The Golden Angel

Deipu vs Lebrun


Elegecky 360º — The Golden Angel

Episódio 06 — Deipu X Lebrun

Retrospectiva: O que parecia ser um sonho qualquer se transformou num terrível pesadelo. Imagens desconexas que circulam na mentalidade de Elegecky. Mais um sonho previu um acontecimento e desta vez foi direto e rápido. O garoto conheceu algumas pessoas em seu primeiro dia de aula, e um deles destaca-se Guilherme, o que realmente se apegou mais. O amigo ergueu o braço a Kale e consolou-o, foi aí que o menino profeta aprofundou mais para descobrir algo.

Brasil, Rio de Janeiro — Terça-Feira, 09 de Fevereiro de 1999

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O dia amanheceu chuvoso. Fortes relâmpagos trafegavam pelo céu esplendor causando grandes clarões perto das montanhas. Aquele foco luminoso espelhava-se no oceano que estava violento. Para Kale aquilo era fantástico. Ele adorava sair cedo naquelas condições climáticas, ainda mais quando vinha aquele frio de arrepiar dentro do conjunto.

O menino levantou às 06h10min desta vez, um pouco mais cedo do que o dia anterior. Posteriormente ele havia tomado cereais pela manhã, ato que sempre fizera, mas naquele dia o estudante mudou sua rotina matinal.

— Nescau? — Pollyanna olhou Elegecky com os olhos esbugalhados.

— Sim! — Afirmou Deipu que já estava uniformizado em frente ao seu quarto, no corredor.

— Mas você dificilmente tomava quando era pequeno. — A mãe colocou a mão no queixo pensativa.

— Verdade. — Confirmou o garoto arrumando sua mochila, estava colocando um caderno azul encapado.

— Enjoou dos sucrilhos? — Indagou Pollyanna confusa.

— Não... Não sei, mãe. É que deu vontade. Só a senhora mesmo para discutir meu café da manhã. — O menino acusou-a rindo logo em seguida.

— Está bem... — Disse Pollyanna. — Eu acho! — Disse por trás.

Então, logo Elegecky terminou seu café da manhã. Ele se lembrou de seus amigos que fez no primeiro dia de aula, o que o fez sorrir enquanto escovava os dentes. Porém logo mudou de expressão ao lembrar-se da fatalidade ocorrida no dia anterior. Não deixou de derramar algumas lágrimas. Ele não sabia o que o deixava triste: se eram esses acontecimentos estranhos ou então o fato de prever tragédias. Também estava incomodado pela idéia de Gustavo, um de seus amigos, estar em um hospital. Ele precisava, urgentemente, achar uma solução. O Por Quê e Para Que ter visões. Quando terminou sua higiene bucal sua mãe o avisara sobre um passeio:

— Filho, depois da aula, vamos visitar o seu primo, Nathan! — Ela alertou alegremente enquanto preparava seu café.

— Legal! — Ele deu um pulo de alegria em cima da mãe jogando-a no chão frio.

— Liguei para ele! Implorou para irmos!

Fazia muito tempo que o estudante não via seus parentes. Sentia muitas saudades, em especial seu primo com quem sempre fora muito companheiro, divertido e o principal: Seu melhor amigo! Porém quando seus avôs mudaram para o Brasil ele nunca mais os vira. Fazia quatro anos.

Minutos depois seu amigo, Guilherme, o encontrou no ponto de ônibus. O amigo resolveu andar um ponto depois do seu para se encontrar com Kale, que usava o outro próximo ao seu. Quando eles deram por si estava chovendo em demasiado. A chuva estava tão intensa que caiu um raio onde eles estavam, o que deixou Deipu assustado.

Seu amigo virou-se para ele, rindo, e perguntou:

— Vai-me dizer que tem medo de trovões e/ou raios?

— Na verdade, não. — Respondeu seriamente. — É que me pegou de surpresa. Eu não sabia que ele ia cair. — Explicou Elegecky.

— Tudo bem! Mudando drasticamente o assunto, espero que você não tenha tido alguma previsão para hoje. — Guilherme supôs olhando para as nuvens carregadas.

— Não... Para minha sorte. — Sorriu instantaneamente.

— Que bom que se sente melhor! — Também sorriu.

