Time Turner.

Capítulo V


31 de agosto, 1944.

A cabeça de Hermione doía. Já tomará inúmeros remédios e chás do qual Jordana havia preparado, mas nada funcionava. Talvez seja a pressão de ter que matar alguém, pensou enquanto tomava a quinta xicara de chá de abobora com laranja e mel.

A casa estava agitada por conta de ser a última noite da garota; também poderia ser este um fator da dor de cabeça, mas ela não reclamou do barulho. Jordana estava na cozinha lhe preparando mais uma xícara de chá e algumas outras guloseimas para que levasse para a viagem, Payne estava fazendo um desenho do qual estava ela, Hermione e seu pai, Phillip, andando sobre as estrelas enquanto tomavam milk-shake de cereja. A senhora Benson observava a janela, esperando que seu marido voltasse.

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— Ele disse que iria comprar pão e não fabrica-lo! — Resmungou.

Hermione sentia pena de Katie, afinal, ela sabia exatamente como era perder alguém que amava. As horas passavam devagar para a alegria de Hermione; ela ainda não pensara em como executaria Tom Riddle em Hogwarts.

— A sua escola é legal? — Perguntou Payne enquanto espalhava algumas lantejoulas vermelhas pelo desenho.

— Incrível. — Hermione respondeu sorrindo.

A senhora Benson se aproximou de Payne e insultou o desenho da garota, comentou que estava macabro, que nas mãos dos três personagens pareciam facas invés de milk-shakes e as lantejoulas pareciam-se sangue. Payne olhou boquiaberta para o desenho e depois para a mulher.

— Senhora Benson, acho melhor ir para a cama. — Disse Hermione guiando a mulher para o seu respectivo quarto, mas antes de sair sussurrou para Payne dizendo que seu desenho estava extremamente bonito.

O corredor estava quieto, frio e em partes escuro, iluminado apenas pela luz da lua que entrava pela janela e pela linha tênue da luz amarelada da sala. As duas pararam em frente a uma porta cujo obtinha um grande número quatro feito de madeira pregado a ela; Hermione abriu a porta e guiou Katie até a cama. Como se fosse uma criança de cinco anos, ela colocou a coberta sobre a mulher e beijou-lhe na testa, quando a garota fora se retirando do quarto, Katie quebrou o silêncio:

— Eu sei o que você é.

— Desculpe-me? — Disse Hermione, virando-se para a mulher.

— Ele disse para você mata-lo na primeira oportunidade que tiver antes que seja tarde demais.

Hermione se aproximou de Katie; Rowan havia falado com aquela pobre mulher, mas como ele sabia que ela estava hospedada naquele lugar? Ela sabia o que deveria fazer, não precisava de Rowan ficar lhe lembrando a todo o momento.

— Ele era um bom homem, meu marido. — Sorriu Katie. — Sei que morreu há muito tempo, mas eu não consigo lidar com sua morte. Fico esperando que ele volte com alguns pães. — Ela riu juntamente a Hermione. — Mas ele veio hoje.

— Como? — Indagou Hermione sem entender.

— Nós viveremos juntos novamente.

Hermione não entenderá o que a senhora Benson queria dizer com aquilo, mas sentou-se ao lado da cama e começara a mexer nos lisos e brancos cabelos da mulher, que aos poucos fora fechando os olhos. Sua respiração fora ficando mais lenta e seu coração fora batendo mais devagar. Até que não se era mais possível ouvir nada dela, apenas os soluços de Hermione. Agora ela entendia. Afinal, ela também esperava Rony voltar com aquelas piadinhas bobas e abraços carinhosos. Ela esperava ter sua vida de volta, mas para isso teria que sacrificar alguém.

Agora ela entendia mais que nunca o motivo de ter que derrotar Tom Riddle.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.