The Reason

Game of broken heart I


Luke Knight

Acordei naquela manhã me sentindo... Péssimo.

Ter que voltar para aquela rotina depois de toda a adrenalina que senti na floresta era deprimente. Não entendia o porquê daqueles professores quererem nos ensinar em salas de aula, sendo que correríamos perigo fora delas. Eles não nos preparavam tão bem assim. Se não fossemos espertos e tivéssemos uma ótima genética, poderíamos ter morrido lá.

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Depois de tomar banho e me trocar, esperei por meu primo e Danny na sala comunal. Eu estava sentado em uma das poltronas, entediado com sempre, enquanto todos os sonserinos que passavam lançavam olhares estranhos. Alguns cochichavam, outros apenas me olhavam com certo nojo.

Eu mantinha minha expressão entediada, tentando me acalmar. Logo, logo esses idiotas vestidos de verde me irritariam e eu acabaria tendo um surto psicótico.

Assim que Daniel desceu com Scorpius, me levantei e fomos saindo das masmorras. Fomos em silêncio até metade do caminho, quando Daniel perguntou sobre Louise.

- Ela estará aqui até o final de semana. – eu respondi afrouxando a gravata em meu pescoço. Aquilo realmente incomodava.

Enquanto caminhávamos na direção na Grande Salão, os alunos paravam para nos verem caminhar. Apenas mantínhamos o olhar fixo no caminho que fazíamos, não dávamos atenção aos fofoqueiros e sem o que fazer que nos encaravam. Mas quando entramos no Grande Salão, não pude deixar de me sentir completamente envergonhado. Praticamente todos os alunos que estavam ali, nos encaravam. Senti uma vontade enorme de poder ser invisível nesse momento.

Andamos até a mesa da Sonserina à procura de Bianca, Rayra, Améllia e Noah. Encontramos apenas ele, sentado num canto meio afastado. Parecia que havia passado a noite em claro.

- O que houve com você? – perguntei me sentando e me servindo de um pouco de suco de abobora.

- Meus pais. – disse suspirando – Acham que anda me metendo em problemas demais.

- E isso é comum, somos sonserinos. – Daniel disse com a boca cheia enquanto vasculhava o salão com os olhos.

- É. Mas eles não gostaram de eu me envolver com grifinórios, principalmente os Potter e os Weasley. – explicou revirando os olhos.

Não podemos dizer nada, afinal era bem compreensível. Algumas famílias bruxas ainda viviam com o velho preconceito de “sangues-ruins” e “traidores do sangue”.

- Seus pais são idiotas. – eu disse.

- Eu sei. – Noah disse com um sorriso divertido nos lábios.

- Você viu minha irmã? – Daniel perguntou à Noah.

- Não. Só a irmã dele. – disse me apontando com o queixo – Mas acho que Améllia não vai querer falar com você. – Noah completou mordendo uma torrada.

- E porque ela faria isso? – Danny perguntou olhando-o como se ele fosse um louco dizendo que a Taça de Quadribol seria da Lufa-Lufa esse ano.

- Porque você é idiota. – Scorpius respondeu.

- Obrigada senhor “não sou capaz de chegar na garota que eu gosto e dizer o que eu sinto”! – Daniel disse mostrando o polegar para meu primo.

Eu e Noah rimos da expressão assassina no rosto de Scorpius.

- Você não notou que foi muito estupido com a Améllia quando chegamos aqui? – meu primo disse – Digo, depois que saímos da floresta.

- Como assim? – Daniel disse confuso.

- Ela estava preocupada, cara. – eu disse – E você preferiu o consolo da sua namorada ao da sua irmã gêmea.

- Sem contar que você foi grosso com ela. – Noah disse bebericando seu suco – Empurrou ela... Eu nunca faria isso com uma de minhas irmãs.

- Você tem irmãs? – Daniel perguntou surpreso.

- Sim, duas. – Noah disse – Mas já se formaram. Uma vai até casar daqui alguns meses. – completou sorrindo.

- Não fuja do assunto, Danny. – eu disse rindo dele.

- Peça desculpas à Améllia, cara. – Scorpius disse – Ela é sua irmã, vai sempre estar ao seu lado quando você precisar. Mas namoradas? Elas vêm e vão o tempo todo. Améllia será sua irmã para sempre.

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- Palavras lindas... – Bianca disse.

Ela estava prestes a se sentar ao meu lado, mas parou. Olhou ao redor, olhou para o banco e voltou a olhar ao redor antes de se sentar.

- O que você está fazendo, sua louca? – Daniel perguntou ao vê-la se abaixando para olhar debaixo da mesa.

- Trasgos. – ela respondeu voltando para cima.

- Trasgos são enormes, como caberiam debaixo dessa mesa? – Noah disse incrédulo com ingenuidade de Bianca.

