Uma Garota Fora Da Lei
Capítulo 13
Acordo com algum celular tocando, abro os olhos e era o do Pedro.
- Acorda Pedro. – Ele murmura alguma coisa – Pedro acorda.
- Não!
- Seu idiota, o seu celular. – Ele abre os olhos e atende sonolento
- Alô? – Ele começa a conversar com alguém, que eu não faço a mínima de saber quem era, levanto-me da cama e vou até a mala que eu trouxe – Tá, tchau! Emily... É melhor vestir logo a roupa, ou eu vou te atacar...
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Ai que medo. – Pego uma blusa e um short.
- Sonhei com você.
- Por isso... - Digo
- O que?
- Esquece...
- Hã?
- Nada de mais... To pensando alto.
- Você está ficando louca, acho melhor sair daquele internato.
- É o meu sonho.
- Então... Você ficou com aquele tal de Luther.
- Quase.
- Nossa, anda arrasando corações assim, é?
- Pois é, às vezes é ruim ser sexy demais, ninguém resiste à você.
- Retiro o que eu disse, você se acha de mais.
- Imagina.
- Sabe com quem eu estava falando? – Ele levanta e começa a vestir a roupa.
- Tenho cara de adivinha?
- Felix.
- Ai meu Deus, mudou minha vida.
- Hoje tem uma festa. – Viro-me para ele encarando suas “curvas”. Só que na barriga e no peito. Depois de acordar de um transe.
- Oi?
- Festa Emily, sabe? Onde as pessoas bebem, dançam...
- Idiota – Jogo um travesseiro nele – Me informe mais…
- Então, o Felix me disse que hoje a turma vai, e como você está aqui, vamos também.
- Bom... Eu não sei, depende.
- Emily, é de uma festa que eu estou falando. E você gosta de festas, então...
- Eu vou Pedro, fique tranquilo – Termino de vestir a roupa, agora vai embora.
- O que? Mas eu queria tomar café.
- Você tem casa, pais, comida, então tchau! – Abro a porta e o puxo para a porta – Passe aqui ás oito.
- Pode deixar, mas antes... – Ele se aproxima, claro que para me beijar, mas eu me afasto.
- Nã-não, sua chance já se foi.
- Vou matar o Luther.
- Eu mato com você – Ele pisca e solta um beijo e vai descendo as escadas,assim que ia fechar Lara aparece na porta.
- Bom Dia!
- Já acordada? Mas hoje é sábado.
- Eu sei, mas eu queria aproveitar o tempo com você – Ela sorri.
- Ai que linda Lara, mas não fica muito fofa, sabe que eu odeio isso.
- Tudo bem. – Ela entra – O que você e o Pedro estavam fazendo?
- Nada que importe para a sua idade. – Digo indo para o banheiro, depois de me arrumar saio e volto para o quarto. – Vamos descer? – Ela concorda e descemos.
- Bom dia Lara, Emily – Minha mãe diz, Lara responde, já eu...
- Emily, a mamãe disse...
- Eu sei o que ela disse. Mas não estou afim de responder.
- Até quando vai durar isso Emily?
- Até eu morrer mãe, fica tranquila, quando eu morrer você não vai precisar mais se preocupar com uma filha delinquente, ok?
- Se você continuar com essas pessoas, não vai demorar muito para isso acontecer.
- Se é isso que você tanto quer. Por que se preocupa? – Pego um pedaço do bolo e vou para a sala. Quando chego alguém toca a campainha, eu vou até lá.
Assim que abro.
- PAI! – Pulo em seu colo o abraçando, posso dar uma de criança, tá?
- Emily, sinto muito lhe informar, mas você cresceu, e ficou muito pesada.
- Ah pai, o senhor aguenta. – O solto e Lara o abraça.
- Como está no internato?
- Um inferno.
- Emily, vai dizer que não fez nada de legal lá? – Ia responder, mas...
- Á não ser arranjar encrenca todos os dias, você fez algo legal Emily? – Minha falou, eu me virei e a encarei séria.
- Escuta aqui mãe, o meu pai, falou comigo, então quem devia responder era eu, tá? Não precisava falar nada porque se alguém fosse falar eu falaria.
