Três Vassouras

Taça das casas


No ultimo domingo em Hogwarts, aconteceu o jogo entre Grifinória e Lufa-Lufa, a casa vencedora ganharia a taça das casas. Sonserina perdera para os Texugos, garantindo o terceiro lugar.

Rose sobrevoava o campo, sobre os gritos da torcida incansável. Organizados, os leões rugiam com todo o ar de seus pulmões: Vai, vai Grifinória!

A goles voava de mão em mão, a luva já desgastada pelo cabo da vassoura lançava com força a bola ornamentada contra os aros, garantindo mais dez pontos para a equipe vermelha e amarela. Tiago, o apanhador, procurava o pomo atentamente, não piscava, podendo perder qualquer movimento da bolinha. O time da Lufa-Lufa brigava firme pela vitória, haviam marcado mais de oitenta pontos contra a Grifinória, que vencia por uma diferença de vinte pontos.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

—Parece que o apanhador da Grifinória viu o pomo, Lufa-Lufa segue. A disputa está acirrada, é agora! —Um garoto com voz sedutora narrava.

Quando o pomo de ouro era avistado, tudo se tornava mais tenso. Rose aproveitou o momento de estupor e marcou mais alguns pontos para sua equipe. A arquibancada seguia Tiago sem se quer respirar.

—E Tiago Potter pega o pomo de ouro, Grifinória vence a taça das casas! —O narrador gritava com felicidade, tratando-se de um Grifinório. A arquibancada ia a delírio, alunos pulavam fazendo a estrutura de madeira tremer, outros batiam nos tambores e por fim, alguns se abraçavam com força. Os jogadores dentro de campo, incluindo os Lufanos, aplaudiam o garoto que já no chão, levantou o pomo com uma das mãos. Rose olhou para a arquibancada, onde Scorpius ao lado de Luke e Lily, a aplaudia com um sorriso orgulhoso no rosto. O time da Grifinória pousou e um por um se posicionaram atrás da taça, as vassouras nas mãos tremulas pela adrenalina ainda presente. Os sorrisos bobos não eram contidos, e saíram na fotografia, que seria mostrada aos filhos dos jogadores. Após as fotos Tiago abraçou a prima comemorando e lhe sussurrando no ouvido que estava errado, e queria se desculpar. O resultado foi um grande abraço e um beijo estalado na bochecha do rapaz.

Naquela noite, antes do jantar, Rose não fora para seu salão comunal, e sim para o da Grifinória, onde a comemoração durou horas. Após se despedir dos amigos, dizendo-lhes que os encontraria no jantar, caminhou solitária até seu salão comunal. O dragão verde, cujo já se acostumar com as chamas, abriu-se, dando-lhe passagem. No sofá estava Scorpius esparramado, e na poltrona, Luke sentada com as pernas sobre o braços.

—Ruiva! —O garoto moreno exclamara já se pondo de pé. A garota rapidamente colocou a vassoura, que não largara um minuto se quer, encostada na parede. E com força abraçou o garota que bagunçava seus cabelos com um cafuné exagerado. —Estou tão orgulhoso de você.

Rose ria.

—Hey, é minha vez agora. —Scorpius puxou Luke e por breves segundos ficou observando a ruiva em seu traje de quadribol, a capa lhe caia maravilhosamente bem, o cabelo preso em um rabo de cavalo deixava seu rosto mais a mostra. E por um impulso a abraçou. —Estou mais orgulhoso que o Zabini.

O garoto já na poltrona balbuciou um “hey” indignado.

—Obrigada. —Rose murmurou contra o pescoço do garoto, e percebeu que o fizera se arrepiar. Corou com a situação e separou seus corpos. —Preciso me trocar e tomar um banho, vocês me esperam para o jantar?

—Claro ruiva. Já disse que faço tudo por você. —Luke piscou e apontou para a garota, Scorpius apenas revirou os olhos.

Após secar as gotículas de água morna que minutos antes tomavam seu corpo, Rose vestiu-se casualmente, o diferencial era apenas a gravata da Grifinória envolta da sua cabeça, como uma fita. A equipe havia combinado de no jantar aparecer com a gravata em volta da cabeça, como sinal de se diferenciar entre os outros alunos.

—Por que a gravata na cabeça? —Scorpius perguntou. Rose ainda ajeitava os cachos com os dedos, a saia plissada movimentando-se a cada passo. A meia calça cinza aumentava suas pernas e a sapatilha lhe deixava com cara de colegial.