- Os do meu sonho não. – ela respondeu debochada – Eles pareciam elfos, mas eram trasgos. Eu odeio trasgos. Por isso eu te odeio. – Bianca completou olhando para Noah.

O garoto revirou os olhos e se levantou.

- Vejo vocês durante as aulas. – disse antes de sair de perto de nós.

Bianca parecia nada abalada, pois passava geleia na torrada com um sorriso besta no rosto.

- Quando teremos treino do time, Scorp? – ela perguntou.

- Não sei. – meu primo respondeu – Vou falar com a professora Morgana mais tarde. – disse se referindo à bruxa que dava aula de poções e era responsável pela Casa da Sonserina.

- Quem ficará no lugar de Louise? – perguntei.

- Ainda não sei. – ele respondeu suspirando.

- Tem aquela garota, a dos cabelos verdes... Ela é boa. – Daniel disse cutucando um pedaço de pão.

- Concordo. – Bianca disse – Ele tem um braço bem forte. É quase tão boa quanto Rayra.

- E por falar nela, onde sua irmã está? – Danny perguntou.

- Conversando com a sua irmã. – Bianca respondeu mordendo sua torrada.

- Ela está muito chateada? – Daniel perguntou franzindo as sobrancelhas.

- Quem? Améllia? – Bianca disse mexendo uma das mãos – Ela só quer ver você dentro de um caixão abaixo de sete palmos de terra.

- Isso é um sim? – ele perguntou inseguro.

- É um com certeza. – Bianca voltou a dizer – E Rayra a está apoiando. Elas vão te fazer sofrer muito, querido Daniel...

O loiro apoiou a testa na mesa e começou a dizer coisas que não consegui entender pelo tom baixíssimo de sua voz. Enquanto tomava o café da manhã, fiquei pensando nas aulas. Eu não sabia exatamente qual era a primeira, mas sabia que teria aula com Lillían. A grande maioria dos meus períodos eram iguais aos dela. Eu poderia ajoelhar e agradecer milhares de vezes por ter vários horários vagos.

Decidi ir buscar meus materiais, para poder descobrir quais aulas teria hoje. Me levantei da mesa, me despedi e fui andando. Dei uma olhada ao redor, procurando por Cassandra. Ainda não havia visto ela. Desisti assim que vi Sam Kingsley e Lillían Potter com as mãos dadas em cima da mesa. Suspirei, e me virei. Quando meus olhos se levantaram Cassie estava diante de mim. Eu deveria me assustar, ou ter qualquer outra reação, mas não senti nada.

- Bom dia... – eu disse beijando seu rosto.

- Você está triste. – aquilo não era uma pergunta.

- Não é nada demais, Cassie. – falei já dando alguns passos para longe dela.

- Você não pode fugir de mim para sempre, Luke... – Cassandra disse com uma voz estranha, que chegava a assustar.

Não me virei para olhá-la uma última vez, apenas fugi dali o mais rápido possível. Andei até as masmorras com um louco. Queria fugir das pessoas, e foi isso que eu consegui ao entrar dentro de meu dormitório vazio. Sentei em minha cama e comecei a procurar pelo meu horário de aula. Eu tinha três horários vagos e se não me enganava, teria apenas uma ou duas aulas sem Lillían. Nas outras, teria o desagradável prazer de encara-la.

Não conseguia entender como ela conseguiu me abalar tanto assim. Há dois dias eu a odiava com todas as minhas forças, mas agora... Não sabia ao certo o que pensar sobre ela. Coloquei minha mochila nas costas, e caminhei para fora do dormitório. Quando nós começamos a nos odiar? Eu não me lembrava exatamente, mas tinha certeza que tudo começou no Beco Diagonal. Não sou acostumado a guardar detalhes ou coisas desse gênero, mas sei que começou ali. Só não sabia como tudo foi levado a diante. Como o ódio cresceu, ou o porquê disso...

Quando me dei conta, já estava no pátio da escola. Olhei ao redor e vários alunos andavam apresados por ali. Voltei a caminhar na direção da aula de Herbologia, não queria me atrasar. O professor Longbotton era legal, mas só com os alunos da Grifinória. Quando cheguei às estufas, elas ainda estavam vazias. Me dirigi a estufa numero 7, onde o professor daria sua aula. Me sentei um uma das carteiras relativamente afastadas e deixei minha mochila cair no chão. Fiquei olhando para os vidros embaçados da estufa, tentando me lembrar do porque odiar Lillían.

