Epílogo 3 - Não o fim, mas um recomeço

Passados mais alguns dias, o detetive estava de volta à sua sala na delegacia. Estava separando as fotos dos assassinos em duas pilhas, que ele tivera de justapor para facilitar o trabalho. Uma das pilhas era a dos mortos, onde estavam o Ator e o Contador. Na outra figuravam os capturados: Morte, Homem de Ferro, Crânio, Dragão e Cobrador.

Olhou para a foto de Morte, e pensou se fizera o certo. Conseguira livra-lo da culpa pela morte do Ator, assim reduzindo a pena dele. Ainda assim, seus atos a favor de Morte ficaram famosos entre os policiais. Por isso, estava ajeitando suas coisas. Saiu do escritório e chegou à mesa do delegado Williamson.

— Delegado, acho que é o fim.

— Tem certeza? Você é um dos melhores detetives que já tivemos.

— Sim.

Entregou-lhe sua arma e seu distintivo. Em seguida, retornou para seu carro, onde Beatrice Lerroy o aguardava.

— Pronto? Podemos ir?

— Claro.

Beijou-a e sentou-se no banco do motorista. Aquele era o primeiro dia do resto de sua vida; com um novo emprego, uma nova casa, uma nova família e, o mais importante, um velho amor. Acelerou feliz. Sentia-se realizado. Só agora, longe da polícia, iria, de fato, viver feliz.