The Will Of Fate

Capítulo 5 - Verdades Ditas


5 dias depois

Faz cinco dias depois do acidente e eu ainda não consegui sair do meu quarto. Estou com muitas coisas na cabeça e quase sem nenhuma explicação para minhas perguntas.

Já estou bem melhor, não sofri nenhum arranhão, á não ser as dores de cabeça e um pequeno corte na testa que já se cicatrizou. Mas ainda continuo tendo os flashes da visão, e também tem o Edward.

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Eu consegui descobrir o nome dele. Quando me trouxeram para casas eu ouvi Jake falando com Sam, e acho que eles não gostaram dele, pelo menos não o querem aqui novamente.

Depois de tudo isso, eu ainda me sinto fraca, mas ao mesmo tempo forte. Meus poderes parecem que estão aumentando. Eu até me sinto mais poderosa, como se uma energia emanasse de dentro de mim, pedindo para sair. Mas me sinto muito confusa e perdida. Não consigo dormir direito, ontem depois que consegui tirar um cochilo de madrugada, acordei levitando,foi muito surreal, até a parte de que eu não conseguir descer, chorei e me desesperei, mas com o tempo fui me acalmando e assim descendo aos poucos. Quem diria que isso iria acontecer comigo.

Sinto uma falta enorme da minha mãe, desde o acidente não a vi mais. E Jake? Não sai mais daqui de casa, vem me ver todo dia e de noite fica na minha janela como lobo. Ele está super protetor, já disse á ele que ninguém irá me seqüestrar, mas ele diz que é só por precaução, mas sei que ele está me escondendo algo, eu vi quando encostei nele, anteontem, quando ele me pediu um namoro. Eu precisei me acidentar pra ele resolver se declarar.

Flashback ON


- Oi Bells como está meu amor? – Jake disse me dando um beijo estalado na bochecha

- Estou melhor – eu disse sem graça, não estava acostumada com tanto carinho de um homem.

- Que foi, ficou vermelha está com vergonha de mim Bells? – ele disse rindo, aquele sorriso reconfortante e quente, que só vi nele até hoje.

- Não, é que é tudo novo, tem coisas que não consigo de parar de pensar... – eu disse temerosa, não queria falar sobre o Edward com Jake.

- Olha, se quiser falar comigo, me contar, fica a vontade, sabe que pode confiar em mim – ele disse se sentando ao meu lado na cama, onde ainda estava deitada.

- Jake, não é que eu não confie em você, mas agora eu não me sinto segura para contar, porque eu ainda não sei o que significa, é muito confuso ainda. – disse quando uma lágrima saiu do meu olho.

- Não chora, Bella, eu fico tão triste quando te vejo assim, é por causa da visão, não é? – ele perguntou me abraçando.

- Como sabe que eu tive uma visão Jake naquele dia, Jake? – eu perguntei exasperada.

- Eu vi seus olhos... quando o... médico te tirou da cama, você os abriu e eu vi. Eles estavam brancos como da outra vez, não é assim que fica? Sem contar que você me arremessou na parede, quando fui tirar suas mão dos seus olhos. – ele disse e riu um pouco.

- Me desculpe por aquilo, mas sabe como eu odeio quando me vêem daquele jeito.

- Não se preocupe, foi só um pouquinho, e quer saber uma coisa? Eu não me importo mais, você até que fica sexy!!! – ele disse e soltou uma gargalhada que até me fez rir.

- Jake! - dei um tapinha em seu ombro, me fingindo de indignada – sei eu fico horrível, é super assustador – eu disse sincera.

- Bells, posso te perguntar uma coisa?

- Pode – disse indecisa, já com medo de que a pergunta fosse sobre a visão e o Edward.

- Você se lembra do... Médico que te examinou?

- Não muito, só quando ele falou pra mim me acalmar para não assustar Charlie, depois disso, só me lembro de acordar na minha cama, no outro dia, com você dormindo na minha poltrona. Por quê?

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- Por nada, eu achei que você já o conhecia; você parecia ter reconhecido ele. Foi estranho Bells.

- Jake, eu não sei, acho que foi por causa da visão, estava atordoada, e eu nem me lembro direito de como é o rosto dele, como é o nome dele? – eu queria ter certeza de que era Edward.

- É Edward – ele disse desconfortável. – Bells – ele disse me dando um sorriso maroto, me prendendo em seus braços.

- Jake, assim vai me quebrar toda! – ele se virou e sentou na minha frente, eu sentei e cruzei as pernas e fiquei o olhando, esperando ele falar.

