Bella

Jacob não esperou que eu pedisse novamente, grudou os seus lábios nos meus de uma maneira tão feroz que senti um pouco de dor, mas não liguei. Tudo o que eu queria era estar nos braços dele e enfim esquecer totalmente Edward Cullen.

Entramos na minha casa assim, nos beijando e tateando para encontrar o caminho até o meu quarto. Quando chegamos lá já não estava com a blusa nem com a saia, apenas com as peças íntimas e o meu salto agulha. Jacob também estava sem o paletó e sem a sua blusa que vestia por baixo. Assim ele ficava muito mais irresistível.

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Não foi com doçura que Jacob me libertou das minhas últimas peças de roupa e me jogou na cama. Fiquei assim jogada na cama olhando para o meu namorado que abria o botão e o zíper de sua calça e revelava uma cueca azul quase negra como a sua blusa. De onde eu estava dava para notar o quanto ele estava excitado e eu adorei saber disso. Sorri para ele, mal esperando pelos próximos minutos.

Jacob tirou completamente a calça e olhava para mim de um jeito meio perverso, pois ele sabia o quanto eu o achava atraente fisicamente e como eu ficava louca em vê-lo assim despido em minha frente.

Ele engatilhou sobre a cama em minha direção e pegou-me pelas pernas arrastando-me em direção aos seus quadris e fazendo-me sentar em seu colo. Pude sentir o quanto ele estava excitado e senti-me completamente úmida nesse momento.

Jacob abocanhou os meus seios com a mesma ferocidade que atacou os meus lábios minutos antes e me senti alucinar, já havia esquecido qualquer coisa que deveria ter esquecido.

O ritmo que nos amávamos era enlouquecido, parecia que Jacob queria me mostrar que ele era o meu namorado e eu queria muito esquecer tudo lá fora. Concentra-me apenas nesse momento com ele, que sempre foi prazeroso. Impaciente, retirei a sua cueca. Acariciei o seu membro extremamente rijo e sem poder esperar mais o guiei para dentro de mim.

Era isso o que eu precisava estar sendo preenchida pelo meu namorado. Estar com ele intimamente para esquecer qualquer outro homem que não fosse ele. O ritmo foi aos poucos aumentando e eu sentia cada vez mais ânsia de que cada centímetro dentro de mim fosse preenchido por ele.

O gozo veio rápido, mas intenso. Jacob demorou um pouco mais para chegar ao clímax, e quando estávamos deitados lado a lado na cama exaustos, fechei os olhos e adormeci.

Edward

Abri os olhos completamente ao perceber que era um sonho, um sonho péssimo, diga-se de passagem. Estava assistindo a um filme que se passava na década de 60 e acabei pegando no sono antes que ele terminasse.

Tinha acabado de sonhar que estava em uma estação de trem antigo, as pessoas a minha volta estavam vestidas, penteadas e tinham maneiras de tempos passados e quando olhei para o meu próprio corpo vi que eu mesmo estava no padrão deles. Vestia um terno marrom claro.

Não entendia o que estava fazendo ali. Algumas pessoas estavam embarcando, outras se despediam destas, mas não entendia o porquê de estar naquele lugar e naquele momento. Olhei para os lados e havia um enorme relógio de ponteiros na estação marcando 09h10min e nesse momento o trem soou a partida.

Voltei a olhar para ele, mais especificamente para as suas janelas. Algumas pessoas debruçavam-se e acenavam adeus para seus parentes, amigos, pessoas que amavam e estavam deixando para trás temporariamente ou definitivamente e senti uma tristeza profunda em meu coração. Busquei desesperadamente entre essas pessoas um rosto conhecido, não sabendo quem poderia encontrar ali, mas, agora naquele momento eu sabia que estava despedindo-me de alguém.

Prendi a respiração quando o rosto mais lindo, doce e triste apareceu em uma das janelas. Bella estava linda e seu rosto estava parcialmente coberto pelo chapéu que usava. Quando ela levantou um pouco mais o rosto e mexeu no chapéu pude ver seus olhos tristes. De uma forma estranha a achei ainda mais bonita, era como uma princesa indefesa, pura e doce. Ela procurava por alguém em meio ao burburinho de pessoas e parecia desesperar-se ao não encontrá-la.

