Together By Chance 1ª Temporada

Se Preparando Para A Guerra


P.O.V Monique Lockwood

— Você não vai vencer. Já caiu uma vez, irá cair de novo Sairaorg Gremory. – Digo com ódio e ele me olha com um sorriso malicioso e maldoso.

— Da primeira vez estava sozinho, agora não mais. Não importa quem atravessar meu caminho, eu vou destruir e vencerei. – Diz convencido.

— Não enquanto eu estiver viva. – Rebato, Andarilhos eram imortais, ninguém poderia mata-los, foram criados para estabilizar os dois lados, para evitar guerras que ocorressem todos os dias.

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— Sua insistência e teimosia não a levaram a nada, posso matar seu amado em um estalar de dedos. – Ri maleficamente.

— Não ouse encostar um dedo nele, demônio sujo. – Grito e faço com que os ouvidos dele comecem a sangrar.

— Isso só me fez cocegas. Sua tola. Você não tem poderes o suficiente para me enfrentar. – Fala e me joga na parede com seu poder, ele faz um sinal com as mãos me enforcando magicamente.

— Posso não ser forte o suficiente, mas conheço alguém que acabaria com você apenas respirando. – Rebato e sinto ele oscilar um pouco, ele agia como se não temesse Lúcifer, mas eu sabia que ele morria de medo de seu pai, pois ele já enfrentou a fúria de seu pai antes.

— Ele não perderia seu tempo vindo no mundo dos humanos. Assim como não perderia seu tempo vindo proteger você, ele lhe abandonou. Por que acha que ele iria fazer algo por você? Você não passou de uma diversão para ele.

— Você pode me dizer o que quiser, mas sabe muito bem porque ele te despreza tanto. – Rio e vejo a face dele distorcer de puro ódio. – Até outro dia Sairaorg.

