– Você voa? – Perguntei assustada.

– Não, não querida, aquilo no céu era um espírito alado... – Disse Lilia depois de dar uma gargalhada.

– Parece que continua a mesma boba, você ainda cresce mentalmente? – Perguntei com uma expressão seria.

– Falando assim parece até que está brava.

– Fique tranquila, no fundo eu queria está abrindo um belo sorriso, mas não consigo.

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A mãe de Lilia a rainha Abelia estava ao nosso lado observando todo o ocorrido enquanto batia sua túnica retirando o excesso da poeira que subiu após a queda de Lilia.

– Mas... Onde estão suas asas? – Perguntei observando-a.

– O que queria? Que aparecessem asas de harpia em minhas costas?

– Foi mais o menos o que pensei... Mas... Como suas asas funcionam?

– Fácil, eu apenas uso a magia e força espiritual, todos os elfos de Naráta voam desta forma, minhas asas não tem penas, são apenas magia. – Após dizer isso asas douradas se formarão nas costas de Lilia.

– Vê? – Perguntou Lilia.

– Entendo... – Disse como resposta.

– Acho melhor entrarmos, vocês conversarão melhor lá dentro, e você mocinha irá trocar este vestido, francamente. – Disse a rainha Abelia apontando o dedo indicador em frente ao rosto de Lilia.

– Humpf, está bem, está bem. – Resmungou Lilia

– E não fique reclamando! – Disse a rainha em tom alto e forte.

E assim foi feito, entramos no castelo e subimos as longas e imensas escadarias cercadas de flores e plantas ao redor das mesmas. Chegando ao quarto de Lilia pude notar os pequenos animais que estavam no mesmo, e flores em todos os lugares, algumas mais suaves, não apenas suas cores mas, também seus perfumes que eram exalados em todo o quarto, mas também as mais fortes e seus perfumes totalmente chamativos, até me causava dor de cabeça.

– Isso é seu quarto? – Perguntei observando a redor e caminhando até a cama ao centro.

– Haha, sim... É sim. – Respondeu Lilia indo até a cadeira de cor rosa e sentando-se colocando seu longo cabelo ao lado de seu ombro esquerdo e cruzando suas pernas com delicadeza.

– Bem, eu vim aqui com um propósito.

– Diga.

– Eu quero que você vá até Barthon, irá ter um jantar simples hoje elaborado pela minha mãe, e você não pode faltar.

– Eh... Eu não sei, sabe como elfos são tratados lá... Acho melhor não. – Disse Lilia revirando os olhos e logo depois olhando diretamente para baixo.

– É por isso que lhe trouxe isto. – Disse retirando uma pequena bolsa de couro presa a um cordão em torno a minha cintura.

– O que é isto? – Perguntou Lilia.

– Um presente... – Respondi abrindo a bolsa de couro e virando-a com sua abertura de frente ao chão, e dela caiu um longo pano azul e dourado.

Lilia pulou da cadeira e foi até onde estava o longo pano, ela o pegou em seus braços e estendeu em sua frente viu que era uma túnica.

– Uma túnica do seu reino! – Disse Lilia sorrindo.

– Sim, totalmente elaborada para você, se observar aos lados do capuz tem duas aberturas pequenas, mas ainda sim fechadas adentro do capuz para você colocar suas orelhas.

– Já falei com meus pais sobre você ficar todo o jantar com a túnica, eles entenderam. – Disse para ela com a mesma expressão seria que nunca mudava.

– Aah, você é tão gentil Rue, muito obrigada, eu não... Eu não sei como agradecer... – Neste momento Lilia foi diante a mim e me abraçou.

Havia um espelho atrás dela após mudar de posição, em segundos tudo para mim parou, eu consegui sentir algo tocar meu ombro. Nestes segundos notei algo no espelho refletir, eu não aparecia é claro, mas consegui ver a parte de trás de Lilia, e também algo estranho, uma espécie de fumaça branca de olhos totalmente arregalados e bem azuis, e uma boca que não era exatamente uma boca, mas sim um circulo branco e exalava um forte brilho dourado.

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Eu queria gritar, mas não conseguia, era como se eu estivesse em um período de hipnose.

– Rue... – Disse Lilia olhando para meu rosto. – Está tudo bem?

– Hã?... Ah sim, sim está tudo bem... – Respondi

– É melhor eu ir embora, até mais Lilia. – Disse retribuindo o abraço, e me retirando de seu quarto.

– A...té – Disse Lilia enquanto observava eu me retirar de seu quarto.

Desci as escadas com pressa e assustada, francamente, o que era aquilo.

Depois de mais alguns degraus consegui ver meu pai, continuei a descer rapidamente a longa escadaria.

– Pai! – Gritei, notando o mesmo ao lado do rei Zion.

– Sim querida? – Disse meu pai ao lado do rei Zion.

– Temos de ir, o jantar é hoje à noite. – Disse chegando cada vez mais perto de meu pai.

– O rei e a rainha também irão certo? – Perguntei.

– Mas é claro. – Respondeu o rei Zion.

– Ótimo. – Respondi.

– Vamos lá então. – Disse meu pai em um tom calmo virando o seu rosto para o rei.

– Até mais. – Disse o rei Zion.

– Carlaion! – Gritou o rei Zion.

– S-s-sim vossa majestade. – Disse o homem estranho.

– Acompanhe os nossos visitantes sim? – Perguntou o rei

– C-c-claro se-n-nhor as suas o-o-o...ordens. – Disse o homem estranho e com um grave problema de gagueira.

Ele foi até nós e nos acompanhou até os portões do castelo como foi dada a ordem.

Fomos até a carruagem e calmamente voltamos ao reino.

Chegando lá ainda a tarde, consegui ver algumas árvores cortadas ao meio e crateras em todo o local, provavelmente provocados pelos sustos que tive em Naráta, minha mãe vai provavelmente me por na forca e depois presa a um mastro para ser bicada por abutres de fogo, ou devo estar exagerando?

A carruagem logo pousou e eu pude descer acompanhada pelo meu pai, notei rapidamente uma multidão perto do estábulo do reino, sem pensar duas vezes fui até lá, e dei de cara com minha mãe ajoelhada sobre a terra chorando e dizendo – Por quê?! Minha Pandora, por quê?!

Dei alguns passos e arregalei meus olhos após ver a pobre Pandora sobre o chão com seus olhos abertos e totalmente brancos, seu chifre havia virado pó e estava abaixo de sua cabeça, seu pescoço estava perfurado, e havia uma mensagem na terra próxima a Pandora que dizia. “O sangue de um animal inocente, o sangue de um animal inocente, quem será a próxima vitima?”