Capítulo 9 - Gélido

Oito de Novembro de 1997, 02h36min

POV. Lara Croft··.

Acordei de um cochilo, a TV que havia na sala estava com problema de sinal, notei que Júlia já tinha ido dormi, ainda estava chovendo, a janela a três metros a esquerda do sofá, iluminava todo o local, o apartamento era simples; logo na entrada tinha o sofá, uma mesa central e a TV. Depois do sofá havia uma pequena mesa com três cadeiras, e sua a sua frente uma cozinha pequena, ou americana se preferir chamar, o quarto de Júlia é na frente da cozinha e o banheiro ao lado do quarto, também havia algumas prateleiras na parede com alguns retratos, um ou dois vasos de planta e livros, em si o apartamento era pequeno, mas não vi problemas, até achava legal a maneira simples que ali vivia.

Esqueci-me completamente do envelope que Abigail havia me dado no dia anterior, para falar a verdade não saímos depois que entramos para almoçar Júlia havia me contado sobre como sobreviveu e depois ficamos conversando normalmente, além de assistir uma serie na BBC, mesmo que seja reprise.

Estava observando a paisagem lá fora, mesmo que houvesse alguns telhados que empatavam a minha visão do exterior, mas, deu para ver algumas estrelas, pela época estava vendo algumas constelações se pondo, virgem era uma delas. Ao respirar sentir um ar puro, um ar sem poluição, como Dark Sky tem uma floresta enorme e montanhas em toda parte era uma ótima oportunidade para ficar bem ‘Zen’ no local, quando notei um grupo de jovens levando um menino a força para uma emboscada, é claro que não posso deixar esse tipo de coisa acontecer, pulei da varanda do quarto quinto andar até os telhados o quais que empatavam minha visão, pulei até a estrada e fui observando o grupinho de jovens.

— Você vai me dar àquela grana? — perguntou.

— Mas eu não tenho… — falou com uma voz meio rouca, como se estiver com medo.

Observando de longe, notava um trio, e um garotinho de onze anos, creio que pelo o tamanho eles tinha entre 16 a 17 anos, um era moreno meio alto e com cabelo raspado, o que estava observando a intimidação do amigo era branco e tinha os cabeços meio voados e aparentemente usando algum gel para deixa lós para cima, o que estava intimidando o garoto era loiro e branco, ele era maior que todos os outros ali.

— Você me deve!

— Eu não te devo nada você que roubou de min.

— Está me chamando de ladrão, escute aqui… — foi interrompido.

— Tire as mãos dele — falei saindo dos arbustos.

Eles pareciam meio surpresos, não era normal de ver uma mulher de cabelos castanhos meio avermelhados, com óculos vermelhos, e com uma jaqueta de couro e uma calça jeans em plena madrugada.

— Vá tricotar em outro lugar velhota.

— Velhota? — Notei um tipo de mensagem, que ele mandou para os outros dois amigos deles. Eles vinham me atacar, ia me preparar para a luta quando a viatura policial apareceu por lá.

— Mãos ao alto. — falou em um tom de comedia, um homem, que possivelmente era policial de cargo noturno apareceu por lá, os dois garotos correram fugiram quando dois outros policiais foram atrás. — Por que sempre você?

— Oi papai. — masoq?

— Entre no carro agora, desculpe Tom. Levarei para sua mãe ela está bastante preocupada — o policial veio em minha direção — Desculpe meu filho está bem rebelde e não sei o que fazer diante de tudo isso.

— É a fase, bem eu vou voltar.

— Você é bem corajosa para salva um garotinho de um bando de delinquentes — sorriu.

— Eu sei me cuidar. — cheguei de volta para o apartamento e me joguei no sofá, quando reparei Júlia tomando água com cookies.

— Por que você não me chamou eu poderia ter dado uma surra neles, sempre fazia isso, mas esse James sempre me interrompe de dar uma ‘surrinha’ neles. — sorri com a reação dela, ela colocou as pernas em cima da mesa e elevou a vasilha de biscoitos mais a frente com um tipo de mensagem ‘Eai pega um cookie’.

— Não, obrigada, de qualquer forma irei voltar a dormi.

— Por que dormi agora se a melhor coisa de Dark Sky é à noite?

— Está louca? Deve ter algum bicho feio tentando pegar as pessoas por ai.

— Bicho feio até pode ter, mas assassinos loucos adoram sair à noite, você me entende?

— Eu gosto de você de verdade — ela saiu correndo para se trocar quando peguei minha mochila joguei a carta que nem tinha lido, minha pistola coloquei no compartimento que havia no cinto, saímos de lá por volta de três da madrugada.

Saímos do apartamento e já sentia o frio das ruas escuras e úmidas, além disso, o som de animais silvestres estava me chamando atenção, caminhamos até a praça que havia ao oeste dali, era a única da cidade, foi ali que aconteceu a maldição do céu, já que eles usam o mesmo para eventos sazonais, ela é bem extensa é bem útil para fazer um festival mesmo, além de espaçoso o rio que desagua no mar em frente a essa praça da uma vista bem bonita.

Caminhávamos nas estradas, apenas sentia aquele cheiro de chuva que me trazia uma nostalgia de alguns anos atrás quando estava em paris, posso parecer louco, mas senti falto daquilo, a Júlia corria pra lá e pra cá, ela é bem extrovertida e com um sorriso no rosto às vezes seria e discreta quando precisa, acho que foi bom ter uma amiga como ela em uma cidade dessa.

Quando algumas ruas passadas senti algo me observando, quando o vento vindo do leste da cidade parou e ficou meio abafado, notei que Júlia também paro e seu sorriso saiu do rosto como se sai de uma festa quando ela não está boa, diminuímos o passo, o cheiro de chuva que senti alguns minutos era uma previsão que a chuva estava próxima, próxima até demais, pingos comeram a cair, em estantes a chuva ficou forte, mas continuávamos andando, a sensação de perseguição estava alta quando poças formadas por conta da chuva fez um som de que alguém havia pisado, parei, movimentei minha mão até a arma e a tirei do bolso, e fiquei armada quando os perseguidores apareceram, e uma virada rápida Júlia já apontava para o homens os quais estava a dois metros de nós, não entendi de primeira, mas notei que dois entre quatro homens apontava para nossas cabeças em algum lugar em cima dos prédios.

— Lucy Jones…

— O que faz aqui? — Lucy parecia meio tensa sua face mostrava isso, no começo eu achei que eram aqueles meninos.

Por conta da chuva não dava para saber direito onde estava cada um, além da visão do local esta péssima, a chuva criou um tipo de névoa, nem sabia onde exatamente estava, mas, senti um frio na barriga e pelo meu corpo todo.

— Ora a seguir, pensa que eu me esqueci de você?

— O que você quer?

— Apenas acerta as contas — ele fez uma mensagem para alguns caras e eles saíram, Júlia tentou se movimenta e eu também, mas os homens apareceram e nos seguraram.

— A solte, não tem nada haver com isso.

— Ora — quando mais ele se aproximava, mais eu sentia o frio na barriga, não vi a cara dele com clareza por causa da névoa, e quando ele se aproximou, eu congelei. — Amigas de Júlia são também meus amigos… Olá senhorita Croft. — Will Scarlet estava na minha frente era isso?

— Boa Noite…