POV Annabeth Chase


Acabo de chegar da escola, e me deparo com Silena indo quase correndo em minha direção. Seu rosto estava mais feliz do que nunca, e ela aparentava estar quase gritando de excitação.



– Annabeth! – ela exclama com toda a felicidade possível. – Você não vai acreditar no que eu consegui!



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Eu a fito interessada. – O que você conseguiu Silena?



– Um encontro com TODOS os integrantes da melhor banda do mundo! WishU! Estou tão empolgada! Poderia dançar agora. – diz Silena quase gritando.



– Nossa, eu realmente não sei o porquê de você ser tão fã de uma bandinha de pop como essa. – exclama Thalia emburrada, que apareceu entre nós sem eu ao menos perceber.



Silena a olha severamente, depois voltando a prestar a atenção em mim. – Você não acha WishU rum, não é?



– Hãa... – babulcio. Não saberia o que dizer afinal eu nem ao menos conhecia a banda.



– Vai me dizer que não gosta...? – diz Silena decepcionada.



– É que... Eu não conheço. – digo a verdade por fim.



Thalia dá uma gargalhada. – Normal. Ninguém que é gente dá muita atenção para bandas assim!



– Não fale assim deles! – exclama Silena chateada. – Connor, Stoll e principalmente o Charles... São pessoas maravilhosas! Cantam muito bem e são gentis! Eu preciso conhece-los!



Thalia apenas bufa. Acho que ela apesar de odiar o gênero de música, não queria deixar Silena realmente triste.



– E quando é esse tal encontro? – pergunto me fingindo interessada, para não estressar mais Silena.



Ela me olha com os olhos brilhando de felicidade. – Sexta! E eu estava esperando que vocês duas fossem comigo! – diz ela olhando para Thalia, que revirava os olhos. – Sim Thalia, eu quero que você vá! Você é minha amiga. E além do mais, acho que você ficaria uma gracinha com o Connor.



Thalia fecha a cara. – Okay, eu posso até ir. Por você. Mas não inventa de me arranjar esses filhinhos de papai!



Silena só ri. – Sua opinião irá mudar quando conhecê-los, eu sei disso.



Thalia sorri confiante. – Veremos. Mas você vai também, não é Annabeth? Eu não quero enfrentar um horror sozinha.



Silena concorda. – Não é de forma alguma um horror, mas eu quero muito que você vá. Eu sei que você é muito ocupada com a sua casa, estudando e com os trabalhos do conselho, mas eu quero minha amiga presente no momento mais especial da minha vida. – ela diz com tanta sinceridade e intensidade no olhar, que acabei verdadeiramente querendo ir.



– Claro que eu vou, darei um jeito de terminar meus afazeres do conselho mais cedo. – digo.



Ela sorri. – Eu te ajudo, se você quiser!



– Obrigada!



– Eu que agradeço! – diz Silena.



***



Sexta



Finalmente chega sexta feira. Depois da aula, eu, Thalia e Silena pegaram um ônibus e fomos para uma lanchonete muito luxuosa da parte mais rica do bairro da nossa escola. Quando chegamos, Silena sorri furtivamente.



Ela aponta em direção à mesa com três garotos, e diz que são eles.



Eu e Thalia os analisamos das cabeças aos pés. O do meio era moreno, de aparência atlética e um sorriso muito galanteador. Os dois de cada canto provavelmente eram gêmeos. Ambos eram caucasiano, de vastos cabelos loiros com o cabelo virado para um lado. (O da direita, com o cabelo virado para a esquerda, e o da esquerda com o cabelo virado para a direita).



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– Gostaram de alguém? – pergunta Silena para nós duas. – Mas o do meio, o Charles, é realmente o mais bonito.



– Nenhum é interessante. – diz Thalia indiferente. – Não faz o meu tipo.



– E você Annabeth? Qual o seu tipo? – me questiona Silena.



Eu não entendo ao certo, mas eu imaginei o Percy. Coro furiosamente e fico com muita raiva de mim mesmo. Por que em Hades eu pensei nele?! – Nenhum... – digo.



– Você está com uma cara estranha... – diz Thalia.



– Impressão sua. – digo disfarçando.



Enfim fomos até a mesa. Cumprimentamos os três meninos e nos apresentamos, e eles fizeram o mesmo. Acabei descobrindo que o da esquerda era o Travis, o do meio Charles, e o outro, Connor.



Pedimos algo par5a comer e para beber. Connor e Travis faziam várias piadas, e em algumas delas até mesmo Thalia deu um sorrisinho.



Conversa vai, conversa vem...



