Um Acidente No Tempo

Capítulo 10 - Orgulho


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Na segunda feira seguinte, o sol tinha tinha surgido há pouco tempo, mas era possível ver Lily Evans caminhar pelo Corujal com uma pequena carta na mão. Não precisava de ser cuidadosa, ninguém se encontrava aquela hora naquele local. A ruiva pegou num das corujas comuns da escola, embora tivesse decidido que no próximo fim de semana a Hogsmead iria comprar uma coruja, colocou a carta no bolso da coruja, que piou contente. Mas não demorou a sair voando, para o seu destino.

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Assim que terminou a tarefa, saiu do Corujal e se dirigiu para a sua tarefa seguinte. Em passos rápidos descolou-se até às masmorras, parando apenas em frente ao gabinete e quarto de Severo Snape. Retirou o livro de poções malignas da sua capa, tentou colocar a sua melhor cara de indignada e bateu na porta.

Severo abriu a porta logo, surpreso pela estranha visita de Lily. Logo abriu passagem para esta entrar. Era um gabinete mal iluminado, como se tentasse manter uma atmosfera de mistério e obscuridade, e continha enormíssimas prateleiras com os mais diversificados ingredientes para poções. Alguns extremamente raros. Como os olhos de um dragão bebé irlandês, que se encontravam num dos cantos. Ou como as garras de lobisomem, bem no topo da prateleira do meio.

– Precisa de alguma coisa, Srta. Evanne? – Lily parou de observar o estoque de Severo e se voltou para ele. – Algum problema?

– Porque me emprestou um livro com Poções das Trevas?

– Poções das Trevas?

Lily abriu na segunda página do livro, exibindo-a para Severo que olhou friamente para ela.

– Eu emprestei-lhe um livro de poções poderosas, é ingenuidade da sua parte pensar que todas elas seriam agradáveis. Muitas das poções mais impressionantes e difíceis possuem propriedades malignas. Mas esse livro particularmente não possui muitas poções desse género, daí eu lhe ter emprestado. Calculo que não se tenha se dado ao trabalho de analisar as restantes poções do livro, antes de me vir acusar. Lhe tinha como uma pessoa muito mais inteligente, Srta. Evanne.

Lily olha para baixo, sem saber o que dizer. Era verdade, ela tinha apenas visto a segunda página no livro e correra logo para acusa-lo de lhe emprestar um livro das trevas. Severo era muito melhor que isso e principalmente era o seu melhor amigo. Por muito frio e distante que estivesse, Lily sabia que dentro daquele homem frio batia o mesmo coração amável e bondoso do seu Sev.

– Me perdoa. Foi errado da minha parte…

Fazia muito tempo desde a última vez que alguém realmente pedira desculpas a Severo daquela forma. Tão sinceras e arrependidas, uma sensação de nostalgia invadiu o frio professor.

– Não faz mal. – Um pequeno sorriso sincero apareceu nos seus lábios. – Termine o livro, eles contêm poções que interessarão á senhorita.

– Obrigada. - Com isso, Lily saiu do gabinete de Severo, com o livro apertado junto ao peito, em direção ao Salão Principal para tomar o café da manhã. Pronta para iniciar um novo dia de aulas.

**********************+.+**********************

Se aproximava da hora de almoço, quando Minerva McGonagall bateu na porta do gabinete de Dumbledore. Durante aquelas semanas, havia algo que lhe preenchia a mente e precisava de conversar com Dumbledore. Logo após a segunda batida, a porta abriu-se revelando Alvo Dumbledore sorrindo ao ler um livro de transfiguração para magos.

– Minha querida Minerva, a que se deve o prazer da sua calorosa visita?

Minerva fecha a porta atrás de si, e seus olhos se encontram com os olhos azuis do diretor.

– É sobre Lily Evans.

As memórias de uma conversa entre Minerva e Horácio Slughorn, muitos anos atrás, invadem, mais uma vez naquele dia, a mente da severa professora.

*FlashBack*

Setembro de 1975, Hogwarts

Minerva McGonagall caminhava rapidamente pelos longos corredores de Hogwarts, era possível ver a lua brilhar no céu escuro, iluminando um pouco os corredores. Os seus olhos verdes observavam cada canto do corredor, tentando descobrir se poderia aí se encontrar algum aluno fora da cama. Mas não existia ali nada mais do que alguns quadros adormecidos e um grande silêncio. Este foi interrompido por passadas sonoras. Minerva se vira bruscamente para atrás tentando perceber quem aí se encontrava. Mas devido à escuridão do corredor, apenas consegue ver o indivíduo quando este se encontrava a poucos passos da professora. Era apenas Horácio Slughorn, professor de Poções e diretor da Sonserina. Minerva suspira aliviada.

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– Esperava outra pessoa? – Perguntou Horácio, com um olhar divertido. – Minerva?

– Claro que não. Pensava que era algum aluno desordeiro. Não sabia que estava hoje de vigia…

– Porque não estou. Para alguém da minha idade, ter insônias é uma realidade extremamente desagradável. Mas não consigo deixar de pensar em algo extremamente inquietante. Algo que nunca tinha encontrado na minha vida.

– A que se refere, Horácio?

O professor soltou um pequeno sorriso, se sentando no chão encostado a uma das paredes. Minerva embora um pouco surpreendida, fez a mesma coisa. Se sentando de frente para o seu antigo professor e atual colega.