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- Isabella! Bella! - Gritei e ao me escutar procurou-me e nossos olhos se encontraram. A dor atingiu-me em cheio no coração. Corri em meio ao saguão apinhado de pessoas, sem me incomodar em empurrar algumas delas. O trem estava em movimento e eu tinha que alcançá-lo, tinha que evitar que ela se fosse.

- Bella! Bella! – Minha voz tentava ultrapassar os ruídos, queria ser escutado e entendido.

Ela não podia ir, não podia. Não sobreviveria sem ela, e ela sabia disso. Como se ao mesmo tempo em que eu invocava essa certeza em minha mente, a respiração se tornou mais difícil e sentia meus pulmões arderem. Por que eu não conseguia correr mais rápido? E por que o trem parecia se distanciar mais rapidamente do que eu podia? Parecia que tudo em minha volta estava em sua velocidade normal, no entanto eu estava em câmera lenta.

- Bella! Eu te amo! - Vi um brilho aparecer em seus olhos e os meus próprios estavam nublados com as minhas lágrimas.

A dor que vi em seu rosto destroçou ainda mais o meu coração arruinado.

- Eu te amo. - Vi seus lábios mover-se para me deixar essa mensagem.

Era tarde demais para mim, o trem estava afastando-se mais e mais e eu não progredia nunca. Bella estava fora do meu alcance, tudo estava acabado e não via mais razão para nada. O trem soou novamente e eu acordei. A televisão ainda estava ligada e para mim parecia bastante tarde. Desliguei-a e fiquei olhando para o teto pensando em tudo aquilo.

Não entendi o sonho que tive o propósito dele, mas ele apenas deixou ainda mais claro uma coisa para mim: Eu não poderia mais viver sem ela. Bella era a razão da minha vida. A dor que senti no sonho ao perdê-la e ainda propagava-se mesmo estando acordado foi intensa e arrasadora. Nunca permitiria que ela se afastasse de mim, de maneira alguma. Era suicídio. Loucura.

Passei os dedos pelo meu rosto sentindo algo correr por ele. Não tinha notado, mas lágrimas molhavam meu rosto. Percebi que para mim não havia nada mais grandioso do que tê-la ao meu lado. Bella seria minha e ninguém ficaria entre nós dois. Não importavam as opiniões das outras pessoas, nem da minha irmã e nem do meu amigo, Emmet. Não importava se atualmente ela tinha um namorado e muito menos me importava se ele era um cara legal. Se ela pensava estar feliz com ele, faria com que ela visse que comigo seria ainda melhor.

Decidi levantar mesmo ainda sendo bastante cedo. Tinha que juntar algumas roupas e objetos pessoas para levar até a casa dos meus pais, onde ficaria hospedado durante a reforma em meu apartamento. Não tinha me tocado neste ponto, mas Bella sugeriu que eu não ficasse lá durante as modificações, tudo ficaria em uma desordem total.

Coloquei as coisas no carro e segui até o escritório de Bella um pouco mais tarde. Ângela estava perto da máquina de fax e quando me viu recebeu-me com um sorriso sincero.

- Bom dia, Ângela.

- Bom dia, Edward. - Ela se aproximou de sua mesa para dar-me maior atenção.

- A sua chefe está? - Perguntei baixinho.

- Está sim. Talvez você possa animá-la um pouco. - Ela falou também baixo como se confidenciasse algo.

- O que ela tem? - Fiquei preocupado.

- Não sei. Mas achei que ela está um pouco desanimada hoje.

- Desanimada? - Repeti e por dentro sorri. Será que ela teria brigado com o Jacob ontem?

- Sim.

- Não está sabendo de nada? - Sondei.

- Não. Ela mal abriu a boca hoje. - Isso parecia promissor para mim.

- Pois bem. Pode falar com ela que estou aqui? Talvez eu possa animá-la realmente.

