Todo Final é Também um Recomeço

CAPÍTULO 01 – Primeiras impressões


- Pois bem – Começa a analista técnica – antes de entrar neste avião luxuoso com vocês, eu fiz algumas pesquisas e os resultados não são nada animadores. Tanto os Williams como os Holmes são estrangeiros. Os Williams da Austrália e os Holmes da Inglaterra.

— Jason e Rebecca Williams eram professores dos cursos de exatas. Mais precisamente ela ministrava cálculo avançado e ele mecânica de fluidos. E não vão pesando que os Holmes lecionavam as mesmas matérias, porquê não. James e Isabella Holmes já não atuavam na mesma área; ele também estava na aérea as exatas, mais precisamente, Física e ela, bem era linguista e ainda lecionava no curso de música, na verdade, era especialista em instrumentos de cordas, violinos, cellos, piano, harpa....

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Com os últimos desdobramentos trazidos por Penelope, a equipe começa a juntar as peças.

— Bom, além de todos serem estrangeiros lecionando em uma Universidade, três dos quatro estavam no departamento de exatas. Será que a Sra. Holmes foi uma vítima de oportunidade? – Questiona JJ.

— Pode ser que sim. Até porque se foi alguém de dentro do campus saberia que eles têm uma filha, e, eu posso apostar que pela casa deva ter fotos dela. Mas a pergunta que fica é, o porque de não ter ido atrás dela? – Reid começa a divagar.

— Talvez ela não estivesse lá na hora – é Morgan quem completa.

— Ou ela pode ter se escondido. Pelas fotos da cena do crime é fácil ver que James Holmes foi assassinado no hall de entrada, enquanto a esposa na cozinha. Talvez o som tenha alertado a mãe que fez o possível para esconder a filha. – Hotch teoriza.

— E uma teoria bastante plausível. – Rossi admite.

Na verdade, era mais do que plausível, mas o experiente agente não traria à tona lembranças do passado. Todos sabiam que Jack Hotchner havia sido salvo dessa maneira no ataque de Foyet.

— Só teremos certeza absoluta do que aconteceu na residência quando conseguirmos fazer a garotinha falar. – Prentiss completa.

— Mas será que ela falará? – Reid diz – Em casos assim, é bem comum que o choque inicial permaneça por dias a fio. Portanto não podemos somente contar com o depoimento da menina.

— Mas temos que tentar. Com jeito e sem nenhuma pressão, pode ser que ela diga alguma coisa. Devemos tentar reativar memórias anteriores à descoberta dos corpos dos pais, e, assim, ver se ela pode nos dar alguma informação. – O Chefe da Unidade começa a vislumbrar um método de obter as informações necessárias. – Para tanto, precisamos ver os locais dos crimes.

— JJ e Morgan, vocês dois vão às cenas dos crimes. Muito provavelmente a casa dos Williams já deve ter sido limpa e liberada, mas a dos Holmes está intacta. Vão e analisem as cenas, bem como tentem descobrir como viviam e, principalmente, qualquer coisa que possamos utilizar para chegar até a filha deles. Tragam todos os computadores e aparelhos onde possam armazenar informações, para que Garcia possa vistoriá-los, por favor.

— Rossi e Reid, vão ao legista e coletem as informações necessárias. Este unsub está em uma missão, e devemos descobrir o mais rápido qual é para evitar mais mortes.

- Eu, Garcia e Prentiss iremos nos instalar na delegacia. Garcia, como já dito, você irá ficar responsável por vistoriar os eletrônicos, atrás de qualquer conexão entre as vítimas ou de outra ameaça virtual que possam ter recebido. Prentiss e eu tentaremos conversar com a filha do casal.

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- Isso que é recepção – começa Morgan. Mal haviam descido do carro e já se depararam com vários estudantes à frente da residência do casal Holmes. Muitos colocavam flores e acendiam velas, outros já estavam ali para coletar informações para os blogs e mídias sociais, não importando se era pessoal ou se era para o laboratório de jornalismo. Qualquer movimento era motivo para um novo post.

