Um Novo Amor Doce
Episódio 2
– Hally, o seu cabelo tá ótimo, para de frescura!
– Não é frescura não Pedí, hoje eu acordei tão atrasada que nem tive tempo de me olhar no espelho antes de sair de casa.
– Então que bom que você não acordou com um ninho na cabeça que nem eu – Disse Talixka ajeitando os cachinhos azuis – Dá um trabalhão arrumar!
Nós três estávamos no banheiro feminino no intervalo após a primeira aula (cheguei em cima da hora). Quando terminei de tentar desembaraçar a minha franja com os dedos, fomos caminhando em direção a segunda aula. Por algum motivo que eu não conseguia entender, parecia que todos os alunos estavam olhando pra mim:
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Pedí, tem alguma coisa no meu rosto?
– N-Não exatamente... – Ela congelou olhando para o mural de avisos.
Aproximei-me e vi que tinha uma foto pregada, era uma garota com o rosto todo rabiscado:
– Você não é nada fotogênica sabia? – Disse a mesma loira azeda de ontem.
Foi nessa hora que eu percebi que aquela era a MINHA foto da ficha de inscrição.
– Para quê fazer isso?
– Quem disse que fui eu? – Ela e as clones forçaram uma cínica cara de ofendidas – Não devia acusar sem provas Hallyane! Mas... Acho que seja lá quem tenha feito isso, queria passar um recado. Talvez do tipo: Fica bem longe do Nathaniel. Ok?
As três me empurraram e saíram rindo. Respirei fundo algumas vezes e arranquei a imagem do mural.
– O que vai fazer agora Hally? – Perguntou Talixka me olhando preocupada.
– Vou falar com o N-A-T-H-A-N-I-E-L!
Cruzei os corredores soltando fogo e atropelando meia-dúzia. (Quem aquela vaca pensa que é pra fazer um negócio desse e achar que vai sair impune?!) Mas assim que cruzei a porta do grêmio, o impacto da minha raiva foi amortecido pelo sorriso do nosso representante.
– Oi Hally, como está indo o segundo dia?
– Não muito bem.– Fiz uma careta e lhe entreguei a foto – Já viu isto? Tem cópias pelo colégio inteiro.
– E-É a sua foto de inscrição?! - Ele ficou pálido de repente.
– Interessante, não? Como será que aquelas três conseguiram?
– Três? Que três?
– Três pestes que não desgrudam! A líder delas, acho que é Ambre, até falou o seu nome.
– Ambre é minha irmã - O garoto suspirou - E eu sei que ela tem um gênio um pouco difícil, mas chama-la de peste? Além disso, não devia acusar as pessoas sem provas Hally.
– Então vai ficar por isso mesmo?! - Joguei meus braços para o ar.
– Não. Eu vou providenciar o sumiço dessas fotos.
– Obrigada. – Falei um tanto irônica indo em direção a porta.
– Hally! – Ele chamou e eu me virei para olhar – Não se mete em confusão tá?
Concordei com a cabeça e voltei para o corredor onde Pedí e Tali me esperavam para irmos juntas à próxima aula. "Não se meta em confusão" Ora, por que ele não fala isso pra irmãzinha dele?! No intervalo seguinte acabei perdendo minhas amigas de vista e cheguei bufando ao pátio:
– Hally, bela foto! – Disse Castiel rindo.
– Você também viu?
– Eu e metade da escola.
Senti o sangue ferver.
– Aquelas idiotas!
– Tem muita garota idiota na escola.
– Mas é claro que o trio ternura se destaca. Estão sempre juntas fazendo as suas maldades.
– Ah, você está falando da irmã do Nathaniel e das amiguinhas dela. E o que o nosso querido representante vai fazer a respeito?
– Nada! Ele disse que eu "não devo acusar sem provas". - Imitei a voz de Nathaniel (muito mal a propósito).
–É, ele é cego com o amor fraternal. E o que VOCÊ vai fazer?
– Vou dar um jeito, só preciso pensar em uma boa vingança.
– Essa eu quero ver! – Ele disse rindo em descrença enquanto eu ia para a minha aula.
No meio do caminho, fui abordada por um garoto baixinho de óculos:
– Tá tudo bem Hally? - Perguntou daquela forma bem humorada de sempre.
– Ah Ken, alguém te entregou uma foto?
– Não. - Franziu as sobrancelhas - Por quê?
– Nada, deixa pra lá, são só três nojentas que ficam pegando no meu pé.
– Com você também? - Pareceu surpreso.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Como assim “também”? O que elas fizeram com você?
– E-Elas pegaram o meu dinheiro...
– E você deixou?! – Acabei gritando.
– M-Mas elas me empurraram.
– E você não é homem pra se defender?
– Hally, eu...