- Por mais ruim que isso seja, eu ainda sou sua mãe Emily, e você tem que me respeitar.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Se você me respeitasse, eu também lhe respeitaria.
- Primeiro eu Emily, sou sua mãe.
- Infelizmente. – Olho para o meu pai – Pai eu quero ir para a sua casa, eu não quero ficar aqui mais um dia.
- Eu sinto muito Emily, eu vou viajar amanhã.
- Melhor ainda que eu fico sozinha.
- Não vai dar, a Poliana vai está lá, e você não gosta dela. - Poliana é a atual do meu pai, odeio ela.
- Argh! Tudo contra mim, ok então. – Dou as costas e vou subindo a escada.
- Emily Moore, você mudou tanto né? Por que isso hein? Por que não pode ser gentil e doce com as pessoas, porque não pode ser educada, e amar alguém hein? Por que tem que ser assim? Se pelo menos você fosse menos “rebelde” todos gostariam de você. – Viro-me para minha mãe.
- Se está achando ruim aqui mãe, a única culpada aqui é você mesma, se não lembra, vou te fazer lembrar, foi você quem me educou e... Digamos que não é um bom exemplo para uma filha crescer com uma mulher que traiu o próprio marido. – Dessa vez continuo subindo e vou para o quarto.
E eu pensando que o internato que era o inferno, mas pensando bem, é nessa casa que é mesmo.
Depois de alguns minutos deitada, com meu fone no máximo, Lara entra no quarto, e faz um sinal para eu tirar o fone.
- O que é?
- Pode me levar para passear com o Nescau?
- O que? Ele é um gato.
- E?
- Ele passeia por onde ele quiser.
- Mas eu quero que você passeei comigo.
- Lara... Fala sério.
- Eu estou falando.
- Tudo bem, eu vou, mas vai ser bem rápido.
- Ok!
Saio do quarto e assim que passo pela sala minha mãe vai falando.
- Seu pai deixou dinheiro para você, está ali em cima, só espero que não use com drogas.
- Menos Carmem, você sabe que eu não faço isso.
- Podemos esperar de tudo de uma filha delinquente.
- Poderia te responder, mas prefiro ignorar. – Pego o dinheiro e abro a porta – Vamo Lara.
- Só espero que não leve sua irmã para o mal caminho.
- Fica tranquila, eu não sou você – Fecho a porta e vou andando, Lara vai com o gato na coleira, já disse que minha irmã é doente? Pois é.
Continuamos andando e ela corria de um lado para o outro arrastando o pobre gato. Meu celular vibra era uma mensagem do Pedro.
“Onde você está?”.
Eu respondo.
No Parque central com a Lara.
Dando uma de irmã mais velha super gente boa é?
Quem dera, eu estou apenas a observando correndo de um lado para o outro com o coitado do gato.
Sua irmã é maluca.
Eu sei, ela é minha irmã.
Pois é, eu vou passar em sua casa ás oito e meia, ok?
Esperando.
Não conversamos mais, fiquei um tempão com a Lara no parque, parece que aquela menina não cansa.
- - -
Devia fazer mais ou menos uma hora e meia que Lara corria de um lado para o outro, e não estou exagerando.
Não mesmo.
- Lara! Vamos para casa, eu estou morrendo de fome. – Ela corre até mim
- Não quero ir para casa agora.
- Eu sei, a mamãe é chata, mas temos que ir.
- Não quero, por favor.
- Mas eu quero comer.
- Vamos comer em um restaurante por perto, eu não quero ir agora.
- Tudo bem, mas você vai me devolver o dinheiro que gastar hein? – Ela ri
- Tudo bem.
Vamos andando, e assim que chegamos á um restaurante...
- O gato não pode entrar. – Eu olho para Lara.
- Por que não? Ele também é um ser vivo, ele tem direitos aqui – Lara diz e eu rio.
- Calma Lara, o gato não pode entrar, vamos para casa.
- Você está dizendo isso porque não quer gastar seu dinheiro.
- Não é isso não, vamos logo.
- É sim, olha aqui moço da recepção, você é um idiota, o gato pode entrar, você que não quer deixar, deixe o gato entrar logo, antes que eu arranque sua cabeça.
- Escuta aqui pirralha...