- Claro. - Ângela interfonou para a sala dela e em seguida pediu que eu entrasse.

Respirei fundo antes de entrar realmente na sala dela. Desde o momento que acordei depois de ter tido aquele sonho nada agradável a minha vontade era apenas de vê-la e tocá-la. Ter certeza de que ela estava próxima a mim, ao alcance de minhas mãos. E foi maravilhoso quando meus olhos pousaram sobre os dela, um mar de chocolate. Poderia afogar-me nele tendo o meu coração em êxtase.

Teria mesmo que enfatizar o quanto ela estava adorável, linda, perfeita? Seus cabelos estavam presos no alto, dando-lhe um ar ainda mais jovial, na verdade ela parecia uma menina. Usava uma blusa ¾ branca e antes que ela levantasse o rosto para olhar em minha direção, vi que foleava um catálogo e fazia anotações em um caderno ao lado.

- Ah... Olá, Edward.

Não foi o que eu esperava depois de ontem quando nos divertimos muito. O seu tom de voz era muito formal e seu olhar era sério. Seu lábio levantou apenas um pouco e rapidamente em um ensaio para um sorriso de boas vindas. Definitivamente esperava por mais, mas Ângela já havia me dito que ela não estava tão animada.

A lembrança desse fato me fez reanimar novamente, Bella poderia estar em um processo de fim de namoro e como ela achava que era apaixonada pelo Black poderia ficar um pouco assim. Eu seria a solução para isso, o seu remédio e esperava que ela ficasse muito viciada em mim.

- Oi, Bella. - Caminhei revigorado em sua direção e ela se levantou dando um passo para a direita, ficando a sim ao lado da mesa. - Bom dia, querida. - Abracei-a e a beijei no rosto.

- Bom dia. - Sua voz ainda não inspirava animação. - Sente-se, por favor.

- Oh, maravilha! Pelo menos hoje você teve a decência de me convidar para sentar. - Brinquei e ela deu aquele mesmo meio sorriso, sem graça, diga-se de passagem. Sentei, deixando passar essa.

- Você veio me trazer a chave do seu apartamento? - Ela sentou também.

- Sim, meu bem. Acho que da maneira como o nosso relacionamento anda, está na hora de darmos esse passo, não acha? - Falei sorrindo para descontrair.

- Não seja bobo, Edward. - Ela nem piscou.

- Tudo bem. Eu trouxe a chave. - Peguei-a no bolso de minha calça e mostrei para ela e depois fechei a minha mão, guardando-a. - Mas só vou entregá-la quando me disser o que esta acontecendo. – Ela ganhou uma expressão de desentendida. – Vamos Bella, sabe que não é boa em mentir.

- Não aconteceu nada, Edward.

- Esta séria demais, está compenetrada em excesso. Alguma coisa a preocupa. Algo no trabalho? - Arrisquei.

- Não, meu trabalho está ótimo Edward. Olha só, peço que me entregue à chave. O empreiteiro está esperando apenas o meu telefonema. Vamos tentar adiantar as coisas...

- Sim, sei. Fará um ótimo trabalho. Sei que é competente e tem tudo sob-controle, mas não é sobre isso que quero falar. – Olhei-a mais uma vez analisando-a. Sim, Bella estava diferente. Distante de mim... Aquilo me fez arrepiar. – O que houve? O que esta sentindo? - Apoiei meus braços sobre a mesa e debrucei-me sobre eles na direção dela. Bella vacilou. Percebi que seus olhos perderam o foco por alguns instantes e depois ela piscou várias vezes voltando à realidade.

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- Estou atarefada e sinceramente não estou disposta a falar sobre coisas pessoais. Além do mais, não vejo porque de meus sentimentos serem tão importantes para você.

- Mas eles são. - Não havia nada mais importante do que ela, seus sentimentos e tudo o que viesse junto. - Tudo sobre você é importante.

