The Legend Of Cleopatra

O medo cresce


POV Dean:

Eu estava com meus pais no quarto do hospital de Bakt, eles me olhavam de outra forma desde que chegaram está manhã e me encontraram com Emily. Pensando nela, eu a procurei pela sala e não a achei. Mas também não me preocupei. Ela deveria ter ido pegar um café, era a pessoa movida a cafeína que eu conhecia. Eu estava ali, pensando em como eu tinha sorte, quando o celular do meu pai tocou.

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- Alô? – Ele pareceu assustado ao escutar, deu uma risada, e me entregou o telefone.

- Parece que é para você, conhece uma tal de Victória? – Ri pensando que Emily havia ligado para ela e contado tudo, ou quase, e agora eu teria que enfrentar um questionário via celular.

- Hey Vic, tudo bem...

- Não tenho tempo para isso Dean. Eu estava falando com Emily quando um cara pegou o telefone, disse que a ela não poderia falar comigo, nunca mais. Eu escutei ela pedir socorro, mas então caiu a ligação e eu estou maluca tentando falar contigo e... – Eu havia desligado o telefone.

- Lenny pegou Emily. – Pensei em tal frase e, se não parecesse tão terrível, ela seria engraçada por rimar. O quarto mergulhou em um silêncio de um minuto, até Bakt se levantar da cama e dizer:

- Eu não levei um tiro no braço para que ela morra, sinceramente, depois de tudo que ela passou como foi que ela conseguiu ser pega? – Ele disse indignado em quando colocava a roupa.

- Parece que Lenny a pegou no meio de uma ligação para Vic. – Eu disse.

- Filho, você está bem? – Eu via tudo meio embaçado, estava meio tonto, mas não ia passar mal agora, não mesmo.

- Tudo bem mãe, acredite. – Eu disse, forçando um sorriso.

- Mentira, você está pálido...

- Molly, deixe o rapaz. Ele está preocupado com Emily. – Meu pai lançou uma olhada significativa para minha mãe, me sentiria envergonhado se não estivesse tão preocupado.

- Temos que salva-la, agora. – Eu disse, me levantando. Bakt também estava pronto para levar outro tiro, coisa que eu disse e ele riu, mesmo não gostando da idéia.

- Eu sei que não foi nada comparado com o que podia ser, mas não quero agüentar essa dor novamente, se possível, nunca mais. – Eu e Bakt estávamos saindo do quarto e percebemos que ninguém vinha junto.

- Vocês não podem ficar ai parados, pai, – Bakt virou encarando Ankhu. – Nosso dever não é proteger a imperatriz?

- E o imperador. E nesse caso, Emily já deve estar morta, não podemos correr o risco de perder Dean e acabar em uma guerra onde não teremos como vencer.

- Vocês estão dizendo. – Eu havia recuperado a cor, e a fúria, só que antes direcionada a Lenny, agora era direcionada a Ankhu e meus pais. – Que minha vida vale mais que de Emily?

- De maneira alguma. – Disse meu pai. – Estamos dizendo que você não vai junto, e nem Bakt. Você precisa de um guarda e ele precisa ficar fora de tiroteios, nós vamos tentar salvar Emily e, se isso for possível...

- Se? – Eu disse encarando meu pai como se ele fosse um completo estranho. – Não me diga nenhum se! Eu não passei tanto tempo longe dela, não a vi sofrer porque achava que não era bom o bastante para ela para agora perde-la. Não tem nenhum se pai, vocês vão salva-la e eu vou ajudar!

- Você não vai Dean, somos seus pais, mandamos em você. – Disse minha mãe.

- Eu tenho uma alma milenar, posso me considerar mais velhos que todos vocês somados e multiplicados, não posso deixá-la morrer, não posso, compreendem? – Lágrimas surgiram em meu rosto, mas logo o que parecia embaçado pelo choro, pareceu embaçado porque meus olhos não ficavam abertos. Vi que atrás de mim Ankhu segurava Bakt e a mim, ele tinha uma seringa e dizia:

- Pelo próprio bem de vocês garotos, me perdoe imperador – Não me chame assim, eu quis gritar, mas não pude. – Me perdoe filho. – E com isso, apagamos.

