Eu acho que eu estava tão feliz e satisfeita que tinha sido meu último dia de detenção que eu cai na cama e capotei.

No dia seguinte, era sábado (uhuuul... finalmente um descanso!), era o dia do teste de Quadribol da Sonserina de manhã, porque a tarde a Angelina me fez o favor de reservar o campo para a Grifinória.

Desci para tomar café da manhã com meus amigos, e fiquei sabendo que Peter era o artilheiro, junto com o Flint e estava faltando: outro artilheiro e um apanhador, vagas que eu iria fazer o teste.

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Chegando à mesa, descobri um Flint um tanto quanto muito nervoso.

– Ah, ainda bem que você chegou Evans, já estava quase mandando alguém ir te buscar! E aí? Como você ta? Nervosa? Ansiosa?

– Hei Flint, uma pergunta de cada vez, falou? - eu respondi rindo. - Eu tô bem, um pouco nervosa e um pouco ansiosa e preparada para os testes! - conclui, me sentando ao lado de Peter.

– Você vai fazer o teste pra quadribol Kath? - pergunta Cass sentando ao meu lado esquerdo, o único lado que estava vago.

– Sim, você não? - eu falei, desde que a conheci, falei que ela levava jeito, mas ela sempre ignorou a minha opinião.

– Não sei, ainda estou na dúvida, o que você acha que eu devo fazer? - Cass me pergunta totalmente sem saber o que fazer.

– Ah... faz o teste! Se você passar, mostra que você está apta e que você é competente! - eu respondi, rindo.

Eu não queria falar pra ninguém, porém eu estava muito nervosa, pois afinal de contas, eu só tinha lido sobre como se montar numa vassoura, nunca tinha montado em uma de verdade.

– Cuidado para não cair do outro lado da vassoura Evans! - Malfoy disse, passando ao meu lado, com um sorrisinho irônico.

– Ah, cala a boca Malfoy, vai encher o saco de outro! - eu falei, me levantando do banco e ficando frente a frente com ele.

– Olha como você fala comigo Evans ou se não... - ele disse.

– Ou se não o quê? Vai mandar o papai me matar? - eu falei interrompendo-o e encarando ele sem medo.

Draco não falou nada, simplesmente me fulminou com os olhos e saiu, para se sentar ao lado da sua "trupe".

– Que confusão foi essa aqui? - ouço a voz de quem atrás de mim? Dele mesmo: Severo Snape.

Assim que me virei para encará-lo, ele estava lá, como sempre naquela pose de mau com os braços cruzados à frente.

– Nada não Prof° Snape, só o Malfoy perturbando a Kath! - Peter respondeu antes que eu tivesse qualquer chance de me defender.

– Pelo visto você arranjou um advogado não foi Evans? - Snape falou ironicamente. - Menos mal, pois pelo o que eu estou vendo, você vai precisar, afinal de contas, você só arranja confusão! - e dizendo isso, se dirigiu para a mesa principal.

– Qual é a dele afinal!? - eu perguntei meio sem entender o que tinha acontecido ali.

Ninguém respondeu, só tentamos evitar de encontrar os olhos de Snape naquele momento.

Depois do café, tomamos coragem de ir até o campo de quadribol, pois por mais que o sol estivesse presente, o vento estava muito frio, o que acabava deixando a gente meio preguiçoso.

Flint me deu um uniforme para eu vestir no vestiário e disse:

– Você vai ser a terceira a fazer o teste para artilheira Kath, tente não se atrasar!

– Rá, rá... muito engraçadinho Flint! - eu falei pra ele rindo, e indo para o vestiário.

Só que assim que eu entrei no vestiário, meu braço ardeu em chamas de novo, só que dessa vez, eu não gritei, só não consegui ficar de pé e desabei de joelho. Assim que eu fechei os olhos para poder me concentrar pra tentar ficar de pé, eu "vivenciei" uma cena horrível:

Voldemort estava torturando uma mulher. Ela aparentava ter a mesma idade que minha mãe, uns trinta e cinco, quarenta anos no máximo. Ela tinha o cabelo vermelho, assim como os dos Weasley.