—Ora meu caro Malfoy, é lógico que é para diferenciar os jogadores da torcida. —Luke respondeu por Rose, que recebeu um olhar duvidoso do loiro.

—Ele está certo. —Explicou ao garoto, enquanto olhava-se no banheiro rapidamente. —Devo ter comentado...

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

—Deve ter comentado? —O loiro parecia confuso. —Ah, quer dizer que você ia se encontrar com ela?

—Não me encontrar, e sim conversar. —Luke se aproximou da garota e lhe estendeu o braço como um cavalheiro, Rose enlaçou seu braço ao do rapaz sorridente. —Você ficava reclamando que ela te ignorava o tempo todo, mas pra quem acha que ela reclamava de você?

Tanto Rose como Scorpius coraram.

—Vamos, estou com fome, e quanto mais rápido formos mais rápido vou poder parar de ouvir os gritos dos Grifinórios. —Sorriu. —Sem ofensas, ruiva.

O salão principal estava radiante, na mesa da Grifinória não tinha um aluno se quer sentado, todos de pé, alguns em cima do banco. Conversando a aplaudindo a equipe.

—Vá lá ruiva, depois falamos. —Luke que tinha o braço em cima dos ombros estreitos da garota, beijou sua bochecha, antes da mesma correr para a multidão que a engoliu.

McGonagall parabenizou a todos os leões, fazendo um belo discurso de como estava orgulhosa, parabenizou os texugos da mesma forma, comentando como a casa havia evoluído desde a segunda guerra. Após discursar, o banquete foi servido.

—Hey Rose, o que acha de dormir conosco hoje? —Tiago perguntou. —Ficaremos assando marshmallow na lareira, só nós.

Apontou para todos os Weasley e Potter.

—Er, na verdade eu estou muito cansada. —Mentiu e voltou a comer. Após se despedir de todos, caminhou até o seu salão comunal, subindo as escadas diretamente para seu quarto.

Abriu a janela, jogando as cortinas para o canto, a lua cheia brilhava no céu. Sentou-se na escrivaninha de frente para a janela, deixando uma brisa entrar no quarto. Não antes de vestir o pijama e prender os cachos em um rabo de cavalo baixo. Pegou o pergaminho na gaveta da mesinha, molhou a pena no tinteiro e começou a escorrega-la sobre o papiro.

“Olá mãe e consequentemente pai,

O jogo de Quadribol foi maravilhoso, vencemos e a taça é linda. Não se preocupem, entendo que tenham tido outros compromissos e sei o quanto ficaram chateados por não poderem comparecer. Teremos outras chances, ano que vem e o próximo, e ainda os próximos anos de Hugo. Não é bem uma carta, apenas queria informa-lhes que vencemos e está tudo bem. Em breve estaremos na estação.

Com amor, Rose W.”

E novamente mentira, não estava tudo bem, Hermione prometera-lhe que assistiriam ao último jogo da temporada, mas não conseguira. Rose entendia a agenda apertada dos pais naquela época, mas era seu jogo, sua primeira taça como vice capitã. Deitou a cabeça sobre os braços cruzados na mesa. Algumas lágrimas se formaram em seus olhos, tratou de esquecer tudo e com um assovio alto e cantarolado, chamou sua coruja.

—Olá Hades.—Acariciou as penas acinzentadas da ave orgulhosa. Enrolou o papel na perna do pássaro. —Leve para Hermione e Ronald Weasley.

A coruja jogou o corpo para fora da janela e levantou voo. Rose permaneceu por mais alguns minutos observa a lua até que adormeceu.

Acordou com batidas —grosseiras— na porta.

—Hã? —Levantou o rosto colado à um pergaminho amassado, os olhos inchados e semicerrados.

—Rose, está atrasada! —Scorpius batia na porta. —Vou te esperar lá em baixo.

—Ta bom! —A ruiva levantou-se com velocidade, já trocando de roupa e jogando os livros dentro da mochila. As escadas serviram como obstáculos enquanto descia-as tentando ajeitar a meia que insistia em se enrolar.

—Calma, você vai cair e acho que Madame Pomfrey te deixaria internada dessa vez! —Scorpius brincou lhe alcançando uma maçã. —Peguei pra você, já que não vai ter tempo de tomar café.

—Obrigada —Rose mordeu a maça e saiu com o garoto em direção à sala de aula.