Uivos ao luar

Clã Masaaki


Eu abria meus olhos lentamente, despertando. Estava deitada em uma cama grande e confortável. Pus a mão na cabeça enquanto me sentava, torcendo levemente a expressão e corri o olhar pelo lugar, vendo onde eu estava. Era um quarto grande e as paredes eram feitas de cristal roxo, não sendo planas, mas tendo formas singulares como desenhos próprios para cada pedaço. Tudo era feito de cristal, até a estrutura da cama! Olhei para mim mesma e vi que ainda usava a mesma roupa. Onde eu estava?

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– Ohayou.

Me assustei, virando o rosto em direção a voz e vi o mesmo rapaz daquela noite.

– Você...

Aquele cara usava um kimono parecido com o daquela noite e estava sentado em uma poltrona de cristal, me fitando com um sorriso estranho.

– Não se assuste. – Ele disse gentilmente, levantando e vindo até mim – Minha pequena Uchiha. – Acariciou meu rosto.

Arregalei os olhos, indignada e dei um tapa em sua mão.

– Não sou Uchiha! – Exclamei – Quem é você?! O que quer comigo?!

Levantei da cama e o encarava, pensando se deveria recuar naquele momento para fugir.

– Selvagem. – Ele sorriu maliciosamente – Eu já me apresentei. Masaaki Eiji.

Me lembrei daquela noite. Ele me sequestrou!

– Nande...?

– Você realmente não sabe de nada. Não é, minha pequena Uchiha?

– Pára de me chamar assim! Eu sou Hyuuga! – Exclamei irritada – Você está enganado!

– “Hyuuga” Naru não é totalmente Hyuuga.

Arregalei os olhos.

– Sua mãe era Hyuuga e seu pai Uchiha. – Ele sorriu.

– Como...?

– Estive esperando há tanto tempo por você. – Ele disse, se aproximando e pegando em meu rosto.

– N-Nani? – Recuei pasma – Você estava me espionando?

– Espionando? – Ele sorriu – Ah, minha pequena Uchiha. Nossos laços estão escritos há anos.

– Uhm... – Arregalei os olhos.

– Então... – Ele sorria – Se você se sentar eu contarei.

Ele tocou meu braço de uma forma estranha e eu exclamei, tentando atingi-lo com a palma. Ele desviou de uma forma que eu nunca vira antes e me segurou pelo pulso.

– Eu insisto... – Ele disse sério, me pegando pelo pescoço e me segurando contra a parede – Que pare de resistir. Se não terei que usar a força.

– N-Nani...? – Dizia sufocando – O que quer comigo?

Ele sorriu e apertou mais meu pescoço. Eu sufocava e ativei meus olhos para pelo menos pegá-lo no genjutsu do Mangekyou. Ele deixou uma risada escapar e fechou os olhos, apertando ainda mais meu pescoço e me fazendo desmaiar. Quando acordei novamente, estava na cama de novo e senti algo estranho em meu rosto. Eu estava acorrentada pelos pulsos e um dos meus olhos estava tampado com algo. Pus a mão em meu olho direito e havia como se fosse uma placa de cristal o tampando. Aquele miserável... Ele tampou meu Sharingan! Tentei tirar aquilo, mas não saía.

– Está disposta a me ouvir agora? – Eiji perguntou, sentado na poltrona.

O olhei assustada e engoli a seco.

– Bem... – Ele sorriu – Como você não sabe de nada, irei partir do começo. Há mais de um século no nosso clã estava previsto que uma jovem metade Uchiha, os poderosos do Sharingan, e metade Hyuuga, o taijutsu mais esplêndido que há, estava para nascer e se tornar uma grande Kunoichi. Todo esse tempo os líderes do clã esperavam para enfim se casar com ela, mas isso demorou bastante. – Ele sorria, achando graça – Há 21 anos Konoha foi atacada pela Kyuubi e enfim soubemos que nossa jovem existia de fato. Porém não conseguimos nem chegar perto já que o lugar estava sendo atacado e nosso clã estava fraco demais. Como vê: uma habilidade incomum. – Ele disse, estalando o dedo e surgindo uma flor de cristal na estrutura da cama.

Olhei surpresa para aquilo e depois para ele.

– Muitos ninjas ansiavam pelo conhecimento da nossa habilidade, como surgiu e como funciona. – Ele continuava – Travamos várias guerras e com isso nosso clã foi apenas diminuindo aos poucos. Não restou muito mais do que eu e alguns empregados no castelo.

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“Castelo?”, pensei.