— É, Guih. — Afirmou chamando o amigo pelo apelido. — Estou... Mais... Aliviado. — Disse Elegecky, falando “em pedaços”.

Depois de alguns minutos de conversação um ônibus vinha mais à frente. Os dois estudantes embarcaram no veículo sentando juntos.

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Guilherme Jenkis era um garoto bem astuto, tinha um alto grau de responsabilidade e precaução. O estudante tem a pele clara, olhos negros, cabelo curto e castanho. Têm pernas e braços um pouco maiores do que o Elegecky, resultando em cinco centímetros a mais. O menino tem o corpo normal.

Gustavo Wilkinson apresenta quase as mesmas características que Guilherme. As diferenças são que ele é menor do que o outro; é leviano e o cabelo é loiro.

No Colégio, à aula de Língua Estrangeira...

O garoto se sentou no mesmo lugar do dia passado junto a Guilherme e Gustavo, que havia saído do hospital. Sandy sentou-se logo à frente, também como mostrada anteriormente. Antes de a aula começar, uma menina de cabelos longos e castanhos, alta, morena e corpo bem redondo, chegara à sala olhando diretamente para Kale. Era um olhar de ódio acompanhado com um: “Foda-se Desgraçado!”. O estudante levantara do lugar, e exclamou:

— Eu te conheço! Angelique Vigeé-Lebrun! — O menino gritou bem alto, o bastante para todos escutarem e observarem a rivalidade da dupla.

— Ora, Ora, Ora... Se não é o garoto de nome esquisito! — Chegou à menina com seu jeito especial de cumprimentá-lo.

— O que faz aqui? — Indagou Kale em pé, mas estava no lugar ainda.

— Ah, caso você não saiba eu estudo aqui também. — Replicou ela passando as mãos em seus cabelos.

Guilherme puxou Elegecky pela camisa e sussurrou:

— A conhece, Kale? – Mas não respondeu.

— Aqui não é lugar de vaca! Sabia? Aliás, onde está seu dono? — Ele começou a dar altas gargalhadas. Toda a turma, inclusive Guilherme e Gustavo, riram da rivalidade dos dois.

— E pelo que eu saiba aqui não é lugar de doente mental! — Respondeu Angelique tentando contornar a situação, mas não conseguiu, para o benefício de Deipu.

— Não se preocupe, vadia! Logo, logo, vão ter que tira-la daqui! — O garoto implicava com a expressão cheia de fúria. Guilherme tentava acalmar o colega, mas de nada adiantava.

— Hahahahah! — Gargalhava Angelique indo em direção à mesa onde Kale estava. Pegou o menino pelo pescoço, olhou bem nos olhos dele, e perguntou: — Por quê?

— Oras, você mesmo disse que aqui não é lugar de doentes mentais, portanto não pode ficar! — Gritou Elegecky com bastante raiva.

Então Lebrun se sentira bastante ofendida em relação à resposta de Kale. Todos gargalhavam intensamente da expressão que fazia Angelique. Então, ajeitou os punhos e, antes que pudesse dar um soco em Elegecky, Guilherme intervém à discussão dos dois puxando Elegecky de volta para o lugar.

— Vamos parar com isso, Kale. Ela é maior do que você! — Alertou ele preocupado demasiado.

— O que essa neorótica tem de altura, não tem de cérebro ou coragem. — Respondeu Elegecky tentando convencer o amigo.

— Estamos juntos no trabalho de Estudo Sociais, só pra lembrar. — Constatou Guilherme assentando-se sobre a mesa.

— Verdade... — Lembrou Elegecky colocando o caderno sobre a mesa.

— Podemos começar a escrever algumas páginas à tarde! Que tal na minha casa? — Convidou Guilherme sorridente. Gustavo estava no exterior da classe conversando com várias pessoas. O amigo, Guilherme, prestou atenção, desviando o olhar, ainda com o sorriso.

— Ah, me desculpa, Guih! Mas temos de deixar para amanhã. — Disse Elegecky desapontado. — Irei visitar meu primo hoje após a aula.

— Ah, entendo! — Guilherme abaixou a cabeça. Parecia estar triste.