– (Afê) Boa sorte pra você. Eu vou dar um jeito nessa tal de Ambre.
Agora perdi de vez a paciência, então é com todo mundo que ela toca o terror?! Até dinheiro aquela vaca pega! Ah, isso não vai ficar assim... O terceiro horário foi completamente perdido, eu não consegui prestar atenção nem em metade da aula de biologia, só ficava pensando em um jeito de me vingar, não importa se ela é irmã do Nath, não vai aprontar todas e sair sem punição (mas falando sério, eu preciso me distrair com outro assunto, não dá mais pra perder matéria). Bateu o sinal do intervalo e eu fui pro correndo para o corredor (gente, isso é pleonasmo!).
– Senhorita Hallyane – A diretora apareceu pra mim feito uma assombração - Como está indo até agora?
– Bem. – Respondi com um sorriso forçado.
– Que maravilha! Bem, eu só queria avisar que a senhorita precisa escolher um dos clubes da escola para dar apoio. Temos o de basquete e o de jardinagem, qual você escolhe?
– Agora? – Perguntei surpresa – A-Acho que quero o de basquete...
– Excelente! Vá ao clube depois da aula.
– M-Mas eu nem sei onde fica!
– Tenho certeza que um de seus colegas poderá te ajudar com isso. – (E lá vai ela de novo)
Vi as meninas conversando no final do corredor e fui falar com elas, quando outra cópia da foto caiu do armário da Pedí (pelo menos não estavam mais pelas paredes) e eu voltei a falar em vingança:
– Não tenho nenhuma ideia. A verdade é que eu não gosto de encrenca. – Pedí se apoiou na parede e Talixka lançou-lhe um olhar de descrença – Devia procurar ajuda de um problemático profissional. O Castiel deve estar no pátio...
– Pedí! – Repreendeu Talixka – O Castiel não é tão ruim...
– Não é tão ruim? Fala isso pra ficha escolar dele!
– Acho que o Castiel é só questão de saber lidar... – Comentei comigo mesma (infelizmente em voz alta).
– Como assim? – As duas perguntaram em coro e eu engoli em seco.
– Ah, ontem no telhado ele estava de boa.
– E o que você estava fazendo no telhado com o Castiel? – Uma estava confusa, a outra curiosa e eu louca para que tocasse o sinal.
– E-Ele só estava me ajudando a fugir de um mala chamado Kentin que vive no meu pé desde a minha antiga escola.
Olhando para o chão, Talixka suspirou:
– Eu queria que o Cass me ajudasse com qualquer coisa. Ele nunca me pareceu muito do tipo prestativo, mas imagino que seja bastante gentiu quando quer.
É claro que eu já tinha percebido que a Talixka gosta daquele bad-boy, só espero que ela não fique com raiva de mim. O sinal tocou e eu fui para a aula (finalmente encontrei alguma coisa que me preocupa mais que a vingança contra a loira azeda... Isso deveria ser uma coisa boa?). Na sala de aula, Iris veio falar comigo.
– Oi Hally, soube que a irmã do Nathaniel anda pegando no seu pé. Não liga não, ela é assim mesmo.
– Não to mais preocupada com isso, mas me diga, Iris você sabe onde fica o clube de basquete?
– Ah, não sei não. Acontece que eu sou do clube de música e...
– Tem um clube de música? Queria ter escolhido esse!
– Acho que está lotado, desculpe. Mas quanto ao clube de basquete, acho que o Castiel faz parte, devia falar com ele.
– C-Castiel... Tá, obrigada.
(sarcasmo) Que maravilha, tudo o que eu queria era ir atrás do Castiel! Será que não tem outra pessoa que possa me ajudar? Com o fim da aula, eu fui falar com o Nathaniel, ele é representante, tem que saber onde fica o clube.
– Eh, Nath?! Você tá muito ocupado? – Perguntei entrando na sala do grêmio.
– Mais ou menos... Espera, Nath?
Engoli em seco (eu e essa minha mania de chamar todo mundo pelo apelido!).
– Foi mal, nem percebi. – Abri um sorriso bem sem graça.
– Tudo bem, pode me chamar de Nath, Mas do que precisa?
– Primeiro eu queria agradecer de verdade por você ter se livrado das fotos. E segundo, eu queria te perguntar... É que a diretora me mandou ir para o clube de basquete depois da aula, mas eu não sei onde fica.
– Hally – Ele passou a mão pelos cabelos – Eu queria poder te ajudar, mas acontece que me encheram de tarefas e eu não to podendo sair.
Dei um meio sorriso decepcionado e virei para sair da sala:
– Espera! – ele estava um tanto sem jeito – Acho que o Castiel se inscreveu nesse clube, tenta falar com ele.
