Special POV

Stella

Ok. Respira, inspira. Assim como a Drª Rose ensinou quando criança. Talvez não fosse possível com uma abertura do tamanho de uma luva de beisebol em minhas costelas. Ainda tremulante, encostei cuidadosamente uma de minhas mãos na ferida e, na mesma hora, desejei não ter feito aquilo. Uma onda de dor tomou conta do meu corpo e eu soltei um som parecido com um grito e um choro misturados.

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–- Derek... – Murmurei, mesmo sabendo que era inútil, já que o mesmo encontrava-se por aí tentando encontrar aquela sirena dos infernos. Argh. Maldita hora em que tentei socializar com esse pack e convidei todos para o novo bar com karaokê. Podia ouvir a voz de Lydia na minha cabeça com um lindo e preparado “Eu te disse”, mas tentei não pensar nesse assunto agora. – De-Derek...

Assustei-me quando senti um par de mãos em meu corpo, mas relaxei assim que olhei nos reconfortantes olhos verdes.

–- Derek.

–- Stiles...

Tentei esticar minha mão para tocar sua face, e a dor voltou com tudo. Grunhi e ele desesperou-se, pegando-me em seus braços e levantando-me.

–- Eu vou te levar para o hospital, ok? Você vai ficar bem... Você vai...

–- Ei? Sourwolf? – Sussurrei e seus olhos focaram em mim. – É Stella, não Stiles. – Sorri e ele revirou os olhos, turbulentos demais, e virou-se para me levar ao encontro da ajuda.

*

Por onde começar?

Tá bom.

Hm...

Vamos ver.

Que tal do começo? É, essa é uma boa ideia.

Vamos começar do dia em que levantei da minha cama com meu pai me chamando, como de costume. Quase tropecei na porta, como sempre. Entrei no banheiro, ainda de olhos fechados, e tirei minha roupa. Como sempre. E aí eu me vejo no espelho e eu, definitivamente, não estou como sempre.

Pulando algumas partes como uns gritos, um banho para lá de esquisito e um melhor amigo aterrorizado com o que aconteceu, vamos ao que realmente interessa.

Eu não era mais uma mulher. Eu era um homem. Stiles Stilinski. Eu tinha 18 anos e estava tentando terminar o ensino médio.

Até aí, normal. Só que não.

Porque, na minha “dimensão” (nossa, como eu odeio o Deaton e esses termos estranhos dele), eu tinha um namorado. É, isso aí. Uma Stilinski com um namorado, que as trombetas sejam soadas. E ele não é, tipo, “um” namorado. Ele é “o” namorado.

Derek Hale. Alto, forte, com cara de mau, atitude de mau, aura de mau. Enfim, tudo nele é mau. É como se tivessem tatuado (tá, como se fossem conseguir... lobisomem!) na testa dele MAU MAU MAU SUPER MAU. Esse cara era o meu namorado. Na verdade, o meu mate, o que significa “companheiro para a vida toda” caso existam leigos. E quando eu chego aqui o que eu encontro?

Um Derek Hale que provavelmente me odeia e adora me jogar contra paredes por diversão. Diversão para ele, não para mim, a pobre e indefesa humana. E isso me entristece. Muito. Porque, de uma hora para outra, eu tinha ele e agora não tenho mais. É como se uma parte de mim faltasse e ficasse pulsando, como uma ferida. Como eu sentia saudades do meu Derek...

Foi por isso que eu fui atrás da única pessoa sensata o suficiente para me ajudar.

–- Stiles, essa é uma péssima ideia. – Allison falou assim que me ouviu falar tudo o que eu pensava. Estávamos nós duas no quarto dela. O pai dela saiu para fazer alguma coisa e, por incrível que pareça, Lydia não estava lá. Devia estar aproveitando a tarde de clima agradável se agarrando com Jackson. Eca, eu não quero essa imagem na minha mente. Deletar imediatamente, cérebro.

