Together

The great plan


John e Sherlock não demoraram tanto para chegar ao local. Era uma fabrica abandonada na área industrial de Londres. A porta estava aberta e, por isso, Sherlock instruiu o velho amigo a estacionar e esconder o carro enquanto ele iria ao encontro de Luke.

O céu estava em um sol queimante, o calor era gigantesco ainda fora da fabrica. Mas dentro era quase insuportável. O teto de acrílico estava tão quente que o ar de dentro parecia uma sauna. Sherlock entrou, segurando firmemente o revólver acima dos ombros, pronto para atacar Luke quando ele aparecesse.

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O jovem estava calmo e sentado no meio da fábrica abandonada. Ele, uma cadeira e um revólver em mãos.

- Um prazer finalmente conhecê-lo pessoalmente, Mr. Holmes.

- Digo o mesmo, Berrigan. - O jovem arqueou a sobrancelha direita.

- Que grosseiro Sherlock. Porque assim? Porque tão sério? - E gargalhou. - Não pude deixar de dizer tal frase. Desde pequeno sempre gostei do velho vilão dos quadrinhos do Batman. Joker pode ser... Tão engraçado. Ele ainda é uma grande inspiração para mim. Mas não estamos aqui para falar sobre aqueles que são exemplos para mim. Estamos aqui para decidirmos o futuro de Jen. - Holmes não respondeu. Ele podia perceber que Luke era pior que o próprio Jim. Ele tinha algum... Algum problema realmente sério. O olhar era psicótico, quase insano. Ele precisava correr ou Jennifer não sairia viva disso.

- Então vamos resolver. - Disse Holmes. - O que precisamos fazer? - Só que ele não pareceu escutar. Parecia estar falando consigo mesmo, falando sobre o que estava pensando.

- Nesse exato momento, Davis deve estar destruindo aquela vadia. Gostaria de poder ajudar. - Sherlock percebeu que o que Luke desejava era tirar o homem do sério. Fazê-lo cometer erros. Ele sabia que Jennifer podia se cuidar e dar um jeito em Davis. Sabia que Lestrade salvaria a loira.

Ele confiava em cada um de seus amigos e, principalmente, na amada.

- E logo, logo, eles colocarão fogo em tudo. E então Jennifer vai ser consumida pelo fogo, destruída. E a vingança estará completa. Eu terei vencido Holmes e você será preso. - Ele disse rindo. - Porque, você acha que ninguém se lembra do que meu pai fez? Ele era um homem bom, e você o transformou em um monstro. Você o usou para fazer seu nome e todos os crimes que você desvendou foram feitos por você em primeiro lugar. Você é uma farsa Sherlock Holmes! - Sherlock sorriu.

- Mas isso é tudo mentira, não Luke? Jim Moriarty realmente matou todas aquelas pessoas, realmente foi autor de inúmeros roubos, sequestrou crianças, mentiu para uma jornalista idiota, foi ele o culpado, ele se matou e eu sou inocente de todas as ridículas acusações que fizeram contra mim, não sou? - Berrigan não sabia bem o ponto de tudo isso, contudo, acreditou que era apenas para Holmes morrer sabendo que alguém sabia que ele não era uma farsa. Ele faria isso, daria esse gostinho ao homem, afinal, ele estaria morto logo.

- Oh sim. Eu posso gritar isso aos quatro ventos e ainda não sei como você vai se safar dessa. - Ele riu e pegou fôlego - JIM MORIARTY INCRIMINOU O GRANDE SHERLOCK HOLMES! NA REALIDADE, JIM ERA O MAIOR VILÃO E HOLMES SÓ ESTAVA TENTANDO SALVAR AS PESSOAS QUE ELE AMAVA DE SEREM MORTAS! - Luke havia erguido os braços, gritando a plenos pulmões a verdade sobre tudo que já havia acontecido. Sherlock não poderia abrir um sorriso maior, a não ser, é claro, quando soubesse que Jennifer estava bem. - Satisfeito? Nem mesmo a verdade vai salvá-lo, Holmes. - Então ele largou o revólver no chão. Sherlock compreendeu e fez o mesmo. Então vamos resolver isso como homens.

- E só para você se lembrar quando estiver revirando dentro do caixão. - Luke começou, enquanto ambos arregaçavam as mangas. - Sua loira é incrível de cama, não é? - Os olhos de Sherlock se estreitaram em fúria.

- Vamos resolver isso, Berrigan. - E os dois começaram uma luta.

Do outro lado da cidade, Jennifer estava na velocidade máxima que aquela maldita moto alcançava. Infelizmente, não era rápido o suficiente. O tempo estava correndo e, quanto mais mato, plantações e terra ela via, mais frustrada por não estar chegando perto da estrada ela ficava. Foi quando, ao longe, ela avistou um carro. Ela o conhecia. Era de Lestrade. Abriu um sorriso sabendo que eles estavam ali para ajudá-la, contudo, sabia que se parasse o tempo de Holmes apenas se esgotaria. Foi por isso que passou reto do carro quando se cruzaram e continuou em busca da estrada. Felizmente, após cruzar com Greg e quem seja seu companheiro de viagem, não demorou cinco minutos para sair da estrada de chão e encontrar o asfalto. Agora seria rápido chegar à velha área industrial da cidade.

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- Lestrade, cuidado! - Foi o que Irene disse quando viu uma moto vinda em direção a eles em toda a velocidade. Quando o veículo passou, ambos se entreolharam. Reconheceriam a cabeleira loira ao vento em qualquer lugar. Jen havia escapado. E era provável que estivesse indo em direção de Sherlock para salvá-lo.

Porque será que toda vez que esse casal tem uma briga, tudo vira um banho de sangue? Lestrade não pode deixar de pensar. Dando meia volta e começando a seguir a garota, Lestrade ligou para a Yard reportando o incêndio da casa onde a menina estivera. De lá eles podiam ver a fumaça negra subindo. Se ela não tivesse escapado, quem sabe, eles não teriam conseguido chegar a tempo.

- Ela está indo onde Sher está, não é? - Irene pediu para Greg, preocupada.

- Sim, e isso é o problema. Ela vai acabar fazendo alguma coisa estúpida. - E continuou dirigindo o mais rápido que o carro poderia ir.