– Era o que eu estava tentando evitar, mas... Tá vou fazer isso.
Não tem jeito, todos os caminhos levam ao caos (ou nesse caso ao Cass).
– Oi. – Encontrei Castiel no pátio durante o intervalo antes da última aula.
Ele estava sentado em um banco rabiscando alguma coisa em uma folha amassada, me olhou de rabo de olho, mas não respondeu:
– Então... Será que você pode me mostrar o clube de basquete?
– Pra que você quer isso? – Ele guardou o papel no bolso.
– Foi ideia da diretora, acho que tem haver com participação obrigatória em algum clube da escola.
– Ah, a diretora e seus truques pra fazer os novatos se enturmarem. É, pode ser que eu saiba onde fica o clube.
– Ou pode ser que não... – Ri e ele fez uma careta.
– É claro que eu sei onde fica, mas o que ganho te mostrando?
– O prazer da minha companhia?!
– Só isso? Vou pensar... – Ele ameaçou sair de perto.
– Cass!
– Tá! – Levantou os braços em rendição - Me encontra aqui depois da aula.
(Nossa, até que não foi difícil) O último horário passou mais depressa do que eu previ, e quando dei por mim o sinal já estava tocando. Fui com Pedí e Talixka até o portão da escola e lá encontrei o Ken que estava a minha espera.
– Hally, talvez hoje possamos ir embora juntos.
– Acho que não Ken, eu ainda tenho muita coisa pra fazer na escola, só vou pra casa mais tarde.
– Sério? – Perguntou Pedí – Pensei que você fosse com a gente.
– Não vai dar, tenho que ir ver o clube. – Olhei para os três e tive uma ideia pra manter o Ken longe e a Talixka não saber do Castiel – Mas acho que o Ken acompanharia vocês com prazer.
– O que? – Perguntaram em coro.
– Isso mesmo. Ken, você é um cavalheiro, não deixaria duas damas irem embora sozinhas não é? – Convencer o garoto foi a parte fácil, mas tive que lançar um olhar suplicante para as meninas entenderem que eu não queria ele no meu encalço.
Assim que os três viraram a esquina eu corri feito uma desesperada até o pátio para encontrar o Castiel:
– Como você demorou! Eu já estava quase indo embora.
– Desculpa! Eu tive...
– Deixa pra lá, vem! O caminho não tem nenhum mistério, você teria achado facilmente sozinha se tivesse feito algum esforço.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Me mantive calada para não correr o risco de dar uma resposta indelicada. Ele me levou até o ginásio e sentou na arquibancada:
– Sabe o que fazer?
– Eh... Não. – falei olhando para os lados perdidinha.
– Essa administração não está servindo pra nada! Deixa eu ver... os caras sempre reclamam que algumas bolas sumiram, acho que estão faltando cinco, você pode começar procurando.
– Beleza, vou fazer isso.
Achei três bolas no pátio (uma delas encima da arvore, foi mega difícil pegar), Tinha uma no corredor e até uma na sala de aula (na boa, o que esses jogadores tem na cabeça?). Quando recolhi todas, voltei para o ginásio:
– Achou todas? – Perguntou Castiel sem levantar os olhos do mp3.
– Sim, todas.
– Então o que está esperando? Vá guardar.
– Tá. – Suspirei.
Guardei as cinco bolas de basquete e quando voltei não vi mais o bad boy. Fui andando pelos corredores vazios em direção ao meu armário para pegar minhas coisas e ir embora.
– Hally? – Chamou uma voz atrás de mim.
– Ah, oi Nathaniel.
– Por que ainda está na escola a essa hora?
– Eu estava no clube de basquete com o Castiel. – Fiz uma careta e o garoto riu.
– E ele ainda está aqui?
– Acho que sim. Por quê?
– Eu preciso que ele assine a folha de ausência, mas honestamente, quanto menos o vejo melhor. – Nathaniel fez uma cara estranha e depois me olhou que nem filhotinho que caiu do caminhão de mudanças – Será que você não pode ver isso pra mim, por favor?
– Posso tentar... mas não prometo nada! Sabe que ele é meio difícil.
– É eu sei. Obrigado por tentar.
– Mas, espera. Não são os pais que assinam a folha de ausência? Por que ELE que tem que assinar?
– Os pais do Castiel estão sempre viajando por causa do trabalho, por isso ele é emancipado e tem de se virar sozinho, mesmo nos assuntos da escola.
– Nossa, isso eu não sabia...
Nath me lançou um sorriso e voltou para a sala dos representantes enquanto eu ia procurar o bad boy. Castiel é emancipado...
– Perdeu aula de novo? – Brinquei quando o encontrei nas escadarias.
– Mas do que é que você está falando, hein? – Ele riu olhando para mim.