– Meu pai realmente pensou que te teria. – Ele achou graça – Esperou até ficar velho e quando viu que não iria ser possível, casou com minha mãe e logo me teve. Desde pequeno ele me contava a história de que nossa grande Uchiha viria. Eu a imaginava de todas as formas, mas nunca pensei que você seria tão linda.

Desviei o olhar com a expressão séria.

– Com alguns empregados que tínhamos, meu pai os mandou se infiltrar nas aldeias pequenas, pensando que seria lá que você nasceria. Mas acabou sendo em Konoha... – Ele suspirou – Intrigante. Ele apenas a achou quando a Kyuubi atacou. Sua mãe não saía de casa, certo? – Ele sorriu, achando graça – Nossa infiltrada apenas a viu quando todas se esconderam para se protegerem do ataque. E foi quando ela viu você, chorando. Seus olhos lhe entregaram e foi magnifico quando meu pai me deu a notícia de que seria eu.

O olhei, irritada.

– Meu pai não queria esperar, queria você logo conosco e eu suspeitava de que ele desejava casar com você mesmo com minha mãe ainda vida. – Ele pensava – Ele se infiltrou em Konoha uma noite e invocou o Onze Caudas.

Arregalei os olhos.

– Isso causou bastante confusão. – Ele achou graça – E ele apenas queria você.

– Foi você... Vocês a mataram! – Exclamei furiosa.

– Eh? – Ele me fitou em dúvida – Ah, sim. Bem... Aquele velho, o Hokage, acabaram pegando você e entregando-o para ele. Estava completamente contra os planos do meu pai, mas eu até fiquei aliviado por ele não ter posto as mãos em você.

Rangi os dentes.

– Ah, sim. Sinto muito pela sua mãe. Ela tentou protegê-la, certo? – Ele disse – Fiquei impressionado pela quantidade de chakra que foi selado em você. Com aquela quantidade você deveria ter morrido.

Meus olhos marejaram. Foi tudo culpa deles! Minha mãe morreu por culpa deles!

– Hum... – Ele suspirou – Depois daquilo como não sabíamos se você estava realmente viva ou não, ou sequer onde estava, eu fiquei desanimado e chateado quando soube que os Uchihas tinham sido exterminados. Principalmente por dizerem que apenas um menino havia sobrevivido.

Cerrei os punhos.

– Mas minha paciência me recompensou e soube há alguns anos por boatos que uma garota com o símbolo Uchiha nas costas estava fazendo missões em nome de Konoha. Intrigante, não acha? Afinal, diziam que apenas um menino havia sobrevivido. – Ele riu.

– Você não vai se casar comigo! – Exclamei – Eu não sou sua e nem de ninguém! Essa história é ridícula!

– Hum, eu tenho uma hipótese e quero que você confirme. – Ele disse, me ignorando – Seus pais... Não eram casados quando tiveram você, certo?

Franzi o cenho e ele sorriu.

– Claro... Não permitiram. – Ele disse, achando graça – Isso é o que faz esse conto ser ainda mais verdadeiro. Eles sabiam o que iria nascer. Mesmo assim seus pais o fizeram e você nasceu. – Ele sorriu.

Rangi os dentes, desviando o olhar. Ele levantou da poltrona de cristal e veio até mim. Meu cenho estava franzido e eu não o olhava.

– Não insista, minha Naru. – Ele sorria – Vamos ficar juntos, ter muitos filhos e sermos felizes.

O encarei e bati violentamente em seu rosto, tentando continuar a bater nele. Ele segurou meus pulsos e me forçou a deitar na cama, me olhando e esboçando um sorriso malicioso.

– Não é preciso nos casarmos para termos filhos. – Ele dizia – Apenas quero fazer isso para você não ficar triste quando dormimos juntos.

Arregalei os olhos.

– É apenas uma tradição. Pra mim não significa nada já que a terei de toda forma. – Ele concluiu.

Meus olhos marejaram e eu tentei mais vez bater nele, mas ele me segurou de novo pelo pulso e o pôs contra a cama. Ele se aproximou e eu apertei meus olhos, virando o rosto. Ele apenas se aproximou do meu ouvido.

– Vou deixá-la refletir um pouco. – Ele disse calmamente.

Eiji levantou e saiu do quarto, fechando a grande porta de cristal onde havia desenhos entalhados. Eu cerrei meus punhos e me encolhi na cama, começando a chorar.

“Naru...”, Hikaru me chamou.

– Ele vai fazer aquilo... – Chorava – Eu vou ser forçada.

“Bakayarou!”, Hikaru exclamou, “Neji e os outros vão vir atrás de você!”.

Abri os olhos lentamente, me lembrando da última vez que falei com Neji. Eu disse que não queria me casar com ele. Eu o magoei, mas apenas queria que ele fosse feliz.

– Neji...