17 de janeiro de 2013 16:57 Times Square, Nova Iorque Mc Donalds


Melissa não sabia o que fazer, era sua primeira vez em um Mc Donalds, viu as pessoas fazendo fila, mas achou que era apenas para pagar. Já que estava em duvida do que fazer, apenas achou uma mesa, se sentou e esperou alguém vir atendê-la. Mais dez minutos se passaram e nada, quando uma moça chegou perto de onde a jovem estava e perguntou:

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-Com licença, mas você vai comer alguma coisa? Por que se você não for, poderia me dar se lugar. - falou a moça, tentando não ser muito ignorante.

-Sim, eu vou comer. Mas estou esperando alguém vir me atender. - quando ela terminou a frase, a estranha começou a rir.

-E você acha que aqui é um restaurante chique para alguém vir te atender na mesa e trazer seu prato, é? - a moça estava rindo da cara da jovem. - Queridinha, isso aqui é um Fast-Food! Não um restaurante de primeira classe! Você é uma boba que vai morrer de fome se esperar que no Mc Donalds vão vir te atender na mesa, o que mais você quer? Que eles te dêem na boquinha?

-Você não precisa ser tão ignorante, moça. É a primeira vez que venho aqui. - respondeu a jovem, tentando ser ignorante, mas não conseguiu. As pessoas não sabiam que era ela a jovem que estava congelada no fundo do mar, por que ela não havia aparecido para as câmeras.

-A primeira vez que você vem aqui? Você nunca foi num Mc Donalds? De que planeta você é? Marte? Se bem que é bem capaz de ter um Mc lá... - retrucou a moça.

Quando Melissa ia responder, viu os dois guardas entrando no Mc Donalds. Mas o que? Como esses idiotas me acharam? Pensou a garota. Logo em seguida saiu do lugar e começou a tentar se esconder dos guardas. Mas foi em vão, eles logo a viram e foram em sua direção.

Quando eles estavam mais perto ainda a jovem saiu correndo pelo restaurante, desviando das mesas e, principalmente, deles.

A jovem saiu em disparada do Mc Donalds, ela comeria só depois de fugir deles, de novo. Os dois armários estavam a perseguindo e estavam quase a alcançando, mas, não sei se podemos dizer sorte ou não, ela se chocou com um jovem.

-Ei, garota! Olha por onde anda! - falou o jovem se levantando, eles haviam caído quase de cara no chão. - Times Square não é um lugar adequado para correr, está bem?

-Desculpa, é que eu estou com pressa. a jovem estava com lágrimas nos olhos. - Mas que droga! Por que estou tão sensível hoje? Pensou.

-Está tudo bem? Você se machucou quando caímos? Por que se você se machucou podemos te levar no hospital... - o moço havia reparado nos olhos dela, cheio de lágrimas ansiosas para despencarem por aquele rosto.

-Não está tudo bem... - falou Melissa, esfregando os olhos.

A jovem vira os dois homens chegando perto, mas os mesmos não repararam que ela estava ali. Para esconder seu rosto, sem mesmo perguntar ou ao menos conhecer o menino, ela colocou o rosto no peito do outro, que se assustou com a ação. Logo que os homens passaram por eles dois, a moça tirou o rosto do peito do jovem. Foi então que ele descobriu de quem Melissa fugia.

-Você está fugindo daqueles dois armários? - perguntou o menino. Melissa olhou para ele e sorriu de canto.

-Está tão na cara assim? - perguntou a moça, reparando no menino. Pele clara, olhos verdes-esmeralda e cabelo castanho claro. Para resumir, ele era lindo.

-Na verdade um pouco. Uma garota correndo desesperada pela Times Square e logo em seguida dela dois seguranças só pode significar isso. Pelo menos no meu raciocínio. - o garoto respondeu. - Por que você está fugindo deles? É alguma fora da lei?

-Na verdade eu não sei se agora sou uma fugitiva, mas antes eu não era. - ela estava encantada com a simpatia do menino.

-E por que você está fugindo deles?

-É uma longa história. - ela faz uma pausa. - Você conhece algum restaurante que não esteja muito cheio e na direção contrária para a que eles foram?

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-Conheço sim, você quer que eu te leve lá?

-Eu aceito. - o jovem sorri e a garota retribui.

Os dois começam a andar na direção oposta dos guardas, Melissa sabia que mal conhecia o garoto e lembra que seus pais lhe disseram para nunca confiar em estranhos, mas aquele seria uma exceção. O garoto era simpático e educado, e Melissa estava com fome.

Depois de uns minutos andando eles finalmente chegam em um restaurante.

-Esse restaurante é de comida brasileira. É muito bom, e barato. falou o garoto abrindo a porta para Melissa. E o legal é que também tem em Orlando. Faz um sucesso. a garota sorriu.

Os dois entraram no Camila's e foram se servir. Durante a refeição os dois começaram a conversar.

-Eu ainda não sei seu nome... - falou o jovem a olhando.

-Melissa Overight. E o seu? - respondeu Melissa.

-Peter Klavy. - a moça arregala os olhos ao ouvir o sobrenome dele. - O que foi?

-Nada. - a menina deu uma garfada em sua comida.

-Qual é! Eu não sou nenhum idiota não, ta? Tem alguma coisa errada?

-É uma longa história. - Peter olhou em seu relógio e voltou-se novamente para Melissa.

-Eu ainda tenho bastante tempo.

-Não sei se você acreditaria. Provavelmente me acharia uma louca.

-Fala, eu só vou ouvir. - a jovem suspirou e começou a contar tudo.

[...]

-Então quer dizer que você é a menina que meu pai encontrou no fundo do oceano? - ele perguntou indignado. A menina apenas concordou. - Isso é loucura!

-Viu? Eu disse que você me acharia uma louca. - falou Melissa, desviando o olhar para o chão.

-Não! Loucura é você ter mais de 100 anos, essa aparência, sem um lugar para morar, sem dinheiro e pior - tem-se uma pausa - Perdida em Nova Iorque.

-O que você vai fazer? Me entregar para seu pai? - a jovem estava um tanto quanto nervosa.

-Não! Lógico que não! Não vou deixar meu pai te fazer de cobaia para os experimentos idiotas dele! - Peter quase gritou no restaurante, chamando a atenção de alguns clientes.

-Então o que eu faço? - a menina falou entre um suspiro de tristeza.

-Eu vou te ajudar. - o garoto falou e levantou - agora vamos.

-Onde? - perguntou a jovem curiosa.

-Apenas me siga.

Assim a jovem fez. Eles entraram em um táxi.

-Para o aeroporto, por favor. - falou Peter.

-Para onde vamos? - perguntou a jovem, assim que o automóvel começou a andar.

-Los Angeles. Você vai ficar o mais longe do meu pai possível. Ele é um verdadeiro monstro quando quer e, se for preciso, poderia acabar com a sua vida para fazer um experimento.

-Por que você está me ajudando? - perguntou a moça, assustada com o que acabara de ouvir.

-Só não quero que você seja mais uma vítima do meu pai.