– Então, qual música da nossa banda vocês gostam mais? – pergunta Charles.



– Eu A-M-O talking to the moon*, ela é sensacional! – exclama Silena.



– Música pop não faz meu estilo. – diz Thalia sem rodeios, e Silena a olha horrorizada.



– Estilo rockeira, hein? Interessante. – diz Travis com um sorriso esquisito.



– E você, loirinha linda? – me pergunta Charles.



– Eu hã... Não sou muito ligada em música.



– Mas temos que concertar isso! Que tal você ir ao nosso show? É semana que vem! – exclama Charles.



– Eu sou muito ocupada... Tenho o trabalho do conselho e...



– Linda assim e ainda é aplicada, trabalhando no conselho da escola? Mas que adorável! – diz Charles.



Começo a ficar desconfortável com a atenção. Eu já havia percebido que Silena tinha uma queda por ele – aliás, abismo –, e ele continuava a puxar assunto somente comigo, deixando ela completamente de lado.



– Eu... Vou ao banheiro. – digo.



Saio rapidamente da mesa e vou até o banheiro. Encho minha mão de água e jogo ela toda no meu rosto, tentando me acalmar para ajudar a raciocinar um pouco. O que aquele Charles queria comigo? Não consigo formular uma resposta. Frustada, saio do banheiro e vejo que ele estava na porta do mesmo, a minha espera.



– Mas por que você saiu do nada da mesa? Fiquei com saudades... – diz ele brincalhão.



Franzo o cenho. – Você não deveria estar fazendo isso... – digo. – Silena...



– Silena? Mas ela já está lá na mesa. Já fiz o sonho da pobrezinha, pode conhecer a ilustríssima banda. Ela não vai morrer por isso. – e depois de falar, ele me prensa na parede para me beijar.



Tento escapar, mas não consigo. Ele havia me colocado em um lugar estrategicamente anti-fugas para isso.



Mas quando seus lábios já quase colavam nos meus, vejo que ele se afasta abruptamente.



– Mas o que você pensa que está fazendo, seu otário? – exclama Thalia furiosa. – Vamos Annabeth voltar para a mesa. – diz ela com firmeza e eu vou junto.



Mal sentamos e ele volta também, bastante carrancudo.



– Então Annabeth... Você é presidente do conselho, tem notas boas... Não havia nem ao menos escutado nossa música... O que você faz? Você realmente não deve ter muita vida social, não é mesmo ele me pergunta perceptivelmente desinteressado.



Eu apenas o olho estressada.



– Você realmente não deve ter muita vida social, não é mesmo? – ele indaga com um sorriso malicioso.



Já estava farta desse menino. Ia manda-lo ao tártaro, até que Silena bate a mão na mesa com força, com um olhar assustadoramente nervoso.



– Já chega! Você quer me ignorar, ótimo, que me ignore! Mas não vou deixar que faça a minha amiga de idiota! Qual aliás foi o motivo de ter nos chamado para sair, se ia fazer essa estupidez? – diz Silena num tom consideravelmente alto.



Algumas pessoas da outra mesa nos olhavam, assustadas.



– Isso se chama fã service, queridinha. – diz Charles. – Chamamos menininhas infantis, idiotas e arrogantes apenas para ganhar mais fãs.



– Basta Charles. – diz Connor.



Silena olha para baixo. Seus olhos brilhavam muito, parecia que estava a beira de chorar. Então, não consegui me segurar.



Levantei-me da cadeira, e puxei o tal Charles pela blusa.



– Olha aqui, parou com a palhaçada! Nunca mais fale assim com ela! Ela sempre gostou de suas músicas, e te admirava muito. Agora você faz isso?! NUNCA mais chegue perto dela! – grito para ele, e depois saio da mesa. – Vamos meninas.



E dirigimos até a saída.



– Da próxima vez, vê se arranja um homem melhor para se apaixonar, Silena. – diz Thalia.



– Anna! A Thalia está sendo mal comigo! – exclama Silena com um bico.



Eu vou até ela, e apesar do bico de brincadeira, sei que ela está profundamente magoada. A abraço firmemente, e depois passo a mão na cabeça dela, alisando.



– Não se preocupe Silena. Você ainda vai achar um homem perfeito para você. Lindo, gentil e que te trate com uma princesa, porque você merece ser mais do que feliz. – digo mais sincera que nunca.



Ela me olha sorrindo.



– Tá vendo? É um homem assim que você precisa. – diz Thalia.



– Espero que eu o encontre logo! – exclama Silena.



– Eu também. – digo, me lembrando de um lindo par de olhos verdes como o mar...