Uma Escolha de Amor e Destino

Capítulo 2 - Por outro lado, agora uma nova vida.


Cinco anos depois,

Danbury - Connecticut.

- Tia Bella!

- Olá pequena, como está? – peguei a garota em meu colo.

- Não sei.

- Hum já sei. – disse colocando uma mão no queixo. – Acho que a irmã Madeleine fez algo. Não foi?

- Ela disse que tenho que tomar banho mais eu não quero. Eu quero assistir o desenho.

- Nessie, querida, terá que ir tomar um banhinho, pra ficar bem cheirosinha pra mim.

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- Mas tia Bella, me leva para o parque depois do almoço?

- Levo sim, mas só se ficar bem cheirosinho.

- Ta bom.

Nessie me deu um beijo estalado na bochecha e correu para dentro do orfanato atrás da irmã Madeleine.

Nessie era a filha que eu desejaria ter já que não podia mais ter filhos por causa do que eu perdi, não poderei nunca mais sentir o que é ser mãe, nunca mais.

Quando sai de Forks há quatro anos e meio atrás prometi a mim mesma que nunca mais iria sofrer por ninguém, nem mesmo ficar me lamentando pela criança, mas foi muito difícil no começo. Por isso quando cheguei aqui em Danbury fui atrás de um emprego no orfanato local onde as irmãs me receberam de braços abertos. No começo morei em um dos quartos da enorme casa, mas depois juntei o que tinha e comprei um pequeno apartamento perto do orfanato.

Eu amo todas essas crianças que vivem nesse orfanato, todos que foram e os que chegaram e ficaram por aqui. Sempre falava que eram os meus bebes e meus filhos. Sempre os tratei desta maneira, mas a que eu mais tratava como filha era Nessie. Ela por incrível que pareça tinha os meus olhos e o seu tom de cabelo era muito parecido com o de Edward, por isso eu a tratava como minha filha, a filha que nunca tive. E por mais que eu lutasse para não lembrar da criança eu lembrava toda vez que olhava para Nessie, mas essa garotinha era uma droga para mim e eu já não me imaginava longe dela. Estava com um processo para adotar Nessie, mas isso estava demorando um pouco já que eu não era casada e tinha apenas 23 anos, teria que passar muita confiança a assistente social para poder adotar Nessie, era o que eu mais queria e o que Nessie mais desejava.

Caminhei devagar pelo grande corredor até chegar à sala da irmã Madeleine, diretora do orfanato. Abri a porta e a encontra sentada em cima da mesa olhando para a janela e tomando uma xícara de chá.

- Entre Bella – ela disse.

- Como sabia que era eu? Sendo que eu nem fiz barulho com a porta! – disse.

Ela levantou da mesa e se sentou na cadeira colocando a xícara vazia em cima da mesa.

- Tenho uma ótima noticia a você.

Quando abri a boca para falar algo ela me cortou.

- E antes que pergunte, Nessie passou aqui e disse que você estava aqui. Então pensei que gostaria de saber como anda o processo.

- Você tirou as minhas palavras, irmã!

- Então, Nessie fará falta nesse orfanato, mas sabemos que ela ficara bem com você.

- Não acredito irmã. Quando saiu? – disse com as mãos na boca.

Não acreditava agora eu e Nessie poderíamos ser felizes para sempre, nós duas, uma família perfeita.

- Hoje de manhã. E como sou uma ótima patroa de dou o dia inteiro de folga para ajudar Nessie arrumar as coisas e sair com ela.

- Obrigada irmã. Não tenho palavras! – disse derramando enormes lagrimas no rosto.

- Com um abraço iria ajudar muito, pois gastei muitas palavras com a assistente.

Madeleine abriu os braços e eu corri para abraçar aquela senhora que mostrava varias rugas pela sua idade, mas que carregava um coração mais puro que o meu.

- Vou arrumar as coisas da Nessie. Obrigada mesmo Madeleine.

- De nada minha filha.

Corri pelos corredores daquele prédio antigo e já fui pegando a mala e colocando as roupas de Nessie na mala. Quando ela saiu do banheiro e viu arrumando a mala ela ficou parada me fitando e não disse nada. Parei de arrumar a mala, me sentei na cama enquanto ela caminhava até mim. Peguei-a e sentei-a no meu colo.

