The Senser

(In) Sanidade


(In) Sanidade
Quantos mililitros eu devo tomar?
O quanto essa droga irá me acalmar?
Será que o doce sabor irá atiçar o paladar,
Que rima fácil palavras que terminam no ar.
Compor um verso se mostra mais difícil,
Que construir uma estrofe nesse poema antigo.
Reflito e limito minhas ideias ao plano original,
Enquanto ainda penso naquele remédio, contínuo
Como ponteiro de relógio, indicando hora, tempo e lugar.
Não me conta sobre gênero, seja ele ou ela nesse pesadelo matinal.
Ouvi em igrejas que o soro não é cura e sim...
O puro ato dominical.
Questione-me ou questione-os, saiba que não iremos saber como continuar.

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Ou terminar...
Droga! Passou do tempo de tomar meus comprimidos.
Imagino se a abstinência me torna dependente aflito,
Com meus tiques e toques contínuos.
Coçar a pele em busca da ferida não exposta,
Esperar resposta...
Aposta na encosta que desliza terras e pedras empostas.
Se posta verdades indelegáveis nessa fábula imposta.
Ora...
Quero que me deem cobertor e travesseiro agora.
O branco que perturba essa sala me tonteia,
E ignora.
Sinto vertigens, é efeito da falta de droga?
Ou essa droga me deixou acostumado à outra realidade?
Sinto presunção, é isso que os enfermeiros fazem?
Deixe-os em seus infernos existenciais, não me deixe incomoda-los.
Por favor, deixe-os me deixar em paz.

Acenderam velas com fogo baixo,
Ungiram o quarto com água benta,
Induziram um pensamento criado,
Relegaram o que a natureza sempre tenta.

Atenta aos meus olhos, comadre...
Vim confessar pequenos pecados não graves.
Esqueci-me de tomar meu remédio no tempo em mártir,
Por isso as perguntas sem respostas e
Toda essa crítica ao pai de ti.

~Gabriel.