– Uma aluna.

– Uma aluna? O senhor está se envolvendo com uma aluna? – O rosto de Minerva se mostrou chocado.

– Claro que não, Minerva! Que absurdo! – A severa professora pareceu ficar aliviada. – Mas não lhe nego, se ela tivesse nascido na minha época, lhe garanto que não me escapava. - Minerva lançou-lhe um olhar severo, mas Horácio sorriu um pouco. - Mas não é isso que me inquieta, minha cara. Essa aluna é talentosíssima, algo que nunca vi em todos os meus anos, não daquela maneira…

– Quem é a aluna?

– Lily Evans. Certamente sabe a quem me estou referindo, ela é uma estudante da sua casa.

Minerva acenou com a cabeça.

– Perfeitamente. A menina tem bastante talento. Mas, não observei nada de muito extraordinário. Realiza a maioria das transfigurações sem dificuldades. Outros professores, com que tive oportunidade de conversar, me dissera basicamente o mesmo. Muito talento e um bom coração. Mas observou algo de assim tão invulgar na garota?

– Algo de invulgar? Encontrei a aluna mais talentosa a poções da minha carreira. Nunca vi ninguém fazer poções como essa menina. Melhor que muitos mestres de poções, muito melhor. Ela pega nos ingredientes e simplesmente começa a mistura-los. É fascinante observa-la, Minerva. Ela não cumpre a maioria das indicações, na verdade ela nem olha para o quadro, mas quando termina de realizar a poção. Parece inacreditável. A poção não é perfeita, é algo para além disso. Como um nível acima daquilo que eu considerava perfeito. Ela consegue aperfeiçoar poções, de maneira a torna-las mais potentes ou mais duradouras, seguindo apenas o seu instinto. Minerva consegue imaginar o quão inacreditável isso é, principalmente vindo de uma menina de quinze anos.

Minerva manteve-se alguns minutos em silêncio, como se tivesse absorvendo toda aquela informação.

– Já relatou isso a Dumbledore?

– Mais do que uma vez. – As sobrancelhas de Minerva se uniram interrogativas. – Sempre me respondeu. “Não se preocupe, tenho perfeita noção das capacidades da Srta. Evans”. Mas não parece ter acreditado completamente nas minhas palavras. Mas depois o observei há poucas horas na biblioteca, me apanhou completamente desprevenido. Me diga, Minerva. Alguma vez viu algum aluno do quinto ano fazer magia sem varinha?

– Se me disser que Lily Evans estava a fazer magia sem varinha, não acreditarei em mais nenhuma das suas palavras. Isso é completamente insano. – Respondeu Minerva, de forma severa. - Nenhum aluno de quinze anos tem capacidades para fazer isso.

– Eu também não acreditaria se não tivesse visto com os meus olhos. Mas acredite, podemos esperar grandiosas coisas de Lily Evans. Muito grandiosas. Só gostava que Dumbledore tivesse visto, talvez assim…

Um vulto surge da escuridão, surpreendendo os dois professores que logo lhe apontam a varinha.

– Lumos. – Disse o vulto calmamente. Uma pequena luz, ilumina o vulto revelando a sua identidade. – Podem baixar as varinhas, meus caros colegas.

– Alvo. – Disse Minerva, e Dumbledore solta um pequeno sorriso. - Que faz aqui?

– Me entretenho escutando uma conversa bastante interessante. Sabe, Horácio, eu sempre lhe respondi corretamente. Eu sempre tive perfeita noção das capacidades de Lily Evans, percebi isso no momento que entrei na sua casa para explicar a seus pais trouxas sobre Hogwarts. Lily Evans se encontrava num quintal, mudando a cor de um delicada rosa vermelha para branco e fazendo-a flutuar no ar. Fazia algum tempo que não via uma criança com tanto controlo na sua magia.

– Mas então porque não faz nada a respeito disso, Alvo? – Perguntou Minerva, mas o diretor negou com a cabeça.

– Porque não existe nada a fazer a respeito disso. Como vocês diziam ela não passa de uma menina de quinze anos, tentando perceber até que ponto é poderosa. Ainda é muito cedo para confronta-la com a dimensão do seu poder. Precisa de amadurecer mais um pouco, e no momento certo escolher o seu lado.

– A que se refere com escolher o seu lado?

– Meu caro Horácio, as evidências são mais do que obvias, em breve teremos que enfrentar um dura guerra. Onde cada um terá que escolher o lado que considera certo. Temo que tempos muito difíceis virão.

– Uma guerra com que bruxo? Não compreendo.

Alvo trocou um olhar de compreensão com Horácio, antes de responder a Minerva.

– Um antigo aluno, com poderes para além do extraordinário. Intitula-se Lord Voldemort, mas a maioria parece insistir em se referir a ele como “Você-Sabe-Quem”. Com certeza que encontrou ultimamente notícias de ataques a trouxas e nascidos trouxas no Profeta Diário. Voldemort é muito mais poderoso que do poderemos pensar. Acredite nas minhas palavras, tempos muito complicados estarão para chegar…

– Mas, Alvo. Esse é mais um motivo para manter a menina do nosso lado. O poder dela poderá nos ser vantajoso numa guerra. Ela poderá ser decisiva. – Começou Horácio, mas Dumbledore abanou a cabeça.

