The Ravenclaw Girl

No Salão Comunal


Corri até o lago, tomando bastante cuidado em onde pisava, pois havia chovido e poças de água agora se espalhavam pela grama. Annelize estava encostada no tronco de uma árvore, com os braços cruzados e batendo o pé no chão. Com certeza impaciente. Ela me viu e agitou os braços.

Corri mais um pouco para alcança-la e parei em sua frente, sorrindo.

– Bem, - ela gesticulou exageradamente - você vai me contar algo ou irá continuar com esse sorriso no rosto, Knight?

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Revirei os olhos diante ao mal humor dela, mas rapidamente voltei a sorrir.

– Primeiro, você lembra que eu era completamente louca pelo Feitiço do Patrono? - perguntei.

– Lembro. - respondeu ela.

– E que eu queria muito aprender a conjurar um Patrono corpóreo? - perguntei.

– Sim, sim. - ela agora estava curiosa para ver aonde eu ia chegar.

– Então, eu falei sobre isso com o professor Flitwick disse que iria me ajudar! - gritei - Isso não é demais?

– Puxa, Mia, isso é maravilhoso! - Lissie sorriu.

– Ah. - hesitei por um momento - Tem outra coisa que eu queria te contar também.

Lissie me olhava curiosa.

– O que é? - perguntou.

– Me enviaram uma carta, sem remetente. E eu não reconheci a coruja. - contei, tirando o pergaminho de uma divisória de minha bolsa - Aqui. Não é exatamente uma carta, como você pode ver...

Annelize ficou olhando para o desenho encantado, sorrindo e traçando o contorno do botão que se abria em uma rosa.

– Merlin, isso é lindo! - ela me entregou o pergaminho e eu voltei a guarda-lo - Quem enviou isso deve ser um admirador bem romântico. Tem certeza de que não sabe quem enviou?

– Não, eu realmente não tenho nenhuma ideia de quem pode ter me enviado isso. - respondi, enquanto caminhávamos de volta para o castelo. Parecia que a cada dia que passava ficava mais frio.

***

Me sentei em uma mesa em meu Salão Comunal a noite para por em ordem os deveres. Bem, pelo menos eu estava tentando fazer meus deveres, mas Cho Chang e suas amigas risonhas estavam sentadas próximas a mim, conversando e dando risinhos. Não estava conseguindo me concentrar. Por que não podiam ser mais silenciosas? Será que não viam que a maioria dos alunos ali estavam ocupados com os deveres?

Juntei todas as minhas coisas e rumei para o meu dormitório, do qual a passagem ficava do lado direito da estátua de Rowena Ravenclaw. Parei por alguns instantes em frente a estátua; me lembrava que em meu primeiro ano eu costumava ficar olhando para ela como uma louca. Será que a bela Rowena era realmente assim como a estátua de mármore a retratava? Com cabelos longos e um rosto levemente arredondado?

Balancei a cabeça, saindo de meu transe, e continuei meu caminho para o dormitório feminino. Enquanto subia as escadas de mármore, a Dama Cinzenta descia flutuando. Dama Cinzenta é o fantasma da Torre da Corvinal, seu nome na verdade é Helena. Helena Ravenclaw. É a filha de Rowena. Ás vezes ela pode ser um pouco hostil com os alunos que não são de nossa Casa e muitos alunos preferem ignora-la, mas Luna Lovegood e eu muitas vezes já conversamos com ela.

Por isso, quando nos encontramos na escada, sorri e a cumprimentei.

– Olá, Helena.

– Olá, Amélia. – ela me lançou um raro sorriso e me olhou com atenção – Você está diferente.

Isso foi algo estranho de se dizer.

– Diferente? – perguntei confusa – Diferente como?

A Dama Cinzenta me encarou por mais alguns segundos.

– Está cada vez mais parecida com uma Corvinal. – respondeu e então atravessou uma parede e sumiu.

Eu realmente não sabia o que pensar daquilo.

O dormitório estava vazio; as meninas com quem o dividia haviam ficado no Salão. Melhor assim. Troquei meu uniforme por minhas roupas de dormir e me enfiei debaixo dos cobertores azul anil de minha cama. Fechei os olhos por um momento, apreciando o barulho do vento passando pela Torre. Era relaxante.

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Olhei para a escrivaninha ao lado da cama, a que me pertencia para sentar e ler ou escrever ou desenhar. Lá estava Os Contos de Beedle, O Bardo, minha mãe costumava ler para mim quando eu tinha uns quatro ou cinco anos, e eu acabei me afeiçoando aos contos. Por isso ainda os lia em certos momentos.

Ainda deitada, ergui minha varinha.

Accio – falei firmemente apontando a varinha na direção do livro e ele voou para minha mão.

Abri o livro aleatoriamente, e parei em A Fonte da Sorte. Era o meu conto favorito. Comecei a ler, até adormecer.

"No alto de um morro, em um jardim encantado envolto por muros altos e protegido por poderosa magia, jorrava a Fonte da Sorte..."

***