Voldemort estava tentando saber alguma coisa dela, pois eu via eles conversando, porém eu não conseguia ouvir o que eles estavam dizendo. Mas tive certeza de que seja lá o que tinha sido, a mulher não lhe disse o que ele queria ouvir, então num segundo, eu vi um lampejo verde e a mulher cair dura no chão, de olhos abertos vidrado.

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Assim que voltei ao meu normal, pude perceber que alguém estava me chamando, quando eu olho para cima, vi que era o Peter, ele estava meio preocupado, porém ele parecia saber o que estava acontecendo pois ele perguntou:

– Visões?

Fiquei olhando pra ele meio assustada, e então eu falei:

– Já é a minha vez?

– Sim, Flint está te esperando! - respondeu ele, percebendo que eu não queria falar sobre aquilo, não ali pelo menos.

– Fala pra ele que eu vou me trocar e já vou indo! Se ele quiser passar um na minha frente eu deixo! - e com isso, eu dei uma risadinha e Peter saiu do vestiário, me deixando a sós com meus pensamentos.

Assim que eu cheguei lá, pra fazer o teste, Flint me tirou uma:

– Pelo visto você precisa de ajuda até pra trocar de roupa hein Kath?!

– Ah, não enche o saco vai Marcus! - eu respondi pra ele, montando numa vassoura que eles estavam "sedendo" pra gente treinar.

Assim que eu montei na vassoura e comecei a voar, eu percebi que estaria a salvo ali, eu me senti tão segura que achei impossível alguém me derrubar dali de cima.

Flint começou o meu teste, fazendo balizas comigo, pra eu passar a goles pra ele enquanto eu ziguezagueava pelo campo, coisa que eu fiz (por mais inacreditável que fosse) com perfeição. Depois disso, ele mandou eu me livrar, dele, do Peter e dos balaços, lançados por Montague e Derrick - os dois batedores - para tentar fazer o gol em Adriano Pucey - obviamente ele era o galeiro! Tentamos cinco vezes, três eu fiz gol e as outras duas ele defendeu.

Assisti ao treino da Cass, junto com Ann no banco, ela fez igualzinho a mim na parte das balizas, só que chegando na hora do gol, não é que ela acertou todas? (E depois ela falava que não levava jeito e que tinha medo de tentar e passar vergonha! Quem passou vergonha fui eu, que pra tentar desviar de um balaço quase caí da vassoura...).

Bem, depois de todos terem feito o teste, Flint deu o resultado.

– Quero deixar bem claro que todos presentes aqui, fizeram coisas realmente muito boas, porém e infelizmente, eu tenho que escolher só um de vocês, os outros podem tentar no ano que vem, ou mais tarde, caso a gente venha precisar! - ele começou, para amansar quem não tinha sido escolhido (ou seja: todos menos um... heheheehe). - Bom, a escolhida para ser a mais nova artilheira do time de quadribol da Sonseria foi a Srta.......... Cassy Willows! - disse ele, sorrindo e olhando para Cass.

Quando ela ouviu o nome dela, ela não acreditou, ela ficou branca, parada e espantada, jurando que ela tava sonhando e que ainda assim tinha ouvido nome errado! Assim que ela se deu conta de que tinha escutado muito bem, ela começou a pular, e a gritar e óbvio, a chorar também. Foi bem divertido ver ela ali, feliz da vida.

Depois da comemoração, Flint anunciou que iriam começar os testes para apanhador, me coloquei de novo atrás de um garoto do sexto ano. Bem lá atrás, quase o último da fila, pude reconhecer o cabelo loiro empastado na cabeça de Draco Malfoy, eu não estava acreditando que ele iria tentar de novo para apanhador. Bom, eu estava decidida de que eu não iria perder para aquele imbecil, então decidi me empenhar o máximo possível para pegar o pomo em menos tempo.

Dessa vez eu fui a sétima a fazer o teste, basicamente o teste se resumia a: escapar dos balaços e a pegar o pomo de ouro o mais rápido possível. Então foi isso que eu fiz, me desviei de cada balaço que até o Harry acharia impossível, e em menos de cinco minutos eu tava com o pomo na minha mão.

