Stefan estava passando pelo corredor da casa Gilbert ia para o quarto de Elena, mas diante da porta do quarto da irmã dela escutou um choro abafado.

Abriu a porta delicadamente, estava preocupado.

– Oi... – Ele disse entrando e se deparando com Juliana sentada e encolhida num canto de sua cama.

A garota assustada por sua vez levantou sua cabeça tentando ver quem era, seus olhos estavam todos borrados de maquiagem.

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– O que aconteceu? – Perguntou ele preocupado.

Juliana levantou brevemente seu pescoço deixando a mostra os dois furos agudos em sua pele e limpou o rosto tentando esconder as lágrimas, mas inevitavelmente voltaram no mesmo instante a seus olhos.

– Quem te fez isso? – Perguntou novamente Stefan.

Ela não quis responder, apenas se entregou novamente a um choro de soluços.

– Quem te machucou? – Insistiu ele se aproximando com cautela da garota, o cheiro da ferida aberta tentava o próprio.

– Não foi culpa dele... – Ela soluçou.

– Damon te fez isso? – Indagou Stefan sentando-se na cama próximo a ela.

– Eu o provoquei... – Ela chorou mais.

Nesse instante Stefan notou pela primeira vez os trajes dela e entendeu um pouco a situação, estava realmente provocante apesar das lágrimas.

– Era só uma brincadeira... – Ela continuou soluçando.

– O que necessariamente ele te fez? – Perguntou ele.

– Ele me agarrou... – Juliana fez uma pausa envergonhada, pelo que tinha falado e por ter percebido que estava naqueles trajes na frente de Stefan. – Ele me mordeu, mas se arrependeu e tentou pedir desculpas... Mas eu fiquei muito assustada no momento e o expulsei... – Ela disse disfarçadamente fechando seu blazer.

– Eu fiquei tão assustada... Tão assustada! – Ela voltou a chorar. – Mas não foi culpa dele, foi minha! Se eu não tivesse o provocado nada disso teria acontecido...

– Olha... Eu conheço muito bem meu irmão e sei o quanto ele gosta de você...

Juliana sorriu levemente parando de chorar e escutando Stefan.

–... Ele se importa tanto com você, não seria capaz de desejar te ferir em nenhum momento, mas a tentação quando é demais pode fazer-nos perder a cabeça... Damon me contou que vocês nunca... Nunca...

– Nunca...? - Perguntou Juliana séria e envergonhada.

– Nunca chegaram a ter tanta ‘intimidade’! – Expeliu Stefan.

– “Intimidade”?! – Juliana engoliu a seco as palavras de Stefan.

– E nós vampiros somos guiados pelos desejos, de sangue, de vingança, entre outros e inclusive o físico... Portanto quando nos é privado a satisfação destes, muitas vezes perdemos a cabeça, então provocá-lo da maneira que eu penso que você o provocou não é muito inteligente...

– Eu já me sinto culpada o suficiente! – Juliana bufou com a bronca de Stefan.

– Eu não quero ofendê-la, gosto muito de você e de Damon também... – Dizia Stefan.

– Então você está tentando dizer que devo ceder aos desejos ‘físicos’ dele? – Perguntou Juliana boquiaberta.

– Não! Longe de mim! Todos precisão de seu tempo para tomar essa decisão, com uma namorada de um vampiro não deve ser diferente! Eu estou tentando aconselhá-la a não provocá-lo, todos nós temos um limite... Confie em mim! O fato de ele te amar só aumenta a vontade dele beber seu sangue e tudo mais... – Dizia Stefan.

– Sério? – Ela perguntou.

– É como uma tortura, uma luta consigo mesmo! Por isso eu sei exatamente que ele está se sentindo derrotado e com raiva de si... Para ser mais específico ele deve estar sentando em casa bebendo uísque com uma cara de paisagem sentado no sofá se martirizando! – Afirmou Stefan.