– Ninguém tem o direito fazer as nossas escolhas por nós, assim como nenhuma criança merece que tamanha peso seja colocado nos seus pequenos ombros.

– Então o que você está a dizer é que não podemos fazer absolutamente nada?

– Não, Minerva. Podemos fazer uma coisa. Podemos confiar no coração puro e bondoso de Lily Evans.

Com essas apalavras, Dumbledore abandonou o corredor.

*FlashBack*

– Continua pensando nisso, minha cara? Após todos estes anos. – O sorriso de Dumbledore era sincero. – Você sabe qual é a minha opinião.

– Sei, mas ela está novamente entre nós e não é mais uma menina de quinze anos…

– Minerva, a menina não está aqui para lutar. Nós não podemos correr o risco de perde-la. As consequências seriam desastrosas. Harry Potter nunca teria nascido e Voldemort não teria desaparecido todo este tempo. Não podemos colocar Lily Evans na linha de fogo. É demasiado a arriscado e imprudente.

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– Nós precisamos dela.

– É verdade. Mas não neste momento. Apenas quando a verdadeira batalha começar. Nesse momento, Lily Evans será fundamental. Mas colocar a menina em perigo neste momento, será um erro ao qual não nos podemos dar ao luxo de cometer.

Minerva não disse mais nada.

**********************+.+**********************

Os dois dias seguintes, foram uns dos mais maravilhosos da vida de Harry Potter. Pela primeira vez sentiu que a sua família estava completamente reunida, sem todos os problemas de ser perseguido por o maior bruxo das trevas de sempre ou de os pais se encontrarem mortos. Sua mãe, retirando pelo seu temperamento ligeiramente explosivo, era a mulher mais amável que ele alguma vez tinha conhecido. Como Lupin uma vez dissera, com uma capacidade de ver o melhor de cada pessoa, mesmo quando esta não o conseguia ver, o seu amor pelo filho era tão grande quando a saudade que este tinha dela. Seu pai, não era exatamente o que imaginara durante todos aqueles anos, havia algo de “Fred e George” dentro dele, ele sabia que ele praticara atos ilegais, como a criação de um mapa da escola, deslocar-se fora de horas com a capa da invisibilidade e tornar-se junto dos seus amigos um animago ilegal e que ele não passava de um adolescente pouco mais velho que ele, mas era de todos os jeitos estranhos saber e ver seu pai ser desse jeito… maroto.

Mas havia algo que Harry não compreendia de todo. Desde o início, que ele tinha vindo a assistir que a relação entre seu pai e sua mãe aqui neste tempo era algo muito estranho. Seu pai parecia estar constantemente a tentar conquistar sua mãe, mas esta parecia não estar minimamente interessada. Ele sabia que eles no final ficariam juntos, algo que seu pai gostava de relembrar, e que teriam um filho, mas Lily não parecia estar nem aí. Era muito estranho, na opinião do garoto, e quando perguntara ao Sirius mais novo, ele apenas dissera “Isso, Pontas Júnior, é algo que eu ainda não consegui descobrir como aconteceu. Provavelmente um dos maiores segredos do mundo bruxo.”

Outro dos acontecimentos que marcaram esse dois dias foi uma conversa entre Dobby e Harry. O pequeno elfo tinha indicado a Harry um lugar perfeito para treinarem. Uma sala que se transformava naquilo que as pessoas necessitavam, no dia seguinte começaram a espalhar a mensagem por entre os membros, faltando apenas informar os seus pais e Sirius. Harry tinha dito aos amigos, para esperarem por ele no Salão Principal, enquanto ia avisar a sua mãe. Após uma batida leve na porta, Lily surgiu de dentro do quarto.

– Harry, entre. – Disse a ruiva com um sorriso caloroso. Harry sabia que aquele não era o verdadeiro corpo da mãe, ele tinha algumas fotos dela e quase podia dizer que conhecia cada traço do rosto dos pais, mas o que desconcertava-lhe mais era os olhos. Muitas pessoas lhe diziam sempre que tinha os olhos iguais aos de sua mãe. No exato mesmo tom verde. Era estranho olhar para os seus olhos agora azuis-escuros. – Quer comer algo? Tenho ali alguns biscoitos que trouxe da cozinha…

– Não obrigada, mamãe. – Os dois se sentaram na cama da ruiva, e Lily começou a despentear os cabelos do filho, esperando que ele começa-se a falar. – Encontrei um lugar perfeito onde poderemos ter a primeira aula de Defesa. Hoje, às oito horas da noite, sabe em frente aquele tapete o Barnabas com alguns trasgos. Bem no sétimo andar. Gostava muito que você, o papai e o Sirius viessem. Acho que o apoio de alguns professores seria bom… Poderia avisar eles?

– Claro. Mas que sitio é esse?

– Dobby me disse que se chamava Sala Percisa, e que surgia quando alguém precisava de algo… Se pedirmos um lugar para treinarmos, penso que deverá surgir exatamente alquilo que precisamos, para além disso muito poucas pessoas sabem que existe…

– Quem é Dobby? - Lily olhou interrogativa.

– Eu não contei a você… Dobby é um elfo doméstico, que me ajudou em muitas situações, embora também me tenha arranjado alguns problemas. – Harry revirou os olhos. - Eu, no segundo ano, o libertei dos Malfoy… Podemos confiar nele.

