The Lawyer

Uma tarde de suspiros


Annabeth

Conduzi novamente até casa. Quando abri a porta reparei que uma carta se encontrava presa no feixe de correio. Ela estranhou e abriu-a. O seu rosto ficou inespressivo ao lê-la.

Cara Srª. Annabeth Chase.

O tribunal nacional Nova-yorkino requer a sua presença na audiência nº68746 para o decorrer do processo nº 0896328787867603785370, que corresponde á guarda da menor Olivia Chase. A senhora deve comparecer (juntamente com o seu advogado) no tribunal no dia 28 de Junho pelas 16h30min. Deverá também comparecer as principais testemunhas (máximo de 10 pessoas).

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Os melhores cumprimentos.

As lágrimas vieram-me aos olhos e escorregaram pelo meu rosto, deixando-me a cara encharcada. Os meus olhos estavam inchados do choro, deitei-me no sofá ainda a chorar. Abafei os meus gemidos na almofada. A campainha tocou, mas eu ignorei, continuei a chorar em silêncio. A campainha voltou a tocar repetidamente mas eu continuei a ignorar.

– Annabeth? Annabeth estás aí? – aquela voz conhecida, fez me sobressaltar. Era o Percy, eu não queria que ele me visse assim, mas ele era o único que me conseguia acalmar. Eu corri até á porta e abri-a. Quando ele me viu, ficou alarmado.

– Annabeth? – ele perguntou preocupado – Annabeth o que se passa?

– Abraça-me apenas – eu saltei para os braços dele, as lágrimas escorriam-me pelo rosto, molhando a camisa branca dele. Ele apertou a minha cintura com força. Ficamos assim parados, abraçados um no outro.

– Annabeth? O que foi?

– A… A carta Pecy – eu gaguejei por entre as lágrimas. Entregando-lhe carta do tribunal. Ele leu-a e suspirou.

– Annabeth, eu prometo que te vou ajudar! Eu prometo! – ele disse segurando o meu rosto com as duas mãos.

– Obrigada – eu sussurrei abraçando-o. O abraço foi demorado, mas ligeiro. Quando nos afastá-mos eu e ele olhá-mo-nos por um instante. Os nossos rostos aproximaram-se cada vez mais. Os nossos lábios estavam a milímetros um do outro.

– Eu… er… - ele tentou falar, mas mostrou-se atrapalhado devido á nossa falta de distância. Eu não sei o me deu… aproxime-me dele e rocei os meus lábios nos dele. Eles estavam quentes, e tremiam entre os gemidos. Eu rode-ei os meus braços no pescoço dele. Ele deslizou as mãos para a minha anca e puxou-me para mais perto de si, Eu guiei-o pela sala até ao meu quarto, e empurrei-nos para cima da cama. Ele sorriu e virou-se para cima de mim, os seus lábios começaram uma trilha de beijos pelo meu pescoço. As minhas mãos começaram desapertar os botões da sua camisa revelando um corpo ligeiramente tonificado. Ele também começou a desapertar a minha blusa retirando-a por completo. Ele beijou a zona do meu peito descendo até á barriga. A língua dele deslizava pela minha pele. Eu gemia em silencio. Percy voltou ao encontro dos meus lábios, as suas mãos deslizaram pelas minhas coxas, e depois para dentro da minha saia. Eu soltava agora gemidos audíveis. Abri o zipper das calças deles e comecei a retirá-las, os seus labios nunca saíram do encontro dos meus. Demora-mos algum tempo a fazer amor, os nossos corpos uniam-se consoante a nossa vontade. Sentia-me livre com ele, sentia-me viva.

Os nossos corpos caíram ofegantes depois de terminar-mos.

– Isto foi… - disse eu ainda na tentativa de respirar

– Fantástico – ele completou.

Deitei-me no peito dele, e aninhei-me nos seus braços. Olhei para ele, os seus olhos verde-mar brilhavam, e um sorriso brotou no seu rosto.

– Percy, precisamos de falar… - eu não queria acabar com aquele momento.

– Eu sei.

– Nós não podemos. – eu disse sentando-me cobrindo-me com o lençol.

– Não podemos, mas fizemos – ele disse sentado-se ao meu lado. – Eu não queria, mas… Annabeth eu… eu amo-te.

Eu olhei de relance para ele, os olhos dele mostravam-se inexpressivos. Eu não queria admitir , mas eu também o amava. Ele tornava-me mais forte, mais decidida.

– Percy… eu também te amo. – eu disse beijando-lhe os lábios. – Mas eu não posso, nem quero perder a minha filha.

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– Eu sei… e não te vou obrigar a escolher entre mim e ela. Mas eu também não quero afastar-me de ti, por isso eu tenho uma ideia.

– O quê? – interroguei-o.

– Eu prometi que te ajudava e vou fazê-lo, mas eu também quero estar contigo… e se… e se nós não contarmos a ninguém que estamos juntos?