- Bella, eu quero há muito tempo te falar uma coisa e no dia do acidente eu fiquei sem chão, eu não acreditava, fiquei com tanto medo de te perder. Me perdoa por todo esse tempo longe, eu prometo nunca mais te deixar desprotegida. – ele veio chegando mais perto do meu rosto, colando nossas testas, passando as mãos em meus cabelos e eu sabia o que ele queria, porque naquele momento eu também.

- Jake – eu tentei falar, mas ele foi mais rápido e encostou sua boca na minha, como que pedindo permissão, esperando eu reagir, eu confesso que fazia um tempo em que não beijava ninguém, e já fazia um tempinho em que queria experimentar o beijo de Jake. O beijei de volta, foi um beijo calmo, doce, de conhecimento.

- Bella, eu amo você – ele disse ao meio do beijo – eu queria tanto ter te beijado muito antes, olha só o que eu estava perdendo – ele se separou bem devagar, segurou meu rosto com suas duas mãos gigantes e quentes, olhou em meus olhos e perguntou - Bella, você aceita ser minha namorada? – eu não estava esperando por essa pergunta e acho que respondi no automático, pois não medi minhas palavras.

- Sim, é claro que aceito, Jake – ele sorriu abertamente e me beijou mais profundamente.

FLASHBACK OFF

Eu acho que deveria ter ficado mais feliz com o meu pedido de namoro de Jake, mas eu não consigo, eu não o estou enganando, eu o amo, mas não do jeito que ele me ama. E eu sei qual é o motivo disso, e se chama Edward.

Tenho certeza de que se Jake tivesse se demonstrado antes do acidente, eu teria ficado radiante, afinal meus sentimentos eram outros, mas agora, eu não sei, Jake é muito importante pra mim, mas não posso mentir e dizer que o amo como ele me ama. Sei que estou começando um relacionamento da forma errada, mas Jake é meu porto seguro, ele sempre me ajuda a voltar a ser eu mesma, já passei por tantas coisas que só Jake sabe e sempre esteve comigo.

Eu ainda não sei o porquê me sinto tão ligada á Edward. Eu nunca o tinha visto antes (pelo menos nessa vida, ainda não), mas me senti tão bem em seus braços... Ele tem algo de estranho e sombrio em sua vida, senti ao ser tocada por ele, o que me deixou intrigada, mas apesar disto, ele está equilibrado, com a sua parte boa, o que ele tem de ódio, rancor e tristeza, ele tem ao triplo de amor.

- Bells? Você está me ouvindo? – meu pai estava ao meu lado me olhando.

- Oi pai, desculpa, não o vi o senhor ai, parado, estava só pensando – eu falei e depois reparei que estava em transe deitada na minha cama, apenas pensando.

- Você está bem, filha? – ele perguntou preocupado – Já faz cinco dias que não sai do quarto, não come direito, estou preocupado – eu sentei e ele sentou também, na ponta da minha cama.

- Pai estou bem, só que é tanta coisa, que eu não consigo pensar direito, e teve o acidente, fiquei com medo. Só preciso de um tempo.

- Bella, posso te garantir que eu amo a sua mãe, e o único, apenas o único erro dela, foi não confiar em mim e não me contar o que estava acontecendo. Se ela mesma tivesse feito isso, talvez eu pudesse tê-la salvado.

- Pai... Como assim? – eu estava ficando nervosa, será que meu pai sabia alguma coisa de eu ser uma bruxa?

- Isabella, eu queria muito que você soubesse tudo sobre a sua mãe, mas isso precisa vir de você primeiro; você que tem de decidir se deve me contar ou não as coisas. Mas você está me excluindo da sua vida, da mesma forma que a sua mãe fez, e eu não poderei ajudá-la em nada do que for preciso para te proteger.

- Pai, o que você sabe sobre a mamãe? Eu sinto a falta dela – esperei ele falar algo, acho que já estava na hora de contar ao meu pai sobre meus poderes, se é que ele não vai me colocar em um hospício.

- Também sinto muito a falta dela, Bella – ele estava começando a sair do meu quarto

- Pai, espera...

- Sim – ele parou no batente da porta, com uma expressão e ficou me olhando – Se não quiser me contar, tudo bem, não estou forçando nada querida, lembra... Cada um no seu canto, mas sempre juntos? – e sorriu.

Eu lembrava, ele sempre me dizia isso, todos os anos, enquanto eu morava aqui com ele, depois que mamãe morreu.

- Eu só espero que você não me ache louca, e me interne em uma clínica. – ele voltou e sentou na minha frente.

