The Pain Of a Passion.

Capítulo 8: Lugar novo, vida nova!


Já havia se passado uma semana desde que tudo acontecera. Eu não conseguia sair de casa, sentia vergonha apenas de me olhar no espelho. A minha vida tinha dado uma guinada. A guinada que eu não desejo à ninguém, nem mesmo ao meu pior inimigo. Um caos se tornara a minha vida. Às vezes que tentei sair de casa fui avacalhada com piadinhas, recebia mensagens e bilhetes do tipo “Leah, quanto você cobra pra dormir comigo?”. “Leah, vamos marcar de nos pegar?”. “Vadia”... Coisas do tipo que a cada dia que passava me deixava mais mal. Eu não conseguia falar com ninguém, nem mesmo com meus poucos amigos. As únicas pessoas que eu ainda falava era com mamãe e Seth, que por sinal me deu muita força nesse meio tempo. Ele se demonstrou ser um irmão que eu não esperei que ele seria um dia. Até brigar com Jacob ele havia brigado por minha causa.

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Com todo o ocorrido na escola, os diretores resolveram dispensar os alunos de suas aulas por dois dias, até os ânimos que exaltados estavam, se acalmarem. Jacob e seus amigos foram advertidos e suspensos por uma semana, sem direito à atividades extracurriculares e a cumprimento de ordens da diretoria em ajudar a instituição de caridade da escola a distribuir sopa aos necessitados. Todos ficaram revoltados com as ordens que tiveram que cumprir, ou seriam expulsos da escola e seria ainda pior para eles.

Jacob sentia algo estranho, porém ele não sabia identificar o que era. Ele até tentou falar com Leah nesse meio tempo, porém foi impedido com um murro certeiro que Seth lhe dera na cara, onde um machucado se formou. Jacob entendia de certa forma o que Seth sentia, ele não chegou a se arrepender do que havia feito com Leah, porém não se sentia orgulhoso do que havia feito. Ele estava indeciso. Estava em cima do muro. Porém, sempre que alguém tocava nesse assuntou, ou até mesmo fazia alguma piadinha ele se revoltava e tinha vontade de partir para cima dessa pessoa. Porém, ele não sabia o que era, e não queria saber, pelo menos não por enquanto.

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1 mês depois...

Pov Leah

O sol irradiava lindamente, os raios solares invadiam meu quarto inebriando-me de uma maneira gostosa, eu realmente sentia que havia feito à escolha certa.

–Leah, você tem certeza que você quer mesmo ir?- mamãe perguntava agoniada.

–Sim, mamãe. Eu não aguento mais ficar nesse lugar, tudo aqui me faz mal- respondi com lágrimas nos olhos.

–Mas, e a escola minha filha?- ela já chorava.

–Mamãe, já está tudo certo- respondi com pesar.

Eu havia tomado a decisão de me mudar, me mudar de Forks. Iria morar com as irmãs de Jacob, Rebecca e Rachel na França, nunca havíamos perdido contato, sempre estávamos nos falando e com isso elas me ajudaram a tomar essa decisão. Lá eu recomeçaria, viveria de novo, e quem sabe até me sentiria mulher novamente. A passagem já estava comprada, tudo estava resolvido. Eu me instalaria no apartamento das irmãs Black, elas já haviam arrumado uma escola para eu terminar o colegial. Estava tudo certo. Eu estava sentindo um alivio de estar saindo daquela cidade, que por tanto tempo me sufocou e ao mesmo tempo estava deixando para trás uma história, estava deixando meu passado.

Sentiria falta da minha família, da minha vida pacata e dos poucos amigos que aqui fiz, mas eu precisava me recompor aqui nesse lugar, eu não seria Leah, seria a Leah que foi para a cama com o cara mais galinha e cafajeste de toda Forks. Na França não, lá eu poderia ser Leah Clearwater, uma mulher regenerada e mudada, pois lá eu mudaria, mudaria por completo. Afinal aqui eu tive que amadurecer aprender que a vida não é fácil, e que existem homens que não honram o título que levam.

–Leah, você realmente quer ir? Tem certeza dessa sua decisão?-Seth mantinha um sorriso lisonjeiro no rosto, porém seu olhar era triste.

–Seth, esse lugar já não é como antes, ele me sufoca de uma tal maneira indescritível.

–Leah, eu sentirei sua falta- ele me puxou para um canto mais afastado do quarto- Eu quero novamente te pedir perdão, fui infantil e imbecil por ter se deixado levar por Jacob. Eu jamais deveria ter deixado de falar contigo, só agora eu entendi o que você sentiu quando tudo aconteceu. Você só queria me proteger- eu já chorava- E... E eu tive a chance de te proteger e não o fiz. Sinto-me imensamente culpado por sua partida, por tudo o que aconteceu..., por toda humilhação que você passou nesse ultimo mês- ele me abraçou fortemente.