–- É Stella, não Stiles. Ok? E é claro que não vai dar certo. Já viu algum plano meu dar certo? – Ela arqueou a sobrancelha e eu assenti, mostrando que a compreendia. – Mas isso é diferente. Allison, ele é meu mate. A pessoa que me completa. O bacon dos meus ovos, a pasta de amendoim da minha geleia, o Kenan do meu Kel...

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–- Ok, eu entendi! – Ela revirou os olhos e sorriu. – Céus, não acredito que realmente eu vou te ajudar nisso...

Soltei um gritinho (o que não soou nada legal com a minha voz rouca de homem) e a abracei, despejando logo tudo o que sabia e precisava para que sua colaboração desse certo.

O plano “Conquistar o Sourwolf aka Derek Hale” estava começando.

*

Eu deveria ter ouvido Allison.

Aquele fora um plano ruim.

Um plano muito ruim.

Um plano péssimo.

Um plano horroroso.

Um plano medíocre.

Um plano...

–- Stiles. – Derek me chamou e eu demorei a responder, apenas virando minha cabeça quando percebi que era comigo.

–- O que foi?

Estávamos os dois sentados nos degraus da frente do que um dia fora a mansão Hale. A lua estava alta no céu e, em algum lugar da reserva, uma coruja estava inquieta. Havia um resto do que um dia havia sido uma fogueira e algumas partes que não foram corroídas pelo fogo do cervo que Derek havia matado, bem na nossa frente, e pra completar, minha blusa estava chamuscada e molhada, graças ao pequeno incêndio que havia provocado. Uma garrafa de vinho barato estava no nosso meio e ficávamos revezando entre goladas.

–- Eu queria agradecer.

–- Pelo o quê?

–- Hoje fazem exatos 10 anos do incêndio.

–- Derek... Eu... Eu sinto muito, eu não...

–- Não sinta. Se não tivesse aqui, eu estaria provavelmente dentro de casa me lembrando dos risos e dos gritos que me assombram até hoje.

–- Ei. – Puxo sua mão para perto da minha e entrelaço nossos dedos. – Pode contar comigo sempre, ok?

Ele apenas baixa o olhar e sei que está bem. Pelo menos, por enquanto.

*

Minha relação com Derek não começou do jeito convencional.

Céus, não existia o convencional em Beacon Hills, imaginem em relacionamentos com alguns poucos meses.

Havia o toque entre mãos. Os dedos que sempre encostavam um no outro. O arrepio ao sentir a pele do outro tão perto. Logo depois vieram os beijos. Curtos, longos, molhados, selinhos, com gosto, sem gosto. E aí... O sexo aconteceu.

“Sem interromper o beijo, ele deitou-me na cama, posicionando-se por cima. Nossos corpos ficaram bem encaixados, meu peito colado no dele, nossos pés se tocando debaixo das cobertas, nossos membros em contato, separados pelas camadas de jeans.

A língua dele era delicada, e tocava minha boca com cuidado. Eu tentava ser delicada com ele também, mas eu tinha tanto desejo, tanta vontade, tudo o que eu queria era que ele me possuísse, então eu parecia muito mais rude e sedenta.

Coloquei as mãos na sua barriga, por baixo da blusa. Derek era bem mais robusto que eu, além de ter um corpo lindo, sobretudo para quem não malhava. Subi os dedos levemente, até o seu tórax. Com a ponta dos dedos, encontrei seus mamilos, e interrompi o beijo porque já estava sem ar.

Ele colocou os lábios em meu pescoço, e ao mesmo tempo ficou massageando meus mamilos com a ponta dos dedos, por cima da camisa. Eu já estava começando a ficar excitada. Dei um beijo casto em seu pescoço, e em seguida ele me lambeu completamente, da ponta da orelha até a clavícula. Repeti o carinho, dessa vez dando pequenos chupões enquanto lambia.