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- Sabe Nessie tenho que te contar uma coisa. – disse alisando o vestidinho lilás que ela colocara.

- Eu fui adotada por outra pessoa tia? – perguntou com lagrimas nos olhos.

- Eu acho que é estranho você chamar a sua mãe de tia agora.

Ela não disse nada e me abraçou forte e chorou.

- Mamãe, eu te amo tanto.

- Oh Nessie, já está me chamando de mamãe? Achei que seria difícil pra você.

- Que nada, você cuidou de mim desde quando eu me entendo por gente.

- Ah minha filha, se fosse possível eu faria tudo de novo para você.

- Agora eu sou Nessie Swan.

- Lindo nome, minha garota. Mas agora deixa eu amarrar esse seu cabelo lindo.

Nessie virou de costas enquanto eu penteava o cabelo dela e amarava em um coque alto.

- Mamãe quando vou conhecer os meus avós?

Agora Nessie me pegou, fazia anos que eu não voltava a Forks anos que não via os meus pais, anos que não via o meu irmão, anos que não via Edward.

- Que tal pegar um avião amanhã cedo?

- Ótimo, mamãe.

Hoje era sábado, já estávamos em um táxi que aluguei quando chegamos a Port Angeles. Nessie estava toda empolgada por conhecer os meus pais e eu preocupada com a reação deles. Nessie estava agitada, não parava de se mexer perguntando toda hora se já estávamos chegando ou tentando conversar com o taxista sobre como era o orfanato e seus amiguinhos.

Quando o taxista virou a rua de casa meu coração bateu mais forte, pois tinha um volvo na porta de casa.

- Nessie, filha, chegamos! – disse sem para de olhar o bendito do volvo prata.

- Que bom mamãe.

Paguei o serviço do taxista e fiquei um tempo olhando a fachada de casa, não tinha mudado nada, caminhei até a porta de casa de mãos dadas com Nessie e toquei a campainha.

Quando abriu a porta eu estaquei. Aqueles olhos verdes me olharam assustado como eu olhei assustada, logo ele baixou seus olhos e viu Nessie.

- Oi – ela disse com um sorrisinho lindo no rosto. Sorri ao ver ela.

- Olá Edward.

- O que você faz aqui? – ele respondeu grosso.

- Vim visitar minha família e trouxe minha filha para eles conhecerem. – respondi rígida.

Nessie soltou minha mão e foi até Edward puxando a sua calça para ele olhar para baixo.

- Eu sou a Nessie e você é o meu tio?

Edward se derreteu com o sorriso lindo de Nessie e agachou no chão, olhando para os olhos dela.

- Eu não sou o seu tio de verdade, mas se quiser me chamar de tio Ed eu deixo – disse piscando para Nessie.

- Foi à mesma coisa que mamãe me disse quando eu comecei a falar.

Edward olhou para cima me encarando surpreso com o que Nessie disse.

- Ela é adotada Edward – sussurrei para ele.

Ele entendeu e depois voltou a olhar para Nessie.

- Posso te abraçar Nessie?

- Claro.

Edward abraçou Nessie como se fosse o pai de verdade, pois foi algo tão amoroso, tão terno, carinhoso e isso me deixou com muito ciúme.

- Solta a minha filha Edward.

- Ok, tudo bem Bella. – disse ele largando de Nessie e lhe dando um beijo na testa.

- Mamãe é muito ciumenta mesmo tio Ed – disse Nessie.

- É eu conheço ela – disse Edward me fitando.

Quando percebi que ele não ia para de olhar e que isso poderia gerar um clima cortei olhando para os lados e depois olhando para ele.

- Vai ficar ai parado admirando a minha filha ou vai me ajudar com as malas?

Edward levantou e pegou as minhas malas. Pequei Nessie e coloquei-a no meu colo para entrar. Quando entrei vi Oliver jogando vídeo game tão concentrado que se a casa caísse ele nem perceberia.

- As pizzas já chegaram Edward? – ele perguntou sem olhar para trás.

- Acho que algo muito melhor e pior ao mesmo tempo chegou devastando a cidade. – disse me olhando e eu o fuzilei com um olhar assassino.

- Oliver? Quando vai sair desse vídeo game e ver sua irmã e sua sobrinha? – disse colocando Nessie no chão.

Oliver jogou o vídeo game no chão, mas claro que antes ele apertou pause para não perder a rodada e correu para me abraçar.

