Um Irmão Para Se (Odiar) amar.
Capítulo 35 - Sutiã
Paul -
Eu juro. Eu tentei ao máximo não rir da cara de tomate vivo dela quando chegamos na areia. Quer dizer, quando eu cheguei na areia. Ela parou na calçada, virando o rosto vermelho para mim com os braços cruzados.
- Ei, porque você não vem aqui? - Perguntei, ainda me segurando para não gargalhar dela. Apertou os braços e vi que ela ficou ainda mais vermelha.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Pensei que você estivesse brincando... - Resmungou, virando mais o rosto - Eu não posso ir assim.
- Porque? - Perguntei de novo, abrindo um meio sorriso quando ela virou o rosto vermelho para mim, irritada.
- E-Eu estou sem roupa de banho Paul! COMO DIABOS EU VOU NADAR? NUA?
- Bem, estamos na parte mais isolada da praia, então não acho que seja um problema... - Eu achei que meu tom de voz risonho deixaria claro que eu estava brincando, mas a furia de toda a geração seguinte da família do Vinícius pareceu se encarnar na guria.
Então eu realmente achei que ia morrer.
Mas depois de todas as sete cores do arco-íris passar pelo rosto dela, ela não me matou, apenas deu as costas, puta da vida, e saiu pisando fundo na direção do prédio. Corri atrás dela logo em seguida, e assim que pude agarrei seu braço.
- Ei, espera July... - Calei quando olhos furiosos pararam em mim.
- Você. É. Um. Maldito. Californiano. Tarado. - Falou em todas as letras - Me solta agora.
Pena que eu era meio masoquista.
- Não - Sorri.
- Paul, me solta! Eu não vou entrar na água!
- Ok, então vamos fazer o seguinte - Aproximei o rosto do dela, oque fez ela corar de novo e murmurei - Se conseguir me parar, você não precisa ir - Então eu corajosamente me abaixei e joguei ela nas minhas costas enquanto ela soltava um grito de susto. Então me levantei e sai correndo para a areia rindo enquanto ela reclamava com uma vozinha fina.
- PAUL! ME COLOCA NO CHÃO! ODEIO QUANDO FAZEM ISSO!
- Tente me parar! - Respondi, então recebi vários tapas seguidos na nuca.
- ME SOLTA! ME SOLTA! ME SOLTA!
- Não! - Então aumentei o passo quando cheguei perto da água.
- PAULPELOAMORDEDEUS! - Ela respirou fundo, tentando separar as palavras - EU TENHO PAVOR, SÉRIO, PARA! PAUL!
- Respira fundo!
- PAUL!
Mas foi tarde, eu já havia pulado para a água ás risadas. Claro que tinha completa noção que ela me mataria, mas valeu a pena. No fundo, vi ela apesar do olho arder (de novo), mas em vez de se debater, ela conseguiu ter algum impulso para a superfície. Aleluia, pelo menos eu não teria que ser chutado por ela de baixo da água para conseguir pegá-la e levar para cima. E assim que subi, July estava encharcada até os ossos, com a camisa branca de alças colando no corpo e os cabelos todos espalhados pelo rosto. Com algumas braçadas, consegui alcançar os dois braços dela depois dela tirar os fios dos olhos e me olhar.
- Viu, não é tão difícil nadar não é?
- IDIOTA! - Então ela me deu um chute e eu tive que soltar ela - ISSO É AFOGAMENTO!
- Não, isso é aula de nado.
- UMA OVA!
- Ah! Não me diga que você não está nadando agora? - Então ela juntou os lábios e fez um bico irritado.
- Eu já disse que eu sei nadar... O problema é a água. - Resmungou.
- Ótimo! Então se consegue nadar na superfície, é metade do trabalho feito. Vamos ver se você mergulha - Ela arregalou os olhos quase que ao meu mesmo tempo.
- NÃO!
- Eu te ajudo, vai ser como da ultima vez.
- Paul... - Vacilou.
Como ficou óbvio que era o máximo que ela conseguia, nadei até ela e segurei ela pela cintura para que ela ficasse mais segura.
- Confie em mim, é só você se segurar nas minhas costas que eu nado com você até o fundo. Só isso - Ela torceu mais ainda a boca, então eu ri - Ah, por favor. É o ultimo dia que você fica aqui, então me dá uma chance.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Não sei...
- Por favor - Insisti, como um pirralhinho pidão, mas acabou que ela própria riu de mim e deu de ombros.
- Me prometa que vai voltar rápido para a superfície.