– Me pode o apresentar…? – Pediu Lily, com os olhos brilhando intensamente. Harry olhou um pouco confuso para a mãe. Ele não sabia exatamente como chamar Dobby. A ruiva rapidamente percebeu o dilema do garoto. – Se ele for leal a você, basta chamar o seu nome que ele surgirá.

–Dobby poderia ver aqui? – Harry sentia-se um pouco idiota fazendo aquilo, mas a confiança da mãe nas suas palavas e o barulho de alguém desamparatar para o quarto, retirou-lhe quaisquer dúvidas.

Na sua frente surgira o pequeno elfo, com as suas orelhas pontiagudas e os grandes e redondos olhos verdes brilhando de felicidade por Harry Potter o ter chamado.

– Harry Potter precisa de algo? Dobby ouviu o senhor chama-lo.

– Queria-te apresentar uma pessoa. – Harry apontou para Lily. Os olhos de Dobby brilharem com o dobro da felicidade.

– Dobby sabe quem é. Muitos elfos têm falado da gentileza da nova Professora Evanne. Dobby se sente muito honrado por conhecer a Professora Evanne. Principalmente através de Harry Potter. – Harry trocou um olhar com a mãe. – Se passa alguma coisa, Harry Potter?

– O meu verdadeiro nome não é Liana Evanne, mas sim Lily Evans… - Começou Lily, mas assim que Dobby ouviu as palavras desta, sua cabeça tocou no chão com uma das vénias mais profundas possíveis. Dobby começou a falar de forma tão rápida, que as palavras se pareciam atropelar umas às outras.

– Lily Evans, mãe de Harry Potter. Dobby ouviu tantas histórias sobre Lily Evans. Historias sobre a grandiosidade dos seus poderes, dos seus feitiços e magias. Dobby ouviu também sobre a sua ausência de maldade, de como Lily Evans era uma bruxa bondosa e gentil. Que tratava os elfos de como iguais. Lily Evans é como uma lenda entre os Elfos de Hogwarts. Todos ouviram falar sobre ela…

– Boongo. – Disse Lily, e o elfo acenou com a cabeça ainda no chão.

– O que é Boongo? – Perguntou Harry, olhando sem compreender para a mãe.

– Boongo é um elfo que eu conheci no meu quarto ano. Ele tinha sido largado pela família que servia, e eu convenci Dumbledore a dar-lhe um emprego aqui em Hogwarts. Uma criatura adorável, sempre pronta a ajudar-me…

– Ele contou a todos os elfos da cozinha as histórias de Lily Evans. Boongo admitira uma vez a Dobby que ele era um elfo livre, mas que considerava Lily Evans, mesmo depois de morta, a sua eterna mestre. Nenhum elfo se atrevia a dizer uma palavra contra Lily Evans. Boongo não permitia que a sua mestre fosse insultada. Quer que eu chame Boongo?

Lily pareceu pensar por um momento.

– Não Dobby. A minha identidade é segredo, e Boongo sempre foi péssimo a guardar segredos. Lembro-me de ele sempre me dizer para nunca confiar muito num elfo contador de histórias, especialmente um contador de histórias mentiroso como ele.

– Claro, menina Lily Evans. Precisa de mais alguma coisa, Harry Potter?

– Não, Dobby. Era apenas isso.

– Eu preciso. – Ainda com a cabeça colada ao chão, Dobby olha de soslaio para Lily. Seus olhos brilhavam com alguma felicidade, mas assim de tudo um respeito quase doente pela mãe do seu mestre. – Levante a cabeça, Dobby. – Rapidamente o corpo de Dobby se dobrou para cima, mirando Lily Evans com os seus brilhante olhos verdes. – Tenho que lhe agradecer por ter cuidado do meu filho, enquanto eu não estive… presente. Muito obrigada, Dobby.

Com isso Lily faz uma vénia, não tao profunda quanto a de Dobby, mas o suficiente para deixar os olhos de pequeno elfos mais arregalados do que nunca. Não havia nenhum sinal de respeito maior do que um bruxo fazer uma vénia a um elfo, era como o supremo agradecimento, como se a lealdade fosse na verdade do bruxo para o elfo e não o contrario.

– Boongo… Dobby… Nunca acreditou… Boongo… - Os olhos de Dobby encheram se de lagrimas, derramadas sem parar. Lily Evans levantou a cabeça e sorriu de forma verdadeira. – É verdade?

– O quê? – Perguntou Lily gentilmente.

– O que Boongo… dizia? Ele disse que a menina lhe fazia isso… Ninguém acreditava… Uma bruxa fazer… uma vénia a um elfo… É impossível… - As palavras saíram da boca de Dobby de forma atrapalhada, com cada vez mais lagrimas caindo.

– Claro que é. Sou leal a Boongo, e neste momento sou a leal a si, Dobby. Cuidou e protegeu o meu filho. Serei eternamente grata.

Dobby ficara sem quaisquer palavras. Mas neste momento, uma coisa era verdade. Dobby podia ser um elfo livre, mas a sua lealdade, este momento, não era destinada apenas uma pessoa. Mas sim a dois. Harry Potter e Lily Evans.

