Tudo pelo Povo
Pedido
“- Luke – chamei o moreno que andava um pouco mais à minha frente no corredor. – Espera! Luke.
Corri mais rápido tentando acompanhar o ritmo dele. Luke tinha acabado de admitir perante todos, incluindo o seu pai, de que me amava. Certo, eu já o tinha ouvido dizer isso, mas a mim, nunca em publico. Tê-lo feito, desafiado o seu pai assim, era algo que nao podia ser passado em branco.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Luke, por favor, espera, - pedi, de novo, tocando no braço dele, quando, finalmente, o alcancei.
O moreno parou de andar e virou-se para mim, tão rapido que bati contra o seu peito. Senti as suas mãos agarrarem me os braços impedindo-me de cair.
— O que foi, Lexi? – Perguntou. – O que tu queres?
— Luke, eu... – calei-me quando vi o brilho nos seus olhos. – Tu... tu estas chateado comigo? – Luke largou-me e deu um passo atrás, desviando o olhar. – O que foi que eu fiz?
O moreno suspirou e depois olhou-me.
— Nada, Lexi, não fizeste nada – admitiu. – Eu fiz! Eu devia ter ficado calado!
O quê? Analisei-o. Ele parecia ... arrependido de algo.
— Tu estás arrependido, - constatei, entudando o seu rosto. – Tu não querias ter dito aquilo ao teu pai. Tu.. – fiquei confusa. Ele sempre dissera que me amava e agora estava arrependido? – Tu não me amas.
— Claro que amo, Lexi – afirmou dando um passo na minha direção. Recuei.
— Não, não amas – disse. – Se amasses não estavas assim. Não tinhas saido daquela maneira e nao estarias arrependido neste momento, - contatei, senti um aperto no meu peito. – Eu entendo! – Comecei a sentir as lágrimas picarem no meus olhos, mas eu nao iria chorar. Não por causa de um homem! – Quem iria amar alguém como eu, não é?
— Lexi, não é nada disso – garantiu Luke.
— Então é o quê? – Perguntei. – Tu dizes que me amas, mas quando o fazes em publico pareces arrepender-te depois. É o que parece...
— Não! Não não é – interrompeu ele. – Eu não estou arrependido porque nao te amo! Eu estou porque sei que é inutil. Tu propria já disseste que nao deviamos ficar juntos... foram as tuas palavras não as minhas! E agora, pensando bem, eu vejo o porquê.
— O que queres dizer?
— Eu vejo Lexi – repetiu ele. – Eu vejo como tu ficas sempre que recebes as malditas flores. Eu vejo o sorriso e o brilho nos teus olhos, Alexia. Eu vejo-o! E o pior é saber que tu nao ficas assim por mim!
— Mas Luke... – o que poderia eu dizer? Não podia contar o que eram as flores, ele nao podia saber, eu prometi!
— Eu percebo, Lexi – disse ele, com um sorriso derrotado. – Eu... peço desculpa pela posição que te coloquei. O meu pai provavelmente vai tentar afastar-te de mim e os reis... eu nem sei. Eu deveria ter estado calado – disse Luke. – Eu...vou manter-me afastado! Eu, espero que sejas feliz com ele!
Luke virou as costas e deixou-me sozinha no corredor.
O que foi isto? Ele tinha admitido que me amava e agora dizia que nao?!
Eu... nem sei o que pensar!”
Suspirei. Reviver aquela conversa não ajudava em nada.
Luke tinha mantido a sua promessa e nao me falou mais desde aquela tarde e, o pior era que eu sentia a falta dele. Eu gostava dele, eu amava-o. Mas, tal como ele disse, não podiamos ficar juntos porque eramos de mundos diferentes.
— Senhorita Delacour, - uma voz chamou a minha atenção. Rapidamente levantei-me e olhei, paralisando em seguida. – Gostaria de trocar umas palavrinhas consigo.
