu, sentiu-se sendo mais prensada ainda, a boca de Rony foi contra o ombro de Hermione, beijando-o delicadamente.

Harry tomou os lábios da amiga com avidez, à língua pediu passagem e rapidamente à castanha atendeu ao pedido dele. A boca de Harry buscava a de Hermione num misto de prazer, amor e luxúria, tudo o que ele mais queria estava ali, em seus braços. Separaram-se lentamente, Hermione estava ofegante, o moreno direcionou seus lábios ao pescoço da garota e o chupou fortemente, queria deixar sua marca.

Rony foi subindo os beijos pelo pescoço de Hermione, a castanha virou o rosto e ele a beijou, suas línguas brincavam uma com a outra. Sua mão apertou a cintura da castanha, que gemeu entre o beijo. Harry tirou sua mão da cintura de Hermione e começou a subir por sua barriga, por debaixo da blusa, isso fez com que a garota suspirasse e se afastasse de Ron.

- Sua... varinha. – falou ofegante.

- O quê? – perguntaram.

- Precisamos achar sua varinha, Harry e sair daqui. Agora. – mandou. Nenhum dos dois ousou a questioná-la, Hermione afastou-se mais um pouco de Harry, para que ele pudesse abaixar-se e tentar achar sua varinha. Rony quase teve um troço quando a castanha aproximou-se mais de si, mas fez o possível para se manter controlado. Harry abaixou-se com dificuldade e colocou-se a procurar sua varinha, demorou um tempo até encontrá-la, mas a achou próxima a parede, e entregou-a para Hermione que realizou um feitiço não-verbal para abrir a porta.

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Assim que saíram, Hermione escorou-se na parede mais próxima e escorregou até o chão, respirando com dificuldade devido às lágrimas que ameaçavam a cair.

- Vocês não podem fazer isso comigo, com vocês. – falou com a voz embargada. – Eu... nunca... vocês são meus melhores... amigos. – Rony olhou para Hermione no chão e respirou fundo, abaixou na frente dela e segurou sua mão.

- Eu sempre fui apaixonado por você, Mione, só... não tinha coragem de admitir. – a castanha o encarou, nunca imaginou que ele admitiria; Harry olhou-os, era isso então que estava acontecendo com ele, foi até a amiga e sentou-se ao seu lado.

- Eu estou apaixonado por você. – admitiu em voz baixa, mais para si mesmo. Hermione virou o rosto rapidamente para encarar o moreno, ele a olhava de uma forma que nunca havia antes, ela gemeu e abaixou a cabeça.

- Mi, nós sempre estamos juntos e isso fez com que... nossos sentimentos ficassem mais fortes e... mudassem. – o ruivo sentou-se do outro lado da castanha.

- Ainda mais depois das férias. – completou Harry.

- Mas... mas eu nunca iria... conseguir escolher entre vocês dois. – soluçou. – Nunca iria conseguir ficar com um pensando que estaria magoando o outro. – abraçou os joelhos e apoiou a cabeça neles.

- Quem disse...

- Eu sabia! – os três levantaram-se sobressaltados, Filch os olhava com um sorriso estranho no rosto, enquanto no seu colo Madame Nora ronronava. – Sabia que havia vermes da Grifinória por aqui. Todos em detenção!

- Mas... – Hermione ainda tentou argumentar.

- Sem mas, senhorita. Agora, sumam da minha frente. – Hermione olhou para Harry e Rony como se dissesse "eu sabia que isso iria acontecer", eles simplesmente deram de ombros e acompanharam a amiga para o dormitório.