– Sabe de uma? Eu vou lá agora! – Disse Juliana limpando seu rosto e se levantando da cama.

– Isso mesmo... Ele quem mais sofreu com tudo isso, sem dúvida ele precisa de você e... Ele não precisa dos detalhes sórdidos da nossa conversa, ele me mataria... – Disse Stefan.

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– Okay... Nada de falar que ele está sofrendo... Vampiros orgulhosos... – Juliana falou por alto rindo. – Agora com licença Stef, vou me trocar rapidinho...

– Tá tchauzinho... – Disse Stefan.

– Ahh... Stefan! – Disse Juliana.

– Sim? – Perguntou ele da porta.

– Muito obrigada... Você é um grande amigo... – Disse ela.

– De nada prima! – Sorriu ele saindo.

...

Na casa Salvatore...

“- Como você se sente no lugar da vítima? – Disse Bonnie com um olhar de vingança para ele. – Pobre Sierra!

– Si...? AHHH! – Damon não conseguia expelir palavra alguma, pois a bruxa estava concentrando toda a sua força em fazê-lo sentir dor.

– Você não vai fazer isso com mais ninguém, eu não vou deixar! – Disse a bruxa.

– AHHH! – Gritava o vampiro.

– Damon!... Bonnie! – Exclamou Juliana entrando pela porta da mansão aberta.

Damon gritava mais e mais de dor.

– Para Bonnie! – Suplicava a garota. – Por que você está fazendo isso?

– Ele merece! – Exclamou a bruxa.

– Por favor, para! Você não é assim! – Implorava Juliana.

– Sinto muito, mas eu tenho que matá-lo! – Disse Bonnie empurrando de forma sobrenatural Juliana, que estava aos pés de Damon chorando, até longe dos dois.”

Juliana precisava fazer alguma coisa, Bonnie não tinha o direito de fazer isso com Damon e muito menos decidir quem pode viver ou não.

Por um descuido, a bruxa não a prendeu contra a parede, apenas a jogou contra ela. Eram muitas pessoas fora de controle para um dia só.

Juliana vagarosamente se aproximou de um jarro grego que enfeitava uma mesinha, pegou-o e sorrateiramente chegou perto de Bonnie atingindo certeiramente na cabeça. A bruxa que estava determinada a matar Damon com seus poderes, caiu no chão desacordada, enquanto ele começou a se levantar com dificuldade apoiado por Juliana.

– Você está bem? – A garota perguntou.

– Vou ficar melhor... – Ele disse transformando seu rosto de dor em tristeza.

– Me desculpe... – Juliana falou abaixando sua vista.

– Pelo quê? Você não fez nada... – Ele respondeu ainda meio triste.

– Fiz sim! Eu não deveria ter te provocado, foi tudo culpa minha! – Ela argumentou.

– Só o fato de você existir já é uma enorme provocação contra meus sentidos! - Retrucou Damon já em pé.

Juliana sorriu ludibriada.

– A culpa é minha! Eu deveria ter me controlado! – Exclamou Damon com raiva de si.

– Olha, nós vamos ficar nisso a noite toda! Eu não vou aceitar que foi culpa sua e nem você que foi minha! – Juliana exclamou.

– É verdade! – Concordou Damon.

– Então nós podemos fingir que você não perdeu o controle e que eu não estava dançando aquela música de lingerie na sua frente! Okay? – Disse Juliana.

– Por mim tudo bem... – Damon sorriu.

A garota esticou seus braços e ficou chamando-o com as mãos para um abraço.

– Meu anjo... – Damon sussurrou beijando a testa dela. – Eu amo você.

– Eu amo você também! – Disse ela se afagando de olhos fechados nos braços dele.

– Como está o seu pescoço? – Ele perguntou lembrando-se do ocorrido novamente.

– Está intacto, o sangue que eu tomei do Stefan demorou um pouco mais curou... – Disse ela ainda de olhos fechados e dentro do abraço.