Ele aproveitou a chance e tirou minha camisa, deixando meu peito alvo exposto. Ainda beijando meu pescoço, ele desceu até chegar ao mamilo, deu uma “lambidinha” bem leve na ponta e eu estremeci. Derek estava suado e ofegante, e eu sentia que ele estava se controlando ao máximo para não gozar ali mesmo. Beijei toda a barriga dele, parando no cós do short.

–- Posso? – Perguntei carinhosa, lançando um olhar de filhotinho para ele. Ele deu um meio-sorriso e assentiu. Puxei seu short de uma só vez, deixando-o apenas com uma boxer preta.

Passei a mão por suas coxas lascivamente, sentindo o toque de sua pele bronzeada e macia. Em seguida ele segurou meu pescoço, e puxou minha orelha para próximo da sua boca. Ele deu uma mordida delicada no lóbulo, me fazendo arrepiar. Depois puxou meu rosto de frente ao dele e me beijou, um beijo amoroso, carinhoso, que me deixou feliz.

Derek me abraçou, colocando as mãos nas minhas costas, e ficando na horizontal comigo de novo. Enquanto nos beijávamos, eu o arranhava de leve, provocando um êxtase em sua pele. Suas mãos foram descendo perigosamente, e ele apertou minha bunda por cima da bermuda. Suas enormes mãos percorreram toda a minha bunda, indo mais para o interior e depois o exterior, terminando nos quadris. Wow, isso foi legal.

Então ele voltou para o cós da bermuda, e a tirou devagar. Quando eu estava só de cueca também, coloquei as pernas em volta dos quadris dele, encoxando-o. Nossos membros estavam praticamente em contato, e eu sentia sua extensão pulsando debaixo de mim. Ele colocou a sua mão em meu membro por cima da cueca e acabei gemendo no seu ouvido, me fazendo arrepiar.

Puxei sua cueca devagar, revelando uma linda surpresa.

Não consegui ver seu pau por cinco segundos sem bater um boquete. Sério, foi puramente instintivo. Eu nem percebi, quando vi já estava com seu membro na boca. Comecei a chupá-lo rápido mesmo. Eu chupava tudo, seu membro encostava ao fundo da minha garganta. Eu chupava rápido, cada vez mais rápido, enquanto acariciava os testículos dele. Quanto mais eu chupava, mais vontade eu tinha de chupar, e mais o membro dele crescia. Ele estava gemendo alto e eu adorava saber que era por minha causa que ele estava fazendo barulhos tão nos. Eu queria que gozássemos juntos, então parei com o oral, e beijei-o, fazendo-o provar de seu próprio gosto. Enquanto nos beijávamos ele apalpou minha bunda de novo, indo com a mão até o ânus, por cima da cueca, então ele penetrou um dedo, e é claro que doeu mas foi pouco. Depois ele penetrou o segundo, e doeu, mas não muito como na outra vez. Ele esperou um segundo, e depois começou a fazer movimentos circulares com os dedos, lá dentro. Aquilo doía um pouco, mas era bastante prazeroso.

Quando acabou de me deixar louco com as preliminares, ele me pôs de quatro na cama, meu ânus voltado para si. Eu queria muito ser fodida por ele ali agora e sabia que tinha que agir ou nunca conseguiria nada dessa demora toda.

–- Tem lubrificante aí? – Perguntei, já meio emburrada com a quebra de lógica.

Derek assentiu e despejou o lubrificante em minha mão e despejando em seu pai, em seguida. Eu massageava o órgão todinho, lubrificando-o bem. Em seguida fiquei de quatro de novo, e ele despejou bastante lubrificante na minha região anal. Depois disso, acabou penetrando com tudo, fazendo-me gritar. Tive até que colocar o travesseiro na boca, para abafar os gritos e não chamar a atenção de pessoas (como o tio psicopata de Derek, Peter).