- Ei, ei, não fale assim com a minha irmã.
- Pelo que eu estou vendo ela puxou a você, porque parece outra pirralha.
- Repita o que disse.
- Você é uma pirralha.
- Acho bom parar de falar assim
- O que vai fazer? Me bater?
- Depende.
- Sai daqui ás duas por favor, além do mais, não é só o gato de animal que tem aqui, então nenhum pode entrar.
- Nunca mais diga isso – Pulo no pescoço dele e começo a bater, é... Emily voltou.
- Me solta sua doente.
- Bate Emily, bate nele, chuta. – Lara gritava enquanto eu continuava batendo. – Espanca esse idiota.
- Sai e cima de mim, socorro – Ele gritava e eu dou um tapa na cabeça dele.
- Seu idiota, da próxima vez que me chamar assim, eu te mato – Continuo batendo, até que alguma força me puxa para cima. Viro-me.
- Quem é o idiota que... Policial Robert?
- Nos encontramos mais uma vez senhorita Moore.
- Sabia que sentiria saudades.
- E eu pensei que tinha desistido dessa vida de delinquente.
- Não mesmo.
- Vamos as duas para casa – Ele pega meu braço e pega Lara.
- Mas a bagunça que ela fez aqui? – O cara que eu bati pergunta
- Faça o que for preciso, mas dessas duas aqui pode deixar que eu dou um jeito.
Ele me coloca no carro com Lara, e o gato...
Ele liga e vamos para casa.
- Que legal, tinha até esquecido como é andar em um desses – Comecei a rir.
- Até quando vai ser assim Emily?
- Até eu dizer chega.
- Não cansa mesmo de se encrencar né?
- AH fala sério! Eu não fazia nada em sete dias, o que quer?
- Que pare com isso, seja uma jovem como qualquer outra, feliz, e sem se envolver em brigas a casa cinco minutos.
- Fica tranquilo, um dia eu melhoro.
- Assim espero.
Depois de mais alguns minutos chegamos em casa e minha mãe estava na porta, ela se assusta por eu e a Lara chegarmos em um carro de policia.
- Não creio, o que a Emily fez? – Ela pergunta segurando Lara.
- Nada, apenas vi as duas andando pela rua e decidi dar carona para casa – Eu olho para ele com o cenho franzido e ele pisca, eu pisco de volta.
- Ai que bom.
- Viu mãe, devia confiar mais em mim. – Entro em casa – Ou não – Digo e subo para o quarto.
--
Acordo por livre e espontânea vontade, olho as horas no celular.
- Sete e meia? – Quase grito – Merda! – Levanto correndo e vou para o banheiro.
Começo a tomar um banho e logo depois me arrumar.
Fico uns vinte minutos em frente ao espelho tentando achar uma calça e uma blusa que caísse bem em mim. Mas não, tinha que ficar tudo feio.
Alguém bate na porta, vou até ela e abro.
- O que Lara?
- O Pedro está ai em baixo!
- Mas já?
- Sim.
- Merda.
- Por que está de short e sutiã? Vai me dizer que vai sair assim?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Claro que não né, eu ainda não tenho uma roupa.
- Deixa eu te ajudar.
- Nem pensar, é capaz de me obrigar a usar vestido novamente.
- Não, eu te ajudo sem vestido.
- Eu não estou conseguindo achar uma roupa, e você consegue?
- Aprenda com a sua irmã. Sou muito experiente nesse assunto a muito tempo.
- Desculpa ai idosa.
Ela começa a mexer na mala e no guarda-roupa, eu apenas observo a senhorita experiente em moda escolher uma roupa.
- Achei! Vista isso.
- Não! Ridículo.
- Não é vestido, não é saia. Vista.
- Lara entenda, eu que vou vestir, e isso está... Vulgar.
- Fala sério, é apenas uma jaqueta, blusa, short, e salto.
- Emily! – O Pedro grita do andar de baixo.
- Ele está impaciente, então acho melhor agilizar.
- Você é esperta Lara.
- Eu sei – Ela sorri e me entrega a roupa.
Depois de vestir, e a minha irmã caçula me obrigar a encher a cara de maquiagem.
- Minha nossa, Lara... Quantos anos você tem mesmo hein?