- Bella? É você mesmo? – disse me abraçando.

- Você está lindo Oliver.

- Oi tio Oliver! – disse Nessie puxando a sua calça.

- Quem é?

- É minha filha, Oli.

- Que garotinha mais linda. – disse ele abraçando ela – Ela tem os cabelos de Edward.

- Oliver – disse o censurando.

- O que é? Ela não é filha de Edward?

- Só se um dia ele casar com mamãe, daí ele vai poder ser o meu papai. – disse Nessie vindo para o meu lado.

- É uma boa idéia não é mesmo mamãe?

Eu não sabia dizer não a Nessie.

- Quem sabe, filha.

Oliver a pegou no colo e lhe deu um beijo.

- Quantos anos têm minha princesinha?

- To com seis anos! – disse com um sorriso convencido.

- Hum, ta grandinha, já uma mocinha.

- Sou sim.

De repente escutamos uma buzina e logo Edward entrou com duas pizzas na mão.

- Vamos comer Nessie? – Edward perguntou a ela.

- Vamos sim tio.

Edward segurou a mãozinha dela e levou ela para a cozinha enquanto ficou eu e Oliver na sala.

- Desde quando Edward freqüenta a casa?

- Desde quando você foi embora, ele começou a freqüentar aqui em casa, tem acompanhado papai até nas pescarias com Harry.

- Meu Deus, ele é outro.

- É sim, virou pediatra, acredita nisso?

- Nossa. Mas deixe-me perguntar o que realmente é importante.

- Pergunte.

- Cadê papai e mamãe?

- Eles foram fazer compras.

- Ah tudo bem.

- Bella, Nessie não é de Edward não é?

- Como poderia ser Oli, Nessie tem seis anos e eu perdi a criança há cinco anos. – respondi com um grande soluço no final.

- Mas é que ela é a copia perfeita de você e Edward.Papai e mamãe vão achar que é de Edward.

- É só eu falar a idade dela que eles não vão achar mais nada.

- Tudo bem Bella, mas uma coisa eu sei.

- O que é?

- Ela é linda, a minha sobrinha.

- Que bom que aceitou ela.

Sorri para Oliver e o abracei.

Fomos até a cozinha e Edward estava dando comida a Nessie, na boca dela. Se eu não odiasse tanto Edward eu até deixaria ele fazer alguma coisa, mas ele não era o pai e por mim nem conheceria Nessie, mas que ódio porque ele começou viver em casa? O que aconteceu depois que eu fui embora?

- Edward, Nessie sabe comer sozinha ela não precisa de babá não!

- Bella, por favor, me deixa. Que custa?

- Nada eu só não quero que ela se apegue com você, você é irresponsável!

- Desde quando um medico é irresponsável?

Edward levantou e eu fiquei o encarando. Olhei para Nessie e ela começou a comer sozinha. Voltei meu olhar a Edward.

- Oliver olha um pouco a Nessie, eu tenho que conversar com esse irresponsável.

- Ta bom.

Fui até Nessie e lhe deu um beijo na testa.

- Já venho minha flor, vou falar um pouquinho com o Edward, ta bom?

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- Mamãe eu sei que você vai brigar com ele, mas não briga não, o tio Ed é legal.

- Vou fazer de conta que não ouvi isso amor. Vai comendo ai que eu já venho.

Ela balançou a cabeça e eu subi as escadas e Edward veio atrás de mim.

Entrei no meu quarto e tudo lá estava igual, a única coisa diferente no meu quarto era que a roupa de cama que estava lá era azul e as roupas brancas que estavam lá com certeza pertencia a Edward. Tinha uma foto nossa no criado mudo, do tempo que ainda namorávamos, mas ignorei-a.

- Está morando aqui em casa? – disse me sentando enquanto ele fechava a porta.

- Estou.

- Por quê?

Ele sentou ao meu lado e olhou para mim.

- Sua família é incrível e também porque fica mais perto do hospital, estou fazendo estagio lá.

- Hum.

- Bella você tem certeza que Nessie não é minha filha?

Fechei os olhos e dei um grande suspiro. Me sentei na cama em posição de Buda e olhei para ele.

- Da parte que ela é adotada qual palavra você não entendeu?

- Bella ela é muito parecida comigo e com você.

- Edward ela tem seis anos, se nós, quer dizer se eu tivesse... – olhei para o lado e depois para ele – acho que a criança estaria com quatro anos.

