Depois da confusão que o Tom fez Amy não olha nem na minha cara, e nem faz questão. Em todo lugar ela me evita, por mais que eu tente explicar a verdade ela não me escuta, e nessa historia eu sou o mal. Aquilo estava sendo agonizante vê-la e não poder falar com ela, se ao menos me desse uma única chance de me explicar.

Fazia dois dias que eu não via no jardim de manhã ou de noite, parecia que ela sabia que eu estaria ali esperando por ela, talvez se eu tentar dizer a verdade mesmo ela não querendo, no maximo que eu vou ter é um tapa na cara ou ser expulso. É isso, só espero o momento certo para fazer, e qual é o momento certo?

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Depois do almoço caminhei em direção ao seu quando dei de cara com ela no corredor, a mesma me olhava curiosa e logo depois a raiva e tristeza invadia seu olhar, tentei encontrar as palavras, mas foi tarde de mais,ela voltou a andar me deixando sozinho ali.

–Amy?- corri em sua direção.

–Não temos nada pra conversar Bill- ela continuava a andar sem ao menos se virar para mim

–Por favor, me deixa explicar ao menos, você nem precisa dizer nada.

–Estou atrasada para a aula Bill, adeus.

–Droga- sussurrei.

O que deu em mim? Nunca fui de desistir e agora eu to fugindo, não ela precisa saber que não tive nada a ver.

Como eu sentia falta do seu sorriso, das conversas de baixo da arvore e de quando a gente fugia só pra ver as estrelas, do seu olhar cheio de brilho. Muitos estariam dizendo que eu a amo, mas não é isso eu sinto um afeto a ela, uma vontade de cuidar dos males que vive lá fora, só que isso já não se é possível, já que ela não da uma oportunidade para mim.

POV Amylle

Como uma pessoa que se diz ser seu amigo faz uma coisa dessas, eu acreditava e confiava nele.

Os dias parecia ser uma eternidade. A minha vontade era de estar lá fora sentindo o cheiro do ar, da grama, de tudo,mas sabia que a possibilidade de ver o Bill vai ser maior do que ficar aqui no quarto.

Era de noite, olhei pela janela, estava pronta para ir até meu cantinho, até perceber que havia gente e que esse se dava ao nome de Bill, resolvi ficar ali na janela mesmo. Na noite do dia seguinte a mesma coisa isso estava me cansando, fora ás tentativas de vir falar comigo.

Estava a caminho da sala da Sra. Garber quando Bill apareceu, ele parecia eufórico, tentava dizer algo, e nada saia, estava ficando impaciente, dei o ombro e sai andando, e para melhorar cheguei atrasa na aula, parabéns Bill por isso também.

Mais um dia se passou, depois da minha higiene matinal, coloquei uma roupa mais quente apesar de estar com sol lá fora, esperei que todos terminassem o seu café da manha para poder ir, ao abrir a porta dou de cara com o Tom que mantinha a mão erguida como se fosse bater na porta, eu o encarei.

–Hã, Amy...

–É Amylle- disse agressiva

–Que seja, vim pedir desculpas a você...

–É um pouco tarde para isso- retruquei

–Você gosta de interromper os outros, enfim, não foi culpa do Bill, fui eu, só disse que foi ele por impulso.

–Não vem defender ele ok, aliás, eu preciso tomar meu café, adeus.

Voltei a andar deixando- o para trás, não queria saber nada do Bill e de ninguém, pensei que ele era meu amigo e que poderia confiar nele, mas eu me enganei,não se pode confiar em niguem, só na Julie.

Queria que eles não tivessem vindo assim eu não iria sofre a toa, mas ao mesmo tempo fico feliz por te- lo conhecido, ai droga estou confusa e se o que o Tom disse for verdade e eu esteja errada sobre ele, e agora?

Seja o que for vou deixar pra amanhã.


POV Tom

Que merda eu fiz, o Bill estava tão feliz e eu estraguei tudo, talvez ele esteja certo, era melhor ter ficado do que causar problemas a ele, eu sou um problema na vida dele, e se eu tentar consertar fazer os dois se conciliarem, eu fui o culpado então é o meu dever concertar e tambem vou me sentir melhor.

Depois do almoço vou por em pratica meu plano, espera ai, não tenho um plano, de volta a estaca zero. Quer saber eu vou falar com os dois e depois vamos ver no que vai dar, só espero que de certo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

POV Amylle

Nunca fiquei tanto tempo dentro do quarto, pra quem vivia no jardim isso foi uma mudança radical, tenho medo de que se eu for eu encontre um rosto familiar e me faça lembrar do que aconteceu, por fora posso até parecer que isso passou, mas dentro é como se vivesse aquele momento todo segundo, como se fosse para não esquecer nunca mais

–Amylle?- Julie entrou no quarto- Tudo bem com você?

–Claro, por que não estaria?- dei um sorriso forçado.

–Não adianta fingir que está tudo bem, por que eu sei que não está.

–É você me conhece melhor do que ninguém- olhei de escanteio.

–Se você fica desse jeito vai acabar com depressão, não quer que isso aconteça de novo, não é?- neguei - Ótimo, então vai dar uma volta lá fora

–Hoje não, quero ficar aqui dentro amanhã eu vou, prometo

–Ok, mas é pra ir mocinha.

Deitei na cama e coloquei a mão em uma corrente minha. De quem eu ganhei você? Será que foram dos meus pais? Queria tanto saber.