Logo faço magia para me teletransportar para fora daquele lugar. Perdi aquele confronto, mas não irei perder a guerra.

~~~~~*~~~~~

Ele estava livre, Sairaorg Gremory havia se libertado, eu falhei em minha missão, em meu propósito. Ele estava mais forte do que meus poderes, o selo estava totalmente quebrado e não só lascado.

Enfim, cheguei de volta... Lar doce lar... As Terras Perdidas das Ilhas de Belg, o lugar de onde nasci através da força dessa Ilha inteira, mas que com o tempo acabou parando de emanar magia para criar novos Andarilhos Dos Sonhos. Pouso em terra firme após voar por muito tempo, eu sei que eu poderia simplesmente me teletransportar, mas preferia voar, pois apreciava toda aquela vista linda.

— Olá, Mandacura. – Digo me aproximando do animal mais poderoso da Ilha, eles sempre sumiam para estranhos, mas por ser uma Andarilha, eles não precisavam se preocupar.

Me ajoelho no chão e acaricio seus pelos/linhas pratas brilhantes e macias, elas eram banhadas de caldo sílico. O formato deles lembrava um pouco uma capivara, mas eles não eram capivaras.

— Poderia me levar a lagoa de caldo? Estou precisando de poder. – Digo e a Mandacura me olha profundamente nos meus olhos para saber se o motivo pelo qual procuro mais poder era algo puro e bom, se não fosse, o animal apenas sumiria.

Ele começa a andar e eu o seguir. Quando acho que não tem mais como prosseguir ele atravessa uma parede de roxas, era um disfarce para ninguém saber onde havia a lagoa de caldo sílico. Assim que entro de atrás da Mandacura, não vejo mais ele, sigo a trilha que era traiçoeira, mas consegui chegar ao destino final, a lagoa.

Como estava no meu estado de Andarilha, não estava com roupas e sim com minhas penas que cobriam todo meu corpo. Entro dentro da lagoa que brilhava por ser de caldo sílico e não de água. Eu conseguia sentir aquele poder entrando pelo meu corpo, passando pelas minhas veias. Apenas Andarilhas e Mandacuras eram capazes de entrar nesse caldo sem evaporar por conta do poder.

Mergulho por inteirar, agarrando minhas pernas com as mãos para assim esperar que todo o poder fosse recarregado em mim, me tornando mais forte para a guerra que surgiria.

O caldo era muito poderoso, mas mesmo assim ele nunca passava todo o poder para um só, afinal, muito poder requer riscos e podem subir à cabeça.

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~~~~~*~~~~~

Já estava de volta ao limoeiro, estava tudo um caos, as pessoas corriam para fugirem dos demônios inferiores. Eliminava sem esforço cada demônio que cruzava minha frente. Eu havia protegido a casa de todos da turma, então eles estariam seguros enquanto permanecessem dentro de suas casas.

Ando até uma campina cheia de flores e grama, ela era enorme, um espaço vasto sem árvores. Eu sabia que seria ali a guerra, era o único lugar plausível de uma grande guerra acontecer e eu sabia que Sairaorg Gremory se importava com “fazer história”, ele é o demônio mais orgulhoso e sem coração que foi criado. Ele odeia seu pai, Lúcifer, tanto quanto Lúcifer o despreza por sua insolência.

— Seres da balança! Convoco-lhes aqueles que podem lutar para se aliarem a mim na guerra futura. – Chamo erguendo as mãos, meus olhos brilhavam por conta de minha magia de invocação.

Logo vejo mais Andarilhos Dos Sonhos aparecerem. Duendes, ogros, lobos e fantasmas apareceram logo atrás. Eles não eram em grandes quantidades, mas já era alguma coisa.

— Obrigada por aparecerem. A guerra será... – Antes de eu completar sinto uma presença familiar atrás de mim.

— Não esqueça de mim. – Diz a voz sombria. Me viro e vejo a encapuzada Dona Morte.

— Se juntará a nós nessa batalha? – Pergunto e ela volta seu olhar para mim.

— O grupo do Ângelo já está se preparando, sei que não irá se juntar a ele, então achei melhor me aliar aqui.

— Entendo. Quando chegar a hora, espero vê-los todos preparados para lutar contra Sairaorg Gremory ao meu lado. – Digo e todos concordam a seu modo, todos desaparecem e só fica Dona Morte e eu.

— Não se preocupe, não serão só isso. – Antes que eu perguntasse quem se juntaria a nós, ela se vai.

— Ótimo. – Sussurro e logo escuto barulho de asas atrás de mim.

— Você é a Andarilha de nome Monique? – Pergunta um demônio médio com suas asas negras abertas, ele estava sozinho. Ele parecia um humano normal tirando pelas asas, usava uma roupa preta que fazia contraste com sua pele pálida, seus olhos eram pretos e o cabelo cinza prateado.

— Sou, por que? – Pergunto e ele se ajoelha perante a mim.