- É tão grave assim? – ele riu de novo, meu pai era lindo quando sorria, eu entendo porque mamãe se apaixonou por ele, e ele rir era raro, depois que mamãe morreu, ficou cada vez menos visível ele sorrindo.

-Pai, eu sou uma bruxa – eu disse de uma vez – e bati o carro naquele dia, porque eu estava falando com a mamãe – ele me olhou sério, depois levantou uma sobrancelha pensativo.

- Falando com a sua mãe? O espírito dela, tipo fantasma? Bella... eu sei...

- Pai, você está bem? – agora eu estava preocupada – pai, eu não sei nenhum feitiço para o caso do seu coração parar, por favor, respira. – eu já estava quase o segurando. – Pelo amor de Deus, Charlie Swan, reage! – ele olhou pra mim e riu torto, por incrível que pareça e saiu uma lágrima de seus olhos.

- Bella – ele me abraçou tão forte, que eu achei que ele não iria me soltar mais, mas eu não queria que ele me soltasse – Você tem mais da sua mãe que eu pensei.

- Pai, o que você sabia da minha mãe? – ele já havia me soltado e estava mais calmo.

- Bem, eu acho que sabia algo desde quando a conheci, ela era misteriosa, linda, magnífica, e depois que nos casamos e viemos morar aqui em Forks, tudo ficou mais complicado. Eu desconfiava de algo, dessa coisa de Bruxa, mas depois de um tempo, e que você nasceu, foi que eu confirmei as minhas suspeitas, até por que... – ele parou como se estivesse medindo as palavras – bom, sua mãe era mesmo uma bruxa, e das boas. Mas ela nunca me contou, sempre me escondendo, e sei que por causa disso eu não consegui salvá-la, foi por causa de um feitiço, que ela queria fazer em você, foi a coisa mais difícil de que eu já passei em minha vida, principalmente por causa desse mundo estranho e sombrio, você não sabe as coisas obscuras que tem nele.

- Então, você já sabe de tudo? Das bruxas... – ele não me deixou terminar.

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- Bruxas, lobos, vampiros? Mais algum na lista que eu não falei? – eu neguei com a cabeça – Eu sei de todo esse mundo Bella, faz anos que eu pesquiso, eu moro em Forks, o lugar mais frio e chuvoso do país, propício para as criaturas da noite. Também sei da matilha e dos anciãos.

- Todos acham que você não sabe de nada – eu falei indignada, como ele conseguiu guardar tantos segredos de mim?

- Eu sei e prefiro que continue assim.

- Tudo bem, e em questão de vampiros, você já viu alguns por ai, pai? – eu fiquei curiosa, porque eu ainda não havia visto nenhum.

- Já, apenas um clã diferente, que foi feito um tratado com a matilha. Eles não são iguais aos outros, eles são civilizados, vivem como se fossem humanos normais e não nos fazem mal, eles já viveram aqui em Forks, quando você era pequena, acho que eram os Cullens. Mas espero que você não precisa chegar perto de nenhum. Mas mudando de assunto, e esse namoro com Jake, agora é oficial?

- Pai, eu não sei... Não estou tão segura quanto á isso.

- Você não ama Jacob? – ele perguntou indeciso.

- Eu amo, mas não do mesmo jeito que ele me ama, é complicado.

- Bella, eu sei que ele sempre está por você, que ele te ama; você é nova, tem uma vida inteira pela frente, aproveite, não fique deslumbrada com esse mundo Bella. – ele disse e beijou meu rosto – eu te amo filha, você foi tudo que sobrou da sua mãe, por favor, se cuida.

- Eu sei pai, estou até pensando em terminar a faculdade, mas aqui em Port. Angeles mesmo, não quero ficar longe daqui – ele abriu um sorriso maroto. Levantou e saiu andando, mas parou e disse.

- Jasper ligou, disse que o cliente que você ia mostrar as plantas da casa na floresta quer um novo horário com você.

- Sério? Nossa, achei que ele já tinha perdido esse serviço – falei surpresa e feliz.

- ele disse que deu seu numero de telefone, o de casa e do seu celular, que ele iria te ligar hoje ou amanhã. E Jasper falou que amanhã passa aqui pra te ver. E Jacob ligou pela trigésima vez querendo saber como você estava e se já tinha saído do quarto, e disse que vem jantar, mesmo que ele tivesse que fazer a janta.

- Obrigado pai, pode deixar, que daqui a pouco vou descer pra fazer o jantar.

- Que bom, Bells, não agüentava mais comer minhas gororobas – ele disse rindo e saiu do meu quarto.

Eu levantei e fui tomar banho, afinal, ainda iria fazer o jantar e pelo visto, seria uma longa noite.