The Shape Of My Heart
Capítulo XII - Foi Mal
Stefan estava passando pelo corredor da casa Gilbert ia para o quarto de Elena, mas diante da porta do quarto da irmã dela escutou um choro abafado.
Abriu a porta delicadamente, estava preocupado.
– Oi... – Ele disse entrando e se deparando com Juliana sentada e encolhida num canto de sua cama.
A garota assustada por sua vez levantou sua cabeça tentando ver quem era, seus olhos estavam todos borrados de maquiagem.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– O que aconteceu? – Perguntou ele preocupado.
Juliana levantou brevemente seu pescoço deixando a mostra os dois furos agudos em sua pele e limpou o rosto tentando esconder as lágrimas, mas inevitavelmente voltaram no mesmo instante a seus olhos.
– Quem te fez isso? – Perguntou novamente Stefan.
Ela não quis responder, apenas se entregou novamente a um choro de soluços.
– Quem te machucou? – Insistiu ele se aproximando com cautela da garota, o cheiro da ferida aberta tentava o próprio.
– Não foi culpa dele... – Ela soluçou.
– Damon te fez isso? – Indagou Stefan sentando-se na cama próximo a ela.
– Eu o provoquei... – Ela chorou mais.
Nesse instante Stefan notou pela primeira vez os trajes dela e entendeu um pouco a situação, estava realmente provocante apesar das lágrimas.
– Era só uma brincadeira... – Ela continuou soluçando.
– O que necessariamente ele te fez? – Perguntou ele.
– Ele me agarrou... – Juliana fez uma pausa envergonhada, pelo que tinha falado e por ter percebido que estava naqueles trajes na frente de Stefan. – Ele me mordeu, mas se arrependeu e tentou pedir desculpas... Mas eu fiquei muito assustada no momento e o expulsei... – Ela disse disfarçadamente fechando seu blazer.
– Eu fiquei tão assustada... Tão assustada! – Ela voltou a chorar. – Mas não foi culpa dele, foi minha! Se eu não tivesse o provocado nada disso teria acontecido...
– Olha... Eu conheço muito bem meu irmão e sei o quanto ele gosta de você...
Juliana sorriu levemente parando de chorar e escutando Stefan.
–... Ele se importa tanto com você, não seria capaz de desejar te ferir em nenhum momento, mas a tentação quando é demais pode fazer-nos perder a cabeça... Damon me contou que vocês nunca... Nunca...
– Nunca...? - Perguntou Juliana séria e envergonhada.
– Nunca chegaram a ter tanta ‘intimidade’! – Expeliu Stefan.
– “Intimidade”?! – Juliana engoliu a seco as palavras de Stefan.
– E nós vampiros somos guiados pelos desejos, de sangue, de vingança, entre outros e inclusive o físico... Portanto quando nos é privado a satisfação destes, muitas vezes perdemos a cabeça, então provocá-lo da maneira que eu penso que você o provocou não é muito inteligente...
– Eu já me sinto culpada o suficiente! – Juliana bufou com a bronca de Stefan.
– Eu não quero ofendê-la, gosto muito de você e de Damon também... – Dizia Stefan.
– Então você está tentando dizer que devo ceder aos desejos ‘físicos’ dele? – Perguntou Juliana boquiaberta.
– Não! Longe de mim! Todos precisão de seu tempo para tomar essa decisão, com uma namorada de um vampiro não deve ser diferente! Eu estou tentando aconselhá-la a não provocá-lo, todos nós temos um limite... Confie em mim! O fato de ele te amar só aumenta a vontade dele beber seu sangue e tudo mais... – Dizia Stefan.
– Sério? – Ela perguntou.
– É como uma tortura, uma luta consigo mesmo! Por isso eu sei exatamente que ele está se sentindo derrotado e com raiva de si... Para ser mais específico ele deve estar sentando em casa bebendo uísque com uma cara de paisagem sentado no sofá se martirizando! – Afirmou Stefan.