ALELUIA MEU SENHOR! CONSEGUI CONVENCER ESSA MULHER!
- Sim senhora - Então me virei e desci um pouco para ela passar os braços pelos meus ombros, colocando o rosto ao lado da minha cabeça, e eu poder subir de novo na água. Virei meu rosto um pouco - Pronta? - Ela assentiu, e juntou fôlego.
Descemos para o fundo logo depois, e quase que solto todo o oxigênio quando ela quase me enforca. Mesmo assim desci com algumas braçadas para baixo, mas a com a camisa era difícil nadar. E por incrivel que pareça, quando pensei que ela terminaria de me enforcar, ela afrouxa o braço e se solta de mim.
MEU SENHOR JESUS! NÃO É POSSIVEL QUE ELA DESMAIOU!
Parei de nadar no puro medo dela ter realmente desmaiado, mas maior é meu choque quando a menina passa nadando por mim em direção a superfície, por onde a areia aparecia. Segui ela, e quando pisei na areia, quase caio quando sinto uma tonelada de roupa pesar no corpo. Mas logo esqueci o detalhe quando vi a garota se arrastando pela areia até a parte que as ondas paravam de bater.
- Já... - Ela tosse, se rastejando -... Chega disso!
Abri um sorriso aliviado quando vi que ela tava bem, então a menina se joga na areia, provavelmente tão pesada quanto eu. Passei a mão pelos cabelos, levando eles para trás, e olhei para ela.
- Ei, mas você foi bem. Geralmente você se debate como louca na água quando você... - Então minha garganta trava.
- Paul? - July senta na areia se apoiando com uma das mãos assim que percebe que eu fiquei quieto, então me olha de cima para baixo, confusa - Você está bem?
Meu senhor...
- Paul?
As roupas dela... Não estão um teco transparentes e coladas de mais...?
- Paul?! O que foi? - Pisquei algumas vezes quando ela levantou da areia com uma cara de preocupação, então ela caminha até mim e para na minha frente. Ela franze a testa e balança uma das mãos no meu rosto - Você está ai?
- Eu..
- O que?
- Suas roupas... - Apontei.
- Hã? Como assim...? - Ela olha para si mesma, mas quando ve oque eu vi, ela cora de um jeito ainda maior que antes. Então ela olha para mim - AI, DROGA. PARA DE ME ENCARAR PAUL!
- Cara, não tem como!
- PAUL! - Então ela me empurra, o que foi uma péssima ideia se pensar que ambos estavamos tão pesados que qualquer coisa nos desequilibrava, então, PAF, a guria caiu junto comigo, se espatifando na areia.
E depois, quando isso acontece, a culpa é minha.
Uhum, eu sei que no fundo você queria fazer isso...
Eu ergui um pouco a cabeça, que a propósito doía um pouco, e olhei para a garota caída no meu peito, e assim que vejo uma porrada de cabelo cobrindo a parte da frente do rosto dela, transformando ela numa July-Samara, comecei a rir freneticamente.
Sim, sou mesmo meio masoquista.
Ela afastou uma parte do cabelo com uma mão e me encarou.
- Há, há, to morrendo de rir - Então ela revirou os olhos enquanto eu ria.
- Cara, mas não é todo dia que a Samara se joga em cima de mim.
- Eu não me joguei.
- Se jogou sim.
- Não me joguei! - Parei de rir um pouco e ergui uma sobrancelha.
- Admita July, você estava morrendo de vontade de me agarrar.
- WHAT? VOCÊ ESTÁ LOUCO?
- Hm, então vai me dizer que não ficou levemente atraída por mim quando me viu sair da água.
- E-Eu n-n-não...!
- Admita!
- EU VOU ADMITIR COISA ALGUMA! FOI VOCÊ QUEM FICOU ME ENCARANDO ALI.
- Mas é porque essa camisa está colando de mais... E a propósito, acho que você esqueceu o sutiã.
- OQUE?! - Ela saiu de cima de mim imediatamente e cobriu o busto enquanto eu rolei para o lado com as risadas que vieram.
Caramba... Que menina fácil de enganar!
E é então que uma sombra surge entre eu e ela e... Ops.
- MAIS QUE PUTARIA É ESSA AQUI - Vinícius, seco e com espuma se formando no canto dos lábios, me encarou com os olhos vermelhos como sangue - COMO VOCÊ OUSA OLHAR OS SEIOS DA MINHA IRMÃ?!
Então eu olho ele e falei a única coisa que parecia certa.
- E ai Vinícius, como vai você? De boa?
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