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–Seth, pelo simples fato de você ter reconhecido o que eu fiz por você já me deixa imensamente feliz. Não se culpe, você não foi o culpado, eu já lhe disse isso, e não, eu não vou te perdoar- ele arregalou os olhos- Mesmo porque, nada há para ser perdoado. Eu te amo e sempre amarei- ele sorriu e me abraçou novamente.

–Tudo certo aí meninos?- mamãe sorriu- É tão bom ver vocês dois unidos novamente- ela olhou-nos com ternura.

–Vem cá, mãe- Seth chamou e um abraço coletivo aconteceu. Se eu estivesse de fora da roda, teria uma visão extremamente perfeita, uma família junta novamente.

As malas já estavam no carro, já estava tudo encaminhado. O voo sairia as 13:00 horas, e já era 11:40. O aeroporto era um pouco longe, porém o carro veloz de Seth ajudaria bastante. Apenas, Seth, mamãe e Nauanny sabiam da minha partida, pedi sigilo absoluto à todos. Não queria que nada e nem ninguém atrapalhasse a minha partida, a minha nova vida. O meu recomeço.

Seth gastou de La Push até Seattle exatamente 35 minutos. Ainda faltava quase 40 minutos para meu voo. Daqui poucas coisas eu levava. Não queria más lembranças, levava apenas o básico. Itens pessoais e algumas poucas peças de roupas. Todo o dinheiro que eu havia juntado a vida toda, minhas economias eu estava levando para lá usufruir em coisas novas. Chegando lá eu já teria onde morar e onde trabalhar e estudar. Eu estava emocionalmente abalada, pelo simples fato de estar abandonando mamãe, porém era necessário. Eu precisava mudar, mostrar pra todos que um dia me humilharam que eu poderia ser uma pessoa descente, e eu mostrarei isso à todos. Pode tardar, mas em breve eu voltarei nesse lugar, para mostrar quem realmente é a Leah Clearwater que tem dentro de mim.

–Voo 3564 para Paris, embarque portão sete, saí às treze horas, por favor se dirijam ao seus portões de embarque. Obrigada. - uma voz soou pelo alto-falante, era o meu voo. Nesse momento meu coração começou a acelerar.

–Meu voo gente- um sorriso triste se formou nos meus lábios.

–Ai meu Deus, minha filinha está indo- mamãe chorava compulsivamente.

–Calma mãe, em breve a senhora irá me visitar- abracei-a- E você também senhor Clearwater- Seth sorriu. Aquela fileira de dentes brancos que eu achava lindo.

–Mas é claro que eu vou maninha!- abraçou-nos.

–Minha filha, se cuida lá tá? Manda um beijo para as meninas e para a Ella- ela soluçava ao falar.

–Claro que eu mando mamãe, e pode deixar me cuidarei sim, e quero que a senhora se cuide também viu?- ficamos um bom tempo abraçadas.

–Mana- chamou-me.

–Se cuida moleque- rimos e nos abraçamos.

–Eu te amo sua chata- eu dei um beijo molhado em sua face.

–Isso aqui- mostrou-me um envelope- Eu quero que você só abra quando estiver no avião, ou em Paris ok?- ele mantinha um sorriso de canto.

–Pode deixar seu mandão. Eu amo vocês- abracei-lhes novamente- Se cuidem, e Seth cuida da mamãe- pisquei-lhe e me virei para partir.

–Ei!- a voz do Seth- Nos ligue quando chegar lá ok?- eu assenti e saí antes que eu desistisse de tudo.

Fui para o portão. Fiz tudo o que era necessário lá e segui para o avião, ele decolaria em menos de 10 minutos. Meu coração pulsava constantemente. Coloquei os fones de ouvido e o cinto e fechei os olhos... Não demorou muito até o avião decolar... A viagem seria longa, lembrei-me do envelope que Seth havia me dado. Dentro tinha uma carta e uma quantia de dinheiro.

Lee, minha querida. Esse dinheiro aqui é para poder te ajudar a reconstruir sua vida. Eu te amo não se esqueça disso. Mamãe também te ama, e sentiremos sua falta, mas uma vez me perdoe... Eu só desejo sua felicidade de agora em diante. Que tudo dê certo para ti aí na França, que todos os seus sonhos se realizem, que todas as batalhas possam ser vencidas e a vitória alcançada com êxito Acreditamos em seu potencial! Você é, e sempre será uma grande mulher. Toda, mas toda a sorte do mundo seja lhe dada! Que Deus te abençoe e te acompanhe nessa nova fase da sua vida. Ele vai te ajudar a superar tudo isso. Não fique metida e nos esqueça mocinha! Estaremos sempre aqui de braços abertos, para te receber de volta, se você não gostar daí pode voltar viu? Te amamos imensamente.
Seth e Sue Clearwater.”

Eu lia com lágrimas nos olhos. Seth, meu pequenino havia crescido e se tornado um homem de verdade.

–Eu também amo vocês- sussurrei como se eles pudessem me ouvir. Coloquei a carta no peito e fechei os olhos. Ali eu deixava tudo para trás... Estava indo rumo à uma nova vida!