– Sabe de uma? Eu vou lá agora! – Disse Juliana limpando seu rosto e se levantando da cama.
– Isso mesmo... Ele quem mais sofreu com tudo isso, sem dúvida ele precisa de você e... Ele não precisa dos detalhes sórdidos da nossa conversa, ele me mataria... – Disse Stefan.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Okay... Nada de falar que ele está sofrendo... Vampiros orgulhosos... – Juliana falou por alto rindo. – Agora com licença Stef, vou me trocar rapidinho...
– Tá tchauzinho... – Disse Stefan.
– Ahh... Stefan! – Disse Juliana.
– Sim? – Perguntou ele da porta.
– Muito obrigada... Você é um grande amigo... – Disse ela.
– De nada prima! – Sorriu ele saindo.
...
Na casa Salvatore...
“- Como você se sente no lugar da vítima? – Disse Bonnie com um olhar de vingança para ele. – Pobre Sierra!
– Si...? AHHH! – Damon não conseguia expelir palavra alguma, pois a bruxa estava concentrando toda a sua força em fazê-lo sentir dor.
– Você não vai fazer isso com mais ninguém, eu não vou deixar! – Disse a bruxa.
– AHHH! – Gritava o vampiro.
– Damon!... Bonnie! – Exclamou Juliana entrando pela porta da mansão aberta.
Damon gritava mais e mais de dor.
– Para Bonnie! – Suplicava a garota. – Por que você está fazendo isso?
– Ele merece! – Exclamou a bruxa.
– Por favor, para! Você não é assim! – Implorava Juliana.
– Sinto muito, mas eu tenho que matá-lo! – Disse Bonnie empurrando de forma sobrenatural Juliana, que estava aos pés de Damon chorando, até longe dos dois.”
Juliana precisava fazer alguma coisa, Bonnie não tinha o direito de fazer isso com Damon e muito menos decidir quem pode viver ou não.
Por um descuido, a bruxa não a prendeu contra a parede, apenas a jogou contra ela. Eram muitas pessoas fora de controle para um dia só.
Juliana vagarosamente se aproximou de um jarro grego que enfeitava uma mesinha, pegou-o e sorrateiramente chegou perto de Bonnie atingindo certeiramente na cabeça. A bruxa que estava determinada a matar Damon com seus poderes, caiu no chão desacordada, enquanto ele começou a se levantar com dificuldade apoiado por Juliana.
– Você está bem? – A garota perguntou.
– Vou ficar melhor... – Ele disse transformando seu rosto de dor em tristeza.
– Me desculpe... – Juliana falou abaixando sua vista.
– Pelo quê? Você não fez nada... – Ele respondeu ainda meio triste.
– Fiz sim! Eu não deveria ter te provocado, foi tudo culpa minha! – Ela argumentou.
– Só o fato de você existir já é uma enorme provocação contra meus sentidos! - Retrucou Damon já em pé.
Juliana sorriu ludibriada.
– A culpa é minha! Eu deveria ter me controlado! – Exclamou Damon com raiva de si.
– Olha, nós vamos ficar nisso a noite toda! Eu não vou aceitar que foi culpa sua e nem você que foi minha! – Juliana exclamou.
– É verdade! – Concordou Damon.
– Então nós podemos fingir que você não perdeu o controle e que eu não estava dançando aquela música de lingerie na sua frente! Okay? – Disse Juliana.
– Por mim tudo bem... – Damon sorriu.
A garota esticou seus braços e ficou chamando-o com as mãos para um abraço.
– Meu anjo... – Damon sussurrou beijando a testa dela. – Eu amo você.
– Eu amo você também! – Disse ela se afagando de olhos fechados nos braços dele.
– Como está o seu pescoço? – Ele perguntou lembrando-se do ocorrido novamente.
– Está intacto, o sangue que eu tomei do Stefan demorou um pouco mais curou... – Disse ela ainda de olhos fechados e dentro do abraço.
