Capítulo 7 - Disaster

Christine POV

Eu estava indo pra casa logo depois do trabalho. Saíra da mansão Stark há mais ou menos quinze minutos. Tony recebera uma visitante bem bonita e interessante. Ela era cientista e, pelo visto, trabalhava com o tal Killian. Como eu não tinha nada a fazer lá e Tony tinha que atender a tal moça, eu decidi ir pra casa. A pior decisão da minha vida. Por sorte, eu fui pegar a chave do portão de casa enquanto esperava o sinal abrir, e notei que tinha esquecido minha bolsa. Tive que virar o carro e voltar. Assim que avistei a mansão, a visão não foi nada boa. Na verdade, foi terrível. Estava tudo destruído, tudo. Parecia que o lugar tinha sido atingido por uma bomba bem potente. Estacionei o carro e corri até onde Pepper estava. Ela estava machucada, suja e chorando.

– Pepper... o que... o que aconteceu aqui?

– O Tony... ele... ele... - ela começou a chorar mais ainda. Só então reparei que ela estava abraçada à "cabeça" de uma das armaduras.

– Você quer dizer que ele...? - ela balançou a cabeça, afirmando. - Mas como? O que houve, Pepper?

– Aquela mulher... - ela falava entre os soluços. - Aldrich... eu não... e aí ele...

– Você está dizendo que foi aquela mulher que fez isso aqui? - ela negou com a cabeça. - Foi o Killian? - dessa vez ela afirmou. - Por quê?

– O Tony... ele... ele deixou...

– Pepper - segurei o rosto dela. - Só me diz, por favor, o que houve com o Stark.

– Ele caiu... - ela apontou para o oceano. - E os escombros...

Não esperei ela terminar. Fui correndo até a borda e olhei para baixo. É, era bem alto. Mas eu ignorei esse pequeno detalhe e pulei mesmo assim. O choque com a água gelada foi bem pior do que eu imaginei. Não me machuquei, mas meu corpo todo doía. A água salgada fazia meus olhos arderem, mas ignorei isso e olhei em volta. Estava escuro, não conseguia enxergar muita coisa. Mergulhei o mais fundo que consegui, mas ainda não via nada. O oxigênio foi se acabando e eu tive que emergir. A água gelada que fazia meu corpo doer, os olhos ardendo por causa da água salgada, a dificuldade pra respirar; nada daquilo doía mais do que saber que o Stark acabou de... não. Ele é Tony Stark. É mais esperto do que imaginamos. Ele NÃO morreu. Ele escapou de algum jeito, eu sei que sim. Agora é só encontrar um jeito de sair daqui e procurar.

Dois dias depois...

– Certo. Vamos começar - entrei na armadura recém-terminada e logo o painel de sempre se abriu diante dos meus olhos. - J.A.R.V.I.S?

– Boa noite, Srtª Miller - a voz eletrônica falou e eu suspirei aliviada.

– Por favor, J.A.R.V.I.S, me diz que o Tony ta bem e que você está com ele.

– Tenho um recado do Sr. Stark para você.

– OK... eu quero ouvir.

– Christine - a voz de J.A.R.V.I.S deu lugar à de Tony. - eu sei que você deve achar que eu estou morto, mas não estou - abri um sorriso e algumas lágrimas de alívio começaram a escorrer pelo meu rosto. - Eu estou naquela cidadezinha do Tennessee. J.A.R.V.I.S me trouxe até aqui. Eu estou... relativamente bem. Não se preocupe comigo. Espero que você ainda esteja disposta a me ajudar, eu vou estar esperando.

– J.A.R.V.I.S, faça o plano de voo para lá, por favor. Nós vamos hoje mesmo.

– E, Chris, por favor... não conte nada à Pepper. Eu já a coloquei em perigo demais... acho que vai ser melhor assim.

– Plano de voo concluído, Srtª Miller - a voz de J.A.R.V.I.S voltou.

– Obrigada. Você acha que essa armadura tem energia o suficiente para uma viagem dessas?

– Sim, senhorita.

– Pelo amor de Deus, me chame de Chris. Trabalhamos juntos agora, lembra?

– Sim, Chris.

– Certo. Nós saímos em vinte minutos.

Saí de dentro da armadura e liguei para minha mãe e minha melhor amiga. Avisei que ia ficar fora uns dias. Elas já sabiam sobre o acontecido na mansão (não por mim, acho que elas viram isso na TV) e disseram que estava tudo bem. Tony está vivo e bem. E eu vou encontrá-lo em pouco tempo. Nunca senti algo tão extraordinário dentro de mim.