Quando foi a vez de Draco, ele quase caiu da vassoura umas duas vezes e demorou vinte minutos para pegar o pomo.

Após o término do teste, Flint reuniu todo o time, já compondo com a nova artilheira: Cass, para ver quem iria ser escolhido. Voltando ao grupinho ali reunido pra saber quem seria, Flint anunciou:

– Bom, não vou repetir o que eu falei para os artilheiros, mas quero que saibam que todos foram muito bons, porém a melhor foia a Srta. Evans, que conseguiu pegar o pomo de ouro em apenas cinco minutos.

Eu também fiz uma comemoração igual a da Cass (exceto pelo choro...), porém muito mais feliz, pois eu vi a decepção e a fúria nos olhos de Malfoy, o que me deixou bem mais animada pela vaga.

Depois disso, Flint nos dispensou, deixando a gente ir pro castelo, pra tomar banho, descansar e ir jantar, afinal de contas, já eram quase seis e meia.

Peter que foi junto com a gente, também estava muito feliz por mim e por Cass termos entrado no time, e contou que Flint tava esperando ansioso pelo primeiro treino definitivo.

– Ele vai tentar reservar o campo amanhã, mas talvez ele tenha que pedir autorização pro Snape, porque a Grifinória também fez testes hoje, e então, sei lá!

– Avisa ele, caso eu esquecer, que se ele precisar falar com o Snape, pra ele me avisar, que eu falo com ele! - eu falei, na boa, só tentando ajudar.

– Ah, para de ser puxa-saco Evans, deixa esse cargo para a sangue-ruim da Granger! - disse Malfoy surgindo atrás de uma estátua no corredor das masmorras.

– Não! Primeiro porque a Hermione não é sangue-ruim e segundo, porque esse serviço é seu.... seu nojento! - eu falei sem pensar uma vez.

Não sei como e nem que horas, mas quando eu vi, eu já estava no chão, com uma dor terrível no peito e outra no braço e estava caída no chão, assim que eu me dei conta do que tinha acontecido, Malfoy dava risada da minha cara, assim que eu vi eu me levantei furiosa já puxando a varinha do interior das vestes.

– Agora você me paga seu.... nojento! Rictumsempra!

Quando eu vi, Malfoy já estava no chão, por causa de um lampejo de luz roxa, Malfoy antes de cair no chão, me fez o favor de bater na armadura em que ele tinha se escondido, fazendo o maior barulho do mundo, ou seja: tinha chamado a atenção de quem estivesse por perto e de quem estava longe.

Só tive tempo de guardar a minha varinha e ficar com o meu braço em frente ao corpo (pra variar um pouco eu tinha quebrado ele, na queda), pois um segundo depois, no corredor se encontravam: o Prof° Snape, a Profª Umbridge e a Profª Minerva.

– Mas que diabos está acontecendo aqui? Evans?! - Minerva perguntou meio aturdida com a cena de Malfoy no chão.

– Ah, tinha que ter você no meio, não é Srta. Evans?

Me virei para olhar o autor daquela pergunta ridícula, e me surpreendi de não ter vindo de Snape e sim da Umbridge.

– Olha, professores, eu juro que dessa vez a culpa não foi minha, meus amigos estão de prova que quem começou tudo isso foi ele! - eu disse apontando para Malfoy, que fazia a maior cena, estirado no chão, gemendo de dor, fingindo que tinha quebrado alguma coisa.

– Ah, pára de cena Malfoy, quem quebrou o braço não foi você, foi a Kath! - Ann respondeu aborrecida por causa do que ele estava fazendo e porque ela cansou de me ver levar bronca por coisas que eu não tinha feito.

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Assim que Ann disse que eu tinha quebrado o braço, todos ali, exceto (é claro, a megera), me olharam preocupados, cheguei a pensar que Snape já tava meio que de saco cheio de me ver machucada em tão pouco tempo de estadia em Hogwarts (afinal, estava lá apenas à duas semanas...).

