Tu mirada - Lm

☆ Capítulo treze ☆


— Aaahh Estevão... - falou toda apaixonada.

Maria comeu mais um pouco enquanto relembrada cada momento nos braços de Estevão e seus pensamentos só foram interrompidos pelas batidas na porta, levantou com um pouco de dificuldade e caminhou até a mesma e abriu com calma. Cornélio a mediu de cima a baixo e Maria sentiu medo do que ele pudesse fazer.

— O que quer aqui? - falou segurando a porta.

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— Precisamos conversar bem sério!!! - ambos se encararam...

Maria sentiu que seu coração poderia sair da boca com a imagem daquele homem ali em sua porta e a mão foi diretamente em sua barriga com o filho mexendo com força como se sentisse o mesmo que ela. Cornélio sorriu e entrou vendo que ela estava paralisada em sua presença e ela virou voltando a si e o encarou, ele olhou todo aquele local e logo voltou seus olhos a ela.

— Tenho que admitir que você conseguiu mudar o meu irmão!!! - foi a mesa e pegou uma fatia de queijo e a comeu.

— O que quer aqui? - foi rude e encostou a porta.

— Já disse... - sentou. - Precisamos conversar!!! - começou a fazer um lanche para ele. - Senta ai e termina de comer também!!! - falou como se a casa fosse dele.

Maria se aproximou e sentou frente a ele, não tinha medo daquele homem tinha apenas receio por não conhecê-lo.

— Não nos conhecemos e não temos nada para conversar!!! - suspirou passando a mão no cabelo.

Ele sorriu e apontou o dedo para ela.

— É ai que você se engana, minha cunhadinha!!! - riu sarcástico. - Desde que chegou aqui eu ando te fitando e sabe que esses dias eu encontrei um retrato teu bem lindo?

Maria sentiu seu coração disparar naquele momento e a garganta secou assim como seus olhos arregalaram como assim um retrato? Será que ele tinha descoberto quem ela era? Passou as mãos no cabelo e naquele momento sentiu que tudo poderia ruir e que seu passado estava mais perto de aparecer do que ela imaginava.

— O que quer? Fale logo!!! - se irritou com aquela enrolação toda.

Por mais que não quisesse saber nada daquele passado, ele estava ali para mostrar que era diferente e que não importaria para onde ela fosse ou para onde fugisse o seu passado sempre viria atrás.

— Eu quero que pegue esse dinheiro para ajudar nessa casa!!! - entregou um pacote cheio de dinheiro. - Não quero vocês passando fome e sei também que com sua ajuda ele encontrou um emprego!!! - mordeu o pão.

— Você sabe que ele não quer dinheiro nenhum de vocês, ainda mais depois do que fez com ele por seus malditos negócios!!! - o recordou da surra que deram em Estevão.

— Ele estava com o cara que prendeu um dos meus!!! - foi rude.

— Isso não quer dizer que ele é culpado!!! - falou um pouco mais lato. - Você não merece o irmão que tem!! - torceu a boca. - Leve seu dinheiro porque estamos bem e ele vai conseguir ser melhor sozinho!!!

Cornélio sorriu e limpou as mãos tirando do bolso um pedaço de jornal e deu a ela.

— Acho que ele não vai gostar de saber qual seu verdadeiro endereço, qual a sua verdadeira vida... - jogou sujo. - Sabe que ele é todo certo e não vai te querer aqui sabendo do seu passado né?

Maria pegou o pedaço de jornal e nele tinha sua foto com a legenda de "desaparecida" e seu coração tremeu mais uma vez e seus olhos encheram-se de lágrimas sabendo que era verdade o que ele dizia e Estevão não iria mantê-la ali sabendo de onde ela vinha. Ela olhou para Cornélio que sorriu sabendo que as coisas ali seriam do seu modo e não do dela.

— Aproveita e compra algumas coisas para seu bebê. - ficou de pé. - Presente do titio aqui!!! - pegou o resto de seu lanche e saiu dali.