- Já conversamos sobre isso, não é? Não quero que volte a…

- Já sei o que vai dizer: Que não devo voltar a falar esse tipo de coisa. Mas Bella, esse tipo de coisa, isso tudo o que falo para você é o que sinto o que penso. Sabe que estou apaixonado por você. – Bella ficou vermelha e pela primeira vez depois que entrei em seu escritório vi seus olhos ganharem calor como antes. - Faria qualquer coisa, qualquer coisa para ficar ao seu lado. - Bella abaixou os olhos por alguns segundo e quando voltou a olhar para mim, vi que estava determinada.

- Nada que faça vai me fazer ficar ao seu lado dessa maneira. E percebendo que não haverá um meio termo entre nós dois, acho melhor que não voltemos a conversar sobre qualquer assunto que não seja relacionado à decoração do seu apartamento. - Neste exato momento um gosto amargo surgiu em minha boca e a imagem de Bella indo embora no trem voltou a minha mente.

- Se eu me recusar? - Forcei a minha voz a sair.

- Acho que terei que tomar medidas mais drásticas. - Seus lábios ficaram em uma linha e uma das mãos que estavam sobre a mesa estava com punho cerrado. Ela estava tensa, mas não sabia o que significava. Talvez que ela estivesse mesmo irritada com a situação ou talvez que o que ela estava tentando fazer, me afastar dela fosse também muito difícil para ela.

- Bella... – Murmurei sem saber o que dizer.

- Não quero que por um capricho seu...

- Capricho? - Alterei-me.

- É, sim, capricho. Puro e mesquinho. Não quero que por causa dele estrague o meu relacionamento com o Jake.

- O que sinto não é capricho, Bella. Não é carnal apenas. Quero compartilhar com você tudo o que tenho...

- Você está passando dos limites, Edward.

- Não existem limites para o que sinto. E se estou de alguma maneira estragando o seu preciso relacionamento com o Black, é porque você está permitindo isso.

- O quê?! - Foi a sua vez de se alterar.

- Você permitiu que eu entrasse em sua vida e em seu coração também.

- Cala a boca! Você não sabe o que diz.

- Sei muito bem. Esta em uma zona confortável, Bella. E está muito acomodada para querer mudar qualquer que seja a coisa. Ainda mais a pessoa que está ao seu lado.

- Não quero mudar a pessoa que está ao meu lado, justamente por que eu gosto da pessoa.

- Você já percebeu que nunca diz que o ama? - Ela soutou uma risada alta, nervosa e soube que tinha acertado o alvo mais uma vez.

- É por isso? Só precisa disso para convencê-lo? Pois bem, eu amo o Jake.

- Isso não serve, não dessa maneira.

- Não quero falar sobre meus sentimentos com você. Dê-me a chave. - Ela estendeu a mão.

- Só por um momento Isabella, diga para mim, estamos a sós aqui, diga que esta apaixonada por mim. Esta morrendo de medo, porque está apaixonada por mim.

Bella levantou de um salto e me olhou como se eu fosse um tipo de animal peçonhento que a estava ameaçando.

- Ou você me dá a chave agora e para com essas baboseiras, ou você pode ir embora de uma vez por todas e me liberar desse trabalho e de suas asneiras. - Eu não fiquei assustado com suas palavras, mas a minha dignidade gritou neste momento. Bella tinha perdido o prumo, senti-me um tanto desesperançoso com relação a nós dois. De qualquer maneira, deveria não me mostrar derrotado. Assim, levantei calmamente e estendi a chave para ela. - Obrigada. Irei a sua casa logo mais. Se quiser verificar como andam as coisas, pode ir lá a qualquer momento.

- Acredito que não precisará que eu vá. Como eu já disse: Confio em você. - falei tranquilamente. - Bella apenas assentiu levemente. - Até mais. - Disse e sem nem ao menos esperar qualquer retribuição de despedida virei e sai da sala dela.

Quando sentei no carro, percebi a dimensão dos acontecimentos. Tudo o que foi dito por ela para mim. Ao ser relembrado feria ainda mais. Ela me queria longe para preservar o namoro. Ela não o amava, não o amava eu tinha certeza. Era apenas um tipo de apego, mas ela não o amava.