– Bem, então eu levo a senhorita para a ala hospitalar, Srta. Evans, venha comigo!

Me surpreendi de novo ao ver que quem falou aquilo não foi nem a Minerva e muito menos o Snape, e sim a megera; porém não iria me arriscar a ir com ela, sabe-se lá o que aquela coisa poderia fazer comigo sozinha?

– Ah, obrigada Profª Umbridge, mas pode deixar que eu a levo! Tenho assuntos a tratar com ela, não é mesmo Evans? - Snape respondeu por mim, como se tivesse lido os meus pensamentos (apesar de saber que ele podia fazer isso...).

– Sim senhor, professor! - eu respondi de imediato.

Umbridge ficou nos olhando, pra ter certeza se realmente não estávamos escondendo nada dela, assim que ela teve essa "certeza" ela disse num tom desagradavelmente gentil:

– Tudo bem então, podem ir! Eu levo o Sr. Malfoy até o Salão Comunal da Sonserina.

– E eu, quero os três mocinhos na minha sala agora! - Minerva falou pra Peter, Cass e Ann.

Na hora em que Minerva falou, eu percebi que ela só queria evitar que eles fossem com a megera.

Já no corredor em direção à enfermaria, Snape andava rápido, sem olhar pra mim.

– Será que toda confusão que existir aqui nesse castelo você vai estar no meio Evans?

– Sei lá! Mesmo porque, sinceramente, não sou eu quem as procuro! Elas que sempre me acham! - eu respondi, tendo que correr, para poder acompanhar o ritmo dele.

Quando ele ouviu a minha resposta, ele se virou de uma tal maneira, que eu que estava ao lado dele, me encostei toda na parede, chegando até a machucar as minhas costas na parede de pedra de tão de repente que ele se virou me prensando na parede. (parecia aquelas cenas de filme? Que o mocinho encosta a mocinha na parede e dá um beijão nela? Então, me senti nessas cenas, porém o mocinho era: o meu professor e ele não tava com cara de muitos amigos!)

– Estou cansado de te salvar das suas encrencas Evans! - ele falou num tom baixo, porém mortal.

Não consegui responder nada, pois eu jamais esperava que ele falasse aquilo, depois do que ele tinha feito (me livrado de outra detenção com a megera).

– Acho que a sua mãe não iria gostar de saber das coisas que você anda aprontando aqui, não é mesmo? - ele continuou, no mesmo tom baixo e perigoso de antes.

– Olha professor, eu nunca pedi a sua ajuda para sair de nenhuma "confusão" que eu me meti, o senhor me ajudou por livre e espontânea vontade! - eu falei, me segurando para não deixar escorrer nenhuma lágrima involuntária. - E não, minha mãe não iria gostar, porém infelizmente ela não esta aqui, e a culpa é do pai daquele infeliz que eu derrubei e que além de todos os "problemas" que eu tenho, me arranjou mais um: meu braço quebrado! - eu falei, perdendo completamente a noção de com quem eu estava falando.

Snape não falou nada, apenas ficou me encarando frio e sério, na mesma posição.

Não aguentando mais aquela situação e também meu braço que já tinha começado a doer um pouco, antes de Snape me "dar uma prensa", eu peguei o braço dele com força e levantei, de forma que eu sai de lá e ele ficou me olhando com cara de quem não acreditou no que tinha acabado de acontecer.

Eu nem olhei pra trás pra saber se ele estava ou não me seguindo, eu estava tão fula da vida com ele, com Malfoy e com a megera (ainda por causa da detenção), e tão triste e chateada por ter ouvido o que eu ouvi do professor que eu mais gostava e por não ter a minha mãe ali, pra mandar nenhuma cartinha se quer, que eu fui chorando pra ala hospitalar.

Chegando lá, Madame Ponfrey que ouviu o barulho da porta se abrindo, já foi ver quem era e o que tinha acontecido.

– Evans, o que a trás aqui, menina?

– Eu quebrei o braço, Madame Ponfrey! - eu falei, secando as lágrimas com a outra mão.