Maria olhou novamente para aquele pedaço de jornal e começou a chorar enquanto lia o que tinha nele, o amassou e ficou de pé não queria voltar àquela vida, não queria estar longe de Estevão, mas sabia que mais cedo ou mais tarde ela estaria frente a seu marido e nesse dia nem sabia como seria o seu futuro com Estevão e com seu marido. Levantou e foi para o quarto, deitou e respirou fundo sentindo uma dor aguda no ventre.

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(...)

Estevão demorou na rua mais do que queria, mas estava feliz por ter conseguido terminar tudo, entrou em casa com um sorriso no rosto e buscou por seu amor, a casa estava arrumada e cheirando a limpeza como sempre estava desde que ela tinha chegado ali, foi para o quarto e a encontrou adormecida, sorriu, ela era tão perfeita que ele apenas se aproximou e deu um beijo em seus cabelos. Ela se moveu, mas não acordou e ele foi direto para o banho, estava cansado, mas depois do banho foi a cozinha para preparar algo para ambos.

Quando abriu a geladeira a viu cheia de coisas e estranhou, foi ao armário e estava também cheio de coisas também e sem conseguir controlar sua curiosidade, ele foi ao quarto e deitou atrás de seu amor para acordá-la com calma tocou seus cabelos e a cheirou com todo seu amor mesmo "grilado" com toda aquela comida.

— Maria? Amor? - chamou por ela que se moveu. - Acorda minha vida. - deu um monte de beijinhos em seu braço.

Ela suspirou e passou as mãos no rosto, piscou algumas vezes e com calma virou para ele tocando seu rosto, estava sentida ai com o que tinha se passado mais cedo, mas não contaria nada a ele. Ela o puxou e o beijou na boca com todo seu amor e ele a correspondeu da mesma maneira segurando o corpo de seu amor.

— Conseguiu resolver suas coisas? - falou ofegando assim que o beijo terminou.

— Sim!!! - sorriu para ela. - Mas me diga como conseguiu comprar todas aquelas coisas?

Maria mordeu os lábios e abaixou os olhos por um momento, não iria contar a ele sobre a visita e voltou a olhá-lo.

— Eu usei o que tinha...

— Maria, o que tínhamos combinado? - ele ficou de pé. - Não era para usar o seu dinheiro!!! - falou bravo.

— A gente precisa comer e eu contei e tinha mais do que eu imaginava. - mentiu e sentou com dificuldade. - Deu até pra compra algumas coisas para o bebê!!! - apontou para o guarda roupa onde estavam as sacolas.

— Não está certo!!! - suspirou. - Sou eu quem deve colocar comida dentro dessa casa!!!

Estevão não estava sendo machista com aquelas palavras, mas não queria mais o dinheiro que era para ela comprar as coisas para o bebê, ele já iria começar a trabalhar e as coisas iriam melhorar e o dinheiro dela era para ela. Heitor estava perto de nascer e precisaria de muitas coisas e aquele dinheiro iria fazer falta mesmo ele não sabendo o que se passava, Maria ficou de pé e foi a ele segurando em sua mão.

— Eu tenho o suficiente para comprar as coisas que ele vai precisar. - tocou seu rosto. - Eu vou te mostrar o que eu comprei. - deu um beijinho em seus lábios para ele esquecer aquele assunto. - Não fica bravo. - o abraçou.

Estevão suspirou e a agarrou contra seu corpo, não estava bravo totalmente, mas também não queria que ela fizesse as coisas por suas costas, ela se soltou dele e pegou as coisas para mostrar a ele que sentou a seu lado e começou a olhar tudo mudando completamente seu rosto e o sorriso nasceu em seu rosto assim como no dela que respirou mais aliviada por ele esquecer aquele assunto por um momento, eles ficaram ali conversando e vendo cada roupinha que ela tinha comprado e ele logo foi para a cozinha preparar o jantar e entre conversa e risadas o tempo passou...