— Co-Conde Zabine, - fiz uma venia. – Claro, seria uma honra. – Disse com a minha voz mais agradavel, mas por dentro eu sentia o medo a instalar-se do que ele poderia querer.
O pai de Luke olhou-me com toda a sua arrogancia.
— Quanto?
— Desculpe, não entendi – admiti.
— Gostaria de saber quando é que a senhorita quer para desaparecer, - esclareceu. O espanto foi impossivel de mascarar. – Ora, nao me olhe assim, uma mulher com as suas posses não tem grande futuro. O meu filho, no entanto, pode ter tudo o que quiser – garantiu. – Ele parece-me estar a ser influenciado pela sua beleza, então eu quero-a afastada dos seus olhos. Quanto quer para desaparecer?
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— Vamos, mulher, diga-me o valor – exigiu. – Dar-lhe eu o que pedir. Pode desaparecer, começar de novo longe daqui. Pode comprar alguma terra e começar a sua familia com algum camponês.
— Eu não posso – disse. – Eu não quero! Eu não vou deixar a corte, ou o Luke, não importa o que o senhor me oferecer.
— Claro que vai – insitiu, dando o passo para mais perto. – Quanto?
— Nada, pai! – A voz apareceu nas minhas costas, mas eu conheci-a muito bem para nao saber de quem era. Luke estava ali! – A Lexi não quer nada seu, obrigada pela oferta.
— Tu vais estragar a tua vida com ela – avisou o Conde. – Ela vai ser a tua miséria! Eu nao vou deixar!
— Vai sim, pai – assegurou Luke. – Eu não sou mais a criança que voce pode manipular, hoje eu tomo as minhas decisões. E eu escolho a Lexi, - senti a sua mão no meu ombro. – E se ela me aceitar, um dia iremos casar. E o pai não pode fazer nada! – Olhei para ele. Luke encarava o pai com determinação. Ele tinha acabado de dizer que nós iamos casar? O que aconteceu ao ”se feliz com ele”.
Os dois Zabine encararam-se alguns segundos.
— Tudo bem – disse o Conde Zabine por fim. – Mas ficas a saber que eu não aprovo!
Depois, saiu, nunca perdendo a dignidade e deixou-me sozinha com o filho. Olhei-o.
— O que foi isto? – Perguntei.
— Eu disse que o meu pai ia tentar afastar-te, - disse Luke, como se explicasse.
— Não! Eu digo a parte de que vamos casar, - afirmei.
Luke suspirou e olhou-me nos olhos.
— Eu estava enganado, Lexi – admitiu. – Eu nunca deveria ter dito aquelas coisas no outro dia, eu amo-te! E eu quero que fiques ao meu lado! Eu... – ficou sem palavras.
— E o que aconteceu à historia de eu ter outro?
— Bem, eu encontrei Rose hoje – disse. Arregalei os olhos e olhei em volta para ver se laguém tinha ouvido. Nada. – Ela contou-me tudo e eu percebi que fui um idiota. E, se tu me perdoares, eu gostaria que me desses outra oportunidade de te conversar de que o teu lugar é ao meu lado.
—Eu... eu... eu nao sei o que dizer – admiti.
Luke suspirou e dpeois fez a ultima coisa que eu estava à espera. Ajoalhou-se.
— Alexia Delacour, tu és a mulher mais maravilhosa que eu conheci – admitiu. – O teu brilho e a tua energia chamam por ti todos os dias, desde o primeiro. Eu nunca senti o que sinto por mais ninguém. Nunca soube o que era amar até tu apareceres e iluminares o meu dia, - sorriu. – Sei que somos de mundos diferentes, mas contigo eu quero fazer um Mundo novo. So tu e eu, os dois num mundo só nosso – afirmou, pegando a minha mão. – Eu ficaria honrado de te ter a meu lado, como Senhora Zabine. Lexi, aceitas casar-te comigo?
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