Primeiro dia. Segunda-feira. Eu estou tentando que tudo vai ocorrer bem e que o Kyle vai ficar na dele.... Eu espero.

Quando eu chego lá, tudo é bem normal. A escola é grande, muito maior do que eu pensava que era. Em sua parede, vejo um grande letreiro magenta, escrito “Sweet Amoris”. Rapidamente, avisto Castiel ao longe; corro em sua direção.

–Cast! –Eu praticamente berro. Ele me olha com uma cara enojada e surpresa, mas logo abre um sorriso pra mim e continua sua ida á escola. Eu o acompanho.

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–Vê se não perde as estribeiras... –Ele ri e eu reviro os olhos. Só então que percebo a presença do Lysandre ao seu lado. Olho envergonhada para ele, pensando no que aconteceu sábado, mas ele sorri.

–Oi Lys! –Aceno com a cabeça.

–Oi Jullie! –Ele responde gentilmente. Acabo entrando no meio dos dois. Logo, me vi o centro das atrações.

Eu deveria estar acompanhada pelos garotos mais bonitos, populares e legais de toda a Sweet Amoris! Todos os olhares se dirigiam á mim, e Kyle, que já estava com seu mau humor no ápice desde que chegamos, ficou ainda mais com raiva.

“Por favor, Kyle, pare de ser ciumento!” - Falei internamente. Mas acho que pensei alto demais, porque Castiel e Lysandre pararam, olharam para mim e depois para o ar.

–Desculpa gente, preciso ir ao grêmio. –Falei saindo do meio dos dois. De surpresa, continuaram andando, mas logo olharam para trás, que havia parado no caminho.

–Quer que eu... –Lysandre começou, mas logo dei as costas e saí andando.

“Feliz agora, Kyle?” - Perguntei internamente. Revirei os olhos e continuei andando. Eu não fazia ideia de onde eu estava indo, e por isso, comecei a andar devagar, olhando para as portas. “Pode me ajudar Kyle”? –Perguntei a ele. Ele concordou e saiu voando por aí. Tentei esconder as dores que sentia por ele se afastar (eu ainda estava meio sensível depois de três dores seguidas), mas ele achou rápido.

Segui Kyle, até uma porta com o nome “Grêmio estudantil” estampado em sua porta. Abri e, de costas, vi um garoto loiro mexendo com alguns papéis; mas logo se virou para ver quem tinha aberto a porta. Ou foi simplesmente o Kyle que o cutucou.

–Olá. –Ele sorriu. Notei seus olhos cor âmbar. –Pode entrar.

Empurrei a porta e entrei na sala. O garoto voltou a conferir os papéis e voltou a olhar pra mim.

–Julliane Marie... –Ele continuou. –Prazer. Meu nome é Nathaniel.

–Prazer. Me chame de Jullie, por favor. –Sorri de volta. –Falta alguma coisa?

–Nada não. Espere um pouco, vou imprimir seus horários.

Esperei Nathaniel fazer seu trabalho. Enquanto isso, Kyle lia os papéis que estavam no mural, discretamente. Vi alguns papéis balançarem, e por isso repreendi Kyle internamente. Ele logo voltou ao meu lado, com raiva. Sorri quando Nathaniel se virou pra mim.

–Aqui. –Ele estendeu. Peguei e olhei a folha de relance.

Agradeci e saí de volta ao corredor.

Depois que as aulas acabaram eu saí da sala acompanhada pelo Lysandre, e claro, pelo Kyle. Enquanto andávamos lentamente até o refeitório, percebi o olhar dele em mim, e muitas vezes era um olhar nervoso. Só então que eu me lembrei de que eu não tinha explicado sobre o Kyle pra ele, e que o que tinha acontecido no sábado ainda era um mistério pra ele. Provavelmente esses olhares nervosos eram medo.

–Você não precisa ter medo de mim, sabia? –Perguntei. Ele parou e eu parei junto. Olhou para o chão e suspirou.

–Saber eu sei, mas é inevitável. –Lysandre respondeu e continuou andando. O segui.

–Sabe tocar alguma coisa? –Castiel perguntou nas minhas costas. Levei um susto e dei um pulo. Ele riu, mas logo esperou a resposta novamente.

Hesitei um pouco. Eu sabia tocar violão e guitarra, mas só por causa de Dave. Ele tinha me ensinado várias coisas, mas as que eu mais gostei era a música. Kyle ficava roxo de ciúmes (modo de dizer, tá?) pelo jeito de como ele me ensinava. Mas tanto faz.

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–Violão e guitarra. –Depois de lembrar isso, senti um aperto no coração, mas dei um sorriso forçado. –Também sei cantar um pouco.

Ele sorriu. Enquanto caminhávamos em direção ao refeitório, ele começou a me contar de sua banda com o Lysandre e outra garota (ele hesitou um pouco antes de continuar), mas a garota acabou saindo da banda, e até hoje, eles estavam sem tocar. Então o Nathaniel entrou também, e descobri que depois disso, começaram a se desgostar. Por fim, me perguntou se hoje eu poderia fazer um teste hoje pra entrar na banda.

–Tá bom então. –Ele sorriu novamente e (finalmente) chegamos ao refeitório.

(...)

No fim da tarde, eu, Castiel, Lysandre e Nathaniel caminhamos até a casa do Castiel para ensaiar. Nem precisa dizer que Kyle ficou com raiva e quase matou todos os meninos enforcados, né? Mas ele não fez nada disso, porque eu meio que implorei pra ele não fazer nada...

Enfim, quando chegamos na casa de Castiel, Lysandre me puxou pelo braço e começou a subir uma escada comigo. Antes que eu pudesse falar alguma coisa, ele abriu a portinha de um único quarto daquele lugar e ligou a luz.

Dentro daquele quartinho, vi todos os instrumentos que eu conhecia. Bateria, violão, teclado, guitarra, piano, caixas de som... tudo! Não sei como aquilo tudo cabia dentro daquele quarto. Olhei tudo com os olhos brilhando, enquanto Lysandre sorria e pegava alguns instrumentos no canto da sala.

–Pegue a guitarra e me espere lá embaixo. –Assenti com a cabeça e peguei a guitarra, quando pensei em algo.

–Posso ajudar de alguma forma? –Perguntei, me virando pra ele. Lysandre ficou confuso, mas logo sorriu e confirmou com a cabeça.

Estalei a mão e mandei Kyle ajuda-lo. Senti ele bufar, mas logo pegou o que Lysandre segurava. Então as coisas começaram a voar do lado de Lysandre, que começou a me seguir.

–Nunca vou me acostumar com isso. –Ele riu. –Isso é mesmo necessário?

Assenti com a cabeça e começamos a caminhar para o andar de baixo.