— Vá se acostumando. Todos os nossos passos serão rigorosamente seguidos dentro deste campus. Hoje em dia com esses smartphones, ninguém deixa passar nada. – JJ se conformou.

— O mais certo a se fazer é analisar estas imagens, talvez algum destes garotos possa ser o nosso unsub. – Morgan continuou – sua cara de infelicidade pela animação como alguns dos alunos espalhavam a notícia era nítida – Como podem fazer tanto barulho com isso, será que não notam que uma garotinha perdeu os pais?

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— Alguns não estão preocupados com isso. Para eles o que importa é que, se isto continuar, é certo que as provas de meio de semestre deverão ser adiantadas. Que é o que mais agrada a um estudante. – JJ já na porta da casa emenda.

— Agentes Jareau e Morgan, FBI – Ela já se apressa a apresentar suas credenciais e conseguir entrar na casa, deixando o tumulto de estudantes curiosos e de luto do lado de fora.

— Detesto adolescentes – Morgan continua a reclamar.

— Não se esqueça de que você já foi um, e que, temos Jack e, muito em breve, Henry se encaixará nesta definição. – JJ tenta manter o clima leve – A loira sabe que o que os aguarda dentro do imóvel não é nada agradável, mas ninguém terá tarefas fáceis neste caso.

— Jack, Henry e futuramente Michael e Hank são outro assunto, JJ, eles são família, e família a gente releva, o que não suporto são estas crianças que se julgam adultos e, ficam agindo como se a única coisa importante no mundo fossem eles próprios, creio que, por mais que não conhecessem os professores, deveriam ter um pouco de respeito. – Morgan, mais uma vez inconformado com o escarcéu de jovens do lado de fora, rebate.

— Ok, você venceu. Vamos resolver isto aqui, e focar que temos uma menininha para ajudar! – JJ cede, o humor de seu parceiro não estava nada bom hoje, e continuar com aquela conversa só pioraria a situação.

Ambos analisaram toda a casa, desde a evolução dos assassinatos até como a família vivia. Recolheram os notebooks das vítimas, bem como as mídias removíveis para levar para a BabyGirl e, com todos estes dados, rumaram para a casa dos Williams, e procederam da mesma forma.

Com tudo analisado e com as conclusões mais ou menos definidas, deixaram o campus rumo à delegacia, esperando que os demais também tivessem sorte com as suas tarefas.

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Enquanto isso, Reid e Rossi chegavam, com uma certa tranquilidade, no laboratório do legista para recolher os resultados finais das autópsias.

— Você me confirma que este legista nunca tinha visto um múltiplo assassinato? – Reid comenta ao deixar o IML – Isto é inacreditável!

— Criança, nem todos estão acostumados com o que vemos todos os dias, além do mais, temos crianças envolvidas, e casos assim chocam mais do que de costume. – Rossi é paternal.

— Você tem razão, o maior problema é que a arma utilizada é de venda livre, uma simples faca de cozinha. Só com isto não iremos achar o unsub tão cedo.

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Já na delegacia de policia, após as devidas apresentações e já tendo instalado a equipe, Hotch e Prentiss perguntaram sobre a garotinha ao Xerife Hunter.

— Não se preocupem o serviço social já irá trazê-la. Não deve demorar mais do que alguns minutos. Até porque os prédios são conexos.

- Não sei se é uma boa ideia ficar com ela aqui dentro. Por mais calmo que o local esteja, uma delegacia nunca é ambiente para uma criança. – Emily diz preocupada.

— O que mais podemos fazer? Não sabemos o motivo de ela ter sobrevivido, e tirá-la daqui pode ser uma decisão equivocada. Eu te entendo quanto a isto, e também não gosto de ver crianças neste meio, mas enquanto não solucionarmos o caso e termos a certeza de que o unsbub não irá tentar acha-la, é a melhor das opções. – Hotch pondera.

Mal acabaram de comentar isto, e a assistente social entrava com Sophia pela porta da Delegacia. Era evidente que a garota estava assustada e com medo, e estas reações não ajudavam em nada a difícil tarefa que os dois agentes tinham pela frente.