Ele percebeu que eu devia estar sentindo muita dor, e começou a penetrar mais lentamente, só a cabecinha. A cada estocada ele colocava mais um centímetro do pênis no meu ânus, e por fim conseguiu penetrar-me por inteiro. Eu ainda sentia dor, mas parecia um pouco mais relaxada agora. Eu estava sublime, quase tendo um orgasmo.

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A cada estocada, eu rebolava. Era uma dança rítmica, movimentos sincronizados, eu contraia e Derek se expandia. A cada entrada a penetração ficava melhor, mais sincronizada e excitante. Meu órgão já estava na ereção máxima e eu estava praticamente gozando.

Por fim senti o orgasmo chegando, meus pelos se eriçaram, fiquei completamente arrepiada, quente, suada e ofegante. Em uma explosão máxima de prazer, com todas as células do meu corpo implorando por DerekDerekDerek, eu ejaculei, meu líquido jorrando no lençol velho do lobisomem. Em cima de mim, o corpo de Derek entrou em uma contração máxima e em seguida se relaxou, seu gozo alojando-se em meu ânus. Meu corpo estava mole, eu estava em puro êxtase, eu nunca havia me sentido daquele jeito. Tudo á minha volta era maravilhoso, esplêndido, e eu não tinha consciência de nada. Fiquei assim durante alguns minutos, até que por fim voltei á mim. Ele estava ao meu lado, suado, ofegante. Foi naquele momento que eu percebi que ele me amava, mas amava de verdade, profundamente. Eu queria viver com ele para sempre, construir um futuro com ele, morrer ao lado dele. Ele me abraçou e eu sorri, me aconchegando mais no corpo quente e confortável do lobisomem.”

*

E aqui estamos de volta, lá do começo.

Havia uma sirena (uma espécie de bruxa só que do mar, a origem dos mitos de sereias ao redor do mundo) louca e psicótica atrás de Derek, querendo proclamá-lo seu parceiro e é claro que eu tinha que entrar no meio e me ferrar. Literalmente falando.

Vejo de relance o velocímetro do Jeep e solto um grunhido.

–- Stiles, está com dor?

–- Cara, eu não quero estar morta por causa de um acidente! Desacelere!

–- Mas, Stiles...

–- Desacelera, Derek!

Com um bico (muito fofo, na verdade) e um rosnado, Derek fez exatamente o que pedi e acabei adormecendo no caminho do hospital. Só acordei quando uma enfermeira veio trocar o medicamento injetável e o movimento de abrir a porta acordou Derek.

–- Stiles.

–- Oi, Sourwolf.

Quase não tive tempo para piscar e ele voou na minha direção, puxando-me para seus braços e enterrando seu nariz no meu pescoço.

–- Senti sua falta.

–- Também senti a sua. Por quanto tempo fiquei “por fora”? – Falei e rezei para ele levar em consideração as aspas.

–- Uns 4 á 5 dias. Sua cirurgia foi muito delicada, mas você terá alta logo. – Senti os dentes de Derek roçarem o lóbulo da minha orelha e perdi o foco a partir daí.

–- Não faz isso ou eu não me controlo.

Ele apenas arqueia uma sobrancelha e me beija. Foi algo bem delicado e que me pegou totalmente desprevenida. Fiquei com os olhos fechados por um tempinho e ele soltou uma risada (senhor, ele sabe rir!), passando uma mão em meu rosto.

–- Você é o meu mate.

–- Sim, eu sou.

–- Obrigado por não desistir de mim.

–- Eu nunca faria isso.

Houve uma breve pausa e ele riu antes de abrir a boca para falar.

–- E-Eu... Eu te amo, Stella.

–- Oh-Oh. – Soltei um estalo da boca e ele riu. – Você cometeu um grande erro, senhor. É Stiles, não Stella. – Ele apenas balançou a cabeça e me deu mais um beijo na bochecha, aconchegando-se debaixo das cobertas para ficar comigo.