**********************+.+**********************

Ainda não eram seis horas quando Harry abandonou o quarto de sua mãe. Na sua mão direita, segurava com força um pergaminho de aspeto muito velho. Sua mãe lho entregara, desde que este prometesse não revelar a nova passe do mapa, nem para o seu pai nem para o seu padrinho. E claro prometer que não utilizaria para fazer besteiras. Havia algo de fascinante no poder da sua mãe, o mapa era um objeto muito poderoso e sua mãe conseguira modifica-lo numa questão de poucos dias. Hermione tinha razão, Lily era extremamente poderosa.

O garoto permaneceu no salão principal da Grifinória com os seus amigos, até bater as sete e meia; Ainda sem largar o pergaminho, os três continuaram caminhando pelos corredores, olhando nervosamente para todos os lados. Logo atingiram o sétimo andar.

– Esperem um pouco - Disse Harry, abrindo o pedaço de pergaminho, e bateu nele com sua varinha.- Juro solenemente que irei fazer algo de bom.

– Pera aí…? A passe não era… - Começo Hermione, mas o mapa de Hogwarts surgiu no velho pergaminho, mostrando a localização de todas as pessoas dentro do castelo. – Como?

– Mamãe modificou a passe, para se o meu pai apanhar o mapa, não o puder utilizar. – Respondeu Harry calmamente, sem desviar os olhos do mapa. – O Flich está no segundo andar e a Madame Nor-r-ra está no quarto.

– Brilhante. – Sussurrou a garota baixinho. – Mas e a Umbridge? – A ansiedade era visível na sua voz.

– Está em seu escritório - Harry apontou o mapa. - Ok, vamos lá então.

Eles se apressaram pelo corredor em direção ao lugar que Dobby descrevera para Harry, uma grande parede branca e em sua frente um enorme tapete onde Barnabas estava sendo golpeado por trasgos.

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– Ok - Disse Harry devagar, quando um trasgo parou seus golpes e começou a observá-los curioso. - Dobby me falou para caminhar entre essas paredes três vezes e se concentrar naquilo que nós precisamos.

Eles fizeram isso. Enquanto davam as três voltas, Harry se concentrava nos pensamentos "Nós precisamos de um lugar para aprender a lutar. Nos dê um lugar para praticar... Um local onde não possam nós encontrar..." Assim que terminaram a terceira volta, Hermione encarou a parede surpresa.

– Harry! - Gritou ela, vendo uma porta lustrada surgir na parede. Enquanto isso Rony encorava a porta desconfiado.


O único que se movimentou foi Harry, que caminhou na direção desta; pegou na maçaneta, girando-a, e abriu a lustrosa porta, caminhando para dentro. Era uma espaçosa e iluminada sala, com múltiplas tochas iluminando toda a sala. As paredes estavam recheadas de estantes com livros de todos os tamanhos e cores, no chão almofadas de seda estavam espalhadas, como acentos. Vários objetos curiosos, como bisbilhoscópios, sensores de segredos, um espelho-de-inimigos quebrado, que Harry podia jurar ter visto no ano passado no escritório no Moody falso, se encontravam espalhados pela sala.

– Isso vai ser bom quando nós estivermos praticando estonteamento - Murmurou Rony com entusiasmo, testando uma das almofadas com o pé.

– E olhe só para esses livros! – Hermione parecia excitada, percorrendo com seus dedos as lombadas dos grandes livros de couro. - "Um Compendio das Maldições Comuns e suas Contra maldições"… "O Guia de Defesa Contra a Arte das Trevas"... "Feitiços para Proteger a si mesmo"... Uau...

A garota olhou para Harry, com suas bochechas avermelhadas de felicidade. Não parecia restar nenhuma dúvida nela, que o que estavam a fazer era a coisa certa, especialmente depois de encontrar todos aqueles livros.

– Harry, isso é maravilhoso, tudo de que precisamos está aqui!

Parando de deslizar os dedos pelos livros, pegou num exemplar de "Má Sorte para os Amaldiçoados" e começou a lê-lo na almofada mais próxima.

Um barulho baixo, de alguém batendo na porta, se escuta pela sala. Harry se voltou e daí encontrou Gina, Neville, Lilá, Parvati, Dino e seus pais, juntamente com o seu padrinho. Um sorriso espelhou-se no rosto do garoto.

– Uau - Disse Dino, olhando a sala impressionado. - Que lugar é este?

– Pera aí! Eu conheço este sítio… - Todos olharam na direção de Tiago. – Mas está bem diferente… Quando eu entrei aqui era um armazém de vasos sanitários… - Todos reviraram os olhos. Então Harry começou a explicar que sitio era aquele, mas antes de terminar mais pessoas entraram, tendo que iniciar tudo de novo. Não passava muito das oito horas, quando todas as almofadas da sala estavam ocupadas. O garoto se voltou para a porta e trancou-a; esta fez um clique e todo o mundo ficou silencioso em espera que Harry começasse.

Hermione que ate aquele momento tinha estado a ler, marcou a página do "Má Sorte para os Amaldiçoados" e colocou o livro de lado.

– Bem - Começou Harry nervoso. - Esse é o lugar que nós encontramos para praticar nossas reuniões, e vocês... Er... Obviamente a encontraram.

– É fantástico! - Disse Cho e algumas pessoas murmuraram em concordância.

– É bizarro – Disse Fred, olhando a sala. - Nós uma vez nos escondemos de Filch aqui, lembra Jorge? Mas ela era somente um armário de vassouras para nós.