Faria com que ela admitisse que estava apaixonada por mim, essa era a minha mais alta e importante missão. Bella admitiria, falaria com todas as palavras ou eu não me chamo Edward Cullen. Como no sonho ela falaria para mim: Eu te amo.

Quando entrei enfim, em meu escritório, parecia que eu não era eu mesmo. Existiam milhares de tarefas para serem desempenhadas por mim, mas que eu não sabia nem como começar. Era como se eu estivesse em um país diferente, com língua diferente e maneiras diferentes. Estava perdido. Tudo em que conseguia pensar era em Isabella Swan. A garota que tirou a minha razão. Despertei com a porta sendo aberta e Jasper entrando feito um furacão.

- Até que enfim veio ao trabalho.

- Não enche. Você sabe muito bem o que estava fazendo.

- Para entregar uma chave a uma pessoa não costuma demorar tanto. - Ele foi irônico.

- Tivemos uma conversa... Tensa, bastante tensa.

- Sobre? - Jasper sentou a minha frente.

- Ela quer que eu me afaste para não ter problemas com Jacob. - Contei tudo o que conseguia me lembrar da conversa para Jasper que fazia algumas perguntas complementares e alguns pequenos comentários durante a minha narrativa. Por fim disse: - Não sei bem o que fazer agora. Gostaria muito de fazê-la sentir o gosto amargo do castigo que está tentando me impor. Fazê-la admitir o que sente.

Jasper ficou em silêncio tamborilando com os dedos sobre a perna que mantinha cruzada.

- Por que não? - Ele perguntou para si mesmo

- Por que não o quê?

- Por que não fazê-la sentir ciúmes? Por que não fazê-la achar que foi superada? Dar menos importância a ela.

- Você não disse que não se envolveria? - Falei sorrindo adorando a ideia sugerida.

- Deixar um amigo desesperado é um pecado, ainda mais quando ele está totalmente apaixonado pela garota.

- Obrigado, Jazz. - Falei sinceramente agradecido. - Você é o primeiro a acreditar no que sinto.

- E espero que a próxima pessoa seja a própria Bella.

- Eu também. - Murmurei. Suspirei e Jazz também. O que me fez lembrar a confusão dele com a minha irmã.

Tínhamos conversado ontem sobre o assunto. Alice ainda estava irredutível, mas o aconselhei a esperar. Era certo que a minha irmã reconsideraria logo. Aquela pequena não vive sem o meu amigo.

- Alice...?

- Nada. - Ele respondeu. - Não retorna as minhas ligações.

- Por que não vai até o trabalho dela? Convide-a para almoçar.

- Estava pensando nisso. - Ele confessou.

- Não pense Jasper. Faça! - Falei.

Jasper ainda permaneceu na minha sala e conversamos sobre as mulheres de nossas vidas e suas cabecinhas duras. Depois, a responsabilidade nos chamou e tivemos que voltar a nossa atenção para o trabalho. Não sei quanto ao Jasper, mas para me manter atento ao trabalho eu tive muita dificuldade. Durante todo o dia tive que me controlar para não ligar para ela, tinha uma desculpa: o meu apartamento. Segurei-me o quanto eu pude e como eu pude e no fim fui vitorioso pelo menos nesse quesito.

Na volta do almoço Jasper voltou radiante para o trabalho e ele nem precisou falar nada, pois já tinha entendido tudo: Ele e Alice haviam se entendido. Fiquei feliz pelos dois, sabia que se amavam e não tinha por que ficarem separados por causa de um mal entendido.

No final do expediente sentia-me um pouco cansado e talvez por isso os sentimentos negativos estavam me envolvendo com mais força. Lembrava-me constantemente do sonho que tive a noite e das palavras de Bella mais cedo. Isso tudo já era o suficiente para deixar um homem mais pra baixo do que o próprio solo.

No entanto, me agarrava a mais tênue esperança das coisas melhorarem em um futuro que eu esperava que fosse bem próximo. Seguiria a sugestão de Jasper, me manteria firme diante dela. Faria com que ela pensasse que não me afetou em nada. Seria uma parada dura, mas eu estava disposto a arriscar tudo nisso.