Capítulo 3

POV Voldy

Então, esse cara era doutor? Eu jurava que médicos trouxas usavam aquelas coisas que parecem com vestes, qual o nome daquilo? "galeco'' ou algo parecido. Mas esse tal doutor House usava roupas trouxas normais. E ele tinha uma bengala. POR MERLIM, OLHA SÓ ESSA BENGALA! TEM FOGUINHO EM BAIXO! QUE COISA FOFA! Como sou sociável, falei, de um modo sóbrio:

–ESSA BENGALA TEM FOGUINHO! QUE COISA AWESOME! PRA QUÊ VOCÊ USA ELA?

O médico olhou pra mim com as sobrancelhas franzidas. Disse:

–Eu costumo usar minha bengala pra apoio, mas ela também serve pra bater na cabeça de pessoas retardadas como você.

VOCÊ, ELE ME CHAMOU DE VOCÊ. ELE NÃO SABE QUE SOU O LORD DAS TREVAS? Que absurdo. Fiz um movimento involuntário pra pegar a varinha e matá-lo, mas eu me lembrei que Anape ainda estava com ela. Oh, droga. Então apenas falei:

–Ah, entendi. E por que seu nome é "casa"? - VIU, EU FIZ UM TROCADILHO PARA MAGOAR ELE, sério, sou MUCHO MALVADO!

Casa suspirou, e revidou meu fora super awesome:

–Por quê você não tem nariz?

EI, ASSIM NÃO VALE!

–Eu não sei. Eu gostaria de saber.

House olhou pra mim e depois se virou, entrando por uma porta.

Mas que coisa! Chamei:

–EI, DOUTOR, VAI ME DEIXAR NO VÁCUO?

Não obtive resposta.

POV House

Ok. Retardado. Sem nariz. Roupas excêntricas. Mais feio que aquele garoto que tinha uma bolha gigante na cabeça. O caso perfeito. Afinal, eu já sei o que meu paciente do caso atual tem, só preciso mandá-lo para outro médico e eu pego esse cara sem nariz. Mas antes eu preciso falar com a Cuddy para a transferência do caso. Não seria mais fácil matar o paciente, ou que eu administrasse os corticoides que ele precisa às escondidas, como sempre faço? Não, eu tenho que "fazer as coisas corretamente". Bah. Achei a Cuddy. Chamei:

–HEY! CUDDY! CUDDY!

Ela se virou, e a saia levantou um pouco. SE ELA TIVESSE VIRADO MAIS RÁPIDO!

–O que foi, House?

–Quero sair do caso atual, eu já sei o que o Mr. Collins tem, dê 5mg de corticoides direto na corrente sanguínea, enfim, eu já peguei outro caso.

–Eu pego os casos e os passo para você, House, não o contrário.

–Ah, Cuddy, eu vou lhe mostrar o "paciente". Na verdade, nem sei se ele é um paciente, ou sequer humano, mas ele não tem nariz. E não sabe o porquê. EU PRECISO TRATAR ELE.

Cuddy suspirou. Eu comecei a andar até onde o meu futuro paciente estava, e ela não tinha escolha que não vir atrás de mim. Quando me alcançou, falou:-

–House, se ele não for um caso convincente, você fica sem sexo por duas semanas.

Oh, okay. Ela quer pegar pesado. Olhei pra ela, levantando uma sobrancelha:

–E se for um paciente em potencial?...

–Então... Veremos, House, veremos.