– O motivo deles é muito mais legal que o seu. – Disse Sirius a Tiago. Mas olhou para o amigo como se não tivesse entendido nada. – O motivo pelo qual eles encontraram esta sala é muito mais legal que o seu. Eles estiveram a fazer marotagens e encontraram um lugar para se esconder do Flich… mas você encontrou porque queria ir ao banheiro… Isso não é legal…

– Cala a boca, pulguento. Você não faz a menor ideia do que é legal ou não…

– Podem parar de se comportar como dois garotos? – Perguntou Lily, olhando para eles, incrédula. Os dois pararam de discutir, embora Tiago lançasse alguns olhares pouco amistosos a Sirius.

– Hey, Harry, o que são essas coisas? - Perguntou Dino, de costas para a sala, indicando o bisbilhoscópio e o espelho-de-inimigos. Todos desviram a sua atenção para este.

– São detentores de presença maligna. - Disse Harry, pulando pelas almofadas para alcançá-los. - Basicamente, eles mostram quando bruxos do mal ou inimigos estão por perto, mas não contem totalmente com eles, podem ser enganados. – Harry encorou o espelho-de-inimigos quebrado por alguns momentos, figuras sombrias se moviam dentro deste. Sem reconhecer nenhum, o garoto vira costas ao aparelho. - Bem, eu estive pensando sobre o que nós deveríamos fazer primeiro e... Er - Uma mão se ergueu. - O quê, Hermione?

– Eu acho que nós devíamos eleger um líder. - Propôs Hermione.

– Harry é o líder. - Disse Cho de súbito, olhando para Hermione como se ela fosse louca.

– Mas… - Começou Gina, um pouca segurança na voz. – E a professora Evanne? Como professora…

– Nem pensar. – Interrompeu Lily, com um sorriso terno. Desviou os olhos para o filho. – Harry é que deve ser o líder, todos vocês o conhecem á muito mais tempo que eu, ou outro professor… Não está certo, para além disso a ideia partiu deles… Eu não importo de ajudar naquilo que for necessário, mas não aceito ser a líder.

– Eu compreendo, mas nós devemos votar nisso propriamente. - Disse Hermione sem perturbação. - Transforma a votação num ato formal e dá autoridade. Então, todos acham que Harry deve ser o líder?

Todo mundo levantou a mão, até mesmo Zacharias Smith, embora parecesse sem muita vontade. Gina também levantou a mão.

– Er... Certo, obrigado - Disse Harry, sentia a sua face queimar. - E... O quê, Hermione?

– Eu também acho que nós deveríamos ter um nome. – Disse ela com a sua mão ainda no ar. - Promoveria um sentimento de espírito de equipa e união, você não acha?

– Nós podemos ser o "Esquadrão Anti-Umbridge?" - Disse Angelina esperançosa.

– Ou o "Ministério da Magia é um Grupo de Idiotas?" - Sugeriu Fred.

– Eu estava pensando - Falou Hermione, franzindo as sobrancelhas para Fred. - em um nome que não dissesse a todo mudo o que nós estamos fazendo, para que nós pudéssemos conversar sobre isso com segurança fora das reuniões.

– Que tal "Associação da Defesa?" - Propôs Cho. - O "AD" seria um atalho, aí ninguém saberia sobre o que nós conversamos.

– Sim, "AD" está bom. - Concluiu Gina. - Mas vamos transformar isso em "Armada de Dumbledore", por que esse é o maior medo do Ministério, não é?

Houve um grande murmuro de aprovações e risadas, principalmente dos gémeos e dos marotos.

– Todos a favor do "AD"? - Disse Hermione de forma autoritária, ajoelhando-se em sua almofada para contar. - É o voto da maioria, proposta aprovada!

Ela pregou o pedaço de pergaminho com todas as assinaturas do grupo na parede e escreveu no topo com letras bem grandes:

“ARMADA DE DUMBLEDORE”

– Pronto. - Disse Harry, quando ela voltou a se sentar novamente. - Devemos ir para a prática agora? Eu estava pensando, em primeiro lugar nós deveríamos tentar Expelliarmus, vocês sabem, o Feitiço de Desarmamento. Eu sei que é bem básico, mas eu achei isso muito útil...

– Ah, por favor. - Disse Zacharias Smith, levantando seus olhos e cruzando seus braços. - Eu não acho que Expelliarmus é exatamente o que vai nos ajudar contra Você-Sabe-Quem, você não acha?

– Eu já usei esse feitiço contra ele. - Replicou Harry com calma. - Isso salvou a minha vida em junho. - Smith abriu sua boca de um jeito muito abobado. O resto da sala estava muito quieto. - Mas se você acha que isso é muito pouco para você, você pode sair.

Smith não se moveu. Nem qualquer outra pessoa.

– Eu não te disse? – Começou Tiago. – O garoto é um espetáculo a humilhar pessoas. Herdou o talento do pai.

Aquelas palavras tinham um significado muito especial para Harry, porque no fundo eram ditas pelo seu próprio pai. Sorrindo verdadeiramente ele prosseguiu.

– Tudo bem, eu acho que nós deveríamos nos dividir em pares para praticar.

Aquele momento foi extremamente estranho para Harry. Simplesmente tinha dado instruções e todo o mundo as seguia. Sem pensar duas vezes, sem questionar, como se ele fosse o verdadeiro líder e comandante de tudo aquilo. Os dois marotos ficaram juntos, e os restantes alunos se distribuíram em pares, sobrando apenas Neville. Quando Harry se preparava para fazer parceria, sua mãe estendeu a mão ao jovem garoto. Neville pareceu feliz por isso.