- Semana que vem nove, eu sei, sou muito experiente para minha idade – Eu mostro a língua para ela.
- Agora está linda, vá lá e arrase. – Ela coloca a mão na cintura e inclina o pescoço.
- Ninguém te merece menina.
- Ah merece sim. – Descemos a escada e Pedro andava de um lado para o outro da sala.
- Com pressa Pedro? – Pergunto.
- Mas é claro, você demo... – Ele me examina de cima a baixo – Depois da festa quero te apresentar o meu quarto.
- Pedro, a Lara está aqui.
- Tudo bem, eu sei muito bem o que os jovens hoje em dia fazem depois de uma festa – Ela sai da sala.
- Sua irmã tem quantos anos mesmo?
- Eu não sei – Digo rindo – Vamos logo.
- Vamos.
- Aonde vão? – Viro-me e encaro minha mãe
- Sair.
- Para onde?
- Uma festa, desde quando se preocupa.
- Eu só espero que não chegue em um carro de policia.
- Não prometo nada – Digo saindo e batendo a porta.
Entramos no carro, estava apenas eu o Pedro.
- Onde está o resto do pessoal?
- Deve está lá já.
- Ah! Ok então.
- Você está tão sexy.
- Eu sei, eu vi no espelho.
- Até parece que você gostou de vestir isso.
- Me conhece bem.
- Cada pedacinho.
Reviro os olhos e continuamos o caminho em paz.
Até que chegamos a casa onde estava rolando a festa.
- Vem! – Depois de estacionar o carro saímos e entramos na casa onde o som tocava, pessoas dançavam e se comiam. Em pleno a pista de dança. Mas não vou dizer que nunca fiz isso – menos a parte do se comer.
- Vão querer beber algo? – O homem cujo não sei o nome pergunta assim que eu e o Pedro sentamos.
- Eu vou querer Vodka. – Pedro diz
- E você docinho?
- Até o momento nada. – Digo e ele sai
- Emily Moore não querer nada? – Olho para trás, e Felix falou rindo.
- Pois é, acho que hoje eu vou ser a responsável do grupo.
- Você? O que houve? Depois que se misturou com aquele pessoal ficou mansa? – Ele continua.
- Claro que não. Nunca.
- Então por que não bebe?
- Porque eu não estou com vontade.
- Ah! O bebê está com medo de ficar bêbada e quando chegar em casa mamãe brigar, é isso? – Ele diz e Ana junto com Victoria e João riem.
- Não é isso. Para Felix.
- Tome. – Ele me entrega um copo – Beba.
- Não quero.
- Felix ela não quer. – Pedro diz.
- Fica quieto Pedro, beba!
- Eu não quero – Aumento o tom de voz.
- Seria uma pena se algo muito ruim que você já fez chegasse ao ouvido de autoridades maiores não é?
- Você sabe de toda a historia, então fique quieto, e não precisa me ameaçar para beber nada. Eu bebo. – Eu peço um copo ao garçom e ele coloca uma bebida que eu nem ao menos sabia o nome.
- Bebe – Ana diz.
Eu sorrio e viro o copo de vez na boca.
- Agora o bebe é rebelde – Digo rindo – Não preciso de ninguém me desafiando para nada Felix, eu sei o que eu faço. Mas tome cuidado, também sei ameaçar.
Digo por fim e puxo Pedro para dançar.
- Do que vocês estavam falando?
- Nada de mais – Digo e pego mais um copo da bandeja que o garçom trazia.
- Acho melhor moderar Emily.
- Que nada – Rio e continuo dançando, e mais um copo, mais um... E mais um, começo a ri do nada.
- Emily você está bem? Eu acho melhor parar nesse copo – Ele puxa o copo de minha mão e eu faço voz de choro.
- Me devolve.
- Nem pensar, eu quero, me dá logo.
- Não!
- Vou chorar! – Começo a gritar no meio da pista de dança.
- Para Emily, vem logo.
- Me solta – Me solto dele e corro para dentro.
- Vem Emily, você está alterada demais. – Começo a ri de novo
- Não estou não - Ele me puxa de novo.
- Espera – Grito – Minha música preferida, eu tenho que dançar – Solte-me dele mais uma vez e saio correndo para a pista, ou melhor, para cima de uma das mesas e começo a dançar.