– Minha nossa! E como? - ela perguntou meio preocupada, me indicando uma cama ali perto, para eu sentar, para ela poder ver o "estrago".

– Ah, foi no teste para apanhadora, não consegui ser mais rápida que um balaço! - eu menti na maior cara de pau, tentando dar um sorrisinho, para completar a mentira, mais foi meio complicado, pois eu não tinha nenhuma vontade de sorrir.

Ela não perguntou mais nada, apenas ficou lá, examinando o meu braço e depois disse em um tom meio sério:

– Bem, tenho duas notícias para você, uma boa e uma nem tão boa assim... Qual você vai querer ouvir primeiro?

– Me dá a não tão boa assim! - eu falei, em um tom meio brincalhão, embora nada de aparecer um sorriso.

– Bem, a não tão boa assim, é que você vai ter que engessar o seu braço e ficar duas semanas sem quadribol - e ela continuou fazendo um movimento para que eu não a interrompesse (embora a vontade fosse enorme.) - E a boa é que você só quebrou do cotovelo para baixou, ou seja: você vai poder "movimentar" o seu braço normalmente, mas sem exageros, ouviu Evans? - ela concluiu, me olhando como se eu fosse abusar dos movimentos e me arriscasse a voar.

– Sim senhora! - eu respondi, meio desapontada e pensando no time.

Depois de uns vinte minutos ali, ela terminou de engessar o meu braço.

– Bem, agora você pode ir, tomar banho, comer e ir para a cama, caso comece a doer ou a coçar, você vem até aqui ou de manhã bem cedinho, ou peça para o monitor chefe da sua casa te trazer aqui, ouviu? - ela falou me olhando séria.

– Ouvi sim, senhora! - eu falei. - Ah, e quanto a tomar banho... pode molhar o gesso? - eu perguntei apontando pro meu braço.

– Pode, eu joguei um feitiço impermeável nele, não se preocupe! - ela respondeu sorrindo. - Agora vá jantar! E tome cuidado hein?!

Agradeci e vim embora. No caminho, eu passei pelo armário de vidro, que guarda as coisas de quadribol que a escola ganhou durante todos os séculos, e ali, junto com o nome do pai do Harry, eu vi o nome da minha mãe, só que não como apanhadora e sim como artilheira do time da Sonserina! Confesso à vocês, que depois do encontro com o Malfoy, a minha noite estava sendo péssima e estava achando impossível duas coisas: melhorar ou então piorar de vez. Mas depois que eu vi o nome da minha mãe ali, do lado do nome do tio James, minha noite estava começando a melhorar.

Voltei para os dormitórios, onde Peter, Cass, Ann, Flint, Montague e Milla estavam me esperando para irem jantar. Assim que entrei, todos viram meu braço e já foram me bombardeando de perguntas, eu só fiz sinal que depois eu contava tudo pra eles, e fui pro quarto, estava toda gelada e cansada, queria tirar aquela roupa e me enfiar debaixo da água quente, pra poder esquecer aquela "noite" terrível (como se fosse possível). Assim que cheguei no meu quarto, perto da minha cama, Félix que estava lá em cima, já veio pulando em cima de mim, pra pedir carinho, coisa que ele foi bem atendido, afinal, eu sabia, mais do que ninguém, exatamente o que era uma pessoa estar querendo carinho e outra ignorá-la por completo, ou, você querer carinho e não ter ninguém pra fazer em você. Depois disso e do meu tão esperado banho, voltei pra sala comunal, para podermos ir comer, assim que eu entrei lá, eles já vieram me bombardeando com as perguntas, e eu respondendo a todas, porém sem contar sobre aquele momento... "romântico, assustador, assassino" no corredor com o Snape.

Entrando no Salão Principal, eu tentei ao máximo olhar para a mesa principal, mas o pouco que eu olhei, eu pude notar que Snape não estava nem aí pra mim (ótimo, também não queria que ele estivesse mesmo...). Então, sendo assim, decidi sentar de costas para a mesa.

NARRAÇÃO EM 3ª PESSOA

Enquanto isso na mesa principal...