– Certo, quando eu contar até três, então... – Disse Harry, observando todos. - Um, dois, três...

Vários “Expelliarmus” soaram por toda a sala. Varinhas voavam por todas as direções, alguns feitiços mal direcionados acertavam em prateleiras derrubando os livros. Seu pai e seu padrinho tinham lançado o feitiço exatamente ao mesmo tempo, de tal forma que a varinhas deles voaram para a cabeça de alguém. Harry percebeu que tinha razão em terem começado com os feitiços mais básicos, muitos dos feitiços tinha sido executados de forma incompleta, alguns como Neville, não conseguiram nem de perto desarmar os seus oponentes, embora alguns tivessem conseguido que o adversário pulasse alguns passos para trás.

– Expelliarmus! - Gritou Neville e Harry viu a varinha de sua mãe sair da sua mão. Ela tinha estado a encarar o seu pai e seu padrinho de forma reprovadora, como se não acreditasse que eles tinham os dois perdido a varinha - EU CONSEGUI! – Continuou Neville animado. - Eu nunca tinha conseguido fazer isso antes. EU CONSEGUI!

Lily olhou então para o garoto sorrindo. Ainda com a mão erguida e mexendo apenas os lábios, a varinha de Lily voa de novo para a sua mão. Harry e Neville olham de olhos arregalados para a professora. Agora com a varinha novamente na sua mão.

– Como? – Perguntou Neville. – Como fez isso? – Todos se voltaram para observar Lily, que não entendeu.

– Como o quê?

– Você… Você fez magia… SEM VARINHA. – As faces de Lily ficaram muito vermelhas. Ninguém parecia acreditar.

– Sim, mas não vejo nenhum problema nisso, Sr. Longbotton. – Várias vozes conversando ao mesmo tempo soaram pela sala. Todos olhavam de soalho para a ruiva, comentando. Harry percebeu que teria que intervir.

– Neville, você poderia praticar em turno com Rony e Hermione? – O garoto acenou com a cabeça e aproximou-se dos outros dois. – Professora, podia vir até aqui. – Lily se aproximou de Harry para um canto onde não poderiam ser ouvidos. – Você consegue fazer magia sem varinha, mamãe?

Lily acenou com a cabeça.

– Mas você não estava apenas no sexto ano? Eu nunca vi nenhum aluno de sexto ano faz magia sem varinha…

– Harry… Não é comum, mas eu tive um professor no meu tempo que me ajudou a melhorar… - Lily abanou com a cabeça. - Não consigo fazer magia muito poderosa, mas consegui aprender mais algumas. Para além disso aqui sou professora, lembra filho?

– Você é muito poderosa, você é que deveria ser a líder… A Gina tinha razão…

– Nem pense. Eles respeitam você, Harry.

– Eles também respeitam você.

– É muito diferente, você é um deles. Você é um amigo deles. Você passou por coisas que eu ainda não passei. Eu sempre fui muito curiosa Harry e tive um professor que sempre se dispôs a me ajudar… Você é muito poderoso também. E você conhece muito melhor este tempo, as dificuldades deste tempo, os desafios… Você é e sempre será um líder muito melhor que eu. Eles precisam de você… - Harry parecia tentar conter as lagrimas, a ruiva puxou-o para um abraço forte. – Eu estou a aqui, meu querido. Vou estar sempre e sempre estive. Nem que seja dentro do seu coração. Você é muito corajoso e eu estou orgulhosa de você. Muito orgulhosa. Mas agora precisamos de continuar. Eles precisam de você. Vai lá…

Com isso Harry se afastou de Lily, caminhando até meio da sala. Algo estranho parecia acontecer com o garoto da Lufa-Lufa, Zacharias Smith, sempre que ele abria a sua boca para tentar desarmar o adversário, sua varinha sai da sua mão, embora o outro não disse-se uma única palavra. Não demorou muito tempo até que o mistério fosse resolvido. Fred e Jorge estavam a alguns passos de Smith, apontando em turnos para a varinha dele sem que ele percebesse.

– Desculpe Harry - Disse Jorge sem qualquer vergonha ou arrependimento quando Harry olhou para ele. - Não pude resistir.

Harry continuou caminhando pelos pares, corrigindo aqueles que estavam errados. Gina era parceira de Michael Corner, um garoto da Corvinal, e ela estava indo muito bem, mas Michael parecia não quer enfeitiça-la de maneira nenhuma. Ernie Macmillan estava sacudindo sua varinha sem necessidade, dando tempo para seu parceiro atacá-lo; os irmãos Creevey estavam entusiasmados mas errados e eram os responsáveis por todos os livros que estavam voando das prateleiras perto deles; Luna Lovegood estava num caminho similar, ocasionalmente fazia com que a varinha de Justino Finch-Fletchley voasse de suas mãos e outras vezes causava meramente uma brisa em seus cabelos.

– Ok, Parem! – Gritou Harry -Parem. PAREM!

"Eu preciso de um apito", pensou o garoto e imediatamente um apito apareceu no topo da fileira de livros mais perto. Ele o pegou e assoprou com força. Todos abaixaram suas varinhas.

