P.O.V Aria

Depois de me vestir pego minha mochila e saio do quarto, vou até a cozinha onde já há um café da manhã preparado,penso em comer alguma coisa, mas desisto logo em seguida ao perceber que realmente não estou com fome

Vou até a sala e do nada Katherine surge, okay ainda não consegui me acostumar com isso e continuo levando sustos pra caralho, mas eu prometi a ela continuar morando aqui

Começo a procurar a chave do carro, mas não a encontro, o único lugar que ela pode estar é no próprio carro eu esqueço muitas vezes ela lá

Saio da casa e vejo que Gabriel está encostado no carro com a chave em mãos

–O que faz aqui? tenho certeza que durante essas semanas eu disse vá embora de todas as maneiras possíveis -digo

–E me dá minha chave

–Não, se quiser ir pra escola terá que aceitar uma carona -ele diz

Reviro os olhos

–Okay,anda logo se não eu vou chegar atrasada -digo

Ele anda calmamente até mim e nos encaminhamos até onde está seu carro, entramos, ele liga e começamos a nos afastar da murder house

Coloco meus fones de ouvido e começo a ouvir Dark Paradise da Lana del Rey, encosto minha cabeça na janela e de maneira inconsciente fecho os olhos

A única coisa que me vem a mente é Tate e tudo que descobri sobre ele, foi tudo tão de repente,veio tudo de uma vez, e o pior é que nem sei se estou com raiva dele, se estou decepcionada, ou se estou apenas com o chamado “orgulho ferido” por ele ter preferido Violet a mim

Gabriel me surpreende ao tirar um dos lados do meu fone

–Quem é ele? -sua pergunta me surpreende ainda mais

–O quê? Do quê você está falando? -pergunto

E ao levantar minha cabeça noto que esse não é o caminho da escola, para onde esse louco está me levando?!

–Para esse carro agora! -ordeno

–Calma Aria, eu juro nós vamos apenas conversar -ele diz sem desviar os olhos do caminho

–Eu não confio em você! como vou saber que não pretende me levar pra um lugar vazio e me matar?-questiono

–PORQUE EU MUDEI PORRA , ou pelo menos estou tentando-ele diz e eu me calo

A partir daí não falo mais nada deixo que ele continue dirigindo e coloco meu fone de volta e volto a encostar minha cabeça na janela e fecho os olhos

...

Acordo com a voz de Gabriel me chamando

Ainda estamos no carro, mas agora ele está parado e aparentemente não estamos mais em Los Angeles

–Milk Shake de morango, cheeseburger e batatas fritas eu me lembro que você gosta -ele me entrega

–Onde estamos? -pergunto

–Não precisa se preocupar, isso aqui ainda é Los Angeles só é um pouco mais afastado -ele diz

–O que quer falar? -pergunto

–Primeiro coma -ele diz autoritário

Relutante como e em seguida espero ele falar

–Realmente uma criança,não consegue nem se quer comer sem se melar -ele diz rindo

Me limpo com o guardanapo e o encaro com uma expressão séria

–Então vamos lá, não vou dizer que não quis fazer aquilo com Mary, porque naquele momento eu quis, mas quando eu fui no velório dela e vi você daquele jeito" mas jeu passei a me perguntar “que merda eu fiz?” mas já era tarde e sinceramente eu não tenho uma razão convincente pra ter feito aquilo eu só não aceitava que ela havia terminado comigo e eu nunca soube aceitar a rejeição muito bem e principalmente por não saber o porquê dela ter terminado ela me amava eu sei e também sei que isso não vai ser um motivo bom pra você e nem pra mim é faz um tempo, mas a única coisa que quero é pedir desculpas -ele diz

Ficamos em silêncio por um bom tempo, não é como se eu pudesse dizer “tudo bem, não foi nada, eu te perdoo” não dá

–Pode me levar de volta por favor, eu já te ouvi -peço

Ele não fala nada apenas liga o carro e saimos daquele lugar

E cada vez as coisas vão ficando piores, toda vez que vejo Gabriel me vem automaticamente a mente Mary e o que ele fez, sei que ele está tentando mas não é algo fácil

Um silêncio constrangedor se instaura no carro, eu não sinto vontade de dizer nada e duvido que ele tenha coragem de falar qualquer coisa

De repente ele para o carro, eu provavelmente teria sido lançada para frente se não fosse o cinto

–Mas que p...-sou interrompida por ele

–Preciso qe diga alguma coisa, qualquer uma,boa ou ruim não importa só preciso saber que as coisas que eu disse te afetaram de alguma forma

O encaro por alguns instantes e por mais que eu procure não consigo encontrar o Gabriel de dois anos atrás

–Se espera um te perdôo,não posso fazer nada, mas consigo ver que mudou, o Gabriel que eu conheci nunca deixaria a barba por fazer-rio e ele também-assim como eu mudei, não sou mais uma criança, mas os pesadelos continuam e eles só existem por sua causa -desabafo

–Que pesadelos?

–Diversas situações diferentes, mas em todas Mary aparece e as vezes você também

–Aria eu...-não deixo que ele termine

–Pode só me deixar na mi...murder house -peço