Um Romance pra lá de Estranho

Acho que estou começando a me dar bem. Finalmente


Ela desmaiou, eu me transportei rapidamente até ela, segurando-a antes que ela pudesse se espatifar no chão. Segurei ela nos meus braços e olhei pro rosto angelical dela, enquanto ela estava apagada. Eu toquei a pele do braço dela com a ponta dos dedos e como deus da cura, eu a fiz acordar. Ela olhou pra mim.

-Apolo, me solta! – Disse ela, começando a se debater.

-Você que manda. – Eu a coloquei de pé no chão e olhei pra ela.

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-O que foi?

-Você desmaiou.

-Eu... Hã...

-Não desmaie de novo, por favor.

-O que você é, afinal?

-Deus do sol, da cura, da música e das profecias.

-Ah não, isso é demais pra mim. Um deus? Um ciclope? Que droga é essa? É uma pegadinha? É algum desses reality shows malucos da TV?

-Não, eu estou falando sério. Você acabou de me ver matando um ciclope e você ainda não acredita em mim? Você é bem teimosa, não? – Eu disse rindo.

-Se é que existe essa coisa de deuses, você não pode ser um. Eu sempre imaginei que...

-Os deuses fossem chatos e sérios?

-Não. Imaginei que eles levassem o trabalho deles á sério. – Então ouvi raios.

-Qual é, Zeus. A menina está descobrindo as coisas agora, vê se não torra ela. – Eu falei olhando na direção de onde vieram os raios e depois olhei pra Dafne. –Olha, se você quiser que eu te prove quem eu sou, você tem que esperar até as 5 e pouco da manhã ou até as 5 e pouco da tarde de amanhã.

-Ah claro. Aí vamos dar uma volta no carro do sol, certo? – Ela disse rindo ironicamente.

-Ué, quer ou não que eu te prove? Falando nisso, devíamos sair daqui.

-Por quê?

-Porque estamos em uma floresta e Ártemis não gosta muito de me ver na companhia de mulheres à noite pelas florestas, já que ela é a deusa da caça e as florestas são meio que território dela.

-Ah claro. Ártemis. – Disse ela rolando os olhos, ela ainda não acreditava em mim. Então Ártemis saiu de trás de uma árvore e eu pude ver suas caçadoras aparecendo pela floresta do nada também. Elas sempre faziam isso.

-Apolo, eu já te disse pra parar com isso. – Dafne olhou pra Ártemis, hipnotizada com toda aquela beleza misteriosa da Ártemis, que ficava muito mais realçada à luz da lua.

-Eu não fiz nada. Falando nisso, porque tinha um ciclope nessa floresta?

-Hã...

-Ahá, por isso você não queria que eu viesse na floresta?

-Na verdade, eu não te quero nas florestas porque você é um perigo pra qualquer ser vivo, idiota. E o ciclope não é nada demais, eu e as caçadoras daríamos um jeito nele facilmente se você não estivesse aqui.

-De qualquer jeito, eu só vim aqui porque ouvi o ciclope.

-Apolo, porque você está vestido assim?

-Assim como? – Eu disse olhando pra minha irmã.

-Como se você já tivesse trabalhado algum dia na sua insignificante existência divina.

-É porque eu estou trabalhando, mana. – Eu disse sorrindo orgulhoso pra ela. Dafne ainda estava congelada olhando pra Ártemis. Ártemis voltou os olhos diretamente pra Dafne.

-Seus olhos, eles... – Disse Dafne, olhando fixamente pros olhos de Ártemis, que eram penetrantes e que tinham o brilho prateado da lua.

-Eles são pratas como a luz da lua, eu sei.

-Você...

-Apolo, ela nem vê através da névoa. Como você pode sair por aí com humanas normais? Você é doido? Isso é perigoso, sabia? – Disse Ártemis, percebendo que Dafne não tinha nada de especial. Os deuses costumavam sair com humanos que viam através da névoa quando não saíam com criaturas mitológicas como ninfas e outros deuses ou semideuses.

-Eu não estava com ela dessa maneira. – Ártemis levantou uma sobrancelha olhando pra mim. –Que foi? É sério!

-Você faz o que quiser, eu não me importo mais. Mas faça LONGE das florestas. As minhas caçadoras não são obrigadas a verem certas coisas.

-Sem problemas, mana. Eu já estava de saída. Te amo, vê se pára de ser tão rancorosa. – Eu disse piscando pra ela e sorrindo. Sabia que ela ainda tinha raiva de mim por causa da história do Órion. –Vem, Dafne. – Dafne me seguiu até sairmos da floresta sem falar uma palavra. –Você está bem? – Eu perguntei, olhando pra ela. Ela assentiu.

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-Os olhos dela...

-É, os humanos sempre se impressionam.

-Os olhos dela brilham literalmente.

-É. Na minha forma divina, meus olhos são como a luz do sol, mas isso cegaria qualquer humano. – Ela olhava pra mim fixamente, não sei se estava assustada, confusa ou o que.

-É tudo verdade?

-Hã... Algumas coisas foram alteradas com o passar do tempo ou alteradas pelos humanos, mas a maioria é verdade.

-E-eu...

-Ainda não consegue acreditar?

-Pára com isso. – Disse ela franzindo o cenho.

-Parar com o que?

-Pára de adivinhar o que eu vou falar antes de eu falar.

-Desculpe. – Eu disse rindo. –Eu posso te levar no carro do sol amanhã pra ver a mudança de dia pra noite e vice e versa se quiser.

-Pode ser de manhã?

-Você vai estar acordada às 5 da manhã?

-Se for pra descobrir se eu estou louca ou se essas coisas existem mesmo, sim, eu vou estar acordada.

-Ok, acorde às 5 horas e se arrume, eu passo na sua casa. – Eu disse com um grande sorriso.

-Primeiro, isso não é um encontro. E segundo, eu não ligo se você é um deus ou não, eu não vou te respeitar mais por isso. – Eu sorri pra ela.

-Acho que eu supero essa. – Eu levantei uma das minhas mãos, eu queria tocá-la, eu queria beijá-la. Mas eu sabia que ela ficaria muito brava se eu fizesse isso. Ela olhou pra minha mão então eu abaixei a mão. –Vá pra casa, nos vemos de manhã. – Ela assentiu e eu saí andando, meio que sem rumo. Quando eu decidi finalmente ir pra casa, eu dormi pensando na Dafne e eu estava com uma música presa na minha cabeça. Uma música que eu não ouvia fazia muito tempo, não sei por que aquela música estava presa na minha cabeça. De qualquer maneira, eu não me importava com aquilo. Eu estava mais preocupado em como seria o passeio de amanhã com a Dafne no carro do sol.