– Eu não sei Percy. – eu enterrei as mãos na minha cara.

– Annie – ele segurou o meu queixo obrigando-me a olhá-lo nos olhos. – Eu vou-te ajudar, mas não pesas para ficar longe de ti, porque eu não consigo, eu amo-te como nunca amei ninguém.

– Eu também te amo Percy, e também não quero ficar longe de ti, tu fazes-me bem, e eu quero isso…

– Então quer dizer que aceitas? – um sorriso torto percorreu-lhe a cara.

– Claro que aceito, eu amo-te Percy.

– Eu também te amo Annie. – Abracei-o e beijei-o, ele fazia-me mais feliz, mais completa, mais e mais… Com ele a minha vida era perfeita.

– Eu vou-te ajudar a teres a tua filha de volta… eu prometo.

– Eu sei que vais Percy… - beijei-o novamente e caímos os dois na cama, as mãos deles voltaram para a minha anca, e percorreram-me o corpo… ele sorriu e puxou o lençol para cima… fizemos amor novamente, mas desta vez ambos sabíamos que nos amava-mos. Ficamos a tarde toda deitados na cama, Percy adormeceu, mas eu continuei a acordada abraçada a ele. Quando olhei para ele eu sorri. Alice tinha razão, Percy também se babava quando dormia, voltei a sorrir, fechei-lhe a boca com cuidado, mas ele acordou… Piscou os olhos e sorriu assim que me viu.

– Hey… - eu murmurei.

– Olá - ele abraçou-me - já te disse que te amo?

– Já, mas é igualmente bom ouvir-te disse-lo.

– Eu amo-te – beijou-me – eu amo-te – beijou-me – eu amo-te - beijou-me.

– Eu também te amo…

– Que horas são? – ele perguntou.

– Oh meu Deus – disse sobressaltada. Eu levantei-me.

– O que foi?

– Eu fiquei de ir com a Tália ás compras, onde está o meu telemóvel. – eu percorri o quarto.

– Annie, está aqui – ele disse segurando o meu telemóvel na mão.

– Obrigado – eu liguei o telemóvel, mas estranhamente não vi nenhuma chamada e nenhuma mensagem da Tália, liguei-lhe…

– Alô?

– Tália! Onde estás?

– Annabeth! – reparei que ela gritou o meu nome – oh meu Deus esqueci-me.

– Quem é Tália? – reparei numa voz masculina ao lado de Tália…

– Annabeth desculpa eu fiquei ocupada! Desculpa. – eu ri em silencio, afinal não fui só eu.

– Não faz mal Tália, eu também adormeci – olhei para Percy e ele sorriu-me maliciosamente. Puxou-me para a cama e começou a beijar-me.

– Annabeth está tudo bem?

– Sim Tália está! adeus não deixes o Nico á espera…

– Annabeth desculpa, eu não vi as horas e...

– Tália não peças desculpa, além disso eu dispenso os pormenores.

– Ok. – ela riu e notei novamente que uma voz a chamava.

– Bem eu vou desligar estou a ver que interrompi algo. Xau tália.

– Xau Annabeth, desculpa mais uma vez… beijos.

– Beijos.

Eu desliguei e sorri, os lábios de Percy voltaram a percorrer-me os pescoço, mas depois parou e olhou-me.

– Então?

– Bem acho que ela ficou “ocupada” com o Nico.

– Então ela não desconfia?

– Não… - eu sorri.

– É melhor eu ir, a Liv pode chegar e não quero que me apanhe aqui.

– Não te preocupes, a Liv vai dormir em casa de uma amiga, podes ao menos ficar para jantar?

– Claro que posso – os seus lábios caíram nos meus. – Mas de certeza que não á problema?

– Não, além disso, eu não quero ficar sozinha.

– Annie! – ele agarrou-me o rosto com as duas mãos – Eu nunca te vou deixar sozinha… nunca.

Eu beije-o e ficá-mos na cama agarrados durante umas horas.

– Bem, o que queres comer? – perguntei quando vi que o sol já se havia posto.

– Não sei…

– E que tal se pedir-mos comida chinesa? Eu tenho o numero de um restaurante que faz entregas a domicilio.

– Por mim tudo óptimo, desde que esteja contigo…

Eu beijei-o, levantá-mo-nos e vesti-mo-nos, pedimos a comida, que chegou uns 20 minutos depois. Quando acabamos de comer, Percy foi embora para não atrair desconfianças. Antes de sair ele beijou-me e sussurrou-me ao ouvido – “ Eu amo-te”.

Eu sorri voltei a beijá-lo. “Eu também te amo” eu sussurrei de volta para ele. Ele abriu a porta e saiu. Fiquei apoiada na porta e sorri, fui para o sofá, mas como estava um pouco cansada fui novamente para a cama. Os lençóis ainda tinham o aroma da sua pele. Cheiravam a maresia e a água salgada, aninhei-me ainda mais nos lençois a sorrir. Adormeci com o seu cheiro na minha mente…