Um Segredo.

O verão com o padrinho parte 2.


Severo acordou rapidamente, teve um sono agitado, olhou para o lado, Alex ainda dormia calmamente e segurava sua mão, o dia estava nascendo era hora dele levantar e fazer o café da manhã, por mais que ele não comece o café era essencial para ela comer um bom café por seu crescimento, ele parou olhando o teto pensando em quando ele começou a se preocupar com a alimentação da sua afilhada, aquele sentimento angustiante estava voltando, ele parou de pensar quando ganhou um abraço e um bom dia muito animado e Alex pulando para fora da cama:

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- Vamos fazer o café da manhã padrinho? - perguntou ela.

- Hum... Sim, eu vou fazer e...

- Mas eu posso ajudar? - perguntou ela.

Severo olhou Alex, ela ainda estava no ritmo da noite passada, ela estava evitando que ele pensasse em coisas ruins, por mais incrível que fosse estava funcionando, ele a olhou por mais alguns segundos, tempo para ela começar a ficar nervosa, ela estava tentando superar a própria barreira do medo, para ajudá-lo, fazê-lo acreditar, suspirando ele se levantou da cama:

- Sim, você vai me ajudar, eu vou me trocar antes, vá fazer o mesmo, talvez nós vamos ter que comprar algumas coisas para o café.

Alex saiu correndo do quarto não antes de gritar obrigado e abraçar o padrinho, então ele foi deixado sozinho e notou que isso não fazia bem de modo algum, logo os pensamentos sobre a morte de Alvo ocupavam sua mente, o velho era como um pai para ele, ainda sim foi obrigado a matá-lo, rapidamente se trocou e saiu para o corredor Alex já o esperava:

- Vamos comprar algumas coisas. - disse ele.

No caminho até um mercadinho Alex permanecia em silencio e segurando sua mão, muito comportada, como sempre foi, ele entrou com ela e pegou bacon, ovos, salsichas, assim que olhou para ela, a viu olhando para uma caixa colorida, ele pegou e leu, era cereais trouxas coloridos em forma de argola, colocou na cesta e ela sorriu para ele:

- Quer mais alguma coisa? - perguntou ele.

Alex correu e pegou o leite, voltando logo em seguida, ele colocou na cesta, parecia que agora tinham tudo para um café da manhã confortável, rapidamente estavam de volta a casa, como a maioria das coisas se mexia no fogão e mesmo que ele soubesse que Alex sabia muito bem mexer em um, ele preferiu deixar ela longe de um possível perigo a ela, então ela colocou as coisas na mesa, talheres, pratos, duas tigelas para o cereal, ele colocou o bacon, as salsichas, o leite, o suco que já estava na geladeira, algumas frutas cortadas e finalmente sentou olhando para a tigela de cereais coloridos com leite:

- Alex, eu não sou criança. - disse ele confuso.

- Mas é gostoso, já comeu esse? - perguntou ela.

- Não, nunca comi cereais. - ele pegou a colher, sabia que só arriscar não faria mal algum.

Alex olhava novamente o seu padrinho como uma criança na cozinha, ele estava infeliz comendo a torrada sem nada, a mãe do seu padrinho estava lá também:

- Por que não posso comer cereal? - perguntou ele.

- Não temos dinheiro para um. - disse a mulher.

Então o pai do seu padrinho entrou e sentou exatamente onde seu padrinho estava sentado no momento, ela olhou, ele tinha uma tigela com cereal:

- Eu não vou gastar cereal com uma aberração, fique satisfeito com a torrada e cale a boca.

Severo colocou a primeira colherada do cereal colorido na boca, começando a mastigar, era realmente bom, ele deu um pequeno sorriso e comeu mais uma colherada, nunca tinha comido cereal antes seu pai não gastava nisso com ele, por chamá-lo de aberração, então ele olhou para Alex que estranhamente não estava comendo ainda, finalmente notou ela chorando olhando para ele, então olhando para a cadeira vazia, foi só ai que notou, ela estava vendo aquele dia, talvez ela já tivesse visto algo antes ou não, não sabia, ele se levantou e se abaixou ao lado da cadeira dela:

- Alex. - chamou ele.

Finalmente ela o olhou:

- Não vale a pena ver meu passado. - disse ele. - raros momentos bons eu tive, no meu passado nenhum dentro dessa casa.

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- Ele era mal... Muito mal. - disse ela o abraçando.

- Sim ele era. - Severo fechou os olhos. - mas eu conheci pessoas boas, quando quase fiquei tão mal quanto. - inevitavelmente se lembrou de Alvo.

- Padrinho... Você é bom. - disse ela. - não deixe.

- Como poderia? Você esta agarrada em mim novamente. - ele se afastou um pouco quando conseguiu. - mas agora vamos comer o café, o cereal é realmente bom.

- Tem um monte de coisas boas que tem que comer padrinho.

- Um monte? - Severo achou divertido o entusiasmo repentino dela. - então vamos comer o que esta aqui e no almoço vamos ver o que comermos? Que tal?

- Festa da comida? - perguntou ela.

- Parece que vamos fazer uma.

Severo voltou ao seu lugar, comendo o cereal, realmente Alex o deixava mais feliz, talvez ela fosse tudo o que precisava para ser feliz, ele sentia como se tivesse que fazê-la feliz, quando aceitou ser padrinho dela, não ligou muito, pensou que era uma garantia do velho, mas agora ele pensava que até nisso o velho era atrevido e se ela era na verdade sua garantia de felicidade? Sua afilhada agora morava com ele e ele infelizmente era agora sua figura paterna, mesmo assim queria ser a melhor figura paterna que podia ser, sem fazer Alex seguir caminhos errados, então ele acabou decidindo que a partir dali seria como o pai dela.