Todos começam a prestar atenção em mim e eu estava gostando, então continuo dançando. Pedro fazia um sinal para que eu descesse, mas ignoro.
Continuo dançando e tiro o casaco rindo. E jogo para o ar.
- Emily, desça – Pedro diz.
A música fica mais envolvente e eu continuo.
Minutos que Pedro tentava me tirar, eu continuava a dançar. E no fim, algo me atinge na cabeça. Eu caio sobre a mesa. Coloco minha cabeça para fora e começo a vomitar. Não lembro de mais nada, só sei que eu cai na escuridão.
- - -
- Emily? Acorda! – Murmuro alguma coisa – Emily!
Abro os olhos devagar e olho em volta. E depois para o dono da voz.
- Policial Robert? De novo?
- Sim... De novo.
- O que foi agora? Eu estou quieta.
- Acontece que essa festa estava causando encrenca.
- E?
- Chamaram a policia, você foi a única que não saiu correndo.
- Acho que eu dormi, do nada.
- Não, na verdade essa garrafa te atingiu, acho que foi na hora que chegamos, todos saíram correndo.
- Percebi, Pedro, aquele gay me paga.
- Que Pedro?
- Esquece, me leva para casa?
- Vamos.
- Eu levanto e vamos para o carro.
- Que horas são?
- Duas da manhã.
- Mas já? – Cambaleio algumas vezes, acho que o álcool ainda está sobre efeito.
- Cuidado para não cair.
- Impossível. – Seguro-me a ele e entramos no carro, minutos depois, quando já estávamos no caminho ele diz.
- Emily você tem falado com o Felix?
- Por quê?
- Ainda estamos investigando ele, acho bom se afastar.
- Sabe que eu não posso, eu estou envolvida, e se eu me afastar ele pode fazer algo comigo.
- Errada foi você em se juntar a eles.
- Não, eu não fiz nada, ele fez.
- Mas você foi cúmplice.
- Eu tentei evitar, e todos acham que eu ajudei.
- Você sabe o que fez Emily, todos sabem.
- Sim, todos sabem, mas não a verdade – Digo me virando para a janela e encarando as paisagens.
Vou tentar resumir a historia.
Logo quando eu comecei a me envolver com o Felix, ele cometeu um crime, e eu estava com ele na hora, mas eu tentei evitar, mas... Não consegui, e como eu estava na hora exata que ocorreu, eu e ele somos principais suspeitos, quer dizer... Só eu, já que ele fugiu, apenas o Robert sabe que foi ele, mas ele não contou, porque... Eu não sei, e até hoje me investigam, e eu faço de tudo para não entregar o Felix, porque se não quem se ferra na historia sou eu.
Mas até quando eu vou segurar... Não sei.
- Chegamos. – Ele diz.
- Eu sei – Saio do carro, e vou para porta de casa. Toco a campainha e bato na porta milhares de vezes
- Isso é hora de chegar Emily?
- Para de se preocupar só porque o policial está aqui, todos sabemos que você não liga para mim.
- Que mal cheiro é esse? Você estava bebendo?
- Algo contra?
- Entre aqui agora Emily, agora.
- Tchau Robert, até a próxima.
- Até. – Ele sai
- Escuta aqui Emily.
- Não começa mãe, por favor, eu sei o que eu fiz, eu sei com o que eu me meti, eu sei o que eu bebi, e com quem eu estou me envolvendo.
- Pois parece que não sabe, quantas vezes você se encrencou com esses seus amigos hein? Quando vai parar?
- Quando eu cansar mãe, fica tranquila, por mais que eu seja assim. Eu sou consciente.
Subo para o quarto e me jogo na cama.
Olho no celular e vejo uma mensagem do Pedro.
“Desculpa ter saído sem você, você desmaiou em cima da mesa, alguém jogou uma garrafa – de água – em você, a policia chegou e eu tive que sair, sinto muito, até amanha, beijos.”
- Uma merda. Me esquece, idiota.
Penso alto, um pouco demais.
Pois é, a cada dia que passa as coisas estão ficando mais complicadas. E eu apenas me ferrando cada vez mais.
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