Bom, ela sempre achava uma maneira de me irritar quando nos encontrávamos. Um ponto negativo. Mas quando foi que comecei a ligar para isso? Ah! Foi quando eu percebi o quanto a voz dela era bonita. Só que fiquei enjoado de escuta-la gritar comigo, então passei a odiar aquela voz. Depois, percebi que ela ficava bonita quando estava com cachecol rosa que sempre usava quando era menor, e então, passei a odiar tudo o que ela vestia. Por quê? Ela tentou me enforcar com aquele cachecol... Outro ponto negativo. Mas tudo começou quando olhei nos olhos dela. Eram tão bonitinhos! Pareciam verdes, mas quando olhava novamente pareciam azuis... Nunca tive certeza de qual era a real cor dos olhos dela, mas eu tinha certeza de uma coisa: quando eles me viam brilhavam de raiva. Mais um ponto negativo.

Acho que foi ai, quando tudo que me encantava nela se desfez, que eu comecei a odiá-la. Odiá-la por não ser mais doce, meiga... Por tratar todos como se fosse melhor. Quando só escutava sua voz para me encher de ofensas. Quando tudo o que ela vestia era vulgar e me enjoava. Quando seus olhos só me desapontavam cada vez mais.

Suspirei e olhei para a estufa ainda vazia. Estava tão cedo assim? Olhei para meu relógio. Faltavam só vinte minutos para a aula começar. Escutei um barulho e levantei a cabeça rapidamente. Quando se passa uma noite dentro de uma floresta cheia de coisas que podem te matar, você fica alerta a todo tipo de barulho.

Era o professor Neville. Ele entrava na estufa e trazia atrás dele três pilhas de livros flutuantes. Enquanto tirava sua capa, os livros foram se distribuindo pelas mesas. Um livro para cada lugar. Assim que me viu, o professor soltou uma pequena exclamação.

- Ah! Senhor Knight... Tão cedo na sala de aula. – o professor disse colocando sua capa na parte de trás de sua cadeira.

- Pois é... Eu precisava pensar um pouco. – eu disse abrindo o livro que havia acabado de flutuar para minha frente – Qual o capítulo? – perguntei.

- Três. – o professor respondeu.

Abri o livro na pagina onde o capítulo começava. Eu já conhecia metade daquelas ervas. Minha mãe trabalha no quarto nível do Ministério da Magia no Departamento para a Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas. Ela sempre lida com animais e criaturas estranhas; e também muitas plantas, ervas e outras coisas desse tipo. Ela sempre me ensinou várias coisas sobre as plantas e criaturas mágicas.

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Eu li e reli o capítulo duas vezes, até todos os alunos entrarem na estufa. Eu estava meio perdido lendo, e não percebi a pessoa que se sentou ao meu lado até ver duas mãos com finos dedos pegarem os livros. Eu conhecia aquelas mãos...

Ah, que ótimo! Tudo o que eu mais queria era sentar ao lado dela justo na primeira aula! Muito obrigada, Merlin! O senhor é uma pessoa maravilhosa!

- Bom dia, Luke... – ela disse sorrindo.

Engoli em seco e voltei a ler o livro em minhas mãos. Eu não iria respondê-la. Não iria falar com Lilly...

- Bem... – o professor Longbotton disse chamando nossa atenção – Abram os livros no capítulo três. Hoje nós vamos falar sobre alguns fungos e plantas aquáticas.

Continuei com os olhos fixos no livro à minha frente. Apesar de já ter quase decorado sobre cada planta e fungo ali, aquelas letras distraiam a minha mente. Elas não me deixavam pensar demais na garota sentada ao meu lado.

Enquanto o professor explicava sobre as plantas, eu ainda continuava minha não leitura do livro. Apenas encarava-o, mantendo minha mente longe de Lillían Potter.

- Senhor Knight... – o professor me chamou – Poderia nos dizer algo sobre os guelrrichos? – perguntou se sentando na ponta de sua mesa.

- Não é aquela planta que você come para poder respirar de baixo d’agua? – eu disse franzindo a testa. Já tinha ouvido falar dela.

- De fato. – o professor Longbotton concordou com um sorriso – E quais são as mudanças que ela provoca no corpo?

Fechei meus olhos e fiz uma careta. O que minha mãe disse mesmo? Algo sobre guelras...

- Tem haver com guelras e membranas entre os dedos, certo? – eu disse.

- Sim. – o professor disse com o sorriso no rosto – Os guelrrichos provocam certas mudanças no corpo humano para que possamos nos locomover com mais facilidade na agua. Guelras surgem em nosso pescoço e membranas crescem entre nossos dedos. Além de algumas nadadeiras, é claro.

- Hey, Lilly! É verdade que seu pai já usou um guelrricho? – um garoto perguntou, provocando alguns risos.

- Sim, Lorcan! – Lilly respondeu rindo – Papai já usou um...

- E ele ficou muito engraçado! – o professor Longbotton acrescentou arrancando mais risos de seus alunos.

Eu? Apenas mantinha meus olhos fixos nas letras do livro.