– Não está ruim – Disse ele - mas realmente esse feitiço precisa ser melhorado. - Zacharias Smith olhou para ele. - Vamos tentar de novo.

Harry parecia tentar evitar chegar perto de Cho Chang e da sua adversária, mas depois de caminhar entre os outros pares duas vezes, percebeu que não poderia continuar a ignora-las.

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– Ah não. - Disse Cho, enquanto ele se aproximava. - Expelliarmiou! Eu quero dizer, Expellimellius! Eu... Ah, me desculpe, Marietta!

A manga do uniforme da outra garota, Marrietta, começou a pegar fogo. Ela conseguiu apaga-lo com a sua varinha, e olhou furiosa para Harry. Como se o pobre garoto tivesse culpa do feitiço mal executado.

– Você me faz ficar nervosa, eu estava indo muito bem antes! – Disse Cho a ele, de forma triste.

– Isso foi muito bom – Mentiu Harry descaradamente. Ela pareceu não acreditar e ergueu uma sobrancelha. - Bem... Não... Essa vez foi ruim, mas eu sei que você consegue fazer corretamente. Eu estava olhando de lá. – Ele riu com isso, mas a sua amiga Marietta pareceu não achar graça e voltou as costas.

– Não se importe com ela. - Sussurrou Cho. - Ela não queria estar aqui realmente, fui eu que a fiz vir comigo. Seus pais a proibiram de fazer qualquer coisa que preocupasse Umbridge. Você entende... A mãe e o pai dela trabalham para o Ministério.

– E seus pais? - Perguntou Harry.

– Bem, eles me proibiram também de fazer qualquer coisa que estivesse do lado errado que Umbridge apoiasse. - Disse Cho, esvaindo-se de seu orgulho. - Mas se eles acham que eu não vou lutar contra Você-Sabe-Quem depois do que aconteceu com Cedrico...

Ela se calou, parecendo bastante confusa, um silêncio constrangedor se instaurou entre os dois. De repente, a varinha de Terry Boot, aluno da Corvinal, passou bem rente á orelha de Harry, acerando no nariz de Alicia Spinnet.

– Bem, meu pai apoia as ações Anti-Ministério! - Disse Luna LoveGood com orgulho atrás de Harry, era evidente que ela tinha escutado a conversa, enquanto Justino, seu parceiro, tentando se desembaraçar das roupas que tinha voado em cima de sua cabeça. - Ele está sempre dizendo que não acredita em nada que Fudge diz; eu quero dizer, o número de duendes que Fudge já assassinou! E é claro que ele utiliza o Departamento de Mistérios para desenvolver venenos, que secretamente administra a quem discorda dele. E também existe seu "Umgubular Slashkilter"...

– Nem pergunte - Harry sussurrou para Cho quando ela estava abrindo a boca, parecendo confusa. Ela deu um sorriso falso.

– Nós também estamos deste lado. A maioria dos professores está. – Começou Tiago, e todos prestaram atenção. – Menos o Snape, claro.

– Não diga besteiras, Ponter. O Severo também esta do nosso lado. Só por você não gostar dele, não significa que ele seja ruim…

– Professora, - Disse Fred, interrompendo Lily. - eu acho que todos concordamos que o Snape é tudo menos uma pessoa simpática e bondosa. – Vários alunos acenaram em concordância.

– Você diz isso, Sr. Weasley porque não o conhece.

– Hum desculpe interromper professora, mas Harry não acha que chegou a hora?

Harry parou de olhar para a mãe, e encarou o seu relógio. O choque atingiu o seu rosto, eram nove e dez, eles precisavam de volta imediatamente para as suas salas ou arriscar serem pegos. Ele percebeu que alguns alunos continuavam a treinar; pegou no apito e assoprou com força. Todos pararam e encararam o garoto.

– Bem, hoje correu tudo muito bem - Disse Harry - mas nós estamos ultrapassando a hora, é melhor pararmos por aqui. No mesmo lugar, na mesma hora na semana que vem?

– Até lá! - Disse Dino Thomas, avidamente, e muitas pessoas mexeram suas cabeças em concordância.

Angelina, no entanto, falou rápido.

– A temporada de quadribol está para começar, nós precisamos praticar também!

– Vamos ver... Quarta-feira à noite, então - disse Harry -, nós podemos ter reuniões adicionais, qualquer coisa. Vamos lá, é melhor nós irmos agora.

Ele puxou o Mapa do Maroto novamente e observou cuidadosamente por sinais de professores no sétimo andar.

Tiago e Sirius encaram Lily zangados. Ela murmurou o ouvido de ambos para nem tentarem pegar o mapa se não se iriam arrepender de ter nascido.

Harry deixou todos saírem em grupos de três ou quatro pessoas, observando ansiosamente seus pequenos pontos pretos retornarem em segurança para seus dormitórios. Os da Lufa-lufa iam para o corredor do porão que também ia para as cozinhas, os da Corvinal para uma torre no lado oeste do castelo e os da Grifinória para o corredor onde ficava o retrato da Mulher Gorda.

– Hoje foi realmente, muito, muito bom, Harry - Disse Hermione, quando finalmente só tinham sobrado ela, Harry, Rony e os professores que tinham autorização para caminharem nos corredores até á hora que desejassem.

Em seguida, os três professores se despediram dos três garotos e partiram para os seus aposentos. A vida parecia melhor para os três a cada dia naquele futuro tão distante.