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Acordamos na casa de Bakt. Era o sótão, tipo um quarto do pânico só que maior.

- Santo Rá, não tem como sair daqui! – Eu disse, chutando uma das paredes e sentindo a dor subir a partir do meu pé.

- Eu sei disso. – Disse Bakt, deitando-se em uma das camas.

- Temos que fugir! – Eu corri para a janela, pensei em pulá-la, mas vendo a altura, desisti. – Isso só pode ser brincadeira, depois de tudo que passamos, depois do tempo que passei longe dela eu terei que deixá-la ir, e não poderei fazer nada.

- Se ao menos você soubesse usar seus poderes. – Disse Bakt.

- E eu tenho?

- Almas imortais tendem a e fortalecer com o tempo. Digamos que você e Emily poderiam se candidatar ao cargo de Super Homem e a Mulher Maravilha facilmente.

- O que eu posso fazer?

- Pela lenda, habilidade e agilidades quase sob humanas...

- Leitura de mentes?

- É como Emily com o tio dela. E, se você tivesse treinado muito, teletransporte.

- Pera aí, se teletransportar? Sério mesmo?

- Não como em X-Man. Dizem que dói muito a cabeça e é cansativo, mas é, estar em um lugar e logo em outro. Mas teríamos que saber onde ir, e não sabemos...

- Posso resolver isso. – Deitei na cama, tentando pegar no sono, mas parecia impossível. Até que a voz de Emily me chamou e em instantes eu estava no antigo Egito.

Ela estava atrás das grades, homens vestidos como eu a guardavam.

- Podem deixar, cuidarei dela e...

- Nem tente, eles não estão aqui por sua causa, foi outro general. Parece que o golpe está para vir. – Ela mostrou-me um cesto onde havia uma naja.

- Porque eles colocam uma naja junto em uma cela?

- Para, se o prisioneiro quiser, ele acabe com o sofrimento. – Ela disse, olhando a naja.

- Sem acabar com sofrimentos, quero saber onde você está?

- Eu não sei bem, parece com aqueles cenários de pirâmides dos filmes tipo A múmia e O retorno na múmia, mas e você?

- Preso em um quarto do pânico junto de Bakt.

- Ah, bem, boa sorte. – Ela abaixou o olhar. Ela tinha esperanças que eu a salva-se, mas agora ela havia perdido a esperança, vi seu olhar correr até o cesto, meu sangue gelou em minhas veias só de pensar em perde-la.

- Emily, - eu passei meu braço através das grandes, erguendo o perfeito rosto para poder encarar seus perfeitos olhos claros. – Eu não vou deixá-la, Bakt está planejando uma maneira de fugirmos. Meus pais e Ankhu acham que não precisam de nós, mas agora eu sei onde te procurar.

- Mas eu só te disse que parece uma pirâmide, isso pode ser milhares de lugares.

- Mas você é única, deve ser algum lugar sagrado, ou até a própria... – Eu sabia onde ela estava, não sei como, mas sabia, sorri e dando-lhe um selinho, corri.

- Bakt, - eu disse o cutucando. Era noite, ele estava deitado dormindo, eu pulei da cama, não tínhamos muito tempo.

- Hey Dean...

- Emily está na tumba perdida, não tão perdida assim, de Cleópatra. – Bakt me encarou.

- E você sabe...?

- Visões, eu falei com ela, e então eu descobri. Eu não sei, deve ser o lado Julio Cesar de mim. – Eu peguei a mão de Bakt e em dois segundos estávamos fora do quarto do pânico.

- Como você fez isso Dean? Levaria anos até você conseguir, se conseguisse...

- Não sei, só sei que precisamos de armas e então, se funcionar novamente, iremos para a tumba.