- Entregarei a vocês uma lista de exercícios para a aula de semana que vem. – o professor nos informou – Vocês podem se dividir em duplas para responderem, mas quero as fixas individuais. E não pode haver respostas iguais. Entendido?

Um sonoro: “Sim professor Longbotton” foi ouvido de meus colegas.

Eu? Continuava a encarar as letras no livro.

Já estava com a visão um pouco embasada e com a certeza de que a letra “a” do livro era muito engraçada quando o sinal tocou. Levei algum tempo para me tocar que deveria seguir para a próxima aula. Olhei novamente para o livro em minha mão; não sabia o que fazer com ele.

- Você precisara dele para fazer os exercícios. – alguém disse atrás de mim.

Me virei e encontrei uma garota de cabelos loiros e olhos verdes sorrindo.

- Oi Melanie. – eu disse sorrindo também.

- Vamos? – ela disse.

- Claro. – respondi sem muita animação.

Fomos conversando durante o caminho de volta para o castelo. Melanie perguntou sobre como foi ficar perdido na Floresta Proibida e como eu estava me sentindo em relação a Louise no St. Mungus. Não me senti desconfortável em responder suas perguntas. Fiquei até feliz, assim não pensava em quem não devia.

- Eu fiquei realmente preocupada, Luke. – Melanie disse – Não só com você, mas com todos. Principalmente sua irmã. Ela vai ficar bem, certo?

- Vai sim. – eu respondi com um sorriso – Estará aqui até o fim de semana.

Aquela era uma resposta automática. Meus olhos e minha cabeça estavam concentrados logo a minha frente, onde uma garota ruiva abraçava alguém. Mas não qualquer alguém. Sam Kingsley. Era ele esse “alguém”.

Tudo bem se ela preferia ele à mim, mas ficar jogando isso na minha cara? Era um pouco demais. Só haviam duas coisas que eu e Sam tínhamos em comum além de sermos homens: odiávamos perder e éramos apaixonados pela mesma garota. Mas ao contrário dele, eu faria de tudo para tirá-la de meus pensamentos.

Quando ela sorriu e beijou ele, meu sangue ferveu um pouco mais.

- Tudo bem? – Melanie perguntou me olhando.

- Tudo sim. É melhor irmos, ou vamos nos atrasar. – eu disse segurando sua mão.

Seu rosto ficou vermelho diante da minha atitude, e naquele momento eu não me importei muito com o que ela sentiria. Só queria esfregar na cara de Lillían Potter que ela não era tão importante assim pra mim. Assim que paramos em frente a sala, percebi que era a de Transfiguração. A professora simplesmente me odiava e não permitia que Melanie e eu sentássemos juntos de nenhuma maneira. Assim, ela se sentou junto com uma amiga e eu algumas cadeiras atrás. Normalmente um garoto da Corvinal se sentava comigo, mas hoje ele pareceu muito entretido em escutar o que a professora teria a dizer e se sentou na frente.

Não sou estúpido. Sei que as pessoas estão mantando certa distancia de mim, como se eu tivesse uma doença contagiosa. Não me importava. Nunca gostei ou me importei com pessoas, muito menos com o que elas pensavam de mim.

Quando a professora entrou, olhou primeiro para mim. Ela sempre fazia isso. No fundo ela me amava profundamente. Quando me viu longe de Melanie novamente, desviou os olhos para os outros alunos e depois para a porta.

- Desculpe professora McLean. – Lillían disse com a voz um pouco trêmula ao entrar na sala atrasada.

A professora apenas apertou seus olhos claros e balançou a cabeça. A Potter procurou por um lugar vago, e adivinha? O lugar ao meu lado era o único! Ela transformou a expressão de vergonha em raiva e caminhou até onde eu estava sentado.

Seria muito conveniente que ela se sentasse ao meu lado durante o resto do dia, pensei abrindo meu livro na pagina indicada pela professora.

- Eu vi você e aquela garota. – Lillían disse com um pouco de arrogância na voz enquanto a professora explicava algo sobre a matéria.

Não respondi.

- Não gostei nada disso. – ela continuou a dizendo.

E você acha que gostei de ver você se agarrando com seu namoradinho? Quase transformei meus pensamentos em palavras, mas me contive. Estava conseguindo o que queria.

- Luke... – ela chamou choramingando depois de alguns longos minutos de silencio.

Tive que morder a língua para não respondê-la. A vontade de dizer algumas coisas a ela era grande, mas mesmo assim... Faria ela provar de seu próprio remédio.

Algo que aprendi na minha antiga escola é como ser frio com alguém. Lillían merecia isso por ter me feito de idiota. Mas se ela pensa que sou algum bobo, está muito enganada. Eu sou um sonserino, afinal de contas.