– É verdade, bem que eu senti um gosto estranho de esquilo no seu sangue... – Brincou Damon.

– Idiota! – Juliana riu.

Rindo, ele beijou a testa dela novamente. Até que Bonnie caída no chão gemeu um pouco.

– Bonnie! – Juliana exclamou lembrando-se da amiga golpeada e soltando-se dos braços de Damon.

Damon revirou os olhos.

– Por que ela te atacou? – Disse Juliana tentando levantá-la com dificuldade até o sofá.

– Sei lá... Acho que ela pensa que eu ataquei uma tal de Sierra... É aquela menina do alto- moreno-bonito e sensual né?! – Disse Damon assistindo a cena.

– Mas você não a atacou não é?! – Perguntou Juliana.

– Claro que não! Eu estava com você a noite toda! – Respondeu ele. – Bom... Ignorando o sangue que eu bebi seu tem meses que eu não bebo direto da fonte, se é que me entende...

– Piada infeliz... – Comentou Juliana puxando Bonnie com muita dificuldade mesmo. – Será que dá pra me ajudar aqui? – Perguntou ela.

– Por mim ela fica aí! – Disse Damon.

Juliana o olhou com repreensão.

– Tá bom, tá bom! – Disse ele vencido pegando a bruxinha no colo e levando-a até o sofá.

– Bonnie! Bonnie! – Juliana a sacudia tentando recobrar a consciência.

– Humm... – Ela gemeu e abriu os olhos com dificuldade.

– Antes que você tente me matar de novo, eu não ataquei Sierra nenhuma! – Adiantou-se Damon.

Bonnie o olhou com raiva enquanto sentava-se.

– É verdade, Bon! Ele esteve comigo o tempo todo! E a propósito... Desculpe pelo golpe! – Disse Juliana.

– Ora, ora... Irônico... Você quer tanto defender os inocentes e ia acabar matando um a poucos se não fosse Juliana... – Provocou Damon.

– Damon! – Reprimiu Juliana.

– Tudo bem, não ligo para as coisas que ele diz, e eu te desculpo... Mas se não foi ele, quem foi? E por que ela diria que foi ele? – Perguntou Bonnie meio zonza.

– Ooh bruxinha! Os vampiros além de sugar sangue de garotinhas, como essa Sierra, também sabem compelir! - Exclamou Damon sarcasticamente.

– Hum... – Disse Bonnie achando que o que ele falava fazia sentido. – Mas porque justamente você?

– Simples, temos três explicações viáveis: 1° Pode ter sido um presentinho da Katherine; 2° Uma vampira que eu dei um fora no passado; ou 3° Um vampiro cuja namorada devo ter pegado alguma vez! – Concluiu Damon.

– Ha ha, muito divertido você... – Disse Juliana.

– É sério amor, não tenho culpa de ser terrivelmente irresistível! – Disse Damon.

– Tá bom senhor irresistível! Fique aí se adorando enquanto eu levo a Bonnie em casa... – Disse Juliana ajudando a amiga a se levantar.

– Mas você está avisado, encoste um dedo em alguém e eu terminarei o que comecei hoje! – Disse Bonnie ainda tonta.

– Você seria mais assustadora se tivesse uma verruga no nariz e um gato preto! – Disse Damon.

Bonnie não agüentou e o lançou contra a parede fortemente.

– Au! – Disse ele.

– Bonnie! – Reclamou Juliana.

– Desculpe, eu não consegui resistir ao senhor irresistível! – Riu Bonnie.

Juliana riu também.

– Vai rindo traidora! – Disse Damon alongando suas costas.

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– Eu volto mais tarde, quero dormir aqui hoje... – Disse Juliana parando de rir.

– Ebaaa! – Comemorou Damon.

– Nem se anime... Eu disse ‘dormir’! – Exclamou Juliana. – Já volto...

– Tchau amor! Melhoras bruxa do 71! – Disse Damon.

Bonnie riu sarcástica e elas se foram.