– É verdade, bem que eu senti um gosto estranho de esquilo no seu sangue... – Brincou Damon.
– Idiota! – Juliana riu.
Rindo, ele beijou a testa dela novamente. Até que Bonnie caída no chão gemeu um pouco.
– Bonnie! – Juliana exclamou lembrando-se da amiga golpeada e soltando-se dos braços de Damon.
Damon revirou os olhos.
– Por que ela te atacou? – Disse Juliana tentando levantá-la com dificuldade até o sofá.
– Sei lá... Acho que ela pensa que eu ataquei uma tal de Sierra... É aquela menina do alto- moreno-bonito e sensual né?! – Disse Damon assistindo a cena.
– Mas você não a atacou não é?! – Perguntou Juliana.
– Claro que não! Eu estava com você a noite toda! – Respondeu ele. – Bom... Ignorando o sangue que eu bebi seu tem meses que eu não bebo direto da fonte, se é que me entende...
– Piada infeliz... – Comentou Juliana puxando Bonnie com muita dificuldade mesmo. – Será que dá pra me ajudar aqui? – Perguntou ela.
– Por mim ela fica aí! – Disse Damon.
Juliana o olhou com repreensão.
– Tá bom, tá bom! – Disse ele vencido pegando a bruxinha no colo e levando-a até o sofá.
– Bonnie! Bonnie! – Juliana a sacudia tentando recobrar a consciência.
– Humm... – Ela gemeu e abriu os olhos com dificuldade.
– Antes que você tente me matar de novo, eu não ataquei Sierra nenhuma! – Adiantou-se Damon.
Bonnie o olhou com raiva enquanto sentava-se.
– É verdade, Bon! Ele esteve comigo o tempo todo! E a propósito... Desculpe pelo golpe! – Disse Juliana.
– Ora, ora... Irônico... Você quer tanto defender os inocentes e ia acabar matando um a poucos se não fosse Juliana... – Provocou Damon.
– Damon! – Reprimiu Juliana.
– Tudo bem, não ligo para as coisas que ele diz, e eu te desculpo... Mas se não foi ele, quem foi? E por que ela diria que foi ele? – Perguntou Bonnie meio zonza.
– Ooh bruxinha! Os vampiros além de sugar sangue de garotinhas, como essa Sierra, também sabem compelir! - Exclamou Damon sarcasticamente.
– Hum... – Disse Bonnie achando que o que ele falava fazia sentido. – Mas porque justamente você?
– Simples, temos três explicações viáveis: 1° Pode ter sido um presentinho da Katherine; 2° Uma vampira que eu dei um fora no passado; ou 3° Um vampiro cuja namorada devo ter pegado alguma vez! – Concluiu Damon.
– Ha ha, muito divertido você... – Disse Juliana.
– É sério amor, não tenho culpa de ser terrivelmente irresistível! – Disse Damon.
– Tá bom senhor irresistível! Fique aí se adorando enquanto eu levo a Bonnie em casa... – Disse Juliana ajudando a amiga a se levantar.
– Mas você está avisado, encoste um dedo em alguém e eu terminarei o que comecei hoje! – Disse Bonnie ainda tonta.
– Você seria mais assustadora se tivesse uma verruga no nariz e um gato preto! – Disse Damon.
Bonnie não agüentou e o lançou contra a parede fortemente.
– Au! – Disse ele.
– Bonnie! – Reclamou Juliana.
– Desculpe, eu não consegui resistir ao senhor irresistível! – Riu Bonnie.
Juliana riu também.
– Vai rindo traidora! – Disse Damon alongando suas costas.
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– Ebaaa! – Comemorou Damon.
– Nem se anime... Eu disse ‘dormir’! – Exclamou Juliana. – Já volto...
– Tchau amor! Melhoras bruxa do 71! – Disse Damon.
Bonnie riu sarcástica e elas se foram.
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