Na opinião de Kale, o motivo de Guilherme ter ficado daquela maneira, foi que o amigo queria se divertir com ele, e como não poderia ir, deu para desconfiar que fosse enrolação. Guilherme sempre impôs prioridade em tarefas escolares. Depois de alguns minutos, Elegecky ficou um pouco tonto e com dores pulmonares no meio da aula. Pressentia pulsações no pulmão e um mal-estar. Estava inquieto no lugar. Suas mãos estavam trêmulas e molhadas pelo suor frio. Guilherme, astutamente, notou os suspiros do amigo perto dele, diferente de Gustavo que estava dormindo em plena explicação. Guilherme, por sua vez, colocou a mão no pescoço de Elegecky, que estava com os olhos um pouco fechados e com a mão na cabeça.

— Está tudo bem, Kale? — Perguntou ele, preocupado, se virando completamente para o lado sem se importar com a explicação do professor.

— Não estou bem. — Respondeu.

Guilherme sentira muita aflição em vê-lo daquele jeito, sofrendo. Rapidamente perguntou:

— Então, o que foi? — Chegou mais perto de Elegecky.

— Sinto dores no pulmão! — Kale apontava com o dedo à região perto de onde ficava o pulmão para mostrar onde doía. O garotinho estava com o rosto muito cansado. Seus olhos estavam quase se fechando e uma das mãos estava sobre a região pulmonar.

— Quer pedir licença para o professor e ir à direção ver isso? — Perguntou suavemente, já se levantando da cadeira.

— Está certo. — Respondeu Kale com bastante dificuldade.

Guilherme levantou ligeiramente da cadeira, pegando o amigo pela mão por alguns segundos. Olhou para o professor e perguntou:

— Professor Drummond! Peço desculpas por interromper sua aula... Mas Elegecky está passando mal! Posso levá-lo na direção para ver isso?

— Oh, é mesmo? Sinta-se a vontade, senhor Jenkis. — Respondeu o professor com bastante formalidade e educação enquanto segurava uma caneta estereográfica azul. — E Elegecky, se derem permissão para ir para casa, não se preocupe, não colocarei falta. — Avisou o professor. — Recupere-se logo. — Desejou o professor com o rosto meio chateado.

— Sim, senhor.

Guilherme, com agilidade, arrumou o material do amigo, como se o mundo fosse acabar. Como era mais velho que o mesmo, sentiu-se bastante autoritário em pegar na mão de Elegecky para levá-lo e segurar a mochila também. No corredor, próximo à diretoria, Kale interrompeu seus passos. Estava olhando para o ventilador de teto que havia por ali. Girava muito rápido.

— Por Que parou de caminhar, Kale? — Indagou Guilherme olhando para trás.

— Não continue andando. Venha até a mim! — Gritou Elegecky, com o pouco de fôlego que ainda tinha. O garoto olhava para aquele eletro girando, acompanhando todos os movimentos rotativos. Colocou a mão esquerda na cabeça, sentindo um pouco de dor. Ele estava analisando. Respirou bem fundo.

— O que foi? — Correu rapidamente até seu amigo que se ajoelhou, perdendo os sentidos e caindo desmaiado no chão. — Kale! Kale! — Pegou o amigo, colocando-o nas costas, carregando-o. — Por Que está assim? — Para o alívio de Guilherme, Elegecky recobrara os sentidos rapidamente. — Hei! Doeu... — Guilherme levou um choque ao pôr suas mãos em Kale. Um motivo desconhecido.

E de repente o ventilador de teto derrubara os pregos que o mantinha seguro, caindo bem perto de Guilherme, e decaiu com toda a velocidade no corredor, bem perto de Elegecky. A hélice do ventilador voou perto da cabeça de Guilherme, passando por cima próximo aos seus cabelos, conseguindo cortar um fio. O mais velho se sentia muito espantado. Olhou com os olhos arregalados para o mais novo.

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— Isto cairia em cima de você, se não viesse até mim! — Disse Deipu pensativo.

— Aconteceu de novo?

— Sim. — Elegecky nem se importava naquele momento com suas previsões. Estava tão confuso e com tanta dor que nem deu a mínima importância. Nem refletiu.

Parece que as visões de Kale causam efeitos letais...

TO BE CONTINUED...