– O que houve com você meu amigo? Está mais sério do que o de costume! Aconteceu alguma coisa entre você e a Srta. Evans? - Dumbledore perguntou olhando de Snape para a mesa da Sonserina, onde ele ficou observando Katherine por um momento.

– Não aconteceu nada, Alvo! Porquê? Deveria ter acontecido alguma coisa? - Snape respondeu o mais seco e grosso possível para Dumbledore, dando uma breve olhada para Katherine.

– Você tem certeza disso? - o diretor perguntou olhando Snape por cima de seus oculozinhos de meia-lua.

Snape não respondeu, apenas lançou um olhar fuzilando Dumbledore e depois, baixou a cabeça para se concentrar na sua comida.

FIM DA NARRAÇÃO EM 3ª PESSOA

Enquanto isso na mesa da Sonserina...

– Kath, Snape acabou de olhar para você! O que houve? - Cass perguntou.

– Nada! - eu menti, sentindo que iria rir, caso eu ficasse ali, olhando pra ela (o meu pior defeito, era que quando eu estava mentindo deslavadamente, se eu ficasse encarando a pessoa, eu daria uma risadinha que com certeza me denunciaria.), então baixei os olhos para o meu prato de comida, que estava muito mais interessante.

– Então quer dizer que você não vai poder voar durante duas semanas Kath? - Flint perguntou, mudando totalmente o rumo da conversa, o que eu fiquei eternamente grata.

– Infelizmente, Marcus! - eu respondi, olhando pra ele com uma cara de quem pede desculpas. - Mas eu posso assistir aos treinos e ouvir as suas táticas de jogo... O que você acha? - eu acrescentei, quando eu vi ele que ele ficou totalmente "desolado".

– Excelente ideia Evans! Adorei! - ele falou um pouco mais alto do que ele pretendia.

Estava indo tudo certo, até o momento em que meu braço queimou e eu soltei uma exclamação de dor, pondo a minha mão direita, sobre o meu antebraço esquerdo.

– Que foi? Você ta bem? - Peter perguntou preocupado, do meu lado.

– Eu tô... Argh! - eu tentei falar, mais outra "agulhada" fez meu braço arder ainda mais. - Eu tô legal, Peter! - eu falei.

– Ih, olha lá, o Snape também está saindo da mesa, e parece que também está sentindo dor! - Cass falou, olhando para a mesa principal.

Com essa pequena observação, eu não podia deixar de olhar, e realmente, Snape estava saindo da mesa, com uma feição de dor no rosto. Na hora em que eu vi o seu rosto, eu sabia que era o Lord das Trevas convocando seus seguidores, e que Snape, a mando de Dumbledore, iria se reunir a ele, para fazer, sabe-se lá o que.

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Depois de uns quinze minutos ali na mesa, a dor sumiu, assim como ela veio.

Como eu já estava cheia daquele dia, eu falei que ia me deitar, e Peter falou que me acompanharia. Não recusei, pois eu estava precisando de companhia então, ía ser a dele mesmo.

Quando estávamos longe do Salão Principal e longe de todos, Peter falou, me olhando sério:

– É a Marca Negra né?

Como ele podia saber sobre a Marca, se eu nunca falei e nem mostrei e muito menos dei a entender que eu tinha uma?! Só tinha duas palavras pra quela situação: from hell!

– Não, tá maluco! - eu desconversei, meio sem graça.

– Hei, não precisa esconder de mim, eu também tenho uma! - e falando isso, ele levantou a manga da camisa dele, revelando uma Marca Negra, igualzinha a minha (é óbvio, foi feita pelo mesmo animal!).

– Como você... - tentei, mais não consegui terminar a frase, então Peter terminou por mim:

– Como eu tenho uma? Acredito que da mesma forma que você, só que ao invés de me jogar na frente da minha mãe ou do meu pai, eu me joguei na frente do diretor da minha antiga escola!

– Como é que é? Da sua antiga escola? - eu perguntei pra ele, sem entender mais nada (não que eu estivesse entendendo muita coisa, mas aquilo ali, foi de mais para o meu intelecto!).