– O Nath pediu pra você assinar. – Estendi a ficha de ausência que ele nem pegou da minha mão.
– Pode devolver! Eu não vou assinar nada.
Suspirei e lancei-lhe um olhar de quem pergunta “Tem certeza?”, mas ele manteve a postura, então voltei para o corredor (to vendo que isso vai render). Entrei na sala dos representantes e encontrei Nathaniel mexendo no arquivo:
– Ele disse que não vai assinar.
– Esse Castiel adora dificultar as coisas. Mas por favor Hally, fale com ele, eu preciso da assinatura.
– Tá, to indo. – Revirei os olhos sem que ele visse.
Dessa vez o Cass não estava nas escadarias, tive que continuar rodando até encontra-lo no pátio:
– Caramba, você é difícil de achar!
– Vai pra casa Hally!
– Não posso – Fiz bico - O representante insiste.
– Ele não devia pedir para garotinhas fazerem o seu trabalho. Diga ao Nath que se ele for homem, é pra vir falar comigo pessoalmente.
To ficando cansada de rodar a escola! Dessa vez nem passei da porta da sala.
– O que ele disse? – Perguntou Nathaniel já emburrado.
– Que se for homem, vai falar com ele pessoalmente.
Depois fiquei pensando, eu poderia ter dado um jeito de transmitir a mensagem de uma maneira mais sutil, mas tava cansada de mais pra inventar alguma coisa:
– Um homem de verdade assume seus atos! – O Nath esbravejou zangado.
Fechei a porta e vi Castiel parado no final do corredor:
– Nem vem! – Ele me deu as costas.
– O Nath não larga do meu pé! E eu imagino que deve estar sendo bem divertido me ver correr a escola toda atrás de você, mas Cass...
– Eu sei – O rapaz olhou para mim – Mas acontece que eu sou tão teimoso quanto ele. Além disso, sei que ele só faz essas coisas para que eu seja expulso.
– Quê? Não quero que você seja expulso! – Ele me olhou como se duvidasse do que acabei de dizer – Deixa pra lá, vou devolver a folha.
– Obrigado. Sabia que você ia entender. – Acho que foi a primeira vez que o vi sorrir de forma simpática.
O Nathaniel falou que não gosta do Cass, mas será que ele quer expulsá-lo? Entrei na sala dos representantes e coloquei a folha em cima da mesa:
– To devolvendo. Ele não vai assinar.
– Obrigado pela sua ajuda – Ele falou de forma irônica – Vocês dois se parecem!
Como o Nathaniel podia dizer aquilo depois de eu dar tantas voltas no colégio por causa dessa folha de ausência idiota:
– Tem razão Nath, a gente combina!
Saí emburrada e fui pegar minha mochila pra poder ir embora. Eu devia mesmo era ter ido pra casa com o Ken! No mínimo ele iria dividir um pacote de biscoitos comigo, eu nem almoçei hoje! Culpa da diretora e desses clubes idiotas! Já estava indo para o portão quando ouvi as vozes dos rapazes gritando coisas nada amigáveis.
“Assuma seus atos espécie de...”
“Agora você vai ver!”
Os dois estavam quase saindo no braço e eu corri para separa-los.
– Castiel, não!
Segurei o braço do bad boy, mas o ele me afastou dizendo que não era pra eu me meter. Empurrei-o então para o mais distante que pude do loiro para impedi-lo de desferir-lhe um soco.
– Nathaniel, SAI daqui! – Rosnei e o garoto obedeceu a contragosto.
Castiel ainda estava completamente transtornado, então o arrastei até o lado de fora da escola, onde fiquei tentando puxar um milhão de assuntos bobos para que ele se acalmasse. O tempo passou e acabou ficando tarde, mas eu só percebi isso quando o carro da minha tia parou em frente a Sweet Amoris:
– Hally! Por que você não atende o celular? – Ela estava zangada, mas quando olhou para o Castiel, resolveu não brigar comigo.
– Ah tia, acho que acabou a bateria. – Mentira! Eu tinha desligado para não correr o risco de receber uma ligação furiosa da Pedí por fazer ela ir pra casa com o Ken.
Castiel olhou intrigado para dentro do carro.
– Ela está vestida de...
– Fada? – Ri sem graça abrindo a porta do passageiro – É. Até amanhã Cass!
– T-Tchau. – Ele disse me vendo entrar no carro e ir embora.
Senti os olhos do rapaz em mim até virarmos a esquina, quando finalmente relaxei:
– Pode contar! – Riu a tia Fabi.
– Contar o que? – Fiquei rígida de novo.
– Ah Hally, não se faça de boba.
– Não tenho nada pra contar tia. Eu hein?!
– Ah tá, sei!
Não entendi o sarcasmo. O que eu teria pra contar?
Fale com o autor