“Vencerei pela minha família.”

“Ganharei os Jogos pelo meu Distrito.”

“Irei ganhar essa merda pela minha namorada.”

“Pelo meu irmão mais novo.”

“Pelos meus pais.”

“Vencerei por mim.”

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Na entrevista, todos estavam deslumbrantes. Ternos e vestidos lindos. Todos agora eram simpáticos, engraçados, irônicos ou quietos, todos tentando arrancar alguma coisa da plateia. Era uma maneira de arrumar patrocinadores, admiradores e tudo o que tinham direito. Por mais que a maioria dos tributos quisesse esganar todos os presentes.

Luvye continuou do mesmo jeito. Discreta, mas não tanto. Com um toque de fragilidade enquanto falava, apesar de soltar piadas sarcásticas de vez em quando. O pessoal gostou dela. Um ponto para LeFray, então. Kieran começou falando do quanto era uma honra estar na Capital. Como sempre quis ir para os Jogos. Ele estava se lambuzando de prazer com tudo aquilo, Luvye via isso claramente. Ele também optou pelas piadas, fazendo a Capital ir, além de fazer questão de mostrar seus músculos, do quanto era forte. Que ótimo. Ele era engraçado, forte, orgulhoso.

E perigoso.

Halee era como uma boneca, com o vestido, corpo e rosto perfeitos, além de naquele momento, ser intocável. Quando falava sabia exatamente o que dizer e não falava muito nem pouco. Era esperta, sabia quando contar uma pequena piada e arrancar alguns risos, além de claro, estar deslumbrante. Ela era forte e perigosa, por mais que aparentasse frágil como vidro. Mas vidro também corta, no final de tudo.

Jordan, como sempre, falava pouco e seu jeito misterioso era intrigante. Mas deu para saber um pouco dele. Tem 18 anos, tinha um irmão mais novo de 14 e sua mãe morreu de leucemia quando ele era muito jovem. Mesmo quieto, com certeza teria muito patrocinadores.

Meredith falava muito, até demais. Estava nervosa demais. Era visível que suas mãos tremiam. Ela só queria vencer pela mãe, que afinal, já foi um tributo. Uma vitoriosa. Mas não por muito tempo. Pois, depois de três meses de ter vencido os Jogos, não conseguindo se livrar dos pesadelos, cometeu suicídio.

Dex era um garoto pequeno, mas encantador. Era ágil e curioso. Tudo nesse momento era intrigante para ele. Toda a Capital. Toda essa gente com roupa esquisita. Todos os tributos. Mas ele não se abalava e disse que não perderia tão fácil por ser novo.

“Não me venha com etarismo. Eu sei me virar muito bem.”

Jace era o bonitinho quase perfeito também. Mesmo que ele não falasse nada, ele seria uma pessoa interessante. Contou histórias engraçadas e algumas tristes sobre sua vida, como a perda do irmão mais novo. A plateia se emocionou. Ele agradeceu e mandou beijos para as garotas no final, enquanto todos se derretiam. Provavelmente, um dos favoritos.

Alexa mostrou na entrevista o quanto era orgulhosa, ambiciosa e protetora com as pessoas que ama. Definitivamente, mostrou que não era fraca. Giovanna fez o mesmo, mostrando que não deveria ser ignorada. Porém, Peter era meio que um comediante, como muitos tributos haviam optado. Thauan e Lunna seguiam a mesma linha: esperto, mas não muito chamativos. Lucy era falante e Blane agora falava mais. Ela era ansiosa, um pouco nervosa. Blane, ao contrário dela, conseguiu ser mais controlado, não deixando muito nítido suas tendências bipolares. A plateia gostou dele, principalmente quando contou a romântica história dele com sua namorada.

“Irei ganhar isso pela minha namorada. Custe o que custar.”

Jhon e Brooke eram mais retraídos. Lyanna se mostrou uma pessoa calculista. Difícil de ser enganada. E também uma pessoa sozinha. Túlio se mostrou como Lyanna pensava: com seu jeito e postura de conquistador, era um charme. Na visão dela, era um garoto mimado e irritante, mas aparentemente a Capital gostou dele. Mas tinha algo a mais nele. Se não houvesse, Lyanna nem se importaria com ele. Túlio também era ambicioso. Ele queria realmente vencer.

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E isso era perigoso.

A plateia gostou dele.

Victor, Daria, Trudy e Michael eram tributos normais. Foram entrevistas tranquilas, que arrancaram algumas risadas. Eram determinados, mas não o suficiente.

Então finalmente chegaram os últimos tributos.

Noah Lewis e Astrid Hel.

Astrid estava nervosa. Então, colocou uma máscara de confiança e falou tudo o que considerava que lhe traria pontos. Eles gostaram dela. Mas não mais do que gostaram de Noah.

Noah era bonito e engraçado. Media muito bem as palavras e era charmoso, até mais do que Kieran. Kieran podia ser manipulativo, mas Noah era persuasivo.

Quando todas as entrevistas acabaram, todos ficaram desconfortáveis.

Kieran andava de um lado para o outro resmungando.

Luvye levantou a cabeça e olhou para Kieran.

— O que foi? — perguntou.

— Na Cornucópia, vamos acabar com todos eles. — ele disse, se referindo essencialmente à aliança do 5, 6, 10 e 11. E, é claro, os tributos que conquistaram mais toda a plateia. — Isso inclui aquele veadinho do 9 e o retardado do 12.

Luvye parou um pouco e pensou. Ele estava falando de Túlio e de Noah.

— Todo o resto vai ser fácil. — completou, jogando-se em um dos sofás. — Deixaram claro que a arena é uma ilha. Então, só pisaremos afogar alguns antes de conseguirem colocar os pés na terra firme. — ele suspirou como se estivesse cansado. Depois, deu um meio sorriso. — Eles não vão conseguir.

Luvye tentou esconder seu rosto de repulsa. Ela o odiava. Ela odiava tudo aquilo.

Mas teria que aguentar; tudo começava amanhã.

Os Jogos irão realmente começar.