Meus olhos encheram de lagrimas e uma lagrima escorreu pelo meu rosto. Na hora Edward a limpou.

- Se você não fosse tão teimosa e tivesse ficado comigo lá em casa aquele dia, nós estaríamos felizes, como uma família, Bella.

- Era o meu irmão, ele estava dentro de uma cova, nunca que ninguém ia achá-lo lá.

- Sabia que o seu irmão se culpa mais do que eu por você ter perdido nosso filho.

- Meu filho você quis dizer não!?

- Para de ser egoísta garota, pelo amor de Deus, você nunca muda.

Edward disse se levantando e começou a andar pelo meu quarto passando a mão pelo cabelo.

- E você muda? Continua o mesmo chato e ainda por cima se achando!

- E porque você mudou tão de repente? – voltou e se sentou ao meu lado.

- Do que você esta falando Edward?

- De quando namorávamos, porque você de repente mudou de escola, não quis mais saber de mim?

- Eu Edward? Você que mudou, eu sei que eu era para você apenas mais uma, você acha que eu não lembro?

- Lembrar do que?

- Que no outro dia, depois que transamos você me ligou pedindo um tempo.

- Eu tinha só pedido um tempo Bella, eu não liguei terminando com você!

- Você queria o que? Depois que nós transamos ficou na cara que você só me queria para aquilo e no outro dia ligou dando uma desculpa que não dava mais.

- Bella eu nunca te esqueci.

- Eu graças a Deus já te esqueci.

- Mentirosa. Você sempre foi uma péssima mentirosa Bella.

Não respondi apenas fiquei quieta. Era verdade Edward ainda me fazia sentir aquela corrente elétrica, fazia o meu coração parar e ao mesmo tempo fazer acelerar. Eu não queria acreditar nisso, mas era verdade eu ainda amava Edward Cullen.

- Bella eu preciso de você!

Edward disse se aproximando de mim, e eu senti algo me puxando de encontro a ele e por mais que eu quisesse sair dali eu não estava conseguindo me mover, eu esperava o toque de Edward, eu esperava que ele me beijasse e eu estava já bem perto, mas muito perto que dava para sentir a respiração pesada dele.

Quando a sua boca encostou-se à minha foi como se milhares de correntes elétricas percorrerem do meu corpo para o dele e vice-versa. Logo dei passagem para a sua língua adentrar a minha boca e me deixei levar por aquele beijo maravilhoso que tanto senti falta.

Edward passou as suas mãos pelos meus cabelos e depois desceu pela minha cintura me alinhando e fazendo-me deitar na cama e ele deitou em cima de mim.

Suas mãos percorriam toda a extensão do meu corpo enquanto eu puxava seus cabelos, como se houvesse uma maneira de estarmos mais grudados do que já estávamos.

Edward tirou sua camiseta e sua calça e logo depois tirou a minha roupa, estávamos agora só com roupas intimas.

- Oh Bella, eu senti tanta falta de você! – disse beijando a curva do meu pescoço.

- Ah Edward, eu também, eu nunca te esqueci.

Edward percorreu todo o caminho do pescoço e descia para os meus seios quando de repente um telefone começou a tocar.

- Merda. – disse Edward antes de atender – Edward falando – teve uma pausa e de repente Edward levantou entregando as minhas roupas enquanto ele pegava a dele. – Estou a caminho, eu quero que você coloque Ângela na maca enquanto vou para ai e não tente fazer nada, apenas quero que vá conversando com ela. – e desligou.

Edward olhou triste pra mim enquanto colocava a roupa.

- Desculpe Bella, mas é que Ângela está grávida e a criança resolveu nascer justamente agora, adiantou uma semana, tenho que fazer o parto.

- Oh, Ângela está grávida de quem?

- De Ben, eles se casaram ano passado. Lembra dele?

- Oh sim lembro sim. Diga a ela que mais tarde eu passo lá.

- Ta bom.

Edward colocou a sua roupa branca enquanto eu colocava a minha. Ele bateu as mãos nos bolsos da calça e do jaleco para ver se esquecia alguma coisa, depois olhou para mim maliciosamente.

- Eu não terminei Bella, mais tarde eu estou de volta.

- Esteja certo que terminamos Edward.

Ele me olhou decepcionado e se foi.