— Nosso Rei, mandou-me lhe entregar uma mensagem. – Ele olha para o chão como se eu fosse superior e não pudesse me olhar nos olhos, assim como ninguém podia olhar nos olhos de Lúcifer sem sentir aquele medo absurdo, aquele medo que eu nunca senti ao olhar nos olhos dele.

— Qual mensagem? E não precisa se ajoelhar, não sou sua rainha e muito menos superior. – Digo e o demônio se levanta me olhando nos olhos.

— Ele vai mandar uma tropa para ajudar na guerra e quer que você os lidere.

— O que?! Por que ele mesmo não lidera uma? – Pergunto e o demônio parece incomodado.

— Eu não tenho essa resposta para lhe dizer.

— Tudo bem, eu aceito. Mas não vou aceitar desordem ou insolência. – Digo e o demônio deu um sorrisinho.

— Não pensei que aceitaria, afinal você é a única não demônio que ele aceitaria comandar por ele.

— Quando a guerra começar, espero que todos estejam presentes. – Falo e ele concorda com a cabeça.

— Com toda certeza. – Ele me reverencia e depois sai voando até o céu, onde ele provável encontraria um portal para voltar ao submundo.

Dona Morte... Você sempre sabe das coisas antes de todos. Ela sempre preferiu se misturar com os anjos e eu com os demônios, mas fico feliz de ter uma aliada como ela nessa batalha que virar a ocorrer.

P.O.V Ângelo Trindade

— Então a SweetHoney resolveu montar seu exército. – Digo olhando através da fonte das visões em que havia no Reino.

Não esperava outra, ela sempre foi decidida no que faz e sempre lutou pelo certo e justo, mas também sempre pensou no bem mesmo dentro do mal, então eu sabia que ela queria derrotar Sairaorg Gremory, mas também salvar João, coisa que não está na minha meta.

O Reino Da Luz anda agitado desde que soubemos que o demônio havia se libertado do seu selo. Os nossos guerreiros estávamos prontos para uma guerra, para lutar do lado do senhor, a comando de nosso Deus, que apenas olhava a guerra de seu trono e mandava forças para sermos mais fortes.

— Está pensando na guerra e nela, não é? – Escuto uma voz atrás de mim e eu a olho.

— Isabela. – Digo a dando um sorriso, ela era um cupido e também minha amiga, não que eu a via todo tempo, pois o proposito dela de unir humanos ocupava muito de seu tempo.

— Eu sou! – Diz ela com as mãos para cima comemorando. – Por causa desse demônio, Deus ordenou que eu voltasse para casa para ficar em segurança. – Ela mostra a língua revoltada. Bela sempre quis lutar, mas como o seu proposito é outro, não poderia lutar nenhuma guerra.

— Eu tenho que pensar em estratégias, a guerra está se aproximando. E não estava pensando nela não. – Digo revirando os olhos e ela me olha sugestiva.

— Nós dois sabemos que você nunca esqueceu ela e sempre quis voltar a ser amigo dela. – Diz ela e eu a olha meio cabisbaixo.

— Você sabe que mesmo que eu quisesse voltar a ser amigo dela, eu não poderia e ela nunca vai me perdoar por ter quebrado sua confiança, nossa amizade. – Digo olhando para a fonte, onde mostrava Monique chegando no apartamento do Castiel e sendo recebida pelo mesmo.

— Tá, tá. Você já me disse inúmeras vezes que se voltar a amizade com ela, Deus vai ordenar que você a prenda de novo, porque a considera um “perigo”. Mas e quanto a você? Por que não tenta fazer Ele mudar de ideia? Sua amizade poderia voltar e... – A interrompo.

— Lúcifer a ama! Os demônios que o seguem a idolatram como se ela fosse a Rainha deles! Ela está mais forte por conta dos poderes que ele a deu. Você acha mesmo que Deus acharia que ela é digna de ser aliada a um de seus anjos? – Digo com ódio. Eu amo, meu Senhor, mas por conta do seu senso de dignidade, havia inúmeras coisas que todos somos proibidos de fazer.

— Perdoa-me. – Diz ela se sentando do meu lado. Ela não sabia dessas coisas e agora que sabe, entendia porque eu não poderia tentar conquistar a confiança dela de volta. Apenas os Arcanjos, Super Arcanjos e eu sabíamos disso, pois se os outros soubessem iriam tentar lutar com ela e perderiam, por conta de seus poderes superiores à de um Andarilho normal.

— Está tudo bem... Quer mel? – Digo a oferecendo o pote que eu estava comendo até agora a pouco.

— Não, obrigada. Mas desde quando você come esse mel? Achei que odiava o gosto. – Diz ela arqueando uma sobrancelha.

— Meio que acabei que acostumando com o gosto...

É... Talvez eu tenha um motivo a mais para comer esse mel... Ele era a única lembrança que eu tinha da minha querida e ex amiga. Aquela que nunca mais poderia ser minha aliada e minha amiga outra vez.