The Last 7 Days

Capítulo II - A Spell


CAP II – A SPELL

6 dias atrás…

A noite que tinha se passado havia sido a mais longa da vida de Lily e James, mas para um alívio quase nulo Harry havia dormido a noite toda como um verdadeiro anjinho. Havia sido um alívio quase nulo, porque ele não sabia do perigo que estava pairando em sua casa, afinal ele era apenas um bebe com um pouco mais de um ano de vida, não tinha noção de perigo e ainda mais daquele perigo que assombrava a casa dos Potter, mas pelo menos ele sentia-se seguro com os pais e isso os deixava um pouco aliviado, embora isso de certa forma os deixavam triste de um modo que não sabiam explicar.

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Lily e James não haviam dormido nada, apenas alguns cochilos que sempre terminavam em pesadelos, e eles sabiam que suas noites seriam assim a partir do momento em que o professor Dumbledore havia lhe dado a notícia.

Já era de tarde quando a campainha tocou assustando-os e fazendo Harry rir da reação deles. Lily, assim que ouviu o som da gargalhada gostosa de seu filho suspirou aliviada percebendo a atitude boba que tivera, afinal se fosse realmente o Lord das Trevas ele nunca teria tocado a campainha.

— Eu atendo. — disse James indo até a porta.

— E ai cara? — era Sirius com seu jeito descolado e playboy que ele nunca se desfazia. — Está com uma cara ótima, hein? — disse sarcástico. — Cadê o meu afilhado?

— Au-au! — Harry gritou dos braços de Lily assim que ouviu a voz do padrinho.

— Au-au? — repetiu fingindo estar ofendido enquanto entrava.

Harry ergueu os bracinhos assim que o viu e abriu o sorriso, ele amava Sirius e não era atoa. Sirius era uma criança quando se juntava com o afilhado, e essa havia sido um dos motivos por terem escolhido para o cargo de padrinho.

— Olá Lily! — disse dando um beijo em sua bochecha. — Está muito bem também, hein? — disse e olhando para ela e James disse — O que houve com vocês, até parece que passaram a noite em claro.

— Foi o que aconteceu. — disse Lily rindo fraco.

— Foi o garotão aqui? — indagou referindo-se ao Harry que batia palminhas em seu colo.

— Não. Harry dormiu a noite toda como um anjinho. — James contou sentando-se no sofá, ou melhor, jogando-se.

— O que houve então? — perguntou já preocupado.

— Recebemos a visita do grande professor Dumbledore ontem à noite. — disse apenas.

— E qual é a bomba? — indagou sentando-se no sofá com o Harry no colo.

— A bomba é que há uma profecia que diz que um menino nascido no fim do mês de julho será capaz de derrotar o Lord das Trevas. — contou Lily.

— Fim do mês de julho? — indagou — Harry?

— É o que parece. — James afirmou.

— Não pode ser, ele é só um bebê! — protestou — Isso não pode ser verdade! Quem disse isso a ele? Como ele soube?

— Severus. — foi só o que Lily disse.

Havia um tempo em que Severus Snape era o melhor e único amigo de Lilian Evans, e ela estando na Grifinória e ele na Sonserina ainda eram grandes amigos, mas conforme o tempo foi passando o lado sombrio dos habitantes daquela casa foi aparecendo nele e escondendo o seu lado bom e amigo.

— O seboso do Snape? — gritou assustando o pobre Harry. — Me desculpe garotão. — O seboso do Snape? Como ele sabe disso? Ah, sim! Ele é o braço direito do Voldemort, havia me esquecido disso. — ironizou — E quem garante que isso não é mentira?

— Lily tem certeza de que é verdade, ela diz com a boca cheia que ele nunca faria nada para coloca-la em perigo, e foi Dumbledore quem disse que ele mandou que nós nos escondêssemos. — contou James.

— Sei que é estranho, mas Severus nunca mentiria sobre isso. Ele pode ser o que é, fazer o que faz, mas eu ainda tenho fé de que ele seja uma boa pessoa, de que ele possa se tornar uma pessoa melhor, a voltar a ser como ele era.

— Me desculpe Lily, mas quem é Comensal nunca deixa de ser Comensal. — disse.

Eles ficaram em silêncio durante um longo tempo, até que Harry acabou dormindo nos braços de Sirius. Apenas o som de sua respiração pesada e profunda enchia a sala, e todos pararam para observá-lo dormindo com um sorriso nos lábios.

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— Não podemos deixar que ele ganhe! — disse Sirius decidido — Vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para protegê-lo, e se eu precisar morrer para salvá-lo eu irei! Lutarei com o próprio “Lord das Trevas” se necessário. — disse tingindo o nome com desdém.

— Tem alguma ideia do que possamos fazer? — perguntou Lily esperançosa.

— Não, mas sei que deve existir algum feitiço para nos ajudar.

— Ótimo! Mas sabe quantos feitiços existem no mundo bruxo? — indagou James. — Milhares, meu amigo!

— Lily já deve ter lido todos os livros que existem sobre feitiços no mundo bruxo — observou —, ela deve saber quais são os que possuem feitiços para proteção.

E como se um raio a atingisse ela levantou correndo e foi até seu quarto, onde havia uma pequena estante que guardava alguns de suas centenas de livros, pegou alguns e voltou para a sala, onde James e Sirius estavam olhando para a escada desde que ela desapareceu. James levantou e foi ajuda-la com os livros e os levou para a mesa da sala de jantar, Sirius os seguiu com Harry ainda no colo.

— Esses são os livros que eu tenho que possuem feitiços de proteção. — contou para eles.

Sirius puxou o carinho para perto e acomodou cuidadosamente ali para que ele não acordasse.

— Realmente são muitos livros — disse olhando para os seis livros grossos que estavam sobre a mesa —, então é melhor começarmos logo.

Sirius estava decidido a passar a noite, se necessário, lendo todos aqueles livros até encontrar algum feitiço que pudesse ajudar seus amigos e seu afilhado. Ele não se importava com a ideia dele próprio ter que entrar naquela briga, na verdade estava decidido a isso também, afinal James era como um irmão para ele e Lily uma irmã, eles eram sua família e se deve lutar pela família.

Passaram a noite toda lendo aqueles livros com total atenção para não deixar passar nada, Lily havia feito uma pausa para fazer um café para mantê-los acordados.

Estavam quase perdendo a esperança de achar algum feitiço útil no meio daquele mar de feitiços, e de repente Sirius leu sobre um feitiço que poderia ajuda-los e muito naquele caso.

— Achei! — gritou e todos olharam para o carrinho para ver se aquele grito havia acordado Harry, mas ele ainda continuava a dormir tranquilamente. — Fidelius!

— Claro! — exclamou Lily para si mesma — Como não pensei nisso antes?

— Fidelius? — James perguntou.

— Pelo que está escrito aqui é um feitiço bem complexo, você esconde algo ou alguém no seu intimo e só você sabe desse segredo, a não ser que você conte para alguém, mas esse alguém não pode contar para ninguém. Literalmente não pode. — explicou o amigo.

— Ainda não entendi. — James confessou.

— No nosso caso seria mais ou menos como se o fiel do segredo fosse Sirius, apenas ele saberia onde estamos e ninguém mais. Mas digamos que ele conte para o professor Dumbledore e ele também fique sabendo onde estamos, mas ele não pode contar a mais ninguém. — Lily explicou.

— Perfeito! Vamos fazer!