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A maldição do buquê bobão


— Quatro meses de casada e tu já tá grávida, Tenten? – Temari provocou rindo.

— Nem deu tempo de aproveitar a vida de casada, amiga.

— Até parece, Ino. A Mitsashi é atacada. – Sakura sorriu maliciosa.

— E outra, o Neji já demorou demais pra me pedir em casamento. Se a gente fosse esperar mais, eu ia entrar na menopausa antes de engravidar. - Tenten revirou os olhos castanhos. – E não é como se você estivesse casada, Ya-ma-na-ka. – a morena provocou.

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— Pois, Gaara e eu já temos vida de casados a seis anos.

— É, eu concordo que a Yuki veio em boa hora. – Temari riu abobalhada.

Ela tinha a pequena Yuki em seus braços, empacotada em diversas mantas e cobertores. A bebezinha dormia serena, no colo da madrinha babona, alheia a todas as fofocas ditas por aquelas cinco mulheres.

— Até porque, o Shika e eu conseguimos entrar na fila de adoção. – a Nara ergueu os olhos de Yuki para fitar as amigas. Ela estava genuinamente feliz. – A gente até já foi no orfanato da sétima avenida. E tem um menininho que seria impossível não ser mais parecido com nós dois.

— Ai, amiga! Estamos muito felizes por você! – Sakura bateu palminhas, sorrindo.

— Ele tem três anos e é preguiçoso que nem o Shikamaru. Mas é minha cara. Cópia.

— Que fofinho! – Tenten exclamou. – E você, Hinata? Toda quietinha, caladinha aí no canto...

— Eu? O que tem eu?

— Já imaginou como seriam seus filhos com o Naruto?

A Hyuuga sorriu tímida e soube que suas bochechas estavam vermelhas. Hinata de 17 anos estaria orgulhosa. Mas, claro que ela tinha imaginado. Inclusive já tinham conversado sobre nomes para bebês e quantos animais de estimação teriam.

— Não, não, não. – Ino interrompeu os pensamentos dela. – Primeiro você tem que pensar no casamento. Esqueceu da maldição, por acaso?

A Yamanaka sorriu diabólica.

— Maldição? Que maldição?

Hinata arregalou os olhos. Ela vasculhava a mente buscando todas as superstições de casamento que conhecia. Não lembrava de nenhuma maldição. E mesmo que ela não fosse supersticiosa, como uma das donas de uma empresa de festas de casamento, no fundo, bem no fundo, a Hyuuga tinha um pé atrás com as crenças relacionadas a qualquer coisa da cerimônia.

— Por favor, Hina. – Sakura ergueu uma das sobrancelhas. – Vai dizer que não lembra da maldição do buquê?

Ela não lembrava. Todas as crenças tinham sumido da sua cabeça. Estava ficando nervosa. Ainda mais com todas as amigas a encarando com sorrisos maliciosos e macabros.

— Bom, você pegou o meu buquê... – Tenten instigou.

— E já fazem quatro meses... – Temari estreitou os olhos.

Foi então que a Hyuuga perder a cor do rosto. A maldição do buquê da noiva.

— Quem pega o buquê... – ela murmurou.

— Exatamente. Quem pega o buquê tem que casar em seis meses ou fica solteira pra sempre! – Ino completou os pensamentos da morena.

Hinata fechou o semblante.

— Buquê filho da p-

— Opa, opa, Hinatinha! – Temari interrompeu. – Palavrões na presença da minha afilhadinha não.

Apesar de falar sério, a Nara sorria. Estava só implicando.

— Buquê... bobão!

As quatro amigas riram.

— Relaxa, boba. – Sakura se levantou do sofá da sala de estar de Ino e foi abraçar a Hyuuga sentada em uma das poltronas. – Daqui três meses você vai estar entrando lindíssima no altar da igreja, com o vestido perfeito que a Porca vai fazer pra você.

Hinata respirou fundo, Sakura tinha razão. E mais, Naruto não desistiria de se casar com ela por causa de um buquê bobão.

— Vocês só prestam pra me botar pilha. Pagar minhas contas, ninguém quer.

Ela bufou, cruzando os braços e fazendo um biquinho com os lábios.