Um Laço para nos Unir

5° Dia - Minha decisão! Adeus Fairy Tail!


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“Lucy!!”. Ouvi um grito familiar, apesar de estar com os olhos abertos, eu não estava vendo nada.

Tentei me mover, mas meu corpo não respondia, mas meus ouvidos ainda estavam bons, consegui perceber passos próximos de mim.

“Droga! O quê aconteceu?”. Natsu perguntou, mas não consegui mover meu lábios. “Lisanna, você também?”. Ele parecia incredulo.

Ouvi mais pessoas chegando perto.

“Jet!? Levy!?”. Natsu falou, e derrepente respirações tensas tomaram o som do local.

“L-Lu-chan?”. Levy gaguejou.

“Levy !! Chame a Wendy, rápido! ”. Natsu gritou.

“Ok!”. Levy respodeu, provavelmente correndo.

O silêncio se manteve.

Frio.

Triste.

Doloroso.

“Natsu”. Lisanna chamou, ela estava com a voz abafada, cansada.

“Lissana! Você está bem? Consegue falar? Mandei chamarem a Wendy para ajudar vocês e...”. Natsu começou a falar sem parar, ouvi um barulho semelhante a “Shiuu”, o calando.

“Lucy... Lucy, está bem? Ela está respirando?”. Lissana perguntou, tensa.

Natsu chegou perto de mim, senti sua mão um pouco abaixo das costelas, e depois no meu pulso, o calor emitido pela pele dele, era como estar frente a um aquecedor em um dia frio.

“...E-Eu ...Respiro”. Falei com dificuldade, em um susurro.

“Lucy!”. Natsu falou feliz.

“Lucy, me desculpe, eu estava completamente fora de mim! Eu deveria morrer! Me desculpe”. Ouvi Lissana falar, com a voz triste e pesada.

Minha visão, aos poucos voltava, embaçada, porém agora eu conseguia enchergar um pouco das sinuetas, Lissana estava a uns três metros de distância de mim.

Foi um impacto extremamente forte.

“Não chore”. Falei. “Eu... Percebi, que... Aquela Lissana... Não era a que... Eu conhecia”.

“Lucy!”. Ela falou alto, e eu pude ver algo brilhante, escorrendo do seu rosto.

“Se você chorar... Vai sentir mais dor... ”. Eu falei em uma voz suave.

Ouvi passos apressados se aproximando, e simplismente fechei os olhos.

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O tempo pode passar rápido, ou devagar, isso depende da percepção, mas para mim, o tempo agora passava extremamente lento, quando acordei, estava em um quarto de hospital, com uma máquina para respirar, e meu corpo estava extremamente dolorido.

Matei meu tempo, olhando para a janela.

“Lucy?”. Virei minha cabeça, olhando para a porta, e abri um leve sorriso, era Natsu.

“Estou acordada!”. Falei animada, porém sem poder me mecher.

“O quê você quebrou?”. Perguntou, com uma voz estranha.

“Ahn... Duas vertebras, o braço direito, e duas costelas, a a perna esquerda também”. Expliquei.

“Hn”. Ele sentou na minha cama, sem mostrar nenhuma expressão animada ou feliz, simplesmente fechada.

“Natsu, você está estranho”. Falei um pouco assustada com ele.

“Lucy, o quê você sente por mim?”. Perguntou, e eu corei violentamente, olhando para os lados.

Respirei fundo, e olhei nos olhos dele.

“Eu, gosto muito de você-”.

“Então porque fez aquilo com a Lissana? Você não sabe o quanto eu gosto dela?”. Meu corpo petrificou, não sentia mais nada, a não ser meu coração batendo violentamente.

“Do quê você está falando, Natsu?”. Perguntei, gélida.

“Lisanna me contou o quê ouve, que ela estava voltando para Guilda, e te encontrou, você atacou ela e disse ‘Lissana, ninguem meu lugar na guilda!’, depois disso você começou a usar um poder diferente, então ela usou o modo passaro para de agarrar, e ver se você ficava calma, só que você machucou ela, e sem querer, ela te soltou na queda”. Falou.

“Vo-Você acredita nisso?”. Perguntei incrédula.

“Não sei bem, eu acho que sim”. Ele me lança um olhar furioso.

Senti lágrimas começando a escorrer pelo meu rosto.

“Você acha que eu faria algo assim?”. Perguntei com um pouco de raiva na voz.

“Lissana, jamais mentiria”. Ele respondeu.

Natsu, você não acredita em mim?

Você... Não gosta de mim?

“Lissana quebrou apenas uma perna, conseguiu se salvar da queda, graças ao modo passáro”. Natsu explicou. “Assim que ela estiver melhor, nós vamos para uma missão, para manter vocês duas afastadas por um mês”.

“Você vai com ela em uma missão...”. Conclui, em voz alta. “ENTÃO VÁ! SÓ QUE QUANDO VOLTAR, NÃO ME ESPERE NA GUILDA, NEM EM MAGNÓLIA!”. Gritei.

Ele me olhou por alguns segundos.

“Você vai sair da Fairy Tail?”. Perguntou, um pouco assustado.

“Isso... Isso não é da sua conta”. Falei com raiva. “A guilda inteira deve estar acreditando nesta mentira, mas quer saber? Eu não ligo! Eu não ligo se vocês me odeiam! Eu não ligo para você!”.

Natsu abaixou a cabeça, deixando os cabelos cubrirem os olhos.

“Então saia! Saia da Guilda! Saia da casa que te acolheu!”. Ele falou, monstrando os caninos. “SAIA DA SUA FAMÍLIA”.

Eu estava indignada, ele me acusa, e depois briga comigo por outro motivo?

“A família, qual não vou mais pertencer, não acredita em mim, não acredita em minhas palavras, eu sei disso”. Susurrei. “Vá com Lissana para essa missão, assim que voltar, vai descobrir a minha decisão”.

“Se você sair da Guilda, vai estar assumindo a culpa”. Ele falou, levantando da cama.

“O quê adianta, se você acredita que a verdade foi dita pela Lissana?”. Perguntei, e ele não respondeu, apenas foi embora.

Minha vista ficou embaçada, eu fechei meus olhos.

“Eu vou sair da